Informações importantes sobre as novas traduções de Tolkien

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Escrito por Reinaldo José Lopes

Como muitos que acessam a Valinor já sabem, sou o tradutor de “A Queda de Gondolin”, que acabou de sair no Brasil, e também de “O Silmarillion” e “O Hobbit”. O uso de termos como “Orques” e “Gobelins” nessas novas traduções tem causado polêmica entre os fãs do Professor. Então, trago alguns esclarecimentos no texto abaixo, ponto por ponto. Vários deles também estão presentes neste vídeo recente do canal Tolkien Talk:

1)Lembrem-se de que as decisões sobre as traduções de Tolkien agora estão sendo tomadas não de modo individual, mas por um conselho, formado pelo gerente editorial Samuel Coto e por três tradutores: eu, Ronald Kyrmse e Gabriel Brum.

2)Todas as decisões importantes são discutidas formalmente, votadas (e às vezes desempatadas pelo Samuel, que tem a palavra final). Portanto, são decisões coletivas, não idiossincrasias individuais.

3)De modo geral, Tolkien deixou bastante claro o que se podia ou devia traduzir da nomenclatura de seus livros e o que ele queria que ficasse intacto. Boa parte disso está no texto “Nomenclatura de O Senhor dos Anéis” ou “Guia Para os Nomes de O Senhor dos Anéis”, publicado em diferentes coletâneas.

4)Os termos “Orc” e “goblin” fazem parte dessa categoria que admite tradução ou adaptação para a fonética da língua de tradução segundo o próprio Tolkien.

5)O próprio Tolkien usa a expressão francesa “des Orques” (alguns Orques) para se referir à essa espécie em suas cartas, outro sinal de que ele admitia esse tipo de adaptação fonética.

6)A orientação geral de Tolkien era: se a palavra faz parte da língua inglesa corrente, ela pode ou até deve ser traduzida ou adaptada para a língua de tradução. Foi o padrão que seguimos no caso de “Orque”, “Gobelim” e “Trol” (com um L só).

7)Imaginamos como seria se há séculos as palavras “orc” e goblin” fossem incorporadas ao português e sofressem a evolução fonética natural dentro da língua. “Orque” e “Gobelim” seriam resultados plausíveis desse processo. “Trol” perde o L duplo inexistente em português.

8)É importante lembrar também que tanto orc quanto goblin são palavras, em última instância, de origem latina, e portanto não é absurdo adaptá-las à fonética do português.

9)“Anãos” é estranho, mas ESTÁ CORRETO. Confiram bons dicionários. É um plural alternativo ao “anões”, mais comum. Ora, o plural padrão de dwarf em inglês é dwarfs, mas Tolkien preferia usar “dwarves”, o que explica nossa opção pela forma alternativa.

10)O termo hobbit NÃO MUDA, por ter sido introduzido no inglês pelo próprio Tolkien (embora haja outros usos mais antigos com sentido bem diferente).

11)Tudo o que é de origem élfica também não muda: Balrog continua sendo Balrog, Silmaril continua sendo Silmaril etc.

12)A maioria dos textos de “A Queda de Gondolin” são dos anos 1910 e 1920, uma fase “imatura” da escrita do Tolkien. São textos que soam bem estranhos e arcaicos e inglês e por isso mesmo precisam soar assim em português.

13)Por que fazer isso agora? Por que não manter os termos consagrados? A resposta é uma só: coerência. Ter uma nomenclatura para a obra toda, de cabo a rabo, que realmente leve em conta toda a lógica da nomenclatura tolkieniana conforme expressa pelo autor e conforme ela se casa com a estrutura e a história do português brasileiro. É isso que estamos buscando.

14) A visão de que o tradutor não deve aparecer na tradução é a visão tradicional. Só que ela não é a única. Aliás, há muitos teóricos que consideram a ideia de “invisibilidade do tradutor” ultrapassada. E eu concordo com eles. Um texto traduzido veio DE OUTRA LÍNGUA. De outra cultura, de outra tradição literária, que pode ser bem diferente da língua de tradução. O tradutor que deixa isso claro com honestidade na verdade melhora a experiência do leitor ao trazer pra ele, na medida do possível, essa estranheza do texto original. E outra: Tolkien — e outros autores importantes — são estranhos NA PRÓPRIA LÍNGUA DELES. Quando alguém “nem percebe que está lendo uma tradução”, na verdade está comprando gato por lebre, porque o tradutor está simplesmente reescrevendo o estilo original de um jeito que não assuste o leitor que não deseja ser desafiado.

É isso. Estamos à disposição pra outros esclarecimentos.

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Lendo o livro A Queda de Gondolin devo dizer que se o problema fosse só Orque e Gobelin eu não ligaria, mas a questão é que a tradução no geral está muito ruim, totalmente ao pé da letra.
Parece que jogaram no Google tradutor e só, sem revisão, sem nada.
palavras confusas, frases ao pé da letra, tornando esse o livro mais difícil de ser ler.
E não adianta vir com a desculpa de que “ah, é um texto muito antigo do Tolkien”, porque Beren e Luthien e Os Filhos de Húrin não sofrem do mesmo mal.
Desculpa dizer, mas uma péssima tradução vcs fizeram.

APS Cruz

Há 2 mil anos os romanos já diziam “tradutori traditori”. Essa polêmica e reclamações desnecessárias só mostram que o ser humano está andando para trás. Naquela época quem queria apreciar uma obra aprendia o idioma original, fosse grego ou alguma lingua germânica, ou seja qual fosse.
Hoje a geração milenial, a mais preguiçosa e superficial que já foi documentada, só sabe reclamar e reclamar. Afinal pela internet é fácil não ter vergonha de se embaraçar mostrando vista curta. Se você não gosta de uma tradução, procure o original e deixe os tradutores em paz, eles estão aí para fazer isso: adaptar, abrasileirar no caso do nosso país.

Dito isso, parabéns aos envolvidos na mais recente tradução. Tive uma experiência agradável lendo a Queda de Gondolin pela primeira vez em minha língua materna.

Larry

“Gnomos” foi pesado demais….

willian belizario

achei ridiculo essas palavras , principalmente o termo “gnomo” se eu soubesse q estava assim eu nunca teria comprado. mania besta de querer mudar oq ja é otimo

Carlos

Acabo de ler os dois contos lançados pela HarperCollins e confesso que antes de ter lido, essa noticia sobre a tradução me pareceu estranha, eu não tinha gostado, mas somente pelo costume dos termos antigos mesmo, pois leio Tolkien a bastante tempo.

Mas logo ao começar a leitura e me deparar com certos termos alterados, que nem são muitos ao longo da leitura, pude perceber que não piorou em nada.
Me senti super confortável com a leitura, a tradução em aspecto geral está excelente.

Li alguns comentários aqui sobre estranhar ou não gostar da palavra Gnomo no texto, mas pessoal, isso não foi escolha dos tradutores, faz parte do texto original mesmo. Se estão reclamando é porque não estão acostumados com Tolkien, então devem justamente ler para depois julgar.

Quem sabe, se não querem comprar, pegue emprestado com alguém e de uma chance, pois garanto que para fans de verdade do Professor e de sua obra, essas alterações, que repito, são poucas durante a leitura, só enriquecem a ainda mais a obra do Mestre na nossa língua como provavelmente foi essa a intenção do autor.

Parabéns a todos da tradução, revisão e também na arte, que nas edições brasileiras está especial eu poderia dizer. E a todos que envolvidos, verdadeiros fans agradecem.

Sus!

Henrique Pereira

9- O plural padrão de dwarf em inglês, é dwarves mesmo, Tolkien preferia usar dwarfs. Desonestidade intelectual que esse tal de Reinaldo tem. Tô muito puto com esse “doutor” babaca. Cagou uma educed primorosa das obras de Tolkien.

Magdiel Martins Palmeira

Eu também achei bem frustrante, eu não leio pra ver tradutor “aparecer”, eu não leio para ser “desafiado”, eu leio pra justamente imergir, o mais próximo possível, na obra original. O cara ainda fala em “coerência”, coerência é manter a nomenclatura e terminologia do material de uma obra que já vem sendo traduzida de certa forma há décadas ou mudar agora, recentemente, pro tradutor “aparecer”?

Alysson

É…como dizem os italianos, traduttore, traditore…

Marcus

Comprei Beren e Lúthien e A Queda de Gondolin no original em inglês. Parabéns por fazer quase ninguém querer comprar os livros. Continue assim, os demais brasileiros precisam mesmo se acostumar a ler em inglês.

Reinaldo José Lopes

Quase ninguém. Ambos os livros novos na lista de mais vendidos da Veja e quase ninguém comprou? OK, cada um acredita no que quer, não é mesmo?

Vinicius

É só olhar a quantidade de comentários desfavoráveis aqui e em demais páginas especializadas para perceber o quão rejeitadas foram essas bizarrices que vocês inventaram.

Por mais que tentem convencer-se do contrário..

Henrique Pereira

Comprei na pré venda confiando no nome HarperCollins. Agora não compro mais nenhum até que seja mudada a tradução para a forma correta, sem acréscimos de ego desses “tradutores”.
Puta que pariu nessa merda de tradução. Pra quê fazer isso?

Davi Bastos

Parabéns ao Conselho de Tradução! Parabéns, Reinaldo, Gabriel, Ronald e Samuel, pelo ótimo trabalho.

Quando ouvi falar da entrada da HarperCollins no Brasil, muito temi que fariam de tudo pra vender e usariam todo aparato mercadológico possível para extrair dinheiro do fandom nerd, que, como todos sabem, alimenta uma poderosa indústria de entretenimento.
Contudo, a preocupação com a qualidade do trabalho tem sido prioritária pro Samuel Coto, o que já se depreende pela escolha dos tradutores (fiquei muito feliz de ver a Valinor representada e honrada nas pessoas do Reinaldo e do Gabriel – sou membro do fórum Valinor desde 2008). Ousar traduzir termos tão consagrados como “orc”, “goblin” e “anões” pelas formas não-ortodoxas “orque”, “gobelim” e “anãos” mostra que o trabalho da HarperCollins não está aqui para agradar o público simplesmente, mas que é guiado por diretrizes claras e objetivas de qualidade.
Posso atestar sem medo a qualidade do trabalho editorial do Samuel Coto, pois estive presente, neste sábado, na premiação da Associação de Editores Cristãos onde o Samuel recebeu 7 prêmios pela excelência editorial da Thomas Nelson, braço da HCB – mais prêmios do que qualquer outra editora representada.
Como estudante de filosofia da Unicamp e orientando de um tradutor de Aristóteles a partir do grego clássico, entendo que as novas teorias de tradução enriquecem muito a compreensão de um autor, e a opção por termos não ortodoxos – no caso de Aristóteles, rompemos com 2500 anos de história da tradução de alguns termos via latim – trazem mais pra perto o sentido do texto original para seu público alvo. Simpatizo com as escolhas de tradução do conselho, e não menos com a dificuldade de lidar com um enorme público raivoso por ver uma tradição consolidada sendo desafiada.

Público brasileiro, o Conselho de Tradução da HCB faz aos fãs um enorme favor! Para mim isso está muito claro. Eles trazem para nós, fãs de Tolkien, aspectos desse autor que foram muito ou pouco transmitidos aos fãs: sua teoria de tradução. Tolkien era um filólogo, as línguas eram sua paixão e objeto de estudo. Todos sabemos que as línguas élficas foram inventadas por ele seguindo regras muito específicas de funcionamento da linguagem. O Conselho de Tradução, com essa polêmica, torna conhecido aos fãs de Tolkien como o professor pensava que sua obra deveria ser traduzida. Creio que é algo muito importante, muito central para um fã de Tolkien. Concordo que talvez nem tanto para um fã de Dungeons&Dragons, ou um fã mais dos filmes de Peter Jackson do que da obra de Tolkien, mas o fã de Tolkien deve estar vibrando com as novas traduções. Eu espero que tenhamos muitas traduções diferentes de Tolkien, para podermos comparar entre elas e tomar conhecimento das diferentes possibilidades com que podemos enxergar a obra do professor. Mesmo quem pode ler em inglês (como é meu caso) é beneficiado, pois vemos a partir da ótica de outra pessoa o texto original em inglês. Isso enriquece muito a experiência tolkieniana. Quanto mais traduções diferentes, melhor. Quanto mais adaptações cinematográficas diferentes, melhor. Assim podemos ampliar nossa visão da obra de Tolkien experimentando a visão de outras pessoas dessa obra.

Reitero: a HCB não está simplesmente pedindo por seu dinheiro, ela está trazendo mais de Tolkien para o fandom brasileiro, e está explorando nossa própria língua portuguesa para apresentar um Tolkien numa experiência que ela julga mais próxima da original inglesa. Parabéns, Reinaldo, parabéns, Gabriel, Ronald e Samuel.

Vinicius

De fato, fez um enorme favor:

Tirou toda uma geração da preguiça de ler o texto traduzido, dada a péssima qualidade, e os levou a procurar o original.

Muito obrigado!

Alexandre

Péssimas mudanças. Não deveria se alterar o que já estava ótimo. Fica a impressão de que as alterações foram feitas apenas para “causar”, colocar na realidade as teorias de tradução do Reinaldo e os que pensam de modo semelhante, sem levar em consideração a sensibilidade dos leitores.

Ronaldo Ruiz dos Santos

Gnomos e Melko não entendi, está assim na obra original do mestre e ele mudou depois ou tinha sido traduzido equivocadamente no Silmarilion? Qual o motivo? (não é critica não é curisodidade mesmo).

Davi Bastos

Era assim originalmente e Tolkien alterou depois.
Gnomos > Noldor
Melko > Melkor

Luiz Felipe

Numa boa, a única coisa que me incomodou foi o termo “Anãos” que, apesar de correto, é extremamente feio, soa mal e era algo que vocês poderiam evitar. De resto, “Orques”, “Gnomos” e “Gobelins” acho tranquilo, nada disso me agride. No mais, parabéns pelo trabalho, e parabéns a HCB pela beleza das edições.

Francesco Pugliesi

O maior estranhamento para mim foi gnomo, mas compreendi os motivos e a lógica por trás. Achei interessante as escolhas. Parecem banais, mas acho que valorizam nossa língua. Vocês tem meu total apoio. Aos incomodados, não comprem os livros e permaneçam resmungando em fóruns de internet. Boa sorte.

Victor Pimenta

Não existe a menor chance de eu comprar livros com essas traduções.

Escolhas horríveis, ferem os olhos e tiram o prazer da leitura.

Lembro quando li pela primeira vez o Silmarillion, ainda adolescente, e ficar deliciado com as palavras.

Tempos depois, ao relê-lo, já tendo também lido diversos trechos no original em inglês, fiquei estupefato com a perfeição daquela tradução, justamente pelo texto manter toda “prosa poética” do original.
Até hoje aquele foi a melhor leitura que tive na vida.
Conspurcar tais memórias com uma leitura que se anuncia truncada por estes termos é algo que não farei.

Seus argumentos são para defender o porquê de, propositadamente, terem feito justamente o contrário. Um crime!

Meu dinheiro não terão.

Antes lerei na língua de Tolkien, como fiz no “Beren and Lúthien”.

Eggon Altmann

Eu não entendo essa tendência, cavalheiros, de aportuguesar tudo na obra de Tolkien e em tantas outras — não é de meu gosto e nunca o foi desde garoto, quando já me interessava por idiomas e já tinha uma percepção de literatura promissora, de livre e espontâneo interesse em aprender e compreender a história contada, bem como palavras de origem estrangeira. Creio eu, entretanto, que isso vá de encontro à realidade dos atuais leitores da obra (é o que parece), que foram seduzidos não pela sofisticação contida nos livros em si, mas por influências “de capa”, como os games, RPGs e, principalmente, os filmes (preferencialmente, dublados); o que é muito bom por um lado, as vendas em grande volume, porém, no outro, só constata o idiotamento do público brasileiro, ou a editora o subestima, pois o próprio mundo tolkieniano é de uma variedade filológica excepcional, algo que seria excelente se preservar. Ainda, portanto, prefiro os termos “orc”, “troll”, “goblin”, etc frente aos que o conselho de tradução atual propõe-se a modificar; sinceramente, não façam isso, por favor.

Davi

Quer dizer que se uma pessoa acostuma a ver filmes dublados, ler livros em sua língua padrão, é idiotamento?

Lendo o conto, ótimo alias … No entanto, o que me causou mais estranheza e que até agora é difícil de ler e a tal palavra “Gnomo”. Não, não dá para ler com estranheza algo que nunca havia visto em toda obra dele até agora. Mais fazer o que ….

Josias

Vocês também irao manter a capa dos livros com as mesmas ilustrações ou irao fazer algo bem “Terra Média” com outras ilustrações?

JOSE JUNIOR

Ótimos argumentos para as mudanças, Reinaldo! Parabéns!

Nós, brasileiros, temos uma fixação quase sexual por palavras em inglês, e nesse ponto somos diferentes de nossos vizinhos latinos, que prezam mais por sua língua, pelo menos até onde vejo.

As traduções dessas palavras não afetarão a beleza do texto, é claro, e manterão a coerência linguística, o que é muito importante.

E nem sei o que dizer para alguém que não lerá a obra por conta da tradução de algumas poucas palavras! As pessoas atualmente procuram motivos ínfimos para reclamações e críticas. Depois da internet, todos se tornaram especialistas em tudo, e assim destilam besteiras e ignorância através de seus telefones celulares. Nessas ocasiões eu lembro de Umberto Eco, que lamentava o poder que a internet deu a pessoas que contribuiriam mais simplesmente ficando caladas.

Mais uma vez, parabéns por seu trabalho!

Eggon Altmann

Do you speak English, sir? Or… Sprechen Sie Deutsch?…

Eggon Altmann

“Depois da internet, todos se tornaram especialistas em tudo, e assim destilam besteiras e ignorância através de seus telefones celulares. Nessas ocasiões eu lembro de Umberto Eco, que lamentava o poder que a internet deu a pessoas que contribuiriam mais simplesmente ficando caladas.”

Ó, Céus! Inclusive o senhor, não? Pelos comentários, citando ainda Umberto Eco, já dizem tudo sobre vossa pessoa. Pois, ao contrário, digo eu que a internet abriu espaço, como nunca antes existiu, para milhões de pessoas mostrarem sua produção de conhecimento, suas visões de mundo, realidades distintas e até suas idiotices, como se lê e vê aos montes por aqui. O seu comentário só se iguala àqueles de muitos professores de faculdade pública de viés duvidoso, que se endeusam por se considerarem elite do conhecimento brasileiro, mas que não passam, não de intelectuais, mas de militantes reacionários que mal falam outro idioma que não seja a língua presa dos “hermanos” ou o próprio vernáculo… Viva a liberdade de criticar e viva essa mesma liberdade para ser criticado! Isso é estado civilizatório, não é comunismo.

Samuel Valcacio

A internet como meio de comunicação e critica livre concordo totalmente com você Senhor (fake) Eggon. Mas, o que tem haver professor de escola publica com a discussão aqui, viés ideológico blá blá blá !! O.o … típico bolsominion defensor de escola sem partido e outras fanfarrices… enfim, nos poupe. Vá estudar um pouco antes de bostejar falácias na internet por favor.

Quanto a tradução, o próprio Tolkien discordava completamente em qualquer forma de alteração fonética (o que foi o caso desta tradução lixosa desses termos), embora concordasse com algumas alterações semânticas em casos EXCEPCIONAIS (como quando o nome não traduzido lembrava um palavrão na lingua nativa), não precisa de muito tempo de pesquisa em fontes confiáveis para perceber isso, inclusive o próprio Tolkien escreveu um guia para tradução em “The Guide to the Names in The Lord of the Rings” que menciona isso, o qual os tradutores desprezaram totalmente. E ainda, salientando isso ” A visão de que o tradutor não deve aparecer na tradução é a visão tradicional. Só que ela não é a única” só reforça o egocentrismo destrutivo do tradutor. Ainda estou balançado em comprar essas edições somente em virtude da diagramação e o designer das ilustrações que estão compensando como colecionador (e parabens aos envolvidos) mas esses pequenos detalhes intervindos sem necessidade foram broxantes e na minha opinião diminuíram a grandiosidade que poderia ter sido esta edição, caso contrario, ja estaria comprado a muito tempo. Sei que muitos pensam como eu, e os que não pensa assim não ligam para esse tipo de detalhe, logo, a editora só teve a perder com esse invento.

Victor Teles

Quem disse que não leremos?
É só ler o original..

JORGE PEREIRA DE CASTRO NETO

A respeito trol e orque, eu realmente não vejo problema nenhum, acho até interessante a tradução para o português. Mas gobelim realmente não desce. Basta falar essa palavra em voz alta q a pessoa percebe o quanto ela soa ridícula (por falta de palavra melhor), mais lembrando o jogo de futebol de mesa do que um monstro ficcional.

Não sou tradutor e respeito o seu trabalho, mas acredito q seria mais interessante apenas “goblim”. Até pq não imagino ninguém utilizando o termo gobelim.

Rafael Marinho

“14) A visão de que o tradutor não deve aparecer na tradução é a visão tradicional. Só que ela não é a única. Aliás, há muitos teóricos que consideram a ideia de “invisibilidade do tradutor” ultrapassada.”

Não pude deixar de pensar na belíssima tradução do título de breaking bad. A química do mal.(sarcasmo)

Ainda não li o livro comprei na pré venda, mas ainda nao li. Logo não farei juízo de fato.

A princípio é extranho, agride meus olhos, me desagrada, mas se o conjunto for bom, eu supero tudo isso e certamente apreciarei.

Porém, fico com medo do peso da mão do(s) tradutores. Por outro lado acompanho o blog/página a algum tempo e tenho confiança de que a intenção e boa.

Essas opiniões contrária são, como diria Isaac Asimov, nutridas pela falsa noção de que “minha ignorância vale tanto quanto seu conhecimento”.

César

Apesar das justificativas, não vejo a necessidade real dessas mudanças. Parece muito mais uma estratégia de chamar atenção via polêmica do que qualquer outra coisa. De qualquer forma, não comprarei produtos da editora com essas traduções. E muito acredito farão o mesmo. Boa sorte no processo.

Eberson

Putz Reinaldo seria melhor você não ter escrito mas como estamos no período de que não devemos considerar opiniões.
Porque o Tolkien levou ao mundo essas 2 simples palavras que p você não tem importância. Vai ler Crepúsculo por favor

Eberson

Vamos deixar o público avaliar seu trabalho. Meus alunos não vão ler o seu trabalho eu garanto

Victor Teles

Não existe a menor chance de eu comprar livros com essas traduções.

Escolhas horríveis, ferem os olhos e tiram o prazer da leitura.

Lembro quando li pela primeira vez o Silmarillion, ainda adolescente, e ficar deliciado com as palavras.
Tempos depois, ao relê-lo, já tendo também lido diversos trechos no original em inglês, fiquei estupefato com a perfeição daquela tradução, justamente pelo texto manter toda “prosa poética” do original.

Seus argumentos são para defender porque, propositadamente, fizeram justamente o contrário. Um crime!

Meu dinheiro não terão.

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