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O Que Você Viu Ultimamente?

Khansc disse:
É, acho melhor eu criar um tópico pra Meu Tio da América, Safe, A Dama Oculta, Cada Um Vive Como Quer, Preparem Seus Lenços, Ceia Fria, etc, etc. Dai vai ter uns 20 tópicos com 3 respostas.


Vocês ainda não entenderam a minha implicância com este tópico aqui né?

Falar desses filmes que você citou, tudo bem.... pouquíssima gente viu mesmo, então é meio sem utilidade criar um tópico só para eles mesmo. Assim, se gerar uma discussão legal dentro deste tópico aqui, daí dá pra migrar para um tópico específico.

Já falar sobre Fantástica Fábrica, Guerra dos Mundos, entre outros, se torna inútil aqui. Por que não falar diretamente nesses tópicos já criados? A gente acaba nem dando tanta atenção assim para comentários desses filmes aqui dentro.

Ou então..... vem aqui só pra floodar que viu Guerra dos Mundos e depois vai no tópico do filme falar o que achou... é inútil. Que vá direto no tópico do filme, oras.

Além do que, pouca gente vem aqui falar do filme que assistiu e deixar impressões. Acaba só virando uma lista de "eu vi isso", "eu vi aquilo" e ponto...

Olha só o que o Folco colocou no primeiro post do tópico:

Sim, isso mesmo. O que você viu ultimamente? Esse é um tópico para que você discuta os filmes que você alugou ou comprou ou viu no cinema, que ainda não tem tópico separado. Se precisassemos criar um tópico pra todos os filmes que achamos interessantes e queremos recomendar, o Forum Cinema seria do tamanho do Yahoo. Não estou falando, porém, que devemos parar de criar tópicos para filmes individuais.

Leiam em voz alta a parte do "ainda não tem tópico separado". Com ênfase maior no "ainda".
 
Última edição:
O que o Khansc quis dizer é que, pra ter um tópico onde pessoas podem comentar sobre vários tipos de filme que não tem tópico e recomendar e etc, vc precisa ter que aguentar que uma parte do povo também vai postar sobre filmes que já existem tópicos.

Se fecharem esse de novo, todo mundo vai postar nos tópicos, bonitinho, mas o movimento e discussão e comentário sobre filmes em geral vai diminuir. Note que tem gente postando coisas interessantes aqui sim, e eu planejo fazer o mesmo.

Anyway, eu já sugeri colocarem um aviso no tópico do tipo (Leiam o primeiro post) e um aviso no primeiro post (bem chamativo) explicando que é pra postar só sobre filmes que já não tem tópico. Pode ajudar. Mas se não ajudar, e daí? Com o tempo, os tópicos individuais vão diminuir (a não ser que o Regente Cósmico continue postando :roll:) e as coisas vão ficar mais práticas.
 
O Homem Que Queria Ser Rei (John Huston, 1975) - 73
Um pouco decepcionante, eu acho. Talvez porque eu tava esperando algo mais ousado e inflamatório do Huston (o chapa que fez o raivoso "Sierra Madre"), talvez porque esse é o tipo de filme que precisa de um telão de cinema e uma platéia animada; é uma das Grandes Histórias de Aventura, extremamente famosa e utilizada -- talvez por isso que o filme não tem muito frescor ou novidade pra mim -- e o Huston faz questão de não incluir praticamente nada de novo, a não ser um senso de humor (Caine e Connery formam uma dupla bem engraçada) e uma competência formal. O que faltou foi: uma fotografia mais elaborada, usando composições míticas e cores fortes; a utilização da parábola básica pra algo de significado (o filme faz uns pontos gerais sobre Ganância e a Corrupção do Poder, e um subtexto criticando o colonialismo branco, mas nada necessariamente interessante); a economia e velocidade de "Sierra Madre"; um cinísmo maior, etc. Reclamações de lado, o filme ainda é extremamente divertido e envolvente, capitalizando no humor e no tom leve, funcionando quase como uma mistura de road movie, buddy movie e Monty Pythonismos (aka, humor britânico tradicional). Destaques: Connery, como um deus (ou juiz), analisando casos e reclamações do povo e dando seus julgamentos (aka, o que ele acha que é correto) com toda a confiança do mundo; a viagem ao Kafiristão em si, passando por desertos, pontes, penhascos, montanhas de neve, etc; os monges vestidos de branco cruzando o campo durante uma batalha, fazendo todos os guerreiros se ajoelharem em reverência; o plano final (sim, foi arrepiante).
 
...ouuuuuuuu...... eu posso deletar os posts falando apenas "vi isso" ou "vi aquilo".... hehhehehehhe

... ou os posts que já tem tópicos e não foi falado muita coisa ... tipo.... "vi tal filme... é legal"....

E sim, tem muita coisa legal sendo recomendada aqui.
Eu acho que tomei ânimo de assistir o "Homem Que Queria Ser Rei", eu tenho aqui faz tempo e nunca vi.
 
Essa última semana tirei para rever alguns filmes do Linch. Eraserhead, o único que ainda me era inédito, mostrou-se a obra mais perturbadora dele, e talvez seja a minha favorita; O Homem Elefante é excelente e cada vez que eu o vejo 'sobe no meu conceito'; e Veludo Azul, bom, não é ruim, mas comete o erro imperdoável de deixar feia uma das atrizes mais belas do cinema (Isabella Rosellini).

Enfim, Lynch é foda.
 
Quem bate à minha porta? - Martin Scorsese - EUA (1967)
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Filme de estréia do Diretor Marin Scorsese.
Quem bate à minha porta? conta a história de J.R. (interpretado muito bem por Harvey Keitel em início de carreira), que a primeira vista não tem nada de interessante. Ele é apenas um desempregado que passa o dia bebendo com os amigos em Little Italy. Mas ao se apaixonar por uma garota comum que conhece numa estação, ele começa a passar por mudanças drásticas e acaba encontro o conforto na religiosidade (possivelmente uma mensagem do próprio Scorsese em relação aos benefícios da religião).
Os diálogos são excelentes. Daqueles que conhecemos bem em Tarantino. Totalmente despretensios, que aparentemente tem como única função mostrar-nos a opinião do diretor acerca das mais variadas questões (como em uma das cenas na qual o personagem de Keitel discute bastante sobre os westerns de Ford).
Há também uma bela sequência de nudez que foi incluida mais tarde no filme a pedido do produtor que queria mais sexo (já que nessa época o cinema estava se soltando mais), e acabou rendendo belas cenas filmadas por Scorsese.

A Estrada da Vida - Fellini - EUA (1954)

Fellini já é pra mim o o diretor que fez a maior quantidade de filmes bons do cinema. Talvez empatando com Kurosawa.
Aqui ele conta a história de Gelsomina (intrepatda divinamente pela muelhr de Fellini, Giulietta Masina), que é vendida pela mãe a um artista de rua troglodita chamado Zampanò (Anthony Quinn em grande forma).
Gelsomina é uma moça frustrada por não ter nenhum talento e nem ser bela. E aos poucos vai encontrando um sentido para sua vida ao lado do homem que ela passa a amar e que a ama também mas a trata com total desdém.
Com personagens marcantes, cenas hilárias, belas e tristes, uma trilha sonora linda (obviamente composta pelo mestre Nino Rota), A Estrada da Vida é uma bela demonstração de como encontrarmos a nós mesmos.

Vi também:
Dersu Uzala, Annie Hall e Cidadão Kane...
 
Eu ando vendo uma pancada de coisas, mas quero comentar sobre:


Narciso Negro (Powell & Pressburger, 1947) - 69
A fita de vídeo tava com uma qualidade bem baixa, as cores um pouco lavadas e murchas, a imagem semi-embaçada, etc. Mas eu imagino que, mesmo com uma VHS perfeita (ou até um DVD), o poder total desse filme só viria à tona num cinema, onde a fotografia, a direção de arte e as cores ferventes podem ser realmente apreciadas. Cada plano é como uma pintura, meticulosamente iluminado e organizado. O filme é aclamado como um dos filmes mais belos de todos os tempos, e eu suspeito que essa afirmação está provavelmente certa. Mas por enquanto eu fico só na suspeita. Sobre o resto do filme: é sobre um convento instalado nas montanhas do Himalaia, trazendo trabalho, hospital e educação para um povo primitivo, ainda intocado por ciência ou razão, ainda crente em misticismo e espiritualismo: um "homem sagrado" que vive sentado no topo de uma montanha, meditando, e é respeitado pela população toda, e a crença da população que a religião das freiras é apenas uma forma diferente de mágica. Um outro personagem no filme é um "caseiro" que vive nas montanhas, semi-cínico e relaxado, desligado dos ensinamentos das freiras e do misticismo dos povos, procurando apenas aproveitar do ambiente em formas de entretenimento pessoais (não fica claro se ele acredita em Deus, mas é provável que sim, de um jeito distante). Entre o misticismo e o ceticismo ficam as freiras, numa posição desconfortável, e é daí que os conflitos e problemas (e críticas de Powell & Pressburger) nascem. Elas acham o misticismo uma inconveniência -- pedem pra remover o Homem Sagrado da propriedade delas, mas não sabem o que fazer; recusam pacientes em estados graves, por medo deles morrerem e serem acusadas de causarem a morte, sendo excluídas ou ignoradas da sociedade -- e também acham ruim o jeito casual que o caseiro trata a religião -- ele diz que o nome de Jesus Cristo devia ser mais mencionado casualmente, e a freira fica indignada. Quando as freiras chegam, o caseiro pergunta "Vocês são dos tipos que ficam sentadas orando e meditando o dia todo?" e a freira responde "Não, de forma alguma." Elas põe a ênfase no trabalho, as vezes de forma hilária -- "Work! Work them hard!" -- e no que é prático. Não é uma crítica só as freiras, mas a qualquer tipo de religião ou Igreja que evita tanto a "mágica" da religião quanto a decisão em ignorá-la, como o jeito formal que a religião é vista hoje em dias pelas pessoas, como uma visita periódica ao médico, etc. Ainda há outras coisas, como um príncipe que quer participar na educação do convento (que é "só pra mulheres), repressões sexuais de várias freiras, inconformismo, um senso de humor afiado, revolta, e um terceiro ato mais sombrio e tenso. Não há duvidas de que a nota pode subir uns 10 ou 15 pontos caso eu consiga ver isso numa qualidade decente, mas até lá...



PS: Todo mundo que gostou de "Aguirre" ou "Fitzcarraldo" deve alugar e assistir "A Costa do Mosquito", do Peter Weir, de 1986, estrelando o Harrison Ford. É uma obra-prima, mais complexo que os dois juntos. Obrigado.
 
Última edição:
Eu já até postei no meu flog zoando este filme, porque ele de fato é ruim. Mesmo assim, vou recomendá-lo aqui por fugir totalmente aos padrões cinematográficos (hollywoodianos), por ter um leque de interpretações e por apresentar um personagem bastante atípico, o que pode agradar alguns cinéfilos.

Se chama O Fantasma (2000; Portugal; dir. de João Pedro Rodrigues). Dá uma visão extrema e doentia de aonde a solidão e o tédio podem levar. É a história de um homem solitário, sem amigos e que não consegue corresponder a única mulher que lhe dá atenção (ele é um homossexual). Trabalha como coletor de lixo e seu dia-a-dia é absolutamente sem propósito. Não se interessa por nada e é alienado da vida. Então, ele começa e ter atitudes estranhas, movidas por impulsos sexuais instintivos, que ao longo da projeção vão se intensificando até um ponto puramente animal e irracional. Nesse processo, o filme mostra uma porrada de cenas de sexo explícito (no sentido mais literal) e, como eu gosto de considerá-las, incômodas e bastante desagradáveis. Estou falando de tomadas obscenas de masturbação, sexo oral e até uma em que o protagonista bolina uma moto! Podemos, no entanto, entrar numa discussão se essas tomadas são desnecessárias. Se a intenção era justamente mostrar a degradação humana da forma mais explícita e real possível, a opção por chocar o espectador talvez tenha sido uma boa saída.

A grande questão é: o que o levou a agir dessa maneira? Buscar um sentido na vida é uma jornada de todos, mas é muito improvável que alguém vá por esse caminho. A sensação de redução à inutilidade e o ócio são suficientes? Provavelmente não. Mas ambos juntos a desejos reprimidos (lembrando que ele é gay) e a uma natureza inquieta presa a um cotidiano vazio e sombrio podem ser? Será que porque todas as suas mais verdadeiras vontades foram oprimidas, elas acabaram voltando com força total? Ou será ele simplesmente um louco? A impressão que tenho é a de que ele, sem ter tido a chance antes, quer se descobrir. O problema é que, sem a menor experiência nisso, a coisa foge totalmente ao seu controle, levando-o a um destino imprevisível (a última tomada é bizarra).

Há um certo ponto em que o protagonista parece procurar sossego. Depois de passar pelas experiências mais obscuras e por ambientes sujos, ele aparentemente idealiza uma determinada pessoa, que não manifesta o menor sinal de retribuição. Talvez, se o sentimento fosse recíproco, o jovem teria onde acomodar e organizar seus desejos, esperanças e medos. Afinal, não é disso que todos precisamos?

Bom, para quem quiser ter a própria interpretação, só vendo. O meu problema com o filme é que essas reflexões perdem totalmente a força quando comparadas à lentidão irritante do filme e ao tédio nojentamente grande que senti o assistindo. Se ao menos a fotografia fosse interessante, mas não existe preocupação com a estética. Quem quiser que se arrisque.
 
Última edição:
Punhos de Campeão (The Set-Up, Robert Wise, 1949) - 84

Guardem suas luvas, a melhor luta de boxe já filmada está possivelmente aqui, 4 rounds filmados em tempo real (assim como é o filme), com um clímax bastante tenso. Uma mistura de film-noir com boxe, em tempo real. Uma noite de lutas, uma trama clássica de film-noir. Wise brincando com o sonho em torno da vida do boxe, enquanto torna possível a resolução da trama em 72 minutos. Vamos concordar: a cena final é PERFEITA, PERFEITA.


Safe (Safe, Todd Haynes, 1995) - 78
Bonnie e Clyde (Bonnie and Clyde, Arthur Penn, 1967) - 88
Winchester '73 (Winchester '73, Anthony Mann, 1950) - 82
Sin City (Sin City, Frank Miller/Robert Rodriguez, 2005) - 65
 
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Folco disse:
Vai tirando o cavalinho da chuva.
Que é isso, Folco, você deveria prestigiar seus conterrâneos goianos, assim como o cinema filmado em Goiás. Quem pariu Mateus, que o embale. =]


Só assim pra assistir esse filme na minha opinião.
Bom, ele podia já ser um jornalista e ser pago para assistir. Mas vejo que ele já começa a mamar nas facilidades da profissão...
 
Fui ver o "Em Boa Companhia" dias atrás também.

E me surpreendi pra caramba. Topher Grace está ótimo no filme!! Mas a Scarlet mal aparecesse.... e eu imaginava que seria um romance quando vi o trailer e no fim é algo que fica entre a comédia (leve), o drama, e com uma mínima pitada de romance.

É tão agradável de se assistir :D
 

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