Primula
Moda, mediana, média...
???
Eu era muito feliz solteira. E sou também muito feliz amando alguém.
Existe sempre o complexo de enfermeira, de querer cuidar de alguém, e o complexo de Édipo, de procurar uma segunda mãe. Pela falta, insegurança e o escambau que nós seres humanos temos medo da solidão.
De fato, temos todos um medo enorme da solidão... poucos entendem o valor de estar sozinho, e normalmente vejo sim nas pessoas que regojizam a solidão uma dor de cotovelo por não ter alguém.
Não é por poder sair quando bem der na telha, e se divertir com quantas pessoas quiser que é importante a solidão. A liberdade não deve ser confundido com libertinagem.
A solidão é interessante tanto para a introspecção quanto para o lazer pessoal. Uma forma de descobrimento de si mesmo, para saber o que lhe interessa, o que lhe agrada, etc.. Dessa forma saberá o que quer em alguém para caminhar junto por um bom tempo.
Daí a comparação com muleta, que foi apropriada.
No interesse por outra pessoa, andar junto não significa se apoiar no outro. Há tempos em que talvez seja necessário o apoio, mas na maior parte do tempo é andar de mãos dadas e não como saco de batatas. E que nem sempre vai ter apoio, mesmo quando precisar (por algum motivo) e que nesses casos, vai ter de se virar sozinho como quando torce o pé em uma rua deserta à meia-noite.
Há pessoas que tem complexos de Édipos e Elektras, e de enfermeiras, que pensam querer alguém para cuidar, alguém que cuide deles o resto da vida. E o que eles pensam que querem raramente é o que realmente precisam ou querem mesmo.
Daí vem o grande problema de se agarrar aos caras/minas errados.
Faz parte do aprendizado e do amadurecimento errar nas escolhas. O problema é não saber avaliar os resultados de experiências falhas, o que leva à reincidência do erro. No caso, em continuar a pegar os caras e minas errados. Isso porque não avaliou realmente o que quer/precisa, e não o que pensa que quer/precisa.
Quando se fala que é importante se amar, é porque já tem certa segurança em andar sozinho sem ninguém ajudando. Se alguém ajudar é bonus, mas se não tiver a pessoa a seu lado, não vai se desesperar. Isso ajuda muito numa relação saudável e madura.
Claro que se alguém quer ser cuidado, e alguém quer cuidar de alguém, e se os dois combinam isso, de certa forma é uma relação também "estável" apesar de um pouco patológica e nada madura... eu diria mais que é um equilíbrio instável, mas não posso deixar de concordar que é um "equilíbrio". Se as pessoas envolvidas tivessem ciência de sua situação precária seria muito melhor, mas normalmente os sujeitos envolvidos nesse tipo de rolo não tem noção nenhuma dos riscos envolvidos nesse "equilíbrio". Se tivessem, estariam mais na categoria saudável e maduro.
Mas isso não é problema meu
Eu era muito feliz solteira. E sou também muito feliz amando alguém.
Existe sempre o complexo de enfermeira, de querer cuidar de alguém, e o complexo de Édipo, de procurar uma segunda mãe. Pela falta, insegurança e o escambau que nós seres humanos temos medo da solidão.
De fato, temos todos um medo enorme da solidão... poucos entendem o valor de estar sozinho, e normalmente vejo sim nas pessoas que regojizam a solidão uma dor de cotovelo por não ter alguém.
Não é por poder sair quando bem der na telha, e se divertir com quantas pessoas quiser que é importante a solidão. A liberdade não deve ser confundido com libertinagem.
A solidão é interessante tanto para a introspecção quanto para o lazer pessoal. Uma forma de descobrimento de si mesmo, para saber o que lhe interessa, o que lhe agrada, etc.. Dessa forma saberá o que quer em alguém para caminhar junto por um bom tempo.
Daí a comparação com muleta, que foi apropriada.
No interesse por outra pessoa, andar junto não significa se apoiar no outro. Há tempos em que talvez seja necessário o apoio, mas na maior parte do tempo é andar de mãos dadas e não como saco de batatas. E que nem sempre vai ter apoio, mesmo quando precisar (por algum motivo) e que nesses casos, vai ter de se virar sozinho como quando torce o pé em uma rua deserta à meia-noite.
Há pessoas que tem complexos de Édipos e Elektras, e de enfermeiras, que pensam querer alguém para cuidar, alguém que cuide deles o resto da vida. E o que eles pensam que querem raramente é o que realmente precisam ou querem mesmo.
Daí vem o grande problema de se agarrar aos caras/minas errados.
Faz parte do aprendizado e do amadurecimento errar nas escolhas. O problema é não saber avaliar os resultados de experiências falhas, o que leva à reincidência do erro. No caso, em continuar a pegar os caras e minas errados. Isso porque não avaliou realmente o que quer/precisa, e não o que pensa que quer/precisa.
Quando se fala que é importante se amar, é porque já tem certa segurança em andar sozinho sem ninguém ajudando. Se alguém ajudar é bonus, mas se não tiver a pessoa a seu lado, não vai se desesperar. Isso ajuda muito numa relação saudável e madura.
Claro que se alguém quer ser cuidado, e alguém quer cuidar de alguém, e se os dois combinam isso, de certa forma é uma relação também "estável" apesar de um pouco patológica e nada madura... eu diria mais que é um equilíbrio instável, mas não posso deixar de concordar que é um "equilíbrio". Se as pessoas envolvidas tivessem ciência de sua situação precária seria muito melhor, mas normalmente os sujeitos envolvidos nesse tipo de rolo não tem noção nenhuma dos riscos envolvidos nesse "equilíbrio". Se tivessem, estariam mais na categoria saudável e maduro.
Mas isso não é problema meu