Marvel MAX #17:
Poder Supremo: Última história do arco, narrativa sobreposta estilo "widescreen" durante a história inteira, tudo convergindo pra um daqueles finais do tipo "me dêem a próxima edição agora, argh!", etc. É interessante como o Straczinsky continua utilizando metalinguagem de um jeito bem sutil - o Falcão Noturno dizendo que o que quer que tenha "causado" o Hipérion cedo ou tarde atingiria algum maluco não passa de uma afirmação de que, se você coloca personagens com poderes em uma história, cedo ou tarde você tem que colocar algum antagonista com poderes pra eles enfrentarem. Foi realmente uma história notável: Zarda em modo berserker nas ruas de Roma, Dr. Steadman e sua investigação, e, claro, o psicopata misterioso e a revelação de seu modus operandi, tudo terminando em um clímax bastante irônico: normalmente, em uma situação dessas a gente pensaria "Yeah, eles vão agir!", mas em Poder Supremo a coisa é mais do tipo "Uh oh, eles vão agir". Foda.
Alias: É impressão minha ou vem dramalhão pela frente? O encontro com a Madame Teia revelou que há algum trauma terrível no passado da Jessica, e eu tenho alguns palpites do que pode ser. Só espero que o Bendis não meta os pés pelas mãos. Anyway, foi legal ele ter conjurado uma trama recente-mas-esquecida do Aranha pra forjar o mistério da vez (aparentemente o Bendis adora ressucitar essas coisas), e as histórias continuam cheias de detalhes interessantes. Não é exatamente um arrasa-quarteirão, mas (felizmente), não é essa a proposta.
Thor: Definitivamente os anacronismos são a diversão principal da série, e particularmente interessante é o fato do piloto nazista se encontrar perdido entre duas eras onde coisas sobrenaturais são absolutamente comuns (ele é o único que estranha tudo que está acontecendo). A arte do Glenn Fabry é excelente (como sempre), e leva pontos extras porque as imagens escolhidas para quadros de página inteira são sempre as mais grotescas possíveis. Nada muito surpreendente, mesmo porque, assim como a última edição, essa foi mais exposição do que qualquer coisa (e a exposição foi mais interessante e divertida na anterior), mas isso ainda pode ser reparado na batalha final (digo, se o Ennis esteve se contendo até agora, eu nem posso imaginar o que ainda vai acontecer - mas se ele não esteve a série não vai acabar tão bem quanto começou).