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[L] Prosas poéticas e poemas curtos [ NON-TOLKIEN ]

´´Se o seu amor não passa de possuir ,ele não é amor.´´Thich Nhat Hanh


Ilusão


Você disse que eu sou um anjo ,
fique com as minhas asas
pois eu não as mereço nem as quero
Disse que eu sou uma princesa
mas eu não quero um dia me tornar rainha
Você me deu uma máscara
e eu a usei
Mas eu não quero ser mais mascarada
Sabe por que eu te decepciono?
Porque você espera mais de mim
Mais do que eu posso ser
Mais do que eu posso fazer
Eu nunca serei boa o bastante pra você
Nunca terei valor suficiente
Eu prefiro ficar no seu nivel do que acima de voce
mas voce me colocou em um lugar muito acima
Você não me comprrende
porque não me conhece verdadeiramente
Você nao me ama porque voce ama a imagem que voce me deu
E o pior é que não foi por amor ,
foi por orgulho.
Você queria se orgulhar de mim
e eu queria o mesmo.
Um dia eu tinha que tirar a mascara ,
perder as asas ,deixar de ser princesa.
Eu nunca te tive ,
voce nunca me teve
Por isso voce nao me perdeu
nem eu te perdi.
A sensacão que eu tenho quando penso em nós
é de que tudo não passou de um sonho.
Eu me deixei levar pelo sonho ,
acreditei que era realidade.
Mas acordei e percebi que tudo não passou de um sonho
A verdade não dói ,
o que dói é você perceber
que acreditou em uma mentira
e que tudo foi ilusão.
 
Eu nunca postei aqui.... AMO poesia.... Ae vai uma



Olhares tristes da Violinista Fantasma

Ela me olha, como sempre olhou quando viveu,
Olhar de lágrimas e espanto,
Aquele olhar que nunca foi meu,
E aquele lábio que queria tanto

Quebraram as cortinas de bosque,
O sofá verde me espera,
Não entendo o que é tudo isso,
São luzes na ponta da mesa?

E o gato que toca piano,
No silêncio da minha esperada casa,
Sonhos de arco-íris acordados,
E vejo ela me esperar; ainda é minha amiga;

Aquele pacto que ela nunca prometeu,
Aquelas canções de guerra que cantarolava,
Aquele violino inexistente no seu coração
Agora são mil salas de agonia e frustação;

Por que esse lugar triste é grande,
Tem uma varanda lá atráz,
E não é ela que vem,
Seu leite materno me garante;

Me prometeram uma coisa que não tive,
uma dor alagada naquela sopa amarela,
em todos aqueles gatos de vidro,
Em toda aquelas almas estéricas,

Rindo de mim, do meu futuro,
da minha vida e do meu amor,
de tudo o que eu nunca perdi,
De nada que sempre me expressei

E cairam diante daquele buraco imenso,
Milhares de olhares de vidro...
Ela me olha sonolenta, um olhar tenso,
São olhos que não brilharam para o destino.

E nada daquilo que me falaram, de tudo ...
Mentiram para mim ou se enganaram?
Quando soube a resposta não foi nenhum susto,
Sabia que a sua alma não tinha ficado

O que me espante é que ela nunca ao menos chegou,
Violinista amada dos vazios do universso,
Minha alma foi que desesperou,
Ao ver os efeitos que faziam esses versos...


Ricardo Chagas
 
Meio parado o tópico, será que o pessoal parou de escrever? :?

Bom, ai vai a minha primeira tentativa de fazer um soneto, terminei hoje a tarde, e tenho que agradecer muito o Skylink por ter me ajudado! :kiss:

(Sem título ainda)

Há tempos eu a via e revia, por estes tantos
campos de solitude esmaecida, já até meio esquecida
Mas eis que um dia havia vagalumes cintilantes, brilhantes pérolas;
elas, estrelas, em torno do véu da princesa deste céu.

E o doce e cálido sorriso de uma bela fada se voltava para mim,
bem assim, sem mais nem menos; num único instante de pura magia.
Suave e eterno como a noite eram seus olhos; com um olhar que mente,
mesmo sendo inocente; guardando para si os enigmas e a pureza da vida.

E a tudo isso eu assistia, apaixonado, com o espírito saltando do corpo,
como num antigo sopro de almas pelos vales das elegias carmesins.
Mas a realidade passou, e enfim encontrei-a mergulhando através de meus sonhos.

Seus lábios não se moviam, uma nuvem de vozes que ecoava ao redor me chamavam;
Esta graça, a qual eu estendia a mão na tentativa de expressar meu encanto por ela, flutuava,
E as palavram agora tornavam-se traidoras, desarmando-me; estava rendido.
 
Por que choras criança? Por que vaga em delírio?
Porventura teme a mim? Não tema! Não te trago
Se não um grande presente, vagante de terras oníricas,
Uma dádiva rara... Não quero se não seu bem! Se aceitardes
Pagar o preço - e logo te digo, quão amargo ele é! - terá,
Num invólucro imortal essa sua face, jovem deusa. Mas,
Tua face o sol jamais voltara a banhar com seus raios de ouro, e tu
Perderá as doces mudanças graduais do tempo...Mas estenda
Seu pescoço, onde lateja o fluido ardente de seu sangue... Meus sabres caninos vão perfurar até o fim sua veia...Você não será nem, tampouco morta, apenas será ...Imutável, eterna e amaldiçoada...
O ouro fulvo de seus cachos não vai tingir-se de cinza...
Nem teus beijos perderão o ardor...
Desde que você, anjo de clara faces beba o sangue
Vermelho de outros anjos mortais...
E nesse doce de mel, amargo de absinto, você será vazia...
Mas que importa? Não pereceremos, mas veremos muitos perecerem...
E até o fim depois do fim, quando o sol cair e a lua morrer...
Passearemos - Na noite eterna de estrelas gélidas


e ai? q acham?
 
Bom, eu sou bem fã do Augusto dos Anjos, então algumas poesias minhas tem bem a temática das obras dele, mas ainda não atingi tal nivel escatológico

MONÓLOGO DA AUTO-MUTILAÇÃO

Por que me fazes assistir a esta vil cena
Capaz de captar a dor de uma gangrena
E transformá-la em uma profunda amargura
De um pobre indivíduo beirando a loucura ?

A ti mesmo lhe atribuo a culpa
Pois sabes que caminhos deves tomar
Aqueles que um sábio costuma exultar
Quando o auto-controle lhe ameaça escapar

Teus demônios não existem por acaso
Eras teu desejo alcançar essa condição
Soubera qual foi a importância da solidão
Dificilmente cometes um ato crasso

Devias saber que o devaneio que te atormenta
Foi causado por tua 'arrogante' atitude
De viviseccionar o ser em sua restrita plenitude
Desnudando a natureza das intenções avarentas

Mas podes viver sem a considerar inimiga
Mesmo que ela insista em lhe abrir a ferida
Sua infecção permeará seu corpo em cotas
Sugerindo a primeira de muitas derrotas

Anima-te em colecionar mais cortes !
Pois teu bolo orgânico ainda está fadado a morte
Sendo essa a procura e objetivo absolutos
De condenados aberrantes resolutos !
 
Alcalime-parabéns pelo soneto

Kalring-lembrei do filme ´´Entrevista com vampiro´´

nerjal-um dia vc atinge o nivel escatológico ,continue tentando.
 
Fragmentos de uma madrugada meio-dormida

"Quando iremos almoçar ó Musa?
Devo marcar hora com seu advogado
e pedir autorização?
Para não correr risco
de ir ao julgamento
ou a prisão?"
 
Faz um tempo que não dou as caras por aqui. Volto hoje às origens, pois então.

AINDA QUE SEJA DE MORTE
(www.thorondors.blogspot.com)

Ainda que sete seja de morte,
no decair de qualquer sorte.
Ainda que um número diga
o que há, de vir, de ser: ainda,
todo o sete será a tua sorte:
tida, contida, matada: calada.
Todo o sete, setenta vezes sete
maldito será por ser o que foi.

Setenta e tantas vezes em Freud.
Sessenta e poucas em Sóstenes.
Setenta vezes diz o sete da morte
que ainda que o corpo tenha ido
o espírito na vida está contido.
Ainda que ele mesmo, mesmo ele,
Tenha tantas vezes um sete sido…
 
Arqueiro triste (Zend Diaman)

Pois é arqueiro...Você está mesmo em baixa.
Não olhe pra sua flecha procurando culpa-la.
O alvo é que está se movendo, mas pra dizer a verdade,
Creio que o alvo esteja errado.

É defeito perdoar a si mesmo.
O que vemos arqueiro, é que você não consegue mais guardar seu arco.
Aquelas duas faces disseram o que você já suspeitava.
Essa floresta é tão enrustida !

Nunca duvidei da sua mira e até acho que erra com propósito.
Se acertar, tudo vai acabar não é arqueiro ?
Vamos, me mostre que você tem coragem de rasgar aquelas folhas.

Depois com seu olhar despreocupado atire uma flecha ao horizonte.
Ele pode te oferecer coisa melhor.
E esqueça que esse alvo um dia, foi a mulher que amou
 
Eu Tentei

Eu tentei te ajudar
Seus problemas solucionar
Mas de nada adiantou
Você nem sequer notou

Eu tentei ser alguém
Mas você não quis
Quando você disse: Vem.
Eu pensei que ia ser feliz

Eu tentei seus passos seguir
Te proteger e não te deixar cair
Suas dúvidas resolver
E nada de você me querer

Eu tentei te amar
Seus sonhos realizar
Seus medos espantar
Sua vida alegrar

Eu tentei não chorar
Eu tentei não cair
Eu tentei não me magoar
Eu tentei não acabar...


By L. Alvim

Acabei de entrar no fórum e vi que vou adorar esse lugar, eu amo escrever e ler poesias.
 
Ótimo texto, Lual. Me lembrou de um antigo conto meu sobre anjos... acho que tinha um lá que se decaía, óbvio,como acontece em todos os contos que têm anjos no meio :|

Bem, mas gostei mesmo. Só dou uma pequena sugestão: substitua o "acabar" do último verso pro "terminar". Não sei bem porque, mas acho que fica melhor ^^.

Bem, é isso.
Bem vinda! (pela ambiguidade do seu nick, não sei se você é ele ou ela. optei pelo ela...)
 
Obrigado pelos elogios.

Cervus - É ela sim, geralmente uso o nick de Lua, mas aqui já tinha. E valeu pela sugestão..

Kullinus - Você pode copiar, marcando os meus créditos, meu nome, tudo bem.

:)
 
Poxa... aqui a situação ta brava! Todos tão muito bons! preciso fazer um poema que acompanhe a evolução destas obras! PARABENS ITHINIEL!!!
 
Nunca postei aqui. Essa foi a primeira poesia que eu escrevi na minha vida e depois de ver como vocês escrevem bem aqui, deu até medo de postar, mas tá aí. To aceitando ( e querendo) críticas. :mrgreen:

Deixo-te

Deixo-te hoje
Retratos da minha vida
Refletidos nos cacos
que você deixou pra trás.

Deixo-te pedaços de noites quentes de outono
Quando ainda ousávamos nos afogar
Sem medo, sem culpa
Se pecado...

Deixo-te meus olhos tristes
Um sempre a olhar para o passado
e o outro
para o vazio e solitário céu sem estrelas.

Deixo-te as madeixas
em que costumava brincar,
roçando e entrelaçando os dedos,
tal qual criança ingênua que sempre foi.

Não deixo-te o sorriso
que sempre te fez sorrir,
posto que foi embora há muito tempo
e não sei mais onde encontrá-lo...

Deixo-te por último as lágrimas
que já correram por sobre o seu último leito
e molharam a mesma terra
que hoje te devora.

Fico apenas com as lembranças
as boas, as más
e os sonhos
das que ainda hão de vir...



:timido:
 
Bem, o tema é muito bem argumentado, e muito criativo mesmo, srta. Tangerina. Mas, tipo, se você usasse mais virrgulas ficaria mais legal. E, como eu te falei no msn, tente fazer cada estrofe do mêsmio tamanhío.
Mas eu gostei mesmo, claro, pq, como diz você, eu sou seu puxa-saco ¬¬¬³³
 
Faz um tempinho que não coloco algo aqui, mas como deu um vulto de querer escrever vou colocar um aqui, que também tem no meu flog: Desleixos e Sentimentos parte 1

Feito e Desfeito

Por fim nada é feito
Tudo desfeito
Abdicamos a nós mesmos
Ludibriamos aos outros
Mostrando como o ser
Triste assim, é mais interessante

Nada acrescenta
e nada revela
apenas é mistério
vivendo de ilusões
de um começo sem fim

Interesse se mostra
Quando por descaso o desaprova
O ser humano belo
É o ser humano triste
Aquele que tem sentimento

Tocante é ser revelador
Não revelando nada
Que o nada é o que espera
Apenas demonstrando
O que não quer demonstrar
Olhando, não tocando

Se lhe desse um sorriso
Estranharia
Se lhe fosse indiferente
Admiraria

Anormal inexistente
Normal impertinente
De palavras ao vento
de cantorias sem fim

E esse símbolo
Que dei
Com todos meu agrados
Será algo para lembrar
Quando sentimentos notar
Que sempre existiram
Mas que não eram exaltados
Quando por fim
Nada foi feito
Tudo desfeito
 

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