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Lançamentos 2013

O título já diz o que penso sobre o Cordilheira. O único jeito de fazer um protagonista convencer, na minha visão é claro, após ele não convencer é matando e começando do zero. Mas esse sou eu e não André Conti.
 
A crer no Estadão, em 2013 a Cosac lança a obra completa do Beckett:

CLÁSSICO MODERNO
Beckett cada vez mais completo

A Cosac Naify, que já publicou as peças Esperando Godot, Fim de Partida e Dias Felizes, prepara o lançamento de Teatro Completo, de Samuel Beckett (1906-1989). Sem data prevista ainda para chegar às livrarias, a edição reunirá 33 peças, cobrindo o período que vai de 1947 a 1984. Será uma edição mais completa do que a inglesa, da Faber and Faber, pois incluirá Eleutheria, a primeira peça do dramaturgo - escrita em 1947, mas só publicada em 1995. A tradução dos textos está, mais uma vez, a cargo de Fábio de Souza Andrade, que antes verteu a trilogia aberta com Godot. Professor da USP, ele é especialista na obra do autor irlandês, Nobel de 1969. Antes do Teatro Completo, no entanto, a Cosac lançará Murphy, primeiro romance publicado por Beckett, em 1938. A tradução, inédita no Brasil, será também de Fábio Souza Andrade. O livro deve sair em julho. O ano de 2013 é especial para a obra do gênio dublinense: ele marca o 60.º aniversário da primeira montagem de seu trabalho mais famoso. Escrita em 1949 e publicada em 1952, após muitas recusas, a peça Esperando Godot chegou a um palco parisiense em janeiro de 1953.

FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,babel,1003270,0.htm

A Cosac lançou uma caixa com as três peças mais famosas dele anteriormente publicadas: Esperando Godot, Dias Felizes e Fim de Partida. Acho que é bem plausível que a Cosac faça essa sacanagem com os leitores (lançar essa caixa e depois a obra completa), mas é bem provável que essas três peças, na obra completa, não tenham o mesmo aparato crítico que nas edições separadas.
 
A crer no Estadão, em 2013 a Cosac lança a obra completa do Beckett:

A Cosac lançou uma caixa com as três peças mais famosas dele anteriormente publicadas: Esperando Godot, Dias Felizes e Fim de Partida. Acho que é bem plausível que a Cosac faça essa sacanagem com os leitores (lançar essa caixa e depois a obra completa), mas é bem provável que essas três peças, na obra completa, não tenham o mesmo aparato crítico que nas edições separadas.

Só quero ver o preço.
 
Uma das grandes apostas da Companhia das Letras esse ano:

Nocilla Dream disse:
Prostitutas pintam as unhas na varanda de um bordel e observam carros passando na estrada. Um jornalista austríaco casado com uma chinesa aposta em corridas de ratazana e filma road movies pequineses. Dois amigos inventam a Passagem a Ferro Radical, fenômeno que se espalha pelos cinco continentes e ganha federações. Esses são alguns dos fios condutores de Nocilla dream, que, publicado em 2006 na Espanha por uma editora independente, logo se tornou um fenômeno no país, chamando a atenção tanto da crítica - o jornal El mundo incluiu o romance na lista dos dez melhores do ano - quanto do público. Depois do sucesso do primeiro volume, as duas partes finais da trilogia Nocilla seriam publicadas pela editora Alfaguara: Nocilla experience, em 2008, e Nocilla lab, em 2009.

O projeto literário de Augustín Fernandez Mallo também é reconhecido por ter pavimentado o caminho de uma nova geração de escritores, a Geração Nocilla, ou Geração Afterpop. Nocilla, creme de avelã espanhol semelhante à Nutella, é um dos muitos objets trouvés de Mallo; ao longo deste romancemanifesto carregado de humor e paródias dos procedimentos da arte contemporânea, aparecem também chicletes de menta mascados, um par de tênis Nike, biquínis e camisinhas usadas.
Lê-se Nocilla dream, espécie de road movie com ares de filme B, como quem está diante da TV, passando os canais. Entre ficções, passagens reflexivas e citações, seus 113 microcapítulos alternam entre o registro pop e o erudito, enriquecidos com trechos de Italo Calvino, Thomas Bernhard e Jorge Luis Borges.

No centro dessas diversas referências e constelações está um álamo que conseguiu água para sobreviver em pleno deserto de Nevada, e que atrai como um ímã centenas de pares de sapatos pendurados pelo cadarço. China, Polônia, Argentina, Dinamarca: eis alguns dos horizontes deste romance de estrutura arbórea, que se expande pelo território globalizado e revela a essência da experiência contemporânea.

Sai semana que vem. Eu dei uma lida e estou realmente surpreso (ainda mais na parte de Passagem de Ferro Radical).

Enfim, postei um trecho lá no Posfácio
 
Companhia das Letras publica obra de não-ficção de Paulo Leminski

A Companhia das Letras reeditará Vida, o conjunto das biografias escritas por Paulo Leminski ao longo da década de 1980 para a coleção Encanto Radical, da Editora Brasiliense.
Cruz e Souza: O negro branco (1983), Bashô: A lágrima do peixe (1983), Jesus a.C (1984) e Trótski: A paixão segundo a revolução (1986) são os títulos que compõem o volume idealizado pelo próprio autor, antes de sua morte, e que foi publicado postumamente pela Editora Sulina, em 1990, com apresentação de Alice Ruiz S.
O lançamento do livro está previsto para novembro deste ano.

http://www.companhiadasletras.com.br/noticia.php?id=1002

Fogos-de-Artif%C3%ADcio-Animados.jpg
 
Gente, me desculpem pelo double post mas é que 8-O

A Cia das Letras atualizou sua lista de futuros lançamentos, e tem alguns títulos aí que são uma verdadeira polvorosa.

Fiquei encucado com esses: Os mortos (James Joyce), Poemas (W. H. Auden) e Contos de Canterbury (Chaucer).

Se eles vão relançar o Auden, tenho fé que está perto o dia em que vão relançar o Hölderlin e a Marianne Moore! (A não ser que alguém queira pagar 25.300 nos poemas da Moore :roll:)
 
Última edição:
Gente, me desculpem pelo double post mas é que 8-O

Vou dar uma de moderador Não me punam! :pray: Não é considerado double post se os posts tiverem horas de diferença (e agora que automaticamente posts com pouco tempo de diferença são juntados num post só nem sei se ainda tem isso).

Qual é a regra sobre isso mesmo?
 
não tem com o que se preocupar: se for problema, o fórum corrige automaticamente. e o que o mavericco fez tá ok - ele queria postar coisa nova, se só editasse o post ninguém veria por causa da distância de tempo entre um e outro.

btw, poemas do auden é uma excelente notícia mesmo =]
 
Bem, a Raquel Cozer diz, sobre Sylvia Plath:

Uma enorme lacuna do mercado editorial brasileiro está prestes a ser preenchida. Quase nada editada no Brasil, Sylvia Plath (1932-1963), um dos maiores nomes da poesia americana, figurará em livrarias nacionais nos próximos meses. A Globo, única editora com um livro da poeta em catálogo hoje (“Os Diários de Sylvia Plath”), prepara para o próximo semestre o inédito “Sylvia Plath: Drawings”, com desenhos a tinta feitos pela poeta entre 1955 e 1957 (acima e abaixo), quando estudava em Cambridge, na Inglaterra. Sairá pelo selo Biblioteca Azul, que ainda prevê, para 2014, o romance autobiográfico “A Redoma de Vidro”, há anos fora de catálogo, e “The Collected Poems”. Já a Verus, da Record, promete reeditar o volume de poemas “Ariel”.

Bem legal isso, né?

Dando uma re-olhada no link de lançamentos da Cia das Letras pra 2013, vi que eles vão relançar também uma Coletânea, pela Coleção Listrada, da prosa da Elizabeth Bishop. Nessa entrevista para o Globo News Literatura, o Britto já falava no seu desejo de relançar tal coletânea.
 
Só pra avisar ocêis que tem Lovecraft novo na área. A Hedra lançou agora O caso de Charles Dexter Ward. Esse daí já figurava em terras tupiniquins através de uma edição da L&PM. Btw, esse aí é traduzido pelo Guilherme Braga, que traduziu outros 8 títulos do Lovecraft que saíram pela Hedra. Se não estiver enganado tinha uma entrevista dele lá no Meia.

“A novela narra os experimentos feitos pelo alquimista do século XVII Joseph Curwen na tentativa de obter conhecimentos profanos mediante a ressurreição dos ‘saes essenciaes’ extraídos dos grandes pensadores do mundo. Curwen também deixa os próprios sais essenciais para que fossem descobertos por Charles Dexter Ward, um descendente do século XX, e assim é ressuscitado, mesmo que apenas para ser esconjurado por Marinus Bicknell Willett, o médico da família Ward. O flashback histórico — que ocupa o segundo dos cinco capítulos — é uma das passagens mais evocativas em toda a obra de Lovecraft. (S.T. Joshi)”
 
comprei o novo do Khaled Hosseini, O Silêncio das Montanhas que foi muito pouco divulgado...quer dizer, pelo menos eu não vi nada.
Fizeram um alvoroço com o Dan Brow e deixaram o Hosseini na moita, não entendi!
 
comprei o novo do Khaled Hosseini, O Silêncio das Montanhas que foi muito pouco divulgado...quer dizer, pelo menos eu não vi nada.
Fizeram um alvoroço com o Dan Brow e deixaram o Hosseini na moita, não entendi!

Dan Brown ainda vende muito. Já o Hosseini...
 
Será que esse O Silêncio das Montanhas é bom ? Eu com a minha mãe lemos A Cidade do Sol , eu gostei bastante, e até minha mãe.Agora vocês sabem se aquele Clarões e sombras, de Letícia Wierzchowski já saiu ?
 
Tinha mandado há um tempão tanto um email como uma mensagem no face pra objetiva pra saber quando iriam lançar o terceiro livro da trilogia 1Q84, e agora me responderam no fb que a previsão é de que o livro saia em novembro :D É bom que eu deixo um espaço pra começar a ler o vol. 2 e não esquecer tanto da história até chegar o terceiro, hehe
 
Tinha mandado há um tempão tanto um email como uma mensagem no face pra objetiva pra saber quando iriam lançar o terceiro livro da trilogia 1Q84, e agora me responderam no fb que a previsão é de que o livro saia em novembro :D É bom que eu deixo um espaço pra começar a ler o vol. 2 e não esquecer tanto da história até chegar o terceiro, hehe
vou esperar p comprar qdo sair o box com a capa do filme, :blah:
 
Será que esse O Silêncio das Montanhas é bom ? Eu com a minha mãe lemos A Cidade do Sol , eu gostei bastante, e até minha mãe.Agora vocês sabem se aquele Clarões e sombras, de Letícia Wierzchowski já saiu ?

eu li o Caçador de Pipas e a Cidade do Sol e gostei bastante e por isso comprei esse.
Quando terminar falo se é bom também, mas ele ainda está na fila.
 
Como disse há alguns posts atrás, o Contos de Canterbury vai sair pela Penguin-Companhia. Na coluna de ontem, o tradutor José Francisco Botelho falou um pouco da experiência de traduzi-lo. O livro sairá em setembro, conforme negritei:

Da Lancheria do Parque aos maçaricos de Bagé, a epopeia da tradução
Por José Francisco Botelho

Stanley Kubrick certa vez disse que dirigir um filme é como escrever Guerra e paz em uma montanha russa. Não tenho ideia de como seja dirigir um filme ou escrever Guerra e paz. Mas traduzir Os contos da Cantuária, de Geoffrey Chaucer, foi como passar doze meses em uma montanha russa, no meio de um terremoto, tentando equilibrar nas mãos um glossário de inglês medieval. Vou sentir falta dos solavancos.

Mas antes de falar sobre o Chaucer, preciso falar sobre a Lancheria do Parque e sobre o Bom Fim. Mais que um bairro, o Bom Fim é o coração excêntrico de Porto Alegre — o lugar onde tocadores de gaita escocesa se topam com judeus hassídicos impecavelmente vestidos de preto, e onde um sujeito em puídas bombachas de gaucho platino há tempos tenta me vender sua coleção de gibis da Marvel. O ponto nevrálgico do Bom Fim é a Lancheria do Parque — o lugar que serve o melhor suco de laranja batido em todo o mundo sublunar; e onde os garçons gritam os pedidos dos fregueses, a plenos pulmões, para os funcionários do outro lado do balcão.

Quando o editor Leandro Sarmatz me lançou a proposta-desafio de traduzir Os contos da Cantuária em versos — isso foi por volta do início de 2012 — eu alugava um escritório no segundo andar de um casarão histórico, cor de rosa, a meia quadra da Lancheria. Não havendo ar condicionado ali, comecei a traduzir o Chaucer ao sabor das intempéries porto-alegrenses, cujo nome é legião. Completei os primeiros decassílabos em meio ao calvário do verão de Porto Alegre, com a ajuda de um honesto ventilador de canto — mas, quando vieram os meses do inverno, o halo avermelhado de minha estufa apenas acentuava o fato de que meus dedos estavam gelados demais para digitar. Algumas tardes, então, passei a me transferir com livros, papéis e canetas a uma das mesas da Lancheria, onde o ajuntamento de pessoas me proporcionava o necessário calor (humano, no caso) para seguir trabalhando.

Pelos meus cálculos, traduzi três contos inteiros em meio aos célebres brados de “laranja batido!” e “farroupilha de salaminho, prensado!”. Um outro frequentador contumaz do local, notando minha aplicação meio maníaca sobre aqueles papéis, certa vez me perguntou o que eu escrevia. Sofro de uma certa timidez de escritor, que me leva frequentemente a mentir (de forma irracional) sobre o que estou escrevendo. De forma que respondi: é um roteiro, para um filme sobre contrabandistas. (Eu realmente pretendo um dia escrever um roteiro sobre contrabandistas. Seja como for: algumas semanas atrás voltei à Lancheria, e o mesmo habitué me perguntou “como vai o roteiro”. Dei de ombros e respondi: “Larguei de mão”).

Mas antes de prosseguir, preciso falar de Bagé, e dos maçaricos — me refiro ao pássaro, não à ferramenta. Quando eu já havia chegado mais ou menos à metade dos Contos — lá pelo “Conto do Navegador”, eu acho — me mudei de cidade. Por motivos longos demais para este modesto relato, vim morar por algum tempo em minha cidade natal, Bagé, em uma das regiões mais isoladas do Brasil, na fronteira profunda com o Uruguai. Em sua solidão algo orgulhosa, a cidade gosta de recordar certos visitantes inusitados: Omar Shariff costumava jogar bridge no Clube Comercial (era amigo do dono de um haras, aqui perto); Richard Gere era visto tentando comprar pãezinhos em uma padaria local (ele namorou, por um tempo, uma pintora bajeense); e Yves Montand certa vez deu uma canja em um famoso restaurante de pescados (não tenho a menor ideia do que Yves Montand fazia por aqui).

Mas, bem, o que interessa é que passei a viver em uma casa antiga no centro histórico de Bagé, com um pátio enorme e decadente, frequentado regularmente por bandos de maçaricos: eles são pássaros compridos, escuros, cujo canto é formado por piados distintos, sincopados e vagamente ominosos. A essas alturas, a tradução diária de decassílabos já havia se entranhado de tal forma em minha cabeça que eu tentava escandir e metrificar tudo a minha volta. O prazo final se aproximava, e o medo de falhar na empreitada me levou quase a duplicar as horas de trabalho. No supermercado, eu me flagrava contando as sílabas dos nomes dos produtos, na ponta dos dedos; outras vezes, lá estava eu a escandir as primeiras palavras de minha filha, que na época completava uns dois anos de idade; em alguns momentos do dia, minha esposa era obrigada a me chamar de volta ao já quase esquecido mundo das frases sem métrica: “Chega de decassílabos, Chico”.

Mas, à noite, o ritmo surdo dos decassílabos continuava pulsando entre minha cabeça e o travesseiro.

O clímax dessa história ocorreu certa tarde, quando eu chegara ao nebuloso píncaro de um capítulo, e tudo ao meu redor parecia estranho e mudo; e foi então que um maçarico passou voando pela janela. A sombra bateu em meu rosto, fiquei atordoado por uns instantes, houve um movimento involuntário de meus dedos. E percebi: eu estava tentando escandir os piados do maçarico. Pensei, nitidamente: Agora, sim, estou virando o louco dos decassílabos. Cogitei o desespero por um instante, mas então fiz aquilo que sempre se deve fazer em momentos de espasmo existencial. Eu fui preparar um mate.

Enquanto tomava o chimarrão, a sensação de mau agouro se desfez e percebi que, na verdade, estava tudo acabando, para o bem ou para o mal: faltava pouco, muito pouco para o fim da montanha russa. O verão havia voltado e a loucura dos decassílabos em breve iria acabar. Desde que eu me sentara para escrever o primeiro verso do “Prólogo geral”, minha filha havia aprendido a andar e a dizer “Nabucodonosor”; dois fios brancos haviam surgido em minha barba. Eu havia passado doze meses na companhia de Harry Bailey, o Albergueiro, e sua trupe — em breve, muito em breve, iríamos nos separar. Nesse momento, senti algo semelhante ao que Rudyard Kipling descreve em um dos melhores contos do Livro da selva: “Uma grossa e morna lágrima caiu em seu joelho e, triste como se sentia, Mowgli sentiu-se feliz por estar tão triste — se é que vocês conseguem entender essa espécie de felicidade de ponta cabeça”.

Não chorei, claro — sou hiperbólico, mas não melodramático. Terminei o mate, enquanto minha felicidade de ponta cabeça era invadida por outra sensação igualmente imponderável. Eu sairia dos Contos, em breve, e para sempre — mas, graças aos meandros da vida e da literatura, minhas duas terras estranhas, o Bom Fim e Bagé, ficariam de alguma forma lá dentro, enfeitiçadas e escandidas, entre os loucos, os lordes, os santos e os depravados de meu querido Geoffrey Chaucer.

[A tradução de The Canterbury Tales será lançada pela Penguin-Companhia em setembro deste ano.]

* * * * *

José Francisco Botelho é escritor, tradutor e jornalista. Seu livro de contos A árvore que falava aramaico foi finalista do prêmio Açorianos de 2012. É editor da República – Agência de Conteúdo.

FONTE: http://www.blogdacompanhia.com.br/2...e-aos-macaricos-de-bage-a-epopeia-da-traducao
 
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