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Texto - Steven Pinker + Moralidade e Literatura

Bom... eu não sei se isso é exatamente "literário", mas estou anexando aqui um texto do Steven Pinker sobre moralidade... É interessante pensar nas questões que o texto se propõe sob o viés da literatura... pode ser complicado, mas é interessante... Pensar que nossa imagem sobre Machado de Assis questionador ou um Mario de Andrade revolucionário, ou mesmo a literatura como um ambiente redentor, é construído e como isso posiciona a gente com relação a cultura...

enfim.,.. eu só achei o texto interessante... quem quiser continuar...
 
Não li o texto ainda, mas tenho que fazer o comercialzinho básico: baixem e leiam porque o Pinker é *muito* bom.
 
Anica disse:
Não li o texto ainda, mas tenho que fazer o comercialzinho básico: baixem e leiam porque o Pinker é *muito* bom

Isso é verdade. Pinker é excelente. Junto com o Chomsky e com o Sacks, é um dos caras que eu me inspiro.

Mas falando desse texto que o Tiago postou... É bastante interessante o modo como o Pinker relacionou a moral à teoria computacional da mente e à psiconeurobiologia. E eu acredito que faça bastante sentido pois a moral parece-me basear-se num espectro emocional - e as emoções primárias são ferramentas evolutivas e estão presentes de modo universal no ser humano.
Os temas morais de Haidt (agressão, justiça, comunidade, autoridade e pureza) que Pinker cita podem ser utilizados como prova para tal: lesões cerebrais e certos distúrbios psiquiátricos ocasionam a perda de alguns deles. O exemplo mais clássico é o utilizado por Antônio Damásio, em 'O Erro de Descartes': Phineas Gage, que após ter seu cérebro perfurado, a nível de córtex frontal, por uma barra de metal teve seu comportamento alterado, tornando-se violento. Além disso, muitos criminosos sofrem de um distúrbio chamado 'comportamento anti-social', no qual as regras da sociedade (autoridade? comunidade?) nada lhe dizem.
Enfim, achei que o Pinker foi extremamente feliz no artigo. E fiquei curioso a respeito do Joshua Greene e do Jonathan Cohen. O trabalho deles soa como algo interessante para me dar uma idéia de TCC.

PS: Gostei da idéia do ursinho de pelúcia chamado Maomé. Também seria um bom nome pra um cachorro, né?
PPS: Alguns dos exemplos do Pinker me deram a impressão de ser meio imoral, ou, ao menos, amoral...
 
Li "Sobre santos e demônios". O assunto que é dos mais instigantes, embora tapar os olhos, os ouvidos seja já um hábito antigo, podemos reconhece-lo com expressões tais como: "você quer me deixar maluco(a)", "não existe nada sagrado para você"?

O artigo lembrou-me, com essa comparação da Madre Tereza, Bill Gates ou Norman Borlaug, a surpresa que eu tive quando vi uma foto do Stalin. Que susto! Eu esperava ver o diabo, um louco, quando vi a foto dele parecia um paizão, o grande-pai-resolve-tudo. Abri as fotos do Lenin e do Trotsky comparei e levei a mão à cabeça, isso acontece sempre que fico assombrada. Uma amiga antiga já havia falado: "De feio o diabo nunca poderá ser acusado." A expressão pode parecer imprópria, mas serve, a cara de bonachão do Stalin é revoltante. A população, no geral, julga pelas aparências...
Não vou deixar de criticar o Gates quando ele erra, mas ninguém vai me fazer olhar para esse homem com pouco respeito. É preciso ter convivido com os computadores antes dele, talvez, para compreender seu valor. As obras humanitárias que ele realizou nem sempre estão em destaque, assim como as do Norman Borlaug. Muitos desconhecem. Voltando a questão da piedosa senhora Madre e seu exemplo de compaixão, que também tem grande valor por suas atitudes em prol da dignidade e do amor, direito de todo o ser humano, o que é indignante é que apesar de hoje sabermos que tem o suficiente para todo mundo, o pessoal grorifica quem remete ao sofrimento pessoal. Tortura e sofrimento deve dar uma sensação de poder viceral a uma boa parte da humanidade, é a única explicação que encontro, para que ainda apoiem Opus Dei e outros que "demonstram o valor do sofrimento". Dá pra perceber o quanto isso me agride?
Bem-vinda Ciência do Senso Moral - mesmo que os ídolos caiam todos ao chão. Muitas de minhas "leis pessoais morais" me assustam quando colocadas em xeque e vão para o caderninho de "sujeitas a revisão" no Projeto evolução, com muito gosto.

"O homem se tornará melhor quando você lhe mostrar como ele é"
- Anton Tchékhov, citação do fim do artigo. Esse senhor tinha visão de longo alcance, um senso crítico apurado. Em 1889 dizia de si mesmo:
"Filho de um servo, ... servente de loja, cantor na igreja, estudante do liceu e da Universidade, educado para a reverência de superiores e para beijos de mão, para se curvar perante os pensamentos alheios, para a gratidão por qualquer pequeno pedaço de pão, muitas vezes sovado, indo à escola sem galochas".
Penso, hoje, quantos de nós temos consciência de nossa condição e estamos qualificados a falar da educação recebida para fazer o mesmo, quase 120 depois? Poucos, poucos...
 

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