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O CORAÇÃO DE UM REI
O que seria a esperança
Se não fosse a dor?
O que seria a luz
Se não fosse a sombra?
O que seria a vida
Se não fosse o amor?
Quando a escuridão cresce,
Há sempre de clara Aurora surgir
E das cinzas do desespero
Nova Era de nascer
Lá pelas Terras dos Sonhos,
Em dias já quase esquecidos,
Forma-se nova e escura Tormenta,
Retumbando ao longe seus trovões
Para desabar de súbito sua Ira
E trazer tempos de Agonia.
Mas são do tom claro que a
Luz assume ao se ver
Por entre folhas,
E como alvo véu que em
Vislumbre afaga,
Os Jardins Sagrados de Lothlórien,
Bosques de Flores e Sonhos.
Neles caminha Estel,
A Esperança feita homem,
A Pedra Élfica do futuro nebuloso,
Trajado em branco qual eldar d’Oeste.
Pois ele tem o poder de um rei de Homens
E é sábio como Senhor d’Elfos.
Mas lá também estava,
Pela vontade de Ilúvatar,o Uno,
Undómiel, a Donzela da Tarde,
Estrela Vespertina dos Dias Incertos,
Sobre o belo Cerin Amroth
Mais uma vez se encontravam
E como se brilho maior
Encontrassem em seus olhos
Que em tesouros de reis,
Muito se contemplaram.
Juntos viram o Crepúsculo
E a Sombra do Leste,
Antes de qualquer palavra:
-Senhora, que outrora chamei Tinúviel...
Pois ele sabia que não era ela
Lúthien, a Bela, dos Dias Antigos,
Mas sabia que Arwen, sua amada,
Era dádiva de Elbereth àqueles tempos,
Uma estrela luzente
Que trazia ao semblante
O mesmo encanto pelo qual
Morreu Beren, Eras atrás.
...por caminhos escuros andei
e longas estradas ‘inda hei de trilhar,
todavia, hoje eu a vi
e a mim não pode haver
recompensa de maior valor.
E Arwen disse:
-Senhor, escuros são os dias
de nosso encontro,
e aqueles que o futuro traz,
mas tu és Estel,
e assim sorri meu coração.
Pois não há treva que escureça
os desígnios da Canção,
e vejo em teus olhos
a coragem para cumprí-los.
-Não está a meu alcance
medir vossas palavras,
o porvir eu não enxergo-
-ele falou-
Mesmo sendo o tempo nosso
inimigo, não rejeito sua visão.
Hei de esperar, se por mim o fizer.
Entristece-me o rumo do meu coração,
em meio a Tempestade que se forma.
Pois sob a Tormenta iminente,
Meu maior pesar é sobre ti.
Meus dias serão curtos,
Minha vida será breve.
Pois, quem sou eu?
Aragorn, Filho de Arathorn,
Herdeiro de Isildur,
Estel,
Senhor dos Dúnedain,
Esperança dos Homens,
Elessar.
Sou nobre e de muitos títulos,
Trago em meu nome
O futuro do meu povo.
Mas ainda assim não sou nada,
Posto que tudo o que sou,
E toda minha Majestade,
Não são dignos de seu encanto.
O que é meu coração de rei
Sem seu amor?
-Senhor- ela disse- ouve-me bem,
Se teu pesar é tua Paixão,
O meu também o é.
Do Destino sou também escrava;
Minha escolha será de lágrimas,
Seja qual ela for...
E se calaram.
Havia Acalantos
Na brisa que vinha...
E com eles perfumes,
Silvestres odores
De delicadas flores,
Dançantes ao vento,
Suave a sibilar
Sussurros de silfos
Que bailam e cantam
À vinda do luar...
E Arwen lá permaneceu,
Imóvel qual forma
Esculpida em sonhos.
Mergulhada em devaneios
E em pensamentos ocultos,
Selou seu destino:
-Hoje renuncio ao Crepúsculo.
Sei da dor de meu pai,
E da minha própria,
Mas minha escolha está feita.
Vou ficar ao teu lado, Dúnadan.
Daquela hora,
A Sombra estava fadada a se deitar
E a Nova Luz do Oeste a reluzir.
Eriol, o que caminha em sonhos
"Let s sing The Bard s Song..."
Edited by - Eriol on 24 December 2001 14:04:25
Edited by - Eriol on 24 December 2001 14:08:41
Muito dez! Só tem um problema......é muiiito longo....teria que ser um pouco mais curto, tipo 4 ou 5 estrofes......
No! I ll never turn to the Dark Side!
I m a Jedi, like my father before me!