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Na escola geralmente o parnasianismo é ensinado junto com o simbolismo, como se fossem opostos um do outro. Ao menos comigo foi assim. Como eu me identificava (e ainda me identifico) muito com o simbolismo, inevitavelmente adquiri um certo distanciamento do parnasianismo, e, consequentemente, de Bilac. Tempos depois que fui perceber que também não estou tão distante assim da poesia de Bilac, e essas palavras do Béla só reforçam isso. Preciso voltar ao nosso querido Olavo algum dia.

Preciso ler Duna. Prefiro ler os livros antes de assistir aos filmes, mas nesse caso específico sei que não vai dar tempo, hehe. Espero que o filme me atice ainda mais para a leitura. Você já mencionou Duna algumas outras vezes aqui, e a vontade nunca cessou.

Curiosamente, é o segundo conhecido nessa semana que vejo comentando sobre O Perfume, um livro que não é tão famoso assim, ao menos não tanto quanto o filme. E são duas pessoas de excelentes gostos literários, da mais alta qualidade possível. Não posso deixar de ler.
 
Última edição:
Eu não gostava muito das aulas de Escolas Literárias (só tô aprendendo a ler poesia agora, com a ótima indicação do @Béla van Tesma do livro de Armindo Trevisan), mas lembro mesmo de o Parnasianismo ser associado a futilidade e outras ideias negativas... talvez existisse uma tendenciosidade dos teóricos e professores a apreciar mais a poesia com cunho crítico, ou que de algum modo desse azo a discussões sociais...
 
Aaaah, Frankenstein é ótimo! Uma das melhores definições que eu já vi do livro foi de alguém dizendo: "É a história de um cara contando a história de um cara contando a história de um monstro contando uma história."
sim! exatamente! estava para comentar sobre esse livro, mas vc resumiu perfeitamente hehe

e para ser sincero, foi uma das coisas que me fez largar o livro depois de me arrastar com ele por mais da metade... essa coisa toda de a história, quando está ficando boa, parar para introduzir um outro começo... a outra coisa é que achei a escrita em todas essas partes diferentes tão iguais, e tão insossa - parece um estilo de escrita epistolar que todos ingleses daquela época teriam, até o monstro meio que fala igual (mas entendo que o livro é antigo, então essa questão toda de vozes narrativais plurais não estava ainda tão avançada).
Por sorte (ou assim espero), terei de estudar esse romance nesse semestre, aí talvez faça as pazes com ele... ou o odeie ainda mais haha

De resto (e desculpe começar com uma opinião negativa sobre um livro querido seu, Lufe .-.) adorei a lista, me fez querer pegar o Encontro Marcado da minha estante agora e dar mais atenção ao Bilac e uma chance a Duna ☺️

Estou querendo finalmente ler Homero esse ano - sim, ainda não li .-. pelas que comparei, adorei a trad. do Christian Werner (ed. Ubu). Vou ler nela.

O Saramago é o único dos que li dele até agora que não amei. Adoro os comentários sarcásticos dele sobre religião, sobre tudo na verdade, inseridos no meio de suas tramas, adoro as digressões dele, mas achei que em Evangelho foi o livro todo isso, e acabou sendo monótono. Também as personagens foram tão sem dimensão pra mim, ao contrário dos outros livros dele; talvez tenha sido intencional, mas aí de novo toda a questão ideológica do livro foi enfadonha e fácil de refutar, como ler Saramago escrevendo um textão enraivecido no fb. Mas enfim, sei que sou da opinião divergente aqui, daí quando tiver lido todos os livros dele quero reler esse para ver se a impressão é a mesma de antes...

Ah, e sim! As Cidades Invisíveis é uma jóia rara de um livro!

E O Perfume me encantou quando li da biblioteca do ensino médio! Lembro que a professora de literatura pediu para pegarmos um livro e escrever uma resenha e escrevi com tanta paixão sobre este que ela gostou muito, hehe
 
Eu não gostava muito das aulas de Escolas Literárias (só tô aprendendo a ler poesia agora, com a ótima indicação do @Béla van Tesma do livro de Armindo Trevisan), mas lembro mesmo de o Parnasianismo ser associado a futilidade e outras ideias negativas... talvez existisse uma tendenciosidade dos teóricos e professores a apreciar mais a poesia com cunho crítico, ou que de algum modo desse azo a discussões sociais...
Sobre o ensino precário do nosso parnasianismo nas escolas e o porquê disso, recomendo este textinho do Emmanuel Santiago:

 
sim! exatamente! estava para comentar sobre esse livro, mas vc resumiu perfeitamente hehe

e para ser sincero, foi uma das coisas que me fez largar o livro depois de me arrastar com ele por mais da metade... essa coisa toda de a história, quando está ficando boa, parar para introduzir um outro começo... a outra coisa é que achei a escrita em todas essas partes diferentes tão iguais, e tão insossa - parece um estilo de escrita epistolar que todos ingleses daquela época teriam, até o monstro meio que fala igual (mas entendo que o livro é antigo, então essa questão toda de vozes narrativais plurais não estava ainda tão avançada).
Por sorte (ou assim espero), terei de estudar esse romance nesse semestre, aí talvez faça as pazes com ele... ou o odeie ainda mais haha
Pois é, o fato dos diferentes narradores da história terem uma "voz" parecida é uma crítica até que frequente ao livro; eu mesmo notei isso quando o li pela primeira vez alguns anos atrás. Ainda assim, o romance tem boas reflexões, a história é interessante, e a autora (que aliás, começou a escrever o livro com 18 anos e publicou com 20) narra de maneira bastante eloquente sentimentos de angústia e desespero. Enfim, apesar de ter alguns defeitos, acho que é um livro notável e sempre gostei.
 
@Loveless antes do filme você só precisa ler o primeiro volume. Se bobear, só metade dele pois o filme vai ser dividido em dois, né? XD Como eu já disse, não é necessário ler os demais; é só pra quem tiver curtido mesmo. São histórias independentes (algumas se passam séculos depois).
 
Sobre o ensino precário do nosso parnasianismo nas escolas e o porquê disso, recomendo este textinho do Emmanuel Santiago:

Ótimo texto. O que eu lembro é bem isso mesmo: o Parnasianismo apresentado como uma espécie de introdução antagônica ao Modernismo, tipo: "Olha aí, foi esse período alienado e sem originalidade da nossa literatura que O GRANDE MOVIMENTO NACIONAL E REVOLUCIONÁRIO DE 1922 veio romper".
 
E O Perfume me encantou quando li da biblioteca do ensino médio! Lembro que a professora de literatura pediu para pegarmos um livro e escrever uma resenha e escrevi com tanta paixão sobre este que ela gostou muito, hehe

Lembro que tinha visto o filme, achei o livro na biblioteca do CTUR e fiquei na fila, mas algum maldito PERDEU o livro e precisou repor. A reposição? Alguma coleção besta de fantasia young adult.

Só li A Odisséia, mas eu era bem teen e não achei tudo isso que dizem :lol: Preciso reler, agora com mais repertório. Gosto muito das crônicas e contos do Sabino, então vou dar uma chance pra indicação do Calib.
 
Acho que essa é a lista de mais livros que eu já li.
Eu admito, só li a Odisseia por que foi obrigada, ou lia ou fica reprovada, não curto Homero como literatura para mim é insuportável. Já Duna e Frankstein, são dois livros excelentes que li e gostei bastante.
Perfume e Cidades Invisíveis foram livros que li por causa de um desafio, e foi um dos que valeram a pena serem lidos.
Juro que nunca entendi esse amor das pessoas pelo Saramago, até que devido a tantas falas da minha orientadora sobre o quão inovador é o estilo dele aplicado em Caim eu fui ler o livro, e sim o livro é bem inovador na maneira como ele relatas os acontecimentos, mas eu não consegui finalizar a leitura e Saramago foi para a lista de autores que não voltarei a ler.
 
Poxa, mas "Caim" é provavelmente o pior livro dele. Péssima escolha da sua professora. Só se ela escolheu por seu curtinho... Ainda assim, é um que eu jamais recomendaria. :timido:
 
Todos os livros do Saramago que citam o @Béla van Tesma disse que não recomendaria, não tem como ler esse autor.
Sacanagem. :lol:

É que é assim: como eu falei ali na lista, o Saramago foi o autor que eu mais li. Eu colecionava e tudo. Li 20 livros ou mais. Praticamente qualquer livro dele que você encontrar publicado pela Cia das Letras eu já li. Acho que só não li "Levantado do chão".

Só que é um autor bem irregular; mesmo o primeiro livro dele, escrito muitos anos antes do sucesso que ele viria a ter depois, o "Claraboia", é superior a muitos outros já escritos durante a fama, como esse "Caim". O "Caim" é um livrinho pequeno que se resume a criticar a religião cristã e a zoar a religião de um modo geral. Parece um panfletinho bobo que algum xiita da Atea escreveria. E eu fico um pouco receoso de indicar alguns livros porque eu já experimentei a sensação de ter relido um de seus romances mais famosos e ter mudado de opinião sobre ele: na primeira vez, eu adorei; na segunda, quinze anos depois, achei ruinzinho. Fico receoso de indicar livros que eu li quinze anos atrás porque talvez hoje eu já não os indicasse, se relesse.

Mas, pensando na sensação que tive à época da leitura, eu recomendaria com tranquilidade estes livros aqui:

O evangelho segundo Jesus Cristo
O ano da morte de Ricardo Reis
A caverna
O homem duplicado
Todos os nomes
A viagem do elefante
Claraboia

:joinha:
 
Sacanagem. :lol:

É que é assim: como eu falei ali na lista, o Saramago foi o autor que eu mais li. Eu colecionava e tudo. Li 20 livros ou mais. Praticamente qualquer livro dele que você encontrar publicado pela Cia das Letras eu já li. Acho que só não li "Levantado do chão".

Só que é um autor bem irregular; mesmo o primeiro livro dele, escrito muitos anos antes do sucesso que ele viria a ter depois, o "Claraboia", é superior a muitos outros já escritos durante a fama, como esse "Caim". O "Caim" é um livrinho pequeno que se resume a criticar a religião cristã e a zoar a religião de um modo geral. Parece um panfletinho bobo que algum xiita da Atea escreveria. E eu fico um pouco receoso de indicar alguns livros porque eu já experimentei a sensação de ter relido um de seus romances mais famosos e ter mudado de opinião sobre ele: na primeira vez, eu adorei; na segunda, quinze anos depois, achei ruinzinho. Fico receoso de indicar livros que eu li quinze anos atrás porque talvez hoje eu já não os indicasse, se relesse.

Mas, pensando na sensação que tive à época da leitura, eu recomendaria com tranquilidade estes livros aqui:

O evangelho segundo Jesus Cristo
O ano da morte de Ricardo Reis
A caverna
O homem duplicado
Todos os nomes
A viagem do elefante
Claraboia

:joinha:
"Todos os nomes" é ótimo, li uns anos atrás. Do Saramago, além do citado, só li "As intermitências da morte", que achei ó... uma bosta.
 
Poxa, mas "Caim" é provavelmente o pior livro dele. Péssima escolha da sua professora. Só se ela escolheu por seu curtinho... Ainda assim, é um que eu jamais recomendaria. :timido:
Ela não indicou, eu que fui encara esse livro primeiro, :lol: ela é uma apreciadora do Saramago e costuma falar das obras dele o tempo todo e como ela falava mais de Caim quando estávamos discutindo sobre analise de fonte, eu não pensei duas vezes e fui direto para ele,🤦‍♀️ era melhor ter lido Bauman.
 
Eu disse que não comentaria a minha própria lista, mas preciso falar um trem: eu jamais pensaria que poucas pessoas do fórum tivessem lido O Encontro Marcado porque, no meu imaginário (de mineira, não de pessoa que fez Letras), todo mundo leu Fernando Sabino. Como eu disse, isso é muito coisa de mineira, mesmo. A gente fica surpreso é quando alguém de MG não leu o livro (Né, migo Mercúcio? 🤭). Passada a surpresa, caiu a ficha: fora de MG, o povo conhece, muito, as crônicas do Fernando Sabino, não os romances, né?

Da primeira vez que li o referido livro, eu tinha 14 anos (e ainda queria ser freira :hihihi: ), e confesso que só o li porque achei o título mó bonito. Não tive nenhuma epifania, mas gostei do fato de o Eduardo ser escritor e tal. Foi só isso. Eu não tinha ninguém para comentar sobre o que havia lido, porque meus colegas de escola (e as primas da minha idade) não liam porra nenhuma. hahahahahahaha

Da segunda vez que li O Encontro Marcado, eu já queria ser escritora, e já queria muitas outras coisas; foi quando o livro atingiu um significado cósmico para mim, e eu passei a relê-lo, religiosamente, todo ano. (Demoro, no máximo, dois dias para devorar o livrinho). No ano passado, não consegui reler, não estava no clima. Mas, ao falar sobre o livro, no texto inicial, senti que preciso, o mais rápido possível, voltar a "puxar angústia" com Mauro, Hugo e Eduardo.
 
Da lista titular só li a Odisseia, que também é um dos meus livros favoritos e está na lista que fiz para o tópico. E, bem... Meu filho chama Ulisses.

Aliás, pensei em ti esses dias, para pedir dicas de traduções da Ilíada e da Odisseia. Tem crescido em mim a vontade de voltar a ler e estudar mais sobre Antiguidade Clássica. Logo mando mensagem no whats. Recentemente descobri o canal do professor Leonardo Antunes, que já vi que tu é seguidor e comentador. Acho que vou esperar sair a tradução dele da Ilíada ano que vem.

Chocado por não ter percebido que Calib é Bilac ao contrário. Mesmo sabendo que teu TCC foi sobre este Olavo.

Nunca li Bilac, acho que fui contaminado pelas tais aulas de literatura no colégio. Mas esse poema "Dualismo" é lindo mesmo.

Geralmente não gosto de romance de formação, então provavelmente continuarei longe deste do Sabino. Provavelmente. Porque citar que é "A Náusea" brasileira me lançou a isca certa.

Duna eu gosto muito dos filmes, mesmo eles sendo ruins, hehe. Quero ler os livros, mas a quantidade deles me assusta. No entanto, é um objetivo de vida de leitor para o futuro. Quem sabe o novo filme me inspire a encarar.

Frankenstein só não li porque não me caiu nas mãos ainda.


Da lista reserva, Hamlet está no meu top 5 também. Calvino é só amor, gosto demais. O resto não li e nenhum me chama a atenção. Saramago tem uma fama de ser difícil, de ler e de entender, talvez tenha me mantido afastado por isso.
 

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