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Poesias

Putz! Tudo que eu queria era um grupo de pessoas esclarecidas para algumas "divagações filosóficas" como essa do poder das palavras... Aqui no Rio o nível geral das pessoas é péssimo... O melhor que se consegue é saber da atuação do Flamengo... Se amanhã dá praia...

Isso sem contar a “marra” do carioca, que parece ser inerente a natureza do seu ser...

"Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes..."

Edited by - Erunámo on 07 December 2001 01:51:45
 
Po, tb não é assim não cara! Isso q vc fala não é uma exclusividade dos cariocas! Em qq lugar q vc va são raras as pessoas q gostam de poesia, musica classica, discursões filosoficas intelectuais e esse tipo de coisa!

E vc tb tem q levar em conta q uma pessoa em grupo é uma coisa e sozinha é outra! Vc pode encontar um poeta até mesmo dentro de um farrista garanhão pegador metido a gostoso com pitna de galan!

"A vida é muito simples, portanto não complique a sua!"
 
Eh exatamente isso q acontece comigo: Eu penso em algumas frases e elas parecem horriveis. Entao, eu escrevo ou simplesmente fico pensando naquilo.
Quando eu fico triste ou melancolico (ou mesmo com saudade) pronto! Aquelas frases começam a fazer sentido.
Quando estamos sos e meio depre, acho q estamos mais sensiveis pra nossa propria alma. As vezes ta tudo taum corrido q naum temos tempo nem mesmo de nos ouvir.

*******************
By Bastian Hawkins

Tenho em mim uma vontade
Que anseia amar-te, a resistir-me.
Pra revelar minha verdade.
Ou consurmir-me
 
quote:
Eh exatamente isso q acontece comigo: Eu penso em algumas frases e elas parecem horriveis. Entao, eu escrevo ou simplesmente fico pensando naquilo.
Quando eu fico triste ou melancolico (ou mesmo com saudade) pronto! Aquelas frases começam a fazer sentido.
Quando estamos sos e meio depre, acho q estamos mais sensiveis pra nossa propria alma. As vezes ta tudo taum corrido q naum temos tempo nem mesmo de nos ouvir.

*******************
By Bastian Hawkins

Tenho em mim uma vontade
Que anseia amar-te, a resistir-me.
Pra revelar minha verdade.
Ou consurmir-me


Pois é fazendo uma analogia... quando estamos felizes somos meio malkavianos... quando ficamos melancolicos, comecamos a entender as entrelinhas do que escrevemos

"Vamos pra Valinor"
 
Existe um trecho do Silma que exemplifica bem isso. Vou transcrever abaixo para vocês...

“É que de bem-aventurança e da alegria na vida há pouco a ser dito enquanto duram; assim como as obras belas e maravilhosas, enquanto perduram para que os olhos as contemplem, são registros de si mesmas; e somente quando correm perigo ou são destruídas é que se transformam em poesia.”

Legal, né?


"Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes..."
 
quote:
Po, tb não é assim não cara! Isso q vc fala não é uma exclusividade dos cariocas! Em qq lugar q vc va são raras as pessoas q gostam de poesia, musica classica, discursões filosoficas intelectuais e esse tipo de coisa!

E vc tb tem q levar em conta q uma pessoa em grupo é uma coisa e sozinha é outra! Vc pode encontar um poeta até mesmo dentro de um farrista garanhão pegador metido a gostoso com pitna de galan!

"A vida é muito simples, portanto não complique a sua!"

Não exagera Digo_s , também não é assim! A probalidade de um cara com o perfil que você traçou ter algum conceito superior ao dia do seu próprio aniversário é improvável... Claro que existem exceções, mas dificilmente um farrista que “curte a night e a balada” terá seu lado reflexivo e sentimental... A vida é como um RPG... Ou você é mago ou guerreiro, não adianta querer ser os dois... Igual essas mulheres (homens também adoram fazer isso) que querem um cara saradão, mestre nas artes do prazer e que de manhã leve morangos silvestres na cama para ela e recite um soneto em sua homenagem... O problema é que o ser humano não aceita essa condição e tenta ser tudo e querer tudo, isso os que se preocupam em melhorar enquanto criaturas pensantes, obviamente... Claro que existe o meio termo, mas sempre a sua natureza e personalidade irão tender para um dos lados, o físico ou o mental...

E voltando a falar do Rio.. Mesmo sabendo que certas conversas não se consegue desenvolver em qualquer lugar, de uma forma geral, o nível mental das pessoas aqui no Rio é ruim sim... Eu sempre morei aqui e posso criticar... Não que em outros estados só existam pessoas esclarecidas, pelo contrário, mas ao menos eles tem algo que falta (e muito) ao carioca: respeito... Uma coisa é você falar de Sócrates e a pessoa não conhecer/entener, outra é a pessoa querer tirar sarro (ou como carioca diz “sacanear”) de você... Não sei se é esse sol causticante que deixa todos meio alterados ou se é essa mania do carioca de achar que sabe de tudo e rejeitar aquilo que desconhece, mas o fato é que aqui as pessoas são intolerantes pacas!

Claro que existem exceções, como eu... e você... mas no geral...


"Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes..."

Edited by - Erunámo on 08 December 2001 03:03:44
 
Bom cara, talvez vc possa morar no rio a muito tempo, mas deve viver em uma parte limitada dele! Eu estudei até a 8 serie numa escola particular! Odiava aquele lugar, só tinha filhinho de papai!
Fiz o encino meido no CEFET e cara, o povo de lá é o mais maneiro possivel, lá as pessoas sabem lidar umas com as outras, bem diferente, e isso tb é no rio! Pessoas q sabem conversar besteira e tb discutirem assuntos serios, inclusive poesias!
Tinah uma garota na minha turma q po, era a mais futil possivel, só queria saber de farra dançar, pegar homen e não sei oq, mas tb escrevia poesias lindas e era professora de Caticismo! Pode acreditar! Nesse mundo existe de tudo!

Esse ano tava fazendo prevestibular e voltei a conviver com pessoas do tipo filhinhos de papai, são bem diferentes, mas aprendi a lidar com todo tipo de gente e agora faço amigos em qq lugar, até com caras q olhando de primeira pode parecer q não tem anda q preste dentro deles, mas por incrivel q pareça, sempre tem!

"A vida é muito simples, portanto não complique a sua!"
 
Eu não disse que não existem exceções... Nem que existam pessoas totalmente dispensáveis... Mas admito que não sou uma pessoa lá muito tolerante... principalmente com aqueles que cultuam a ignorância, futilidade, mediocridade e demência... queria, mas não consigo... Aliás isso é uma coisa em você que eu acho muito legal, a sua capacidade “polianesca” de encontrar o lado bom das coisas...

Continue assim cara!

"Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes..."
 
Vcs nunca devem ter convivido com a comunidade rockeira aqui do rio, nem com a esqueitista, nem com a hippie, com as comunidades alternativas em geral.
Vcs nunca devem ter frequentado as noites de santa teresa (hoje em dia, mais quando tem eventos como o festival de inverno ou arte de portas abertas), nunca devem ter ido a sarais literararios, nunca devem ter se encontrado nos cafes das otimas livrarias que o Rio possui (no Leblom tem uma otimas), etc...
Em suma vcs nunca devem ter ido aos lugares com gente culta(dentro dos limites do razoavel), inteligente, com mente aberta, que na sua maioria aceita as pessoas como elas saum, politizadas, etc...
Pois basta fazer o circuito alternativo da noita carioca e conversar com as pessoas certas.
 
E para prestigiar em alto estilo Carlos Drummond, irei postar aquela que para mim é a sua mais bela poesia. Ela foge um pouco ao estilo do poeta, mas é belíssima... Contemplem...

RECONHECIMENTO DO AMOR


Amiga, como são desnorteantes
os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
onde se reclina a inquietação do forte
(ou que forte se pensava ingenuamente).
Trazia nos olhos pensativos
a bruma da renúncia:
não querias a vida plena,
tinhas o prévio desencanto das uniões para toda vida,
não pedias nada,
não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.


Descansei em ti meu feixe de desencontros
e de encontros funestos.
Queria talvez – sem o perceber, juro –
sadicamente massacrar-te
sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
desde a hora do nascimento,
senão desde o instante da concepção em certo mês perdido
[na História,
ou mais longe, desde aquele momento intemporal
em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
no caos universal.


Como nos enganamos fugindo do amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
sua espada coruscante, seu formidável
poder de penetrar o sangue e nele imprimir
uma orquídea de fogo e lágrimas.
Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro
o Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
quando – por esperteza do amor – senti que éramos
[um só.

Amiga, amada, amada amiga, assim o amor
dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
com olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo; nele nos diluímos,
e a pura essência em que nos transmutamos, dispensa
alegorias, circunstâncias, referências temporais,
imaginações oníricas,
o vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
as chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
todas as imposturas da razão e da experiência,
para sentir em si e por si,
à revelia de corpos amantes,
pois já nem somos nós, somos o número perfeito:
UM.


Levou tempo, eu sei, para que o Eu renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
e se confessasse jubilosamente vencido,
até respirar o júbilo maior da integração.
Agora, amada minha para sempre,
nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
a melodia, a paisagem, a transparência de vida,
perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.


"Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes..."
 
quote:
E para prestigiar em alto estilo Carlos Drummond, irei postar aquela que para mim é a sua mais bela poesia. Ela foge um pouco ao estilo do poeta, mas é belíssima... Contemplem...

RECONHECIMENTO DO AMOR


Amiga, como são desnorteantes
os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
onde se reclina a inquietação do forte
(ou que forte se pensava ingenuamente).
Trazia nos olhos pensativos
a bruma da renúncia:
não querias a vida plena,
tinhas o prévio desencanto das uniões para toda vida,
não pedias nada,
não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.


Descansei em ti meu feixe de desencontros
e de encontros funestos.
Queria talvez – sem o perceber, juro –
sadicamente massacrar-te
sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
desde a hora do nascimento,
senão desde o instante da concepção em certo mês perdido
[na História,
ou mais longe, desde aquele momento intemporal
em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
no caos universal.


Como nos enganamos fugindo do amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
sua espada coruscante, seu formidável
poder de penetrar o sangue e nele imprimir
uma orquídea de fogo e lágrimas.
Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro
o Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
quando – por esperteza do amor – senti que éramos
[um só.

Amiga, amada, amada amiga, assim o amor
dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
com olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo; nele nos diluímos,
e a pura essência em que nos transmutamos, dispensa
alegorias, circunstâncias, referências temporais,
imaginações oníricas,
o vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
as chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
todas as imposturas da razão e da experiência,
para sentir em si e por si,
à revelia de corpos amantes,
pois já nem somos nós, somos o número perfeito:
UM.


Levou tempo, eu sei, para que o Eu renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
e se confessasse jubilosamente vencido,
até respirar o júbilo maior da integração.
Agora, amada minha para sempre,
nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
a melodia, a paisagem, a transparência de vida,
perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.


"Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes..."


Muito boa

"Vamos pra Valinor"
 
Leo, sua analise foi profunda...
Eu naum entendi bem a poesia, mas depois de sua esmiuçante analise eu consegui compreender a essencia da poesia...


*******************
By Bastian Hawkins

Tenho em mim uma vontade
Que anseia amar-te, a resistir-me.
Pra revelar minha verdade.
Ou consurmir-me
 
Acho que poderíamos nos unir e criar uma canção para o Gollum, afinal ele merece.

Strenght and Honor!
 
quote:
Leo, sua analise foi profunda...
Eu naum entendi bem a poesia, mas depois de sua esmiuçante analise eu consegui compreender a essencia da poesia...


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By Bastian Hawkins

Tenho em mim uma vontade
Que anseia amar-te, a resistir-me.
Pra revelar minha verdade.
Ou consurmir-me


Bem Bastian se vc quiser nos podemos comecar a trocar umas ideias sobre análses de poesias.

Eu tenho uma análise do Pascoale do Soneto da Fidelidade, putz muito legal.

"Vamos pra Valinor"
 
Falando serio: me perdoe se vc naum gostou da brincadeira.
Gostaria q vc me mandasse essa análise. naum sabia q o Pasquale fazia análises.
EU ADORO OS SONETOS DE VINICIUS DE MORAES!

*******************
By Bastian Hawkins

Tenho em mim uma vontade
Que anseia amar-te, a resistir-me.
Pra revelar minha verdade.
Ou consurmir-me
 
quote:
Falando serio: me perdoe se vc naum gostou da brincadeira.
Gostaria q vc me mandasse essa análise. naum sabia q o Pasquale fazia análises.
EU ADORO OS SONETOS DE VINICIUS DE MORAES!

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By Bastian Hawkins

Tenho em mim uma vontade
Que anseia amar-te, a resistir-me.
Pra revelar minha verdade.
Ou consurmir-me


hehehehehe, nem dse grila que eu num fiquei brabo nao pra falar a verdade dei boas risadas com o comentario

"Vamos pra Valinor"
 
quote:
Leo, sua analise foi profunda...
Eu naum entendi bem a poesia, mas depois de sua esmiuçante analise eu consegui compreender a essencia da poesia...


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By Bastian Hawkins

Tenho em mim uma vontade
Que anseia amar-te, a resistir-me.
Pra revelar minha verdade.
Ou consurmir-me

Verdade... Quando eu li a análise do Leo_CE pensei: Nossa... Ele encontrou todo um novo sentido para a poesia... Nunca tinha pensado nela sobre esse aspecto...

Profundo... Muito profundo...


"Brincadeirinha, hein Leo...

"Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes..."
 
hehehehehehehehh!

Da proxima vez eu nao digo que ela eh boa eu faço uma redação pra explicar o muito boa.

Ja pensou ler 30 linhas pra concluir que a poesia eh muito boa?

"Vamos pra Valinor"
 
Eu gostei da analise do Leo_CE mas oq achei realmente surpreendente foi colocar o reply da poesia gigantesca, dai vc passa aquilo tudo q ja leu e encontr ano final um Muito Boa!
hehehehe!

"A vida é muito simples, portanto não complique a sua!"
 
Aí vai uma poesia de Álvares de Azevedo...
No final vocês me dizem o que ela lembra...

" Meu Sonho
Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangüenta na mão?
Por que brilham teus lábios ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?

Cavaleiro,quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso...
E galopas do vale através...
Oh!da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?

Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?...
Tu escutas...Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?

Cavaleiro,quem és?-que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?"

Vão dizer que ele não descreveu um Nazgûl? Heim?


"Let s sing The Bard s Song..."

Edited by - Eriol on 13 December 2001 02:48:12
 

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