Muito bem, senhoras e senhores, serei mais incisivo:
Só espero que eu não use todos os meus argumentos nesse primeiro debate...
Este link, como vocês podem ver, mostra claramente a enorme influência que meu cliente possui na ficção contemporânea. Claro que devemos desconsiderar os comentários ruidosos de alguns leitores... Ainda mais no caso de leitores míopes, que mal conseguem enxergar o que está perto.
Mas naturalmente que se trata de uma lista feita por leitores americanos e ingleses; no entanto, e aqui eu desafio qualquer pessoa presente no júri, a me citar o nome de um autor contemporâneo que não só não tenha ouvido falar em Nabokov, como não tenha ouvido e sido indiferente a ele!
Vocês conseguem citar alguém, senhoras e senhores?
DOU-LHE UMA!
DOU-LHE DUAS!
DOULHETRESEJÁJÁFOI!
Foram tantos admiradores desde que o livro mais célebre de meu cliente, "Lolita", foi lançado, não é mesmo? Sim, é verdade...
Aliás, uma certa pessoa, participando duma determinada circunstância de conversa informal, pôde presenciar a constatação de que meu cliente é o maior escritor de língua inglesa, de que é extraordinário... O que, naturalmente, não constitui novidade nenhuma.
Posso imaginar essa mesma pessoa balançando a cabeça com acanhamento... Até o momento em que a conversa desemboca na mesma por pura... Vejam bem, não quero insinuar nada, mas o que me dizem de condescendência?
Afinal de contas, Brian Boyd, renomado crítico de meu cliente, afirma que Ada or Ardor (1969) é nada mais nada menos que um romance cujo impacto pode ser facilmente aquilatado ao do Ulysses na primeira metade do século XX. E isso numa história onde o leitor não sabe o que é mais impressionante: se o recorte da linguagem utilizada, num estilo mágico que nenhum carrinho de cachorro-quente poderá suplantar (um exemplo qualquer, é claro), se a densidade psicológica, se a ironia fina, se a inventividade formal...
Enfim.
Eu te entendo... Aliás, eu sempre entendo as pessoas do júri. Mas veja bem:
Vladimir Nabokov foi um dos maiores lepidopterologistas da história! ( :confente: ) Isto é, ele colecionava borboletas. Ah, meu caro, colecionar borboletas! Vai me dizer que você nunca sonhou em caçar borboletas na infância? Pegar uma rede num domingo de sol, sentir o prazer de, a cada entranha desbravada, descobrir uma vida com o ardor de quem penetra uma história, um reino, uma floresta, um sonho!
Veja alguns exemplos de imagens de borboletas que meu cliente fez, para além de seu interesse científico (que foi dos grandes, diga-se de passagem!):
É ou não é algo admirável? Como não ir com a cara de um senhor tão simpático como o meu cliente?
Se querem saborear a sensação, meu cliente, num agradável poema, a descreve:
E eu não preciso dizer mais nada.
Este link, como vocês podem ver, mostra claramente a enorme influência que meu cliente possui na ficção contemporânea. Claro que devemos desconsiderar os comentários ruidosos de alguns leitores... Ainda mais no caso de leitores míopes, que mal conseguem enxergar o que está perto.
Mas naturalmente que se trata de uma lista feita por leitores americanos e ingleses; no entanto, e aqui eu desafio qualquer pessoa presente no júri, a me citar o nome de um autor contemporâneo que não só não tenha ouvido falar em Nabokov, como não tenha ouvido e sido indiferente a ele!
Vocês conseguem citar alguém, senhoras e senhores?
DOU-LHE UMA!
DOU-LHE DUAS!
DOULHETRESEJÁJÁFOI!
Foram tantos admiradores desde que o livro mais célebre de meu cliente, "Lolita", foi lançado, não é mesmo? Sim, é verdade...
Aliás, uma certa pessoa, participando duma determinada circunstância de conversa informal, pôde presenciar a constatação de que meu cliente é o maior escritor de língua inglesa, de que é extraordinário... O que, naturalmente, não constitui novidade nenhuma.
Posso imaginar essa mesma pessoa balançando a cabeça com acanhamento... Até o momento em que a conversa desemboca na mesma por pura... Vejam bem, não quero insinuar nada, mas o que me dizem de condescendência?
Afinal de contas, Brian Boyd, renomado crítico de meu cliente, afirma que Ada or Ardor (1969) é nada mais nada menos que um romance cujo impacto pode ser facilmente aquilatado ao do Ulysses na primeira metade do século XX. E isso numa história onde o leitor não sabe o que é mais impressionante: se o recorte da linguagem utilizada, num estilo mágico que nenhum carrinho de cachorro-quente poderá suplantar (um exemplo qualquer, é claro), se a densidade psicológica, se a ironia fina, se a inventividade formal...
Enfim.
Ixi... não vou com a cara do Nabokov por causa da Lolita, mas tbm não curto a Clarice...
Eu te entendo... Aliás, eu sempre entendo as pessoas do júri. Mas veja bem:
Vladimir Nabokov foi um dos maiores lepidopterologistas da história! ( :confente: ) Isto é, ele colecionava borboletas. Ah, meu caro, colecionar borboletas! Vai me dizer que você nunca sonhou em caçar borboletas na infância? Pegar uma rede num domingo de sol, sentir o prazer de, a cada entranha desbravada, descobrir uma vida com o ardor de quem penetra uma história, um reino, uma floresta, um sonho!
Veja alguns exemplos de imagens de borboletas que meu cliente fez, para além de seu interesse científico (que foi dos grandes, diga-se de passagem!):
É ou não é algo admirável? Como não ir com a cara de um senhor tão simpático como o meu cliente?
Se querem saborear a sensação, meu cliente, num agradável poema, a descreve:
On discovering a butterfly
I found it and I named it, being versed
in taxonomic Latin; thus became
godfather to an insect and its first
describer -- and I want no other fame.
Wide open on its pin (though fast asleep),
and safe from creeping relatives and rust,
in the secluded stronghold where we keep
type specimens it will transcend its dust.
Dark pictures, thrones, the stones that pilgrims kiss,
poems that take a thousand years to die
but ape the immortality of this
red label on a little butterfly.
E eu não preciso dizer mais nada.