Elrond Meio-Elfo
Usuário
Maglor disse:Você vê algum problema?
Eu vejo todo problema. Primeiro porque é estúpido, nós dois falamos inglês e perguntar pra outra pessoa, que não o próprio J.R.R. Tolkien é estupidez. Segundo porque é infantil, eu não estou querendo medir os tamanhos de nossos documentos, não é a sua palavra contra a minha ou o seu time contra o meu, apesar de você sempre colocar dessa maneira. Terceiro porque é inútil, um diploma em lingua inglesa assim como um em teologia não te torna mestre em interpretação de texto. E quarto porque eu sei que é uma armadilha . O trecho está perfeitamente claro para mim e você não foi capaz de esclarecer a gramática da frase sem as artimanhas de sempre. Está claramente escrito que o fator "elemento incalculável" é em relação aos Valar. E está claramente escrito que esse fator que é relativo somente aos Valar inclui "a idéia do livre-arbítrio em relação a Eru". Se os eruhíni fossem incalculáveis para Eru acho que Tolkien teria escrito dessa maneira, mas acredito que ele não o fez porque isso tornaria Eru um ser limitado o que demoliria com a sua Supremacia já que um ser limitado não é digno de adoração. Mas eu acho que você não vai concordar com isso.
Não, porque apesar de poder retirá-lo, ele não o fazia. Pelo contrário, ele o garantia sempre[...]
O fato de que ele podia torna essa afirmação irrelevante. Ainda assim estão todos absolutamente presos à vontade de Eru, então são todos "autômatos". A sua lógica somente faria sentido se Eru não pudesse.
Os Valar, elfos e Homens, todos seres criados e dotados da Chama, estão dentro dos limites da Criação. O tempo é sempre um limitante para os homens, elfos ou Valar e maiar.
Isso não é vontade Maglor. Isso é capacidade. A experiência mostra que a vontade não tem barreiras, não tem limites. Eu posso ter vontade de ser Deus, mas não significa que eu tenha poder para tal. Vontade é o seu princípio inteligente. É irrelevante o tempo que limita a vida ou a existência do indivíduo. Se Eru é o único que tem vontade completamente livre então é impensável a existência de alguém que também tenha vontade completamente livre.
Além disso, Tolkien falou em arbítrio e em "ser agente" na mesma frase, construindo um mesmo raciocínio, então desmembrar isso é em certa farte desmembrar o próprio raciocínio que ele construiu.
As duas palavras "Will" (vontade) e "Agent" (agente) terem sido escritas com letras maiúsculas é um sinal claro de que ele estabeleceu ali dois pontos. Duas características independentes. O parágrafo que precede o trecho fala da capacidade ilimitada de Eru, ou de sua Onipotência, traduzida no segundo ponto "Agent". O primeiro ponto, "Will", é parte da construção do personagem.
No catolicismo Deus deu o livre-arbítrio aos Homens. Eles agem independentemente de qualquer outra vontade, movidos pelas próprias consciências.
No catolicismo nós fazemos parte de Deus (somos Um com Deus segundo Jesus Cristo), então ele sabe todos os seus passos e atos futuros. O seu livre-arbítrio é na verdade livre-arbítrio dele porque você é parte dele.