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Notícias Nobel Literatura 2013 - Alice Munro (1931)


Lendo isso me lembrei do artigo de hoje do André Barcinski detonando os jornalistas que não saem da redação, não fazem pesquisa - ele ficou surpreso de que ninguém além do amigo dele, que depois escreveu a matéria, foi atrás das razões porque Bruce Springsteen escolheu tocar "Sociedade Alternativa", do Raul Seixas, no Rock in Rio. De fato, Anica, você saiu na frente do Guardian agora.
 
Última edição:
eu não sei se eu não entendi o que você quis dizer, se você não entendeu o que eu quis dizer ou se prefiro não entender o que você entendeu. :eh:
 
Estou torcendo pro Gullar. Essa coisa da Feira de Frankfurt é uma bom ponto de partida!
 
Alguem tem alguma informação sobre ela e sua obra? Confesso que não a conhecia.

contista canadense. já ouvi falar muito dela, mas confesso que nunca li.

Alice Munro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alice Ann Munro, apelido de solteira Laidlaw (Wingham, Ontário, 10 de julho de 1931) é uma escritora canadiana de contos, considerada uma das principais escritoras da atualidade em língua inglesa. Foi galardoada com o prémio nobel da literatura em 2013.1



Biografia[editar]
Alice Munro nasceu em Wingham, Ontário, em julho de 1931. Viveu primeiro numa quinta a oeste dessa zona, numa época de depressão económica. Conheceu muito jovem Michael Munro, na Universidade de Western Ontario. Exercia trabalhos manuais para manter os estudos. Casaram em 1951, e instalaram-se em Vancouver. Tiveram três filhas, em 1963 mudaram-se para Victoria, onde trabalharam numa livraria. O casal divorciou-se em 1972, e Alice regressou ao seu estado natal, sendo escritora-residente na sua antiga universidade.

Voltou a casar-se em 1976, com Gerald Fremlin. A partir daí consolidou a carreira de escritora, que tinha iniciado jovem com crónicas (desde 1950). Munro reconheceu a influência na sua obra de grandes escritoras, como Katherine Anne Porter, Flannery O’Connor, Carson McCullers ouEudora Welty, bem como de James Agee e especialmente William Maxwell. Os seus relatos centram-se nas relações humanas analisadas através da lente da vida quotidiana. Por isso, e pela sua qualidade, tem sido chamada "a Chekov do Canadá".

Em The View from Castle Rock, de 2006, fez um balanço da história da sua família, que emigrou para o Canadá, e descreveu as dificuldades que os seus pais tiveram.

Alice Munro foi entrevistada pela célebre The Paris Review em 1994. Foi por três vezes vencedora do prémio de ficção literária «Governor General's Literary Awards», do seu país. Em 1998 Alice Munro foi premiada pelo National Book Critics Circle dos Estados Unidos, pela obra O amor de uma mulher generosa. Venceu o Prémio Nobel da Literatura em 2013.

Obras[editar]
  • Dance of the Happy Shades, 1968, contos.
  • Lives of Girls and Women, 1971, romance (contos interligados)
  • Something I’ve Been Meaning to Tell You, 1974, contos
  • The Beggar Maid (surgiu antes como Who Do You Think You Are?), 1978, contos.
  • The Moons of Jupiter, 1982.
  • The Progress of Love, 1986.
  • Friend of My Youth, 1990.
  • Open Secrets, 1994.
  • The Love of a Good Woman, 1998.
  • Hateship, Friendship, Courtship, Loveship, Marriage, 2001. >> Tr. Ódio, amizade, namoro, amor, casamento, Globo, contos.
  • Runaway, 2004. >> Tr. A fugitiva, Cia das Letras, contos.
  • The View from Castle Rock, 2006. >> crônica sobre a sua família.
  • Too much happiness, 2009. >> Tr. Felicidade demais, Cia das Letras, contos
Referências
  1. Ir para cima↑ Nobel prizes. Nobel prize. Página visitada em 10-10-2013.
  • Sheila Munro, Lives of Mothers and Daughters: Growing up with Alice Munro, Toronto, McClelland & Stewart, 2001, memórias da sua filha.
  • Robert Thacker, Alice Munro: Writing Her Lives, Douglas Gibson Books, 2005, biografia.
 
Alguem tem alguma informação sobre ela e sua obra? Confesso que não a conhecia.

Talvez o pessoal a conheça mais por aqui por conta da adaptação de um de seus contos, "The Bear Came Over the Mountain", adaptado pras telas como "Longe Dela" (Away from Her), de Sarah Polley.
 
Li um conto só dela, Boys and Girls do Dance of the Happy Shades, pra uma matéria da faculdade e é bem bacana.

tem um video de uma garota no youtube que fala sobre os contos dela (a menina parece que é fã da autora) e recomenda muito o livro Felicidade demais (too much happiness), publicado pela cia aqui (a cia tbm publicou Fugitiva e, recentemente, O amor de uma boa mulher).

o vídeo:

Uma matéria do Globo:

Escritora canadense Alice Munro vence Nobel de Literatura 2013
Anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (10) em Estocolmo, na Suécia.
Segundo academia, autora é 'aclamada pela clareza e realismo psicológico'.


Do G1, em São Paulo


24 comentário
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A escritora canadense Alice Munro
(Foto: Divulgação/Cia das Letras)
A canadense Alice Munro, de 82 anos, foi anunciada na manhã desta quinta-feira (10) como a vencedora do Nobel de Literatura 2013. A escolha foi divulgada em um evento na cidade de Estocolmo, na Suécia. Além do título, a escritora ganha também 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,25 milhão).

Segundo o comitê da premiação, Munro é "mestre da narrativa breve contemporânea" e "aclamada por sua narrativa afinada, que é caracterizada pela clareza e pelo realismo psicológico". Alguns críticos a consideram "a Chekhov canadense", em referência ao escritor russo Anton Chekhov, por seus contos serem centrados nas fraquezas da condição humana.

A escritora nasceu em 10 de julho de 1931 em Wingham, no Canadá. Ela é autora de diversos livros de contos, traduzidos para mais de dez idiomas. Entre os numerosos prêmios literários recebidos ao longo de sua carreira, destaca-se o Man Booker Prize, em 2009. Entre suas obras mais conhecidas estão "Fugitiva" (2006), "Felicidade demais" (2010) e "O amor de uma boa mulher" (2013).

Ela começou a estudar Jornalismo e Inglês na University of Western Ontario, mas interrompeu os estudos quando se casou em 1951. Junto com seu marido, ela se mudou para Victoria, em British Columbia, onde o casal abriu uma livraria. Seu primeiro livro foi publicado em 1968, com o título "Dance of the happy shades", que recebeu bastante atenção no Canadá.

Em 1971, Munro publicou uma coleção de histórias chamada "Lives of girls and women", que os críticos descreveram como um "Bildungsroman", isto é, um romance de formação. Sua obra "Hateship, Friendship, Courtship, Loveship, Marriage" (2001) foi inspiração para o filme "Longe dela" (2006), dirigido por Sarah Polley.

Munro é a 13ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura. Em 2009, a escritora romena Herta Müller recebeu o prêmio. De acordo com o Twitter oficial da premiação, a academia sueca não conseguiu entrar em contato por telefone com Munro para avisá-la do Nobel, deixando uma mensagem em sua secretária eletrônica. Atualmente, ela mora em Clinton, ao sudoeste de Ontário, no Canadá.

Esta é a primeira vez, em 112 anos, que a academia sueca premia um autor que escreve apenas contos. A cerimônia de entrega acontecerá em Estocolmo, no dia 10 de dezembro, aniversário da morte do fundador do prêmio, Alfred Nobel.

Em 2012, o vencedor do Nobel de Literatura foi o chinês Mo Yan, que já havia ganhado diversos prêmios anteriormente, entre eles o Prêmio Newman para literatura chinesa em 2009 e, em 2011, o Mao Dun, que desde 1982 é entregue a escritores chineses a cada quatro anos.

Depois que vi o vídeo ali em cima fiquei muito entusiasmado pra ler algum livro dela, até peguei praticamente todos que ela publicou pro meu kindle, e quase comecei a ler algum, provavelmte o que a menina recomendou... e a gora fiquei com remorso de não ter feito isso, hehe
 
Quase comprei O amor de uma boa mulher, quando saiu, mas acabei desistindo. Acho que vou começar pelo Felicidade demais, igual o Gabizinho, aproveitar que tô com o humor pra ler contos.
 
Vou postar sem nem ter lido pra ser o primeirinho:

Alice Munro ganha o Prêmio Nobel de Literatura

A escritora canadense Alice Munro foi anunciada hoje como a nova ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura. Aos 82 anos, a contista já havia ganhado prêmios como o Man Booker, o Giller e o Trillium Book Award.

Jonathan Franzen, em ensaio sobre a escritora, disse: “[Munro] não é uma golfista treinando uma tacada. Ela é uma ginasta de collant preto, sozinha no chão liso, superando todos os romancistas com seus trajes chamativos, chicotes, elefantes e tigres.”

Em crítica sobre O amor de uma boa mulher, lançado pela Companhia das Letras em maio deste ano, o crítico da Folha Luiz Bras disse: “Alice Munro certamente pertence à linhagem de escritores como Tchekhov e Virginia Woolf, mestres da intimidade doméstica, da elipse e do desenlace indefinido. A única diferença é que em suas histórias o niilismo e o puritanismo jamais triunfam.”

Em junho deste ano, ela disse ao National Post que provavelmente não escreveria mais. De suas obras, a Companhia das Letras também publicou Fugitiva e Felicidade demais. Dear Life, seu livro mais recente, será publicado em novembro.

Leia abaixo o conto “As crianças ficam”, retirado de O amor de uma boa mulher.

* * * * *
As crianças ficam
Por Alice Munro

Trinta anos atrás uma família passava as férias na costa leste da ilha de Vancouver. Um casal ainda jovem com suas duas filhas pequenas e um casal mais velho, pais do marido.

O tempo estava perfeito. Todas as manhãs iguais, os primeiros raios puros de sol varando os galhos altos e espantando o nevoeiro sobre as águas paradas do estreito de Georgia. Com a maré baixa, surge uma grande extensão de areia ainda úmida sobre a qual é fácil caminhar, como cimento prestes a secar. Na verdade, a maré ultimamente tem baixado menos; a cada manhã a área de areia encolhe, mas, de todo modo, é ainda bem ampla. As mudanças na maré são matéria de grande interesse para o avô, embora nem tanto para os demais.

Pauline, a jovem mãe, realmente não gosta tanto da praia quanto da estrada que corre atrás dos chalés por um quilômetro e meio, até chegar à margem de um pequeno rio que desemboca no mar.

Não fosse pela maré, seria difícil lembrar que se tratava do mar. Do outro lado das águas se erguem as montanhas que formam o paredão ocidental do continente norte-americano. Esses montes e picos, agora visíveis em meio à névoa enquanto Pauline empurra o carrinho de sua filha ao longo da estrada, também interessam ao avô e a seu filho, Brian, que é o marido de Pauline. Os dois estão sempre tentando decidir o que é o quê. Quais daquelas formas são de fato montanhas continentais e quais são elevações improváveis das ilhas que ficam diante da costa. É difícil dizer com certeza quando o conjunto é tão complicado e a distância de seus componentes se altera com as mudanças da luz ao longo do dia.

Mas, entre os chalés e a praia, há um mapa protegido por uma lâmina de vidro. Pode-se olhar o desenho, depois a paisagem à frente e mais uma vez o desenho até esclarecer tudo. O avô e Brian fazem isso todos os dias, em geral iniciando uma discussão, embora se devesse imaginar que haveria pouca margem para dúvida com o mapa bem ali. Brian alega que o mapa não é exato. Mas seu pai não admite críticas a nenhum aspecto daquele lugar, que foi sua escolha para as férias. O mapa, assim como as acomodações e o tempo, é perfeito.

A mãe de Brian não olha o mapa. Diz que atrapalha sua cabeça. Os homens riem dela, aceitam que sua cabeça é atrapalhada. O marido acredita que isso é porque ela é uma mulher. Brian acredita que é porque ela é sua mãe. A preocupação permanente dela é saber se alguém já está com fome ou com sede, se as crianças estão usando os chapéus de sol e o protetor solar. E o que é essa mordida estranha no braço de Caitlin, que não parece ter sido feita por um mosquito? Ela obriga o marido a pôr na cabeça um chapéu mole de algodão e acha que Brian deveria fazer o mesmo — lembrando como ele passou mal por causa do sol naquele verão em que foram para o Okanagan quando ele era pequeno. Às vezes Brian lhe diz: “Ah, mamãe, fecha o bico”. O tom é na essência carinhoso, mas o pai lhe pergunta se ele acha que agora pode falar desse jeito com a mãe.

“Ela não se importa”, diz Brian.

“Como é que você sabe?”, pergunta o pai.

“Ah, pelo amor de Deus”, diz a mãe.

[Clique aqui para ler o conto na íntegra.]

http://www.blogdacompanhia.com.br/2013/10/alice-munro-ganha-o-premio-nobel-de-literatura/

(falei postar primeiro não a notícia dela ter ganho, mas o post legal do blog da Cia :dente: )
 
Ontem o Jornal Nacional noticiou sobre o nobel de Alice Munro e a comparou com Tchekóv.
Palavras do JN: "Raro uma contista ganhar o Nobel. Alice Munro tem a sua genialidade compara ao contista russo Tchekóv."
 
Ontem o Jornal Nacional noticiou sobre o nobel de Alice Munro e a comparou com Tchekóv.
Palavras do JN: "Raro uma contista ganhar o Nobel. Alice Munro tem a sua genialidade compara ao contista russo Tchekóv."

é o apelido dela, "checov canadense". que ela não curte, btw
 

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