Turel era um elfo da estirpe dos Noldor, servo de Aule e um grande artífice. A muito que se tornara o elfo o qual Aule confiava muito, e lhe ensinava grandes técnicas de fabricação.
Porém Aule andava preocupado com a missão a qual Mandos havia começado. A destruição da espada...
Mandos escondera de Aule este propósito, pois temia a interferencia do Valar. Mas o Vala Artifice já contrariou a vontade de Iluvatar criando os anões e podia muito bem cometer o mesmo erro.
E Mandos estava certo em esconder dele o objetivo, pois Aule acabou descobrindo a intenção de Mandos de destruir sua maior obra de Arte, a qual passara anos trabalhando carinhosamente cada detalhe dela.
Ele não permitiria a destruição dela, não o Aule. E indo novamente contra a vontade de iluvatar e também dos Valar ele busca uma alternativa de contornar o problema. Aule decidiu selar o poder da espada, fabrincando uma bainha que anularia sua poderosa magia.
Ele fabricou-a e entregou a um de seus aprendizes, Turel. Para que achasse a espada antes dos outros e a trouxesse de volta para ele. Não podia enviar seus maiars mais poderoso, pois chamaria a atencao deles.
O elfo orgulhoso de ser o alvo de tanta confiança foi secretamente para o leste. Sem tripulação, sem ninguém. Durante a longa viajem ele consegue se lembrar das palavras de Aule:
"Esta espada é poderosa o suficiente para cortar Angainor. Não pode cair em mãos erradas e nem você deve permitir que a destruam, pois ela é a mais bela de minhas obras. Voce nao deve chamar a atencao de ninguem, deve agir como se nao existisse la. Nem mesmo Gandalf deve saber de sua missao."(Angainor sao as correntes que prendem Melkor)
Talvez porque Ulmo estivesse ocupado de outros assuntos, ou pelo elfo ser insignificante para ele, a viajem prosseguiu tranqüila, no grande mar de aguás calmas. Por hora ou outra o Noldor se preocupava com tempestades que apontavam no horizonte, mas elas sempre iam embora.
Por fim ele terminara por ver a costa do Sul de Gondor, próximo a Dol Amroth. Depois seguiu por terra até a Grande Cidade e Porto dos Edain(homens) e la desfrutou de boa comida e hospitalidade.
A cidade era alegre, uma vez que nem imaginavam o perigo que o mundo corria. Turel sentia pena de tanta felicidade se distinguir com a volta Sombra, mas ao mesmo tempo não deixava seu orgulho Noldorin, e por vezes sentia repudio ao ter que falar com o dono da taverna, que parecia um mendigo aos seus olhos.
Lá se deparou com um forte vestígio da arquitetura e navegação de Númenor, a qual ja conhecera quando Ar-Pharazon tentou invador as Terras Imortais. E se misturando com a população tomou um barco para A Grande Harad, onde haviam muitas rotas comerciais e a troco de uma bela e rara adaga élfica, que ele mesmo confecionara, ele convenceu o capitão a deixa-lo embarcar.
A única informação que Aule lhe dera era que o grupo convovado por Gandalf deveria estar na altura de Khand agora.
Logo chegando a Grande Harad ele depara com uma terra que nunca havia imaginado existir. Apesar das hitorias sobre os selvagens homens do Sul, contadas pelos elfos que retornaram a Valinor, nao era isso que ele via com os proprios olhos. Ele via uma bela Cidade-Porto, com bastante comercio e de aparencia nada hostil. Muitos tipos de pessoas diferentes andavam pelas ruas, de roupas brancas ou claras, por causa do forte Sol que assolava a região.
Ora ou outra ele era abordado por algum mercador querendo lhe vender algo.
Ele nao tinha tempo a perder, deveria prosseguir com a missao e o fez.
Pegou um cavalo e seguiu solitario para o norte deixando a cidade e chegando a orla de uma floresta. Ali decidiu passar a noite e durante seu sono ele eh acordado por seu cavalo relinchando assustado e uma voz que soava da floresta, nao conseguia distinguir o dono, mas a ouvia dizer quase que sussurando:
"Venha para mim, filho de Iluvatar, venha... eu posso te ajudar no que procura..."
Estranhando a mencao de iluvatar, uma vez que somente os elfos o mencionavam.
E a voz continuando a repetir a mesma fala para ele, vindo do centro da floresta a qual as bordas se estendiam ao longe ateh alem da visao do elfo. Com arvores de troncos grossos e fortes e copas grandes e largas, que agora punham suas folhas em tom avermelhado pelo crepusculo. Ate onde Turel conseguia ver a floresta aparentava ser bem escura e a voz continuava em seu ouvido o chamando para ela.