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Prêmio Nobel de Literatura 2023

Ontem mesmo estava a ler sobre um livro dele que vai ser lançado em breve: Brancura. Ia até criar um tópico ou postar lá nos lançamentos mas o FB no celular não deixava copiar o texto... Fiquei com preguiça. Agora que não colo; vão achar que é por modinha. :humpf:
 
Falar nisso, temos por enquanto já Melancolia pela Tordesilhas, e recentemente É a Ales, pela cia das letras.
 

O escritor norueguês Jon Fosse venceu o o Prêmio Nobel de Literatura 2023. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (5), em Estocolmo, na Suécia.

Segundo a Academia Sueca, ele foi escolhido "por suas peças e prosa que dão voz ao indizível".

No Brasil, neste mês de outubro, duas editoras brasileiras estão lançando livros de Jon Fosse. A Companhia das Letras colocou nas prateleiras das livrarias o romance É a Ales, traduzido por Guilherme da Silva Braga. Segundo a editora, o livro é "um romance hipnótico e inesquecível de um dos grandes nomes da ficção literária norueguesa. Livro vencedor do Norwegian Critic's Prize e finalista do International Booker Prize". E, agora, do Nobel.

A Fósforo acabou de anunciar a pré-venda de Brancura, traduzido por Leonardo Pinto Silva. "Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência", diz a editora, "um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente". Brancura foi finalista do National Book Award.

Jon Fosse nasceu em 1959 na Noruega e recebeu inúmeros prêmios, tanto em seu país quanto no exterior. Sua estreia literária se dá em 1981, com a publicação do conto "Han" em um jornal estudantil. Dois anos mais tarde, lança Raudt, svart, seu primeiro romance. Desde então, tem se aventurado por diversos gêneros: romance, poesia, conto, ensaio, literatura infantil e teatro — com mais de quarenta peças encenadas em diversos países —, além de traduzir literatura estrangeira para o norueguês. Seus livros já foram traduzidos para mais de cinquenta idiomas.

Segundo a Fósforo, a singularidade da voz de Fosse também se deve ao fato de que ele é um dos poucos autores a escrever em "neonorueguês, ou nynorsk" — variante minoritária da língua, uma compilação de dialetos falados sobretudo na costa da Noruega e criada em meados do século 19, durante o nacional-romantismo.

O comitê do Nobel ainda aponta que o autor tem muito em comum com um precursor na literatura do dialeto, Tarjei Vesaas. "Enquanto Fosse compartilha da perspectiva pessimista dos seus antecessores, sua visão particular e gnóstica não resulta numa compreensão niilista do mundo. Ao contrário, há muito humor e cordialidade em seu trabalho, e uma vulnerabilidade inocente às suas imagens decididas da experiência humana".

De acordo com o presidente do Comitê do Nobel, o crítico sueco Anders Olsson, Fosse "apresenta situações cotidianas instantaneamente reconhecíveis nas nossas próprias vidas. Sua redução radical da linguagem e ação dramática expressam as emoções humanas mais poderosas de ansiedade e impotência, nos termos mais simples".

'É a Ales' e 'Brancura'

Capas dos livros de Jon Fosse publicados recentemente no Brasil | © Companhia das Letras, Fósforo

Capas dos livros de Jon Fosse publicados recentemente no Brasil | © Companhia das Letras, Fósforo

A sinopse de É a Ales (Companhia das Letras) é a seguinte: "Signe está deitada em um banco de sua casa no fiorde e tem uma visão de si mesma há mais de vinte anos: parada na janela esperando por seu marido Asle, no fatídico dia de novembro quando ele saiu com seu barco e nunca mais voltou. Suas memórias se ampliam para incluir a vida do casal e mais: os laços de família e os dramas que remontam a cinco gerações, até Ales, a trisavó de Asle. Na prosa vívida e alucinante que fez de Jon Fosse um dos mais destacados autores contemporâneos, esses momentos – assim como os fantasmas do presente e do passado – coexistem no mesmo espaço. É a Ales é uma obra-prima visionária e oferece uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados".


Já a Fósforo lembra que Fosse é considerado um dos maiores escritores europeus da atualidade, frequentemente comparado a Beckett, Ibsen e Bernhard. "Fosse é dono de uma vasta obra que se debruça sobre questões existenciais como a morte, o amor, a fé e o desespero", escreve a editora no material de Brancura. "Sua escrita é construída de modo a replicar o ritmo e a repetição de uma oração, e a precisão obsessiva de seu trabalho fez com que ele ultrapassasse os limites do estilo para forjar algo próximo de uma nova forma literária, na qual a relação com a metafísica vai além do conteúdo, inscrevendo-se também na composição formal. Por isso, a experiência de ler seus livros é comparável à da meditação".

O Prêmio Nobel de Literatura

Em 2018, após acusações de abuso sexual e corrupção no seu comitê, o Prêmio Nobel de Literatura não foi entregue. Para compensar, em 2019 escolheu dois autores, o austríaco Peter Handke – que gerou críticas – e a polonesa Olga Tokarczuk. Já em 2020, a escolhida foi a poeta americana Louise Glück. Em 2021 levou o tanzaniano Abdulrazak Gurnah, e em 2022, Annie Ernaux.
 

O escritor norueguês Jon Fosse venceu o o Prêmio Nobel de Literatura 2023. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (5), em Estocolmo, na Suécia.

Segundo a Academia Sueca, ele foi escolhido "por suas peças e prosa que dão voz ao indizível".

No Brasil, neste mês de outubro, duas editoras brasileiras estão lançando livros de Jon Fosse. A Companhia das Letras colocou nas prateleiras das livrarias o romance É a Ales, traduzido por Guilherme da Silva Braga. Segundo a editora, o livro é "um romance hipnótico e inesquecível de um dos grandes nomes da ficção literária norueguesa. Livro vencedor do Norwegian Critic's Prize e finalista do International Booker Prize". E, agora, do Nobel.

A Fósforo acabou de anunciar a pré-venda de Brancura, traduzido por Leonardo Pinto Silva. "Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência", diz a editora, "um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente". Brancura foi finalista do National Book Award.

Jon Fosse nasceu em 1959 na Noruega e recebeu inúmeros prêmios, tanto em seu país quanto no exterior. Sua estreia literária se dá em 1981, com a publicação do conto "Han" em um jornal estudantil. Dois anos mais tarde, lança Raudt, svart, seu primeiro romance. Desde então, tem se aventurado por diversos gêneros: romance, poesia, conto, ensaio, literatura infantil e teatro — com mais de quarenta peças encenadas em diversos países —, além de traduzir literatura estrangeira para o norueguês. Seus livros já foram traduzidos para mais de cinquenta idiomas.

Segundo a Fósforo, a singularidade da voz de Fosse também se deve ao fato de que ele é um dos poucos autores a escrever em "neonorueguês, ou nynorsk" — variante minoritária da língua, uma compilação de dialetos falados sobretudo na costa da Noruega e criada em meados do século 19, durante o nacional-romantismo.

O comitê do Nobel ainda aponta que o autor tem muito em comum com um precursor na literatura do dialeto, Tarjei Vesaas. "Enquanto Fosse compartilha da perspectiva pessimista dos seus antecessores, sua visão particular e gnóstica não resulta numa compreensão niilista do mundo. Ao contrário, há muito humor e cordialidade em seu trabalho, e uma vulnerabilidade inocente às suas imagens decididas da experiência humana".

De acordo com o presidente do Comitê do Nobel, o crítico sueco Anders Olsson, Fosse "apresenta situações cotidianas instantaneamente reconhecíveis nas nossas próprias vidas. Sua redução radical da linguagem e ação dramática expressam as emoções humanas mais poderosas de ansiedade e impotência, nos termos mais simples".

'É a Ales' e 'Brancura'

Capas dos livros de Jon Fosse publicados recentemente no Brasil | © Companhia das Letras, Fósforo

Capas dos livros de Jon Fosse publicados recentemente no Brasil | © Companhia das Letras, Fósforo

A sinopse de É a Ales (Companhia das Letras) é a seguinte: "Signe está deitada em um banco de sua casa no fiorde e tem uma visão de si mesma há mais de vinte anos: parada na janela esperando por seu marido Asle, no fatídico dia de novembro quando ele saiu com seu barco e nunca mais voltou. Suas memórias se ampliam para incluir a vida do casal e mais: os laços de família e os dramas que remontam a cinco gerações, até Ales, a trisavó de Asle. Na prosa vívida e alucinante que fez de Jon Fosse um dos mais destacados autores contemporâneos, esses momentos – assim como os fantasmas do presente e do passado – coexistem no mesmo espaço. É a Ales é uma obra-prima visionária e oferece uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados".


Já a Fósforo lembra que Fosse é considerado um dos maiores escritores europeus da atualidade, frequentemente comparado a Beckett, Ibsen e Bernhard. "Fosse é dono de uma vasta obra que se debruça sobre questões existenciais como a morte, o amor, a fé e o desespero", escreve a editora no material de Brancura. "Sua escrita é construída de modo a replicar o ritmo e a repetição de uma oração, e a precisão obsessiva de seu trabalho fez com que ele ultrapassasse os limites do estilo para forjar algo próximo de uma nova forma literária, na qual a relação com a metafísica vai além do conteúdo, inscrevendo-se também na composição formal. Por isso, a experiência de ler seus livros é comparável à da meditação".

O Prêmio Nobel de Literatura

Em 2018, após acusações de abuso sexual e corrupção no seu comitê, o Prêmio Nobel de Literatura não foi entregue. Para compensar, em 2019 escolheu dois autores, o austríaco Peter Handke – que gerou críticas – e a polonesa Olga Tokarczuk. Já em 2020, a escolhida foi a poeta americana Louise Glück. Em 2021 levou o tanzaniano Abdulrazak Gurnah, e em 2022, Annie Ernaux.
A sinopse de Brancura me parece muito mais interessante...
 
Bola cantada no Nobel de Literatura: ainda existe sigilo na Academia Sueca?

Rodrigo Casarin
Colunista de Splash
05/10/2023 10h32


O norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura

O norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura

Deve ter algum boca de sacola dentro da Academia Sueca.

"Pelas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível." Esse foi o motivo pelo qual os acadêmicos escolheram Jon Fosse para ficar com o Prêmio Nobel de Literatura de 2023. Norueguês de 64 anos, Fosse é reconhecido principalmente pelas dezenas de peças teatrais escritas. Mas é um autor polivalente: também leva suas letras para a poesia, o romance e a literatura infantil.

Fosse saiu no Brasil em 2015 pela Tordesilhas, que lançou por aqui "Melancolia" (tradução de Marcelo Rondinelli), livro baseado na trajetória do pintor Lars Hertervig, também norueguês. Coincidentemente ou não, duas outras editoras que ostentam nobelizados recentes em seus catálogos estão lançando livros do autor por esses dias.

A Companhia das Letras, responsável por diversos galardoados, já colocou nas livrarias "É a Ales". A Fósforo, casa de Annie Ernaux no Brasil, abriu a pré-venda de "Brancura".

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Traduzido por Leonardo Pinto Silva, "Brancura" é um livro de 64 páginas no qual um homem dirige sem rumo e chega a uma floresta. Em meio à noite e à neve, decide perambular pela mata, onde encontra uma imagem branca reluzente. Na obra, segundo a editora, a atmosfera onírica se mescla à transcendência numa narrativa encadeada num fluxo de consciência permeado por vozes que o protagonista escuta.

"É a Ales", traduzido por Guilherme da Silva Braga, é um pouco maior, tem 112 páginas. É apresentado pela Companhia como um romance hipnótico, no qual uma mulher, deitada em sua casa num fiorde, tem uma visão de si no passado. Ela se enxerga no dia em que o marido saiu de barco e nunca mais voltou. É a deixa para mergulhar em memórias que levam o leitor a diferentes gerações familiares.

Contrariando aqueles que dizem que as casas de apostas nunca são um bom termômetro para saber quem levará o prêmio, Fosse era um nome muitíssimo bem cotado neste ano. Ficava atrás apenas da chinesa Can Xue, e por uma diferença mínima.

No ano passado ocorreu algo semelhante. Annie Ernaux, a vencedora, era uma das três maiores favoritas, junto do seu compatriota e desafeto Michel Houellebecq e da canadense Anne Carson. Pelo visto, informações quentes têm rolado pelos corredores da Academia e pelos emails ou whatsApps dos acadêmicos.

O Nobel tem a fama de manter em absoluto sigilo o vencedor até a hora do devido anúncio. Comercialmente falando, no entanto, é interessante para autores e principalmente editores saberem com alguma antecedência o nome do premiado para poderem trabalhar as obras do escolhido e, quem sabe, lançá-las numa data próxima à premiação.

O eventual boca de sacola talvez esteja numa posição muito confortável até para a Academia. Deixa a coisa num lusco-fusco: pairam dúvidas, mas não certezas, sobre quão discretos os suecos podem ser em relação ao Nobel ao mesmo tempo em que parte do mercado editorial fica bem feliz.

 
Gente, tô almoçando, porque tenho de ir trabalhar. Por isso, não vou ler esses trem tudo, não. Digam, aí, dos livros do mocinho disponíveis em português, qual sinopse é mais chamativa? Tem pdf? :dente:
 
Gente, tô almoçando, porque tenho de ir trabalhar. Por isso, não vou ler esses trem tudo, não. Digam, aí, dos livros do mocinho disponíveis em português, qual sinopse é mais chamativa? Tem pdf? :dente:
A sinopse mais chamativa é desse Brancura. Mas néam. É um opúsculo de 64 páginas que está custando RS 59,00 (tabelado).
 
Só li, por enquanto, da prosa, o livro que rendeu a ele na época um dos mais prestigiados prêmios nórdicos, o Trilogia, composto de três curtas novelas interligadas sobre um casal em que a mulher está grávida e fogem por conta da família não aceitar a união dos dois, e de início fica nisso deles tentarem arrumar um abrigo e um local para a criança nascer... e se isso soa um tanto bíblico é de propósito. O mais bacana é a linguagem repetitiva e vertiginosa do cara, hipnótica, que como que te lança nesse turbilhão de emoções e dificuldades, alternando entre tempos de forma que em alguns momentos não se tem certeza se o que se lê é um sonho, premonição, ou - pior - realidade. O desfecho - e todo o livro - é de uma melancolia pura. Esse saiu lá em portugal e tenho acesso a um pdf (ou epub etc)... quem quiser, inbox 🤭

As peças dele são mais acessíveis, por serem diálogos curtos, às vezes nem diálogos, mas palavras ao vento, ressaltando a falta de comunicabilidade entre as pessoas, a solidão, uma presença ausente, também uma mistura de temporalidades, e uma melancolia latente. Essas acho que não têm em PT por enquanto, ou se tiver, não tenho acesso.
 

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