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Plágio de tradução

Anica

Usuário
Já foi comentado por aqui sobre os plágios da Martin Claret. Mas uma que eu não sabia era aquela série da Nova Cultural com clássicos da literatura tipo O Vermelho e o Negro e Cyrano de Bergerac. Eu cheguei a comprar uns seis ou sete desta coleção e confesso que agora estou até meio arrependida - aquela coisa, quem traduziu de fato a obra (e ralou por isso) não ganhou nada.

Sei que são livros baratos (custaram dez reais e apesar do miolo naquele papel branco horrível de ler, têm capa dura e tal), mas aceitar essa passada de perna no trabalho dos tradutores é só um jeito de perpetuar essa condição de "tradutor = nada" aqui no Brasil.

Por isso estou divulgando a lista das obras plagiadas aqui no Meia Palavra, com o nome dos reais tradutores das obras. (a lista original eu tirei do site Lendo.org - aliás, site muito bacana que o Marco me indicou há uns dias atrás):

1. Dante Alighieri, A divina comédia, trad. Hernâni Donato (fake: Fábio M. Alberti )
2. Dostoievski, Crime e castigo, trad. Natália Nunes (neca de tradutor, seja verdadeiro ou fake)
3. Edmond Rostand, Cyrano de Bergerac, trad. Porto Carreiro (fake: Fábio M. Alberti) — consta que, depois da denúncia e do esperneio cívico-tradutório de nosso amigo ivo barroso, a nova cultural teria devolvido ao porto carreiro o que a ele pertence — em todo caso, sei que, ainda em janeiro deste ano, comprei uma edição de 2003 (suposto ano em que teriam feito a correção) e lá continua impávida a sinistra figura. de mais a mais, o mais sério é que ainda circulam em território nacional e abastecem milhares de prateleiras de casas brasileiras e de bibliotecas públicas, escolares e universitárias dezenas e dezenas, se não mais de centena, de milhares de exemplares na espúria fakice fabioalbertiananovoculturaliana
4. Stendhal, O vermelho e o negro, trad. Luiz Costa Lima (fake Maria Cristina F. da Silva)
5. Flaubert, Madame Bovary, trad. Araújo Nabuco (fake Enrico Corvisieri)
6. Leon Tolstoi, Ana Karênina, trad. João Gaspar Simões (fake Mirtes Ugeda Coscodai)
7. Tommaso di Lampedusa, O leopardo, trad. Rui Cabeçadas (fake Leonardo Codignoto)
8. Goethe, Fausto, trad. Silvio Meira (fake Alberto Maximiliano)
9. Goethe, Werther, trad. Galeão Coutinho (fake Alberto Maximiliano)
10. Voltaire, Contos, trad. Mário Quintana (fake Roberto Domenico Proença)
11. Emily Brontë, O morro dos ventos uivantes, trad. Oscar Mendes (fake Silvana Laplace)
12. Pirandello, O falecido Mattia Pascal, trad. Mário da Silva (fake Fernando Corrêa Fonseca)
13. Pirandello, Seis personagens à procura de autor, trad. Brutus Pedreira e Elvira Ricci (fake Fernando Corrêa Fonseca)
14. Henry Fielding, Tom Jones, trad. Octavio Mendes Cajado (fake Jorge Pádua Conceição)
15. Émile Zola, Naná, trad. Eugênio Vieira (fake Roberto Valeriano, Círculo do Livro)
16. Alexandre Dumas, Os três mosqueteiros, trad. Octavio Mendes Cajado (fake Mirtes Ugeda Coscodai)
17. Joseph Conrad, Lord Jim, trad. Mário Quintana (fake Carmen Lia Lomonaco)
18. Guy de Maupassant, Uma vida, trad. Ascendino Leite (fake Roberto Domenico Proença)
19. Scott Fitzgerald, Suave é a noite, trad. Lígia Junqueira (fake Enrico Corvisieri)
20. Walter Scott, Ivanhoé, trad. Brenno Silveira (fake Roberto Nunes Whitaker)
21. Dostoiévski, Os irmãos Karamázov, trad. Natália Nunes e Oscar Mendes (fake Enrico Corvisieri )

Fonte: http://www.lendo.org/lista-de-plagios-da-nova-cultural/
 
Mas como funciona isso, eles só pegam uns nomes emprestados? inventam? essas pessoas que não fizeram a tradução recebem por isso???? eu hein?!? Desculpa a ignorância! Não sei como é feito esses esquemas de tradução...
 
Na realidade eu também não sei bem como ficou a questão, a única coisa que entendi é que os tradutores originais não recebem um tostão. A idéia que dá é que inclusive os nomes dos "tradutores" são fakes (o que significa que ninguém ganha nada por tradução, esse dinheiro iria direto para a Nova Cultural). Mas só estou especulando. Vou ver se encontro mais informações sobre isso para trazer para cá =]
 
Anica disse:
Na realidade eu também não sei bem como ficou a questão, a única coisa que entendi é que os tradutores originais não recebem um tostão. A idéia que dá é que inclusive os nomes dos "tradutores" são fakes (o que significa que ninguém ganha nada por tradução, esse dinheiro iria direto para a Nova Cultural). Mas só estou especulando. Vou ver se encontro mais informações sobre isso para trazer para cá =]

Sacanagem... Tem até um Mario Quintana ali no meio dos autores que deveriam receber! Dá até vergonha de saber que isso acontece! Roubar do Marião, é quase um pecado capital!
 
Mas, o que eu não entendo é isso: ninguém vai preso, é processado, nem nada? Existe pena de prisão para crimes de apropriação intelectual? Acho isso tudo confuso, pois aqui é Brasil e se não prendem um cara que recebeu 4.000.000,00 ilegais para campnha, quem dirá um que se apropriou de uma tradução.
 
O problema (pelo que eu entendi) é que as traduções foram "maquiadas", digamos assim. Eles pegam uma tradução pronta e trocam uma palavra aqui e outra acolá. Com essas poucas palavras diferentes eles já podem alegar que é uma outra tradução, e escapar de qualquer punição.
 
Pois é... tb pensei nisso, a não ser que inventem os nomes dos caras... Se bem que... de qq forma não tem escapatória!

Eu não sei como funciona a questão do plágio... mesmo com pequenas alterações acho que pode sim ser julgado... lembro-me que na minha primeira faculdade 15 pessoas entregaram um trabalho com o mesmo texto, (deviam ter copiado do mesmo site) alguns com alterações e o rpofessor identificou! Foi tudo parar na jurídica da universidade... Plágio!
 
Talvez o que acontece com a Martin Claret possa explicar a situação da Nova Cultural. Achei isto aqui:

Não posso dizer que o li com satisfação, pois se trata de um crime, que eu testemunhei e comuniquei, na época, a possíveis interessados, isto é, a partes lesadas, que não se prontificaram a tomar nenhuma providência. Agora, de algum modo me senti compensado ao deparar com a matéria de ontem, domingo, nesta Folha, apontando, denunciando, uma série de crimes contra direitos autorais de, como dizer, “pseudotraduções” lançadas às dezenas ou centenas pela Editora Martin Claret.

Nos idos de 2000 ou 2001, ao oferecer meus serviços como profissional da tradução na referida editora, fui tomado de uma desconfiança ante seus procedimentos — livros sem autores (os tais “livros-clipping”) traduções sem tradutores ou um mesmo nome para uma gama inabarcável de títulos e gêneros.Aos poucos, foi-me revelado como todo o processo de falsificações funcionava: para meu espanto, veio a se confirmar que quase nenhuma tradução da Martin Claret era efetivamente realizada, nem mesmo seus direitos autorais adquiridos. Eventualmente se aproveitava alguma tradução que já estava em domínio público, ou, ao que me parece, foram comprados os direitos autorais da tradução de Torrieri Guimarães de uma obra de Kafka. Mas isso era exceção. Outra exceção: a tradução da obra A ética protestante e o espírito do capitalismo, de Max Weber, foi feita pelo Sr. Pietro Nasseti, mas as inúmeras notas de rodapé nela constantes foram surrupiadas de outra edição havia muito existente no mercado — o nome da editora eu não me recordo —, tanto que até erros constantes na referida tradução, e reconhecidos por estudiosos da obra, foram reproduzidos na edição da Martin Claret.

O que se fazia, como próprio Sr. Claret paulatinamente veio a me pôr a par, era um “mix” ou “enjambramento”, ou seja lá o nome que tal ato de pirataria leve, de algumas edições já existentes, em geral duas ou três. Ou do que viesse na cabeça do profissional que faria o que ele chamava de “copidesque” — qualquer pessoa com trânsito na área editorial sabe que “copidesque” não era aquilo a que ele se referia, termo que servia, pois, como um eufemismo para um procedimento desonesto que teria o nobilíssimo intuito de divulgar a produção cultural, mais precisamente obras clássicas, a preços populares. Uma vez que o Sr. Claret achava ou acha que uma tradução é algo muito difícil e custoso de fazer — e efetivamente o é —, que só pode traduzir do idioma X um nativo do idioma X —, o que absolutamente não é verdade, até pelo contrário, em alguns casos —, e em nome do seu propósito de lançar o maior número de títulos no mercado em tempo recorde — os originais estavam em domínio público (70 anos a contar da data da morte do autor), mas as traduções quase sempre não — e fazer coleções com 100, 300 títulos ou mais, sem nenhum critério que eu reconheça como propriamente editorial, era o caso de o “revisor-copidesque” se munir de uma tradução lançada, por exemplo, por uma editora como a Martins Fontes — apenas um exemplo —, de outra tradução de uma editora que já fechara as portas — “já faliu há muito, muito tempo”, como o Sr. Claret, um verdadeiro “rato de sebos”, tinha especial prazer em dizer — ou de uma terceira tradução, de editora portuguesa, como as Edições Setenta — o Sr. Claret gostava muito das portuguesas, porque estavam do outro lado do oceano e porque em todo o caso se teria de adaptar o português de Portugal aqui e ali — para se ter o que seria a “tradução” da Martin Claret. Essas edições eram fornecidas pela própria Martin Claret, que tinha todo um acervo delas — uma extensa biblioteca, que só não contava com livros em seus idiomas de origem, se este não fosse o português. Traduções, as verdadeiras, de outros, eram escaneadas — havia um “departamento” que o fazia, como em linha de produção — para então receberem uma ligeira maquiagem.

Para mascarar o processo, a editora ou se mostrava muito reticente em dizer nomes de autores, optando por “equipe de tradutores da Martin Claret” — mas esta opção logo foi rejeitada pelos clientes-livreiros —, ou usava, com o consentimento deste, o nome do Sr. Pietro Nasseti, um senhor, dentista no exercício da profissão de dentista, muito amigo do Sr. Claret, ou ainda simplesmente eram inventados nomes “estrangeirados” que podiam dar a aparência de tradutores confiáveis e autorizados. Por exemplo: “Jean Melville”. “Jean” é o nome do filho do Sr. Claret; Melville, todos sabem, o sobrenome do autor de Moby Dick, esta uma obra editada pela editora, que portando estava na ordem do dia. “Popov” deve lhes ter ocorrido pelo seu desempenho nas piscinas, e daí transferi-lo para as letras foi um pequeno passo; “Alex Marins”? Outra invencionice do gênero. Certa vez o Sr. Claret chegou a me “pedir emprestado” o meu nome, “Saulo Krieger”, para usá-lo como cover de tradutor de uma obra de Nietzsche — a qual passara pelo mesmo processo — que eu não traduzira, pois, até por não me sentir capacitado a fazê-lo, mesmo sendo eu tradutor do alemão, e da qual eu não poderia nem ver o resultado — vergonhoso, diga-se — antes de ser lançada no mercado editorial.Constrangidamente eu recusei, e acho que nem é o caso de enumerar os meus tantos motivos. Mesmo assim, por desonestidade ou por desorganização da editora, acho que meu nome pode, eventualmente, constar em edições que jamais passaram pelo meu crivo, nem como revisor de textos, e muito menos como tradutor — o ofício de tradutor inexiste em se tratando de Martin Claret. O Sr. Claret não respeitava nem as traduções alheias nem o tempo de seus colaboradores-revisores, sempre solicitando, aqui e ali, um serviço gratuito, para que “se colaborasse com a editora”. Quanto aos tradutores-fantasmas, querem mais alguma prova? Quem é Jean Melville? Quem é Alex Marins? Quem é o tal “Popov”, não o narrador, mas pessoa que algum dia teve trânsito no mundo das letras? Ora, se puserem, por exemplo, o meu nome, “Saulo Krieger”, no Google, verão milhares de ocorrências, que remetem ou a meus trabalhos como tradutor, ou como escritor em certa medida difundido na net.

Saliento ainda, que, no serviço, tal como era solicitado — e chegou a ser chamado pelo Sr. Claret de “picaretagem ética” — a questão não era exatamente a de trocar termos “rebuscados” por “fáceis”, “antigos” por “atualizados” — embora isso fatalmente viesse a acontecer — mas sim por… “sinônimos” — na literatura, como na filosofia, sabemos, sinônimos não são exatamente “sinônimos”, e tudo depende do modo ou contexto como um termo ou expressão foi usada (nada disso importa para Martin Claret) — ou então, outro expediente de sua predileção, cortar parágrafos, e abri-los, sem qualquer critério não fosse o de “escamotear”, onde não existiam em outra tradução. Solicitava-se alterar sobretudo inícios e finais de parágrafos, para que “não desse na vista”. O miolo, bem, este poderia bem passar com muitas semelhanças, normalmente mais do que improváveis entre uma e outra tradução.

Em obras como as de Machado de Assis, Castro Alves, Eça de Queiroz, José de Alencar, por motivos óbvios, não se procedia a qualquer irregularidade ou desonestidade. As traduções da Divina Comédia e do Fausto de Goethe já estavam em domínio público quando publicadas pela Claret.

O Sr. Claret gostava de pontificar: “Neste momento há somente uma editora no Brasil que está dando lucro — e você está dentro dela”. E eu pergunto: é preciso piratear trabalho alheio para ter lucro?

Dali para diante, passei a comunicar a outras pessoas do meu círculo ou mesmo do meio editorial — como fiz, contando o ocorrido à Martins Fontes — sobre como as coisas aconteciam naquela casa editorial. Editores me agradeceram, dizendo, porém, que não havia nada que se pudesse fazer a respeito.

Tudo isso revelo agora porque, de lá para cá, minha indignação só fez crescer ante tais procedimentos — e à indiferença do mercado editorial à revelação dos “estratagemas” — e porque, afinal, lá estive oferecendo meu trabalho como tradutor — do inglês, do francês e do alemão — e não como profissional adepto de “picaretagem ética” em nome de uma democratização da produção cultural que se fazia e se faz por vias torpes e tortas.

Autorizo plenamente a publicação desta denúncia, que não é anônima, fico satisfeito em poder desvelar a farsa, revelar minha experiência e externar minha indignação.

Fonte: Recanto das Palavras

E isso aqui saiu no Amigos do Livro:

Quando participou da mítica sala de tradutores da editora Globo de Porto Alegre nos anos 50, Mario Quintana não imaginou que seu trabalho daria tantos frutos. Além das traduções "oficiais", há pelo menos uma versão de sua autoria que foi adulterada e está sendo comercializada por uma grande editora, sem citar a fonte.

É do poeta a tradução assinada por Roberto Domênico Proença dos Contos de Voltaire, publicada pela Nova Cultural em 2003.

A apropriação do trabalho de Quintana foi constatada pelo crítico e colunista da Folha Manuel da Costa Pinto, que coordenou em 2005 a reedição revisada e atualizada de Contos e novelas para a editora Globo (que adquiriu o acervo e os direitos da antiga Globo de Porto Alegre nos anos 80).

Procurada pela Folha, a editora Nova Cultural disse que "determinou ao seu departamento de auditoria que fossem adotadas urgentes providências para criteriosa apuração dos fatos".

Fonte: http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=5209

Pelo que entendi, o bafafá só começou depois que perceberam esse negócio da tradução do Quintana.
 
Um grande problema é que depois que o tradutor percebe que plagiaram sua tradução, as opções são difíceis. Tá, o cara viu que fizeram plágio, mas até provar que o documento original foi feito por você...
As vezes o tradutor ainda tem o documento que ele fez originalmente, especialmente nessa época de backups e arquivos de computador, mas e se a tradução é antiga, da época de traduções entregues na máquina de escrever por exemplo?

Eu não sei como funciona com as traduções literárias, mas pelo menos nas técnicas existem muitos freelancers intermediados por agências de tradução. Tanto os freelancers intermediados pela agência quanto os tradutores da agência não tem seu nome divulgado, é o trabalho da agência X e não do fulano de tal. Então, por exemplo, mesmo que eu faça uma tradução gigantesca que vá parar num site importante ou que passe pra mão de um juíz ou superintendente da policia federal, que seja, o nome que aparece não é o meu. Em relação a tradução literária eu sei que o esquema é diferente, existe o contrato, os direitos autorais, mas é só pra dar um exemplo de como é fácil o nome do tradutor desaparecer. E se o nome do tradutor desaparece, vice mais fácil ainda alguém colocar o nome que bem entender.


Ô profissão mal reconhecida =/
 
Em tradução literária a coisa é bem clara. Existe o diretio autoral sobre a tradução que deve ser respeitado. Um contrato é assinado e geralmente é dado o crédito para o tradutor.

Mas nada impede que pessoas roubem a tradução de outras editoras e coloquem um nome fantasma como o tradutor.
Teve um cara que colocou o filho e a filha como tradutores, picaretagem.
 
Eu acho que a pergunta é meio burra mas eu sozinho não consegui resolver.

Me expliquem uma coisa.
Como eu posso saber realmente se é uma obra plagiada?

E como o próprio tradutor pode saber?
Sim é claro que ele sabe porque foi lá trabalho na editora e fez a tradução.
Mas como ele pode ter certeza que depois que ele foi embora a editora não contratou outro e traduziu muito parecido com o que ele tinha feito?
 
Primeiro, pq eu acho que a editora seria burra de pagar duas pessoas pra fazerem o mesmo trabalho :mrpurple:

Mas principalmente porque por mais que não pareça, traduzir é um processo criativo. É escrever de novo. Nenhuma tradução fica igual a outra, já que as palavras não são códigos com um único significado, assim como a língua não é, assim como duas línguas diferentes não vão ser. Então é como escrever um conto ou um artigo ou um texto qualquer: de um jeito ou de outro ele tem sua cara.
É a mesma coisa que você ver um conto que você escreveu como sendo de uma pessoa e ficar na dúvida de será-que-ele-teve-a-mesma-idéia? A idéia geral pode se repetir, o tema é recorrente, as vezes até a ordem das ações é igual, mas o seu jeito de escrever é só seu.
 
Entendi.

Então o que acontece é que o tradutor vai lá e rala pra caramba e a Editora coloca o nome de um laranja ou de alguém que não existe como tradutor daquele livro?

Sacanagem.
 
Recebido no meiapalavra@meiapalavra.com.br (que agora funfa!!!)

fujam do enrico corvisieri - é um dos principais fakes da nova cultural.
a tradução do dorian gray que ele assina fraudulentamente é originalmente de oscar mendes. veja cotejo em nosso blog.
não é excelente (a do oscar mendes), mas dá para o gasto.

denise
http://assinado-tradutores.blogspot.com

sobre a nova cultural, visitem nosso blog
http://assinado-tradutores.blogspot.com
lá damos 22 cotejos das apropriações indébitas da nova cultural.
li os comentários de vcs, ótimos.
mas a grande esperteza da n.c. nessa coleção "obras-primas" é que ela pegou traduções antigas, superconsagradas, da primeira metade do século. os tradutores já estão mortos há décadas, alguns já há uns 80 anos.
para vc ter idéia, joão gaspar simões era o colega do fernando pessoa, quando criaram juntos a primeira revista do modernismo em portugal.
mesmo que alguém diga que então tudo bem, porque são traduções quase ou já em domínio público, nem por isso se pode trocar o nome do tradutor.
imagina, miguel de cervantes está em domínio público, e por causa disso o nome dele vai virar josé joaquim?
dante alighieri vai virar maria da silva?
a maioria dos nomes da n.c. dessas fraudes é inventada, mas alguns são de gente de carne e osso.
visitem lá nosso blog, dêem seu apoio à gente.
abraço
denise bottmann
dbottmann@uol.com.br
http://assinado-tradutores.blogspot.com

p.s. o lendo.org está dando o maior apoio e divulgando. aliás, podem acrescentar mais 2 na lista: dorian gray e mulher de trinta anos.
 
Quando soube desse plágio tive uma Sra. Decepção com a Nova Cultural, ao menos o dito é verdadeiro: "mentira tem perna curta".

Tenho nada mais e nada menos do que 9 edições com traduções plagiadas...
 
Cara seilá, entendo que essa situação é grave, e que os tradutores não são nada reconhecidos...mas mesmo assim não vou parar de comprar livros de tal editora pq a tradução é "plagiada"...Quem tem de reclamar por seus direitos são os tradutores...e afinal essa questão nem foi muito difundida, será que é verdade mesmo? Se fosse verdade não sairia na manchete de grandes jornais?
 
É verdade, sim, as traduções foram cotejadas e se provou por A mais B que existe plágio.

Continuar comprando esse tipo de material sabendo que foi feita uma apropriação indevida dos direitos autorais de uma pessoa e reconhecendo que "a situação é grave" é compactuar com a prática e totalmente condenável. Eu que sou do ramo (tradutor) sei o trabalho que dá fazer uma tradução e sei o quanto isso me indignaria se fosse feito com uma obra minha.

O mais certo seria ir atrás das edições com as traduções originais, a não ser, claro, que pra ti coisas como "ética e moralmente condenável" sejam apenas mais umas palavras soltas no dicionário.
 
E não só indo para o lado da ética e afins, mas convenhamos, o pessoal que faz plágio de tradução costuma "comer" pedacinhos do texto, se é que vocês me entendem... Aí você acha que está lendo versão integral, mas é incompleto. Isso para não falar quando mudam algumas palavras para um termo bem nada a ver só para diferenciar do material de onde foi copiado :think:
 
Tá, mas como que eu posso saber que um livro é plagiado? Só depois que eu comprei, né? :think:
 

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