Eu tive uma professora (de Didática) na faculdade que disse que quando começou a dar aulas, ela alfabetizava pelo método da cartilha. Eu nunca tinha conhecido alguém que tivesse sido alfabetizado por esse método.
ô loco!
Eu fui... e com muito orgulho!
Quando eu tinha 4 anos proximo de completar 5 e minha mãe ficou alguns meses desempregada ela pegava a cartilha dela e já me ensinava.
Quando fui pra pré-escola a maioria das aulas ficaram tediosas pra mim, pois eu já estava bem adiantado em relação aos demais alunos, sempre terminando primeiro.
Realmente ela funciona!
Praticamente a minha história...
No meu caso, nenhum dos 2 ficaram desempregados. Eu que enchi o saco dos meus pais, até meu pai ficar com dó de mim - me vendo rabiscando coisas a esmo na losinha - e começar a me ensinar as letras.
Minha mãe criava joguinhos com imagens, palavras e números em cadernos que ela mesma criava. E comprou uma cartilha de alfabetização que deve estar aqui em casa até hoje, em algum lugar.
Depois quando fui pra escolinha, mandaram comprar outra cartilha. Eu também achava as aulas um tédio só.
Eu não consigo estudar literatura. Mineiramente eu viajo nas históiras e esqueço da parte técnica.
IDEM!
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Quando minha mãe era solteira ela comprava muitos livros... muitos mesmo!
Mas quando eu era criança, a grana só dava pras contas... então na primeira infância mesmo praticamente não tive livros.
Eu tinha - ou melhor, tenho - essa coleção da Disney que, na época, tinha todas as histórias da Disney já lançadas [claro que hoje estaria super defasado!]. Não só as que saíram em desenho, mas as de filmes e até séries [como Zorro, com Guy Willians, que eu só veria aos 12 anos quando a Record reprisou].
Minha mãe comprou essa coleção quando engravidou e eram essas as histórias que ela lia pra mim antes de dormir. Quando eu enjoava [mesmo sendo umas 100 histórias nos 4 livros... eu já conhecia todas], ela inventava histórias pra mim de cabeça mesmo.
Eu passava horas e horas folheando esses livros, mesmo quando ainda não sabia ler. E na época, não tínhamos vídeo cassete, então foi mesmo meu primeiro contato com a Disney.
Tinha:
- A Bela Adormecida
- Cinderela
- Branca de Neve e os Sete Anões
- Mary Poppins
- Pedro e o Lobo
- Zorro
- Dumbo
- Peter Pan
- Pollyana
- A Espada Era a Lei
etc... etc...
Quando eu era um pouco maior e já lia, minha avó era revendedora do Círculo do Livro. Toda vez que ia na casa dela ficava folheando as revistas, 'namorando os livros' e contando todos os que eu queria comprar [mas não dava...]. No topo da minha lista sempre estava a coleção de Monteiro Lobato, que era caríssima.
Então um dia ela resolveu me comprar um de presente e eu escolhi um desenho da Disney que não tinha na antiga coleção:
A Pequena Sereia. Um livro grande, todo ilustrado igual ao filme, em capa dura. Nossa, eu não cabia em mim quando chegou... [também tenho até hoje].
Depois eu li todos do
Sítio do Pica-Pau Amarelo emprestados da filha de uma amiga da minha mãe. Só tive oportunidade de ler essa vez, até hoje.
Quando entrei na 3ª série na escola particular [9 anos], aí sim começaram a pedir os livros infanto-juvenis ao estilo da coleção vaga-lume. Praticamente fiquei com uma coleção em casa, afinal era 1 por bimestre [e felizmente, estes eram baratinhos!]. Nem todos eu gostei e por isso nessa época peguei um pouco de birra de leitura - quando era obrigada a ler um que não gostava!
De todos, o que mais marcou, foi
Viagem ao Reino das Sombras.
Este me introduziu na Mitologia Grega. Depois procurei todos os outros livros desta coleção pra conhecer o resto das histórias gregas e me apaixonei perdidamente pela Grécia. [falando nisso, preciso apertar alguém pra me devolver ele!
]
Destes livros que fui obrigada a ler, os que me marcaram porque gostei foram:
- A Parábola do Planeta Azul I e II - Fernando Carraro [acho que esses seriam interessantes pro Paganus, sem zueira]
- O Mistério do Esqueleto - Renata Pallottini
- Quem Tem Medo Fica de Fora - Stella Carr
- Um Leão em Família - Luiz Puntel
- O Menino Narigudo - Walcyr Carrasco [sim, o autor de novelas. Era escritor infantil nessa época e cheguei a conhecê-lo na feira do livro da escola. O legal é que esse livro é baseado na peça Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand]
- Resgate no Tempo - Silvia Cintra Franco
- Terceiro Tempo de Jogo - Roberto Gomes
- Essa Vida Sem Fantasmas Não Tem Graça - Laís Carr Ribeiro
- A Grande Decisão - Álvaro Cardoso Gomes
- A Ilha Perdida - Maria José Dupré [que eu não sei porque não consigo encontrar. Acho que está com a minha mãe.]
- O Crime Atrás da Porta - Ganymedes Jose [o livro mais bizarro que já li. Pena que o doei, pq na época não gostei muito]
- Frio Como Pedra - Robert Swindells [emprestei pra prima - junto com outro que esqueci o nome - que nunca mais devolveu]
Legal que esse tópico me fez pegá-los de novo lá na estante mais alta, longe dos meus amados livros de fantasia atuais, que ficam embaixo e bem próximos para consulta. Acho que vou aproveitar e reler alguns.
Os que eu não gostei eu doei... melhor do que ficar pegando poeira em casa. Alguma outra pessoa pode gostar. Sobraram só uns 3 aqui que não gostei na época, mas guardei pra reler um dia.
Foi também nessa época que li o único livro de Machado de Assis até hoje e gostei.
Dom Casmurro. Lembro bem da furiosa discussão na sala sobre o final
Apesar da inocência dos 14 anos, eu nunca mudei de idéia
Na mesma época a Prof. pediu
O Guarani - José de Alencar, que detestei na primeira leitura obrigatória e amei relendo anos depois [quando tinha re-adquirido o hábito de ler por prazer].
Minha mãe tem
Tom Sawyer e eu sempre quis ler... mas não sei porque, nunca consigo passar das primeiras páginas.
Não podia ter esquecido também do
Meu Livro de Histórias Bíblicas, que a minha avó [Testemunha de Jeová] me deu quando entrei na catequese. Ele é ótimo pra ensinar as principais histórias para crianças e as ilustrações dos TJs costumam ser muito lindas!!!
Foi importante - e ainda é - porque eu tenho tremenda preguiça de ler a Bíblia inteira
Mas foi através desse livro que eu conheci as histórias. Eu li ele rapidinho.