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[L] Prosas poéticas e poemas curtos [ NON-TOLKIEN ]

valeu valente, tambem acho que daria uma musica boa. na verdade eu acho que escrevo não fazendo poemas mas letras de músicas mesmo, não sei pq.


SÓ O TEMPO

Círculos e círculos,
Nunca uma ponte concreta
Sempre em frente,
eu disse
Sempre
de volta ao começo

E então eu sei que você sabe
que eu sei que foi em vão
Tentar matar aquilo
Nós sabemos
Aquilo
Aqui

Aquilo que não é,
Aquilo que sempre falta

Disseram os sábios
Pegue a sua tocha
E entre no escuro
Para achar o fogo
Mas eu sei o erro
De tentar ser fogo
Quando se é o mar

Queria ser meu
Queria ter força
Pra mudar as coisas
E o jeito que as coisas são
Mas foi tempo perdido
Embora eu saiba
Que a estrela que você me deu
brilha em minhas mãos
e me dá prazer
até eu ter sugado seu brilho
e depois cair em depressão
me matando lentamente
Como um veneno doce

Não dá pra viver assim
Uma espécie de vampiro
Que precisa do sol
Pois não brilha por si próprio

Eu vejo desse jeito
Se render para as pedras
Ver que essa chuva é quente
Ver as coisas de cabeça pra baixo
E não poder sair disso
Preciso de mim mesmo novamente
Eu sei
Em que canto estou
O que está vindo
Está no seu caminho
Você espera que nunca aconteça
Você espera o tempo passar pra ver se muda
Mas é desse jeito
 
Bom, eu estava um pouco parado com poemas. Comecei a escreve rum aqui, outro alí, mas não tinha terminado. Estou escrevendo um que acho que vai ficar bom, pelo menos eu esotu gostando... enquanto isso, vai um antigo que acho que não havia postado aqui. Escrevi ele ano passado, quando fazia o tão temível 3º ano do ensino médio. Envolto por livros, responsabilidades, vestibulares, esse poema simplesmente fluiu, foi saindo, um poema que se fez.

A escola do mundo

De que interessa saber a tabuada da soma
Se a lógica do mundo é dividir?
De que interessa saber o sistema circulatório
Se o coração das pessoas pulsa interesses?
De que interessa saber a história geral
Se tudo o que somos foi banhado a sangue já coagulado?
Sábio é aquele que nada sabe
E na ignorância conhecer a ação de dividir,
E na ignorância conhecer o sentido de se interessar,
E na ignorância conhecer o que é dar o sangue por um ideal.
Assim é a escola do mundo
Onde todos somos alunos...

Guilherme Valente
 
E na ignorância conhecer o que é dar o sangue por um ideal.

Infelizmente, são raros os q dão sangue por um ideal. Na verdade, são raros aqueles q tem um grande ideal, algo nobre de verdade.

Não tenho a intenção de polemizar esta questão, pq afinal esse é o tópico de poesias. Mas seu poema, Valente, me fez refletir novamente sobre a nossa geração q se torna cada vez mais niilista (não me entedam mal, não estou generalizando), consumindo a vida e não se importando com o futuro (da humanidade) ou com as coisas ao redor.

Uma vez ouvi (ou li) q se uma ditadura fosse instalada no Brasil hj, não haveria tanta resistência. Essa é uma afirmação extremamente questionável. Mas confesso q me preocupo com minha geração, e no q ela tem se tornado.

Parabéns pela poesia. Me fez refletir.
 
Falando em carta de suicídio...
Eu só me inspiro quando estou realmente muito triste. A poesia combina mais com a melancolia.
 
depende... combina com melancolia ou qq sentimento q vc esteja sentindo no momento... eu descobri q ate o fato de vc naum estar nem um pouco inspirado pra escrever nada, ja é uma inspiração pra vc escrever sobre isso... :wink:
 
Eu tenho uma amiga que so escrevia poesias tristes ,ela se apaixonou ,agora so escreve poesias romanticas. Cada pessoa tem seu estilo ,a maioria das minhas poesias sao reflexivas pq eu tenho facilidade de escrever sobre minhas reflexoes.
 
Concordo com vc, Amiguinha

Cada pessoa tem seu estilo. E complemento ainda, cada estilo tem seu momento. Eu mesmo me lembro quando era mais novo (e mais romântico) minhas poesias eram terríveis de açucaradas. Hoje me pergunto como consegui escreve-las. Com o tempo a gente vai amadurecendo e isso acaba refletindo nos poemas.

Pessoalmente, hoje eu gosto das poesias irritadas, intensas, explosivas, rebeldes, indignadas, daquelas bem fortes. Mas sem vulgaridade ou expressões q venham empobrecer o poema.
 
Com voce



Com voce eu aprendi que nao importa o que aconteca ,
eu posso superar.
Que mesmo que as pessoas que eu amo morram ,
vou continuar a ama-las
A esperança é necessaria
A luta é diária
Teu sofrimento me enfraquece
Tua alegria me fortalece
O modo como voce supera tudo me inspira
Com voce eu aprendi que ter piedade não é fraqueza
Que ter sonhos não é perda de tempo
Com você eu aprendi que sorrir vale mais do que chorar
e que nem tudo está perdido.
 
Hm, bem... Essa é uma poesia escrita há tempos por mim e pela Eldarwen. Resolvi postar por aqui pra vcs darem uma olhada:

Para lugar nenhum

A mente enebriada lentamente se turva.
Ao sono nao resiste e se curva.
Os sons anunciam o cair da chuva,
com suas gotas risonhas já tocando minha luva.

Meus olhos tentam mais uma vez se abrir,
porém minhas palpebras insistem em cair
Há belas coisas que vejo que me fazem sorrir.
Meu sonho hoje é somente rir e me divertir.

De longe eu a vejo cantando.
É como uma estrela cintilando,
bela como sempre foi.
Mas sua imagem vai se distanciando

O mundo também já é um palco distante.
Um sorriso se esvai num instante.
O limiar do fim é flutuante.
E tudo já adquire contorno ilimitante.

Sem aviso chega a escuridão
O vazio me revela sua imensidão
Meus olhos ultrapassam os limites da ilusão
e o medo toma meu coração.

O pensamento não mais existe.
De encontrar uma saída minha alma desiste.
E por fim somente um sentimento persiste:
O medo irracional do fim que sempre é triste.

O escuro subitamente se dissipa e vejo a luz.
A chuva agora começa a parar.
Vejo a estrada que me conduz,
e o sol volta finalmente a brilhar.
 
Aí vai pequenos versos que foram criados por pessoas de sabedoria imensa em seus momentos de lucidez.

"O que mais vale na vida é a vida que se leva, porque o resto não vale nada"

"Não goze do cabelo curto de hoje, pois ele pode ser o cabeludo de amanhã"

(Essa é um pouco mais séria)

"Grandes pessoas discutem assuntos
Médias pessoas falam de coisas
Pequenas pessoas falam umas das outras"
 
Não sei se é o lugar certo para alojar isso, mas como me registrei no Clube dos Escritores e não entendi como ele funciona, uso esse "contículo" como forma de apresentação. Também aproveito pra pedir informações sobre onde posso consultar as ficções e poemas de todos...Lá vai:


O Sumiço dos Lenhadores


Um dia os lenhadores da aldeia não retornaram da floresta ao fim da tarde, como de costume. Houve alvoroço, e durante a noite seus nomes ressoaram na floresta, invocados por parentes, amigos, inimigos dissimulados e pessoas que acharam a ocasião excitante.

Mas nem a luz do Sol permitiu encontrá-los, e os aldeões voltaram para seus casebres de madeira. Com o cair da noite, o sumiço dos lenhadores foi assunto unânime ao amor do fogo das lareiras, alimentadas por grossos feixes de lenha na frieza da primavera das montanhas.

O que os aldeões não notaram é que naquela manhã, na pequena clareira em que os lenhadores costumavam se reunir para almoçar e conversar apoiados em seus machados, tinham aparecido novas árvores, em mesmo número que os lenhadores, já adultas, em cujas ramarias estouravam flores vermelhas entre folhas castanhas e acetinadas, e onde os passarinhos celebravam suas núpcias.
 
Escrevi esta ano passado, ewu costumava escrever sempre, mas nada a que eu realmente desse atenção...

Quem sou eu?

Eu, que vago por aí sem rumo,
Na noite, fria, escura,
Eu sumo pela larga rua,
Eu vago, vago, vago e não encontro
A resposta à simples pergunta:

Quem sou eu?

O que faço, o que fiz e de onde vim
O que eu sinto, o que eu tenho?
Perguntas sem respostas assim
Todo mundo faz mas,
Seriam sem respostas, enfim?

Quem sou eu?

A lua poderia dizer?
Ou poderia o sol responder?
Mas a lua é fria e não fala,
E o sol só me esquenta e se cala

Para a larga, mas curta pergunta que fiz:

Quem sou eu?
 
Uma reflexão comum, inevitável a todo ser humano, ao ver; atente, contudo, para a Harmonia do texto; mas isso, veremos nas Seis Qualidades, a serem detalhadas em breve.

Um belo texto, contudo. :)
 
Acho que essa é minha estréia aqui. Esse um poema meu, meio antigo.

MENTIRA NEGRA

Brindemos os tempos em que sentimos no ar
os sentimentos frios e malignos lá fora
Sorrisos de gelo e almas de pedra
não chegam ao controle de tudo

Brindemos as metas que tememos alcançar
Pois cada falta sempre vira concreto
Um mundo em chamas, queima minuto a minuto
Quem irá jogar a pedra e pagar os pecados

Não posso respirar
Anunciar meus desejos
Nem cessar fogo
Num mundo de armas carregadas

Brindemos a areia que enterra o que é branco
Sonhos que se apagaram da luz
Querem que encaremos os espelhos
E enxergar a falsa compaixão

Eu posso ouvir o choro
E sentir os espinhos
Eu posso sentir as cinzas
Mas não posso encarar meus iguais

Nós descemos tanto
E agora encaramos a nossa verdade

Eu vejo tanta cobiça
E não posso cessar a loucura
Nem me esconder desse mundo doente

Brindemos as mentiras negras que nós engolimos ao acaso
Brindemos os prazeres envolvidos em medo
Brindemos a corrupção que todos vêem e lastimam
Brindemos as palavras que não dizem mais nada
 
Ser poeta
É vencer os enigmas das palavras
Beijar uma borboleta em pleno vôo
Meditar no meio do trânsito
Casar-se com a arte
Ser louco por dentro e enfadonho por fora
Quebrar os padrões que ninguém conhece
Estar a procura de não se sabe o que
Dançar ao som do vento
Ter medo de ser feliz
Afinal, o que seriam os poetas se fossem felizes?

Quem quiser ver mais: http://sweetlullaby.zip.net/
 
Sou como sou?

Tristeza de novo,
Vendo a felicidade dos outros,
Será que isso é ruim?
Será ciúmes?
Ou será vontade de estar com ele?
Disse estar com eles,
Mas será mesmo?
Ou será que no fundo do meu ser,
Escondido pelas minhas tentativas de ajudar,
Eu sou ruim.

Tenho vontade de chorar,
Como posso tentar ajudar os outros,
Se não posso nem me ajudar?
Não me conheço,
Como posso ajudar alguém?
Dizem que ajudo,
Que sou bom amigo,
Mas como posso ajudar,
Como posso ser um bom amigo,
Se não sei se sou bom ou ruim.

Como posso ajudar alguém,
Se não sei o que é bom ou ruim,
Se não sei distinguir,
Como posso ajudar?
Uma coisa pelo menos eu sei,
Ninguém sabe o que é bom ou ruim.
Será que é essa a resposta de termos problemas?
Será que é essa a resposta de ficarmos tristes?
Não sabermos o que é bom ou ruim.

Agora sinto que volto ao normal,
Será que sou eu mesmo?
Ou só uma máscara que eu uso?
Bom a resposta eu não sei,
Será que um dia vou saber?
Será que um dia alguém vai saber?



fiz essa quando eu estava triste, não é muito boa, mas depois dela fiquei bem melhor...
 
Almarë!

Bom, sou novo por aqui (no CdE, não na Valinor), portanto, perdoem-me eventuais erros.

Escrevo poemas há algum tempo e me aventuro um pouco pela prosa, abaixo posto um dos meus poemas, coloco-o dando a liberdade de para ser comentando, desde que com argumentação, nada de criticas infundadas! :wink:
Ele foi feito com rimas internas e externas, não o dividi em estrofes, e não me preocupei muito com a métrica, embora fizesse isso há algum tempo atrás. Estou agora mais interessado na sonoridade que um poema pode ter e acho que consegui imprimir uma boa dose dele neste poema.
O poema é uma lamentação de Turgon pela morte de Elenwë.
Espero que gostem, e como diz uma amigo meu, podem descer a lenha! :D

À Elenwë

Cai chuva, açoita o corpo e lava a alma,
doa-me a calma e renova a esperança,
esconde minhas lágrimas na tua cortina,
à dor elimina e deixa apenas a lembrança.
Pois dela que me fez feliz, resta a saudade
e na maldade do Gelo Atritante, ela se perdeu.
Quando, pelo frio intenso, sua casa ruiu,
e para Mandos partiu, e sua luz morreu.
Assim choro num silêncio pela chuva velado,
a memória do ser amado, a esposa que perdia.
Desde aquele momento, e até meu fim, chorarei
pela luz que tanto amei, até meu último dia.
 
Oi! É meu primeiro soneto, gostaria de ouvir alguma opinião...

O que o Mar ensinou

Que é isso meu deus, que amor vertigem
Que no anoitecer nos diz bom dia
Do sangue refaz faz uma sangria
Nos desesperados que se afligem

Fez com que os mais ferozes fugissem
Levou ao pecado a abadia
Sem mais, ignorou a abstemia
Dos tolos que ao céu se dirigissem

Cegou os olhos de quem fugia
E lá estava eu a esperar
E ele me trazia o que queria

Ensinou-me então o que pedia:
Coragem a quem não tem para amar
Os belos olhos teus que eu via
 
bom, poemas das antigas...nele eu uso uma forma dividida em estrofes que não utilizo mais. Mas mesmo assim vale pela lembrança.. :wink:

Os Sete Portões

Aos tempos de Gondolin voltarei
O Reino Oculto, agora sob o mar
Sete portões feitos para lhe guardar
E com sete estrofes os cantarei

O Primeiro ficava após no rio Seco entrar
Simples, porém, era a sua feitura,
Feito de madeira boa na pedra dura
Belamente entalhado, de beleza sem par

O Segundo como um muro se erguia
Era guarnecido por robustas torres.
E uma pedra deixada pelos construtores
Servia de portão, que ao menor toque se abria

O Terceiro, duas grandes portas possuía
Com belos escudos e placas eram adornadas
Nelas, viam-se muitos sinais e figuras gravadas
E nas suas placas de bronze, o fogo reluzia

O Quarto era o último que subia pela ravina
De ferro forjado era feito, sem iluminação
Em seu topo estava Thorondor, seu guardião
E quatro fortes torres aguardando a sua sina

O Quinto, Portão de Prata era chamado
No Portão desenhos com pérolas incrustadas
Belas formas e linhas jamais recriadas
Trazia Telperion em seu topo elevado

O Sexto precedeu as Lágrimas Incontáveis
Seu muro dourado era feito de mármore amarelo
O portão trazia a forma do sol, nada mais belo
Em seu topo Laurelin assistia a feitos inenarráveis

O Sétimo foi obra por Maeglin realizada
Duas imensas torres de sete andares o ladeiam
De aço branco e frio suas barras e colunas eram
No alto a coroa de Turgon, de diamantes cravejada

Obras de arte, que não mais serão igualadas
Beleza e força combinadas em puro resplendor
Criadas pelos altos-elfos com esmero e amor
E pelos batalhões de Morgoth Bauglir arruinadas.

(Daniel C. Rodrigues)

ps.: eu e mais uns amigos meus temos um blog sobre poesias, se quiserem passar e ler algumas e comentar também, serão bem vindos. Estarei deixando o link aqui: Alguns versos
 
renanka-eu tava pensado sobre o assunto da sua poesia há dias,é dificil ajudar as pessoas qdo precisamos de ajuda ainda ,até escrevi uma poesia sobre isso.A medida que nós vamos ajudando as pessoas ,nós somos ajudados também.

Erunámo Lótuion-bonita sua poesia ´´A Elenwë´´ e ao mesmo tempo triste.Lembrei de uma frase ;´´As mais belas histórias de amor são as mais trágicas.´´

Forfirith-Seu primeiro soneto é muito bom.

-



Sinceramente eu não sei se a minha poesia é uma prece , um desabafo , ou uma reflexão ,acho que é tudo isso.Não é a primeira poesia que eu escrevo pensando em Deus ,mas é a primeira que eu posto.
´´Cria em mim , ó Deus ,um coração puro e renova em mim um espírito reto.´´


Pai


Só Tu me ama realmente ,incondicionalmente
Só Tu compreende minhas caídas
e minhas fraquezas
Só Tu me desperta para o bem
Pai ,me fortaleça ,
pois ainda sou muito fraca
Me faça amar ,
pois ainda tenho ódio em meu coração
Me faça perdoar ,
pois ainda tenho rancor
Me faça conformar ,
pois ainda sou revoltada
Me faça ser boa ,
porque ainda sou má
Me faça ser feliz ,
porque ainda sou triste
Me faça ser humilde ,
porque ainda sou orgulhosa
Me faça teu instrumento
porque só quero servir ao Senhor
Eu quero ajudar meus irmãos
Mas antes preciso ser ajudada
 

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