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Mainard - na Veja

Eu já tinha aberto um tópico sobre ele, mas enfim...

Bom, debater sobre o Mainairdi é complicado por vários fatores. Primeiro que a maioria não sabe ler o que ele escreve. Lev a tudo ao pé da letra e não conseguem nem entender a principal idéia que ele quer passar. Mas o que esperar de uma poupalação de cerca de 60% em analfabetos-funcionais?

Eu vou comentar algumas coisas mas nem vou levar em consideração quem está falando, meu único alvo são as idéias colocadas, não levem nada pro lado pessoal, por favor.
Ele se tornou um pseudo-intelectual e uma pseudo-celebridade.
Eu sempre vejo alguém querendo se passar por inteligente dizer isso. Para pessooas assim, todo mundo que procura argumentar é pseudo-intelectual. O resto é burro. Não existe intelectual (talvez apenas a própria pessoa).

Ele sofre do mesmo mal que o Jabor. Escrevia crônicas brilhantes, mas resolveu apelar para o caminho mais fácil que é criar polêmica só pela polêmica.
Mas qual o problema com a "polêmica só pela polêmica"? Desde de que bem construida, ela é um ótimo exercício intelectual, como defnine o próprio Mainardi. Ele segue basicamente os coceitos do Bernard Shaw e toda sua liberdade intelectual, fugindo ao senso comum. Só isso, já vale mais que todos pensamentos totalmente batidos que são despejados nos jornais. A intenção do Mainardi é fazer a gente ver uma situação por uma ótica diferente e inusitada, que pode parecer um absurdo a primeira vista.

Enquanto certos intelectuais brasileiros, que na verdade são, ficam se prendendo a ideologias de uma forma quase cega, Mainardi só se prende a si mesmo. Essa é sua característica que mais admiro.

Ele e o Jabor são dois pretensiosos, o Mainardi é menos, ele mesmo diz que não tem preocupação em informar, ele só ta la pra criar polêmica, ele atira pra todo lado, então obviamente acerta as vezes, mas quanto menos derem atenção pra ele melhor.
Eles são os únicos? TODOS seres desse grupo são pretensiosos. Paulo Francis era ainda mais pretensioso. Shaw se achava mais do que um deus. Vocês ficam se prendendo ao comportamento quando o que importa é a IDÉIA do autor. Mas como é difícil atacar a idéia, é mais fácil partir pro ad-hominem né?

Como pode alguém ser mais pretensioso que ele? O coitado acha que vai derrubar o Lula.
Você entendeu exatamente isso das últimas colunas? :tsc:

Ele pensa que tem uma capacidade persuasiva altamente capaz de realizar um feito desse, Fallen. Creio que o Jabor também pense nisso, embora ele realmente consiga fazer algumas cabeças e causar um leve estrago.
Eles não acham que vão realmente derrubar o Lula, fala sério. Vocês preciosam tentar interpretar mais. Mainardi faz tipo. Ele mesmo já disse isso, que criou um personagem e toda uma dinâmica para atingir seu público, com o objetivo de fazer seus leitores refletirem.

Bom, cansei. Depois posto maisi, tenho que dormir. Sei que vão querer me apedrejar, mas enfim :lol:

Em tempo, eu não concordo sempre com o Mainardi, mas admiro demais a forma como ele foge ao senso comum, com argumentos, e consegue ser engraçado e irônico, claro que não aos pés do Shaw ainda, mas está no caminho certo :mrgreen:
 
Shaw se achava mais do que um deus. Vocês ficam se prendendo ao comportamento quando o que importa é a IDÉIA do autor. Mas como é difícil atacar a idéia, é mais fácil partir pro ad-hominem né?

Mas o Mainardi não tém ideias, ele simplesmente ataca a tudo e a todos, e tenta ser um novo Paulo Francis, ideias ele não tem...

E eu não gosto do que ele escreve, mas de vez em quando ele escreve coisas interessantes ou coisas que botam pra pensar, é até ter interessante ter alguem como ele escrevendo por ai...
 
Por isso que eu só lei a Turma da Mônica! :joy:
Eu até gostava do Mainardi no início, mas fui em uma palestra dele uma vez e achei o cara um boçal... 8-O
 
Jedan disse:
Eu já tinha aberto um tópico sobre ele, mas enfim...

Bom, debater sobre o Mainairdi é complicado por vários fatores. Primeiro que a maioria não sabe ler o que ele escreve. Lev a tudo ao pé da letra e não conseguem nem entender a principal idéia que ele quer passar. Mas o que esperar de uma poupalação de cerca de 60% em analfabetos-funcionais?

Eu vou comentar algumas coisas mas nem vou levar em consideração quem está falando, meu único alvo são as idéias colocadas, não levem nada pro lado pessoal, por favor.

Eu sempre vejo alguém querendo se passar por inteligente dizer isso. Para pessooas assim, todo mundo que procura argumentar é pseudo-intelectual. O resto é burro. Não existe intelectual (talvez apenas a própria pessoa).


Mas qual o problema com a "polêmica só pela polêmica"? Desde de que bem construida, ela é um ótimo exercício intelectual, como defnine o próprio Mainardi. Ele segue basicamente os coceitos do Bernard Shaw e toda sua liberdade intelectual, fugindo ao senso comum. Só isso, já vale mais que todos pensamentos totalmente batidos que são despejados nos jornais. A intenção do Mainardi é fazer a gente ver uma situação por uma ótica diferente e inusitada, que pode parecer um absurdo a primeira vista.

Enquanto certos intelectuais brasileiros, que na verdade são, ficam se prendendo a ideologias de uma forma quase cega, Mainardi só se prende a si mesmo. Essa é sua característica que mais admiro.
:mrgreen:


Não concordo com vc. Muito bonito falar em analfabetos-funcinais...todos o somos em diferentes aspectos, prinipalmente com a crescente onda de modernização e surgimento a todo isntate de novoas siglas, termos quando ainda não absorvemos o que já estava ao nosso redor, mas não é esse o tema, o tema é o Mainard.

Ele tem uma profunda arrogancia e uma aspereza que interfere de tal forma em seu texto que sua retorica se torna fraca e difusa. A polemica pela polemica não é um bom exercicio intelectual, ao contrario, demostra uma grande ineficácia do autor para a argumentação e persuasão. É isso que está em questão sobre o Tal. Sua capacidade de torar um texto mais profundo que um pires e não acho que ele tenha conseguido.

Ele chegou num ponto em que a formula feita o tornou um colunista estagnado, meio morto, só falta enterrar. Ele não é capaz de se reiventar ou de buscar na linguagem formas de validar o que está dizendo, passou a achar que ser ácido e odiar o mundo funciona e estagnou. Jogar merda no ventilador é um bom recuso, mas tem seus limites e não é valido para tudo e ele não tem esse senso de medida.
 
Última edição:
Jedan disse:
Você entendeu exatamente isso das últimas colunas? :tsc:

Apesar de achar muito engraçado as baboseiras que ele fala, não leio suas colunas frequentemente. Eu entendi exatamente isso a partir de algumas declarações dele na TV, nas quais ele foi questionado a respeito de seu fracasso em derrubar Lula, e afirmou que ainda obterá sucesso em seu obtivo (bem megalomaníaco).
 
Jedan disse:
Bom, debater sobre o Mainairdi é complicado por vários fatores. Primeiro que a maioria não sabe ler o que ele escreve. Lev a tudo ao pé da letra e não conseguem nem entender a principal idéia que ele quer passar. Mas o que esperar de uma poupalação de cerca de 60% em analfabetos-funcionais?

Ow! :clap:

Posso me incluir dentre os analfabetos funcionais que pelo que entendo, segundo você, são aqueles que não interpretam o Mainardi do jeito que você o faz.

Jedan disse:
Eu sempre vejo alguém querendo se passar por inteligente dizer isso. Para pessooas assim, todo mundo que procura argumentar é pseudo-intelectual. O resto é burro. Não existe intelectual (talvez apenas a própria pessoa).

Você tá generalizando.

E sinceramente não entendi o que quiz dizer com "não existe intelectual".

A Filosofia Moderna reconhece que todos somos seres conscientes e racionais, tendo direitos como o de livre pensamento, bem como o direito à verdade. Chaui continua para mim:

Segundo Hegel, essa afirmação do direito ao pensamento, unida à idéia de liberdade da razão para julgar-se a si mesma, portanto, o igualitarismo intelectual e a recusa de toda censura sobre o pensamento e a palavra, seria a realização filosófica de um principio nascido com o protestantismo e que este, enquanto mera religião, não poderia cumprir precisando da filosofia para realizar-se: o princípio da individualidade como subjetividade livre que se relaciona livremente com o infinito e com a verdade.

Você pode aliar isso a nomes que precedem as bases intelectuais de nosso tempo: Volatire, Diderot, etc... Esses nomes que ligam o pensamento a ação. Para não ficar complicado nessa salada de fruta toda que tá o Atualidades, vou usar o mesmo exemplo do ouro tópico.

Chaui, como eu disse, é admirada por mim por tentar levar a filosofia as bases da população, tirar do controle eleitista o acesso ao pensamento universal. Ela é o que chamamos de intelectual engajado. Recentemente, ou nem tanto assim... vai saber... minha memória é um lixo, um professor ou professora, whatever, da Universidade Federal do Paraná escreveu que o conceito de intelectual em nossa sociedade não se distancia nem um pouco do que eu quiz postular ali em cima. Ou seja, intelectual seria aquele que já dotado de "experiência" (não é o termo certo, mas vá lá) age na busca de valor moral e político em meio a debates da "coisa pública" ou comum, que seja.

Mainardi é daqueles que culpam Satre pelo desvio "intelectual" sofrido... aquela história de compagnons de route vs. intelectuais orgânicos, coisa que eu domino bem pra dissertar, etc.

Mas enfim, o que eu quero dizer é que o modelo social/político de cada geração determina como vai ser a manifestação intelectual condizente com a época. É verdade que justamente Mainardi defendeu e criticou a tudo e a todos quando citou aquela balela de "Silêncio dos Intelectuais" ou algo do tipo. E para isso não percebeu que a era de Sartre e engajamento pós guerra acabou, dando origem a uma nova geração de intelectuais, muito mais voltados a produção, digamos, de conhecimento.

É *muito* complicado definir quem é ou não intelectual, principalmente dentro do Brasil. Se olharmos pelo lado de "tem que incomodar", até alguém pode soltar um "o Mainardi incomoda", só que não é isso. (Esse incomodar reflete a função crítica de um intelectual, que se não a tiver, não produz, o que é óbvio)

Um dos primeiros pontos para dizer que Mainardi não é um intelectual, sendo um pseudo-intelectual vem de afirmações de nomes como Sartre que dizem que um intelectual não pode se auto-afirmar como dono da verdade. E me desculpe, mas a não ser com uma reza braba eu não consigo interpretar muitas das crônicas do Mainardi sem acha-lo prepotente em suas colocações. E não creio que isso seja indício de analfabetismo funcional, etc.

Jedan disse:
Mas qual o problema com a "polêmica só pela polêmica"? Desde de que bem construida, ela é um ótimo exercício intelectual, como defnine o próprio Mainardi. Ele segue basicamente os coceitos do Bernard Shaw e toda sua liberdade intelectual, fugindo ao senso comum. Só isso, já vale mais que todos pensamentos totalmente batidos que são despejados nos jornais. A intenção do Mainardi é fazer a gente ver uma situação por uma ótica diferente e inusitada, que pode parecer um absurdo a primeira vista.

Enquanto certos intelectuais brasileiros, que na verdade são, ficam se prendendo a ideologias de uma forma quase cega, Mainardi só se prende a si mesmo. Essa é sua característica que mais admiro.

Liberdade intelectual? A polêmica pela polêmica não é ética.

É aquela velha análise de contexto. Antes de tudo, presa-se pelo intelectual que pregue a ética e a crítica no Brasil. Que crítica pode ser feita sem ética? Mainardi não escreve ficção, não escreve peças de fantasia. Quem o lê supõe que ele esteja sendo ético... ou mais simploriamente ainda, apenas falando a verdade.


O negócio de pseudo-intelectual é mais profundo do que se pode ver a primeira vista... bem como a atitude de Mainardi dentro da "maor revista de informação do país", hohoho, enfim... o que não é complicado hoje em dia, né mesmo?
 
Ow!

Posso me incluir dentre os analfabetos funcionais que pelo que entendo, segundo você, são aqueles que não interpretam o Mainardi do jeito que você o faz.
Ah, qualé Lordpas, o Jedan não disse isso e vc sabe disso!

Só vou comentar isso, nem adianta discutir um assunto repetitivo, onde cada lado toma partido... Ah sim, as últimas colunas dele tem sido bem ruim, mas o cara costuma ser hilário...
 
Não concordo com vc. Muito bonito falar em analfabetos-funcinais...todos o somos em diferentes aspectos, prinipalmente com a crescente onda de modernização e surgimento a todo isntate de novoas siglas, termos quando ainda não absorvemos o que já estava ao nosso redor, mas não é esse o tema, o tema é o Mainard.
:eek:
Bom, as pessoas não deixam de entender Mainardi pela complexidade das fórmulas línguisticas que ele utiliza nem a gigantesca quantidade de siglas e termos desconhecidos. Ele não faz uso disso. Ele usa apenas a ironia para atacar algo. E entender ironia é algo que qualquer um que soubesse ler deveria fazer.

Ele tem uma profunda arrogancia e uma aspereza que interfere de tal forma em seu texto que sua retorica se torna fraca e difusa. A polemica pela polemica não é um bom exercicio intelectual, ao contrario, demostra uma grande ineficácia do autor para a argumentação e persuasão. É isso que está em questão sobre o Tal. Sua capacidade de torar um texto mais profundo que um pires e não acho que ele tenha conseguido.
Não que Mainardi possa ser considerado um Pensador, mas cite pelo menos 3 Pensadores humildes,que não fossem arrogantes e todos esses defeitos que você enxerga no Mainardi.
Você já leu algo de Marrx? Pega qualquer carta dele trocada com alguém e você verá o que é arrogância. Em especial as que ele detona o Proudhon.
Se prender na arrogância da pessoa é falta de argumento pra contra-argumentar as colocações dela. Se a única arma contra o Mainardi que você tem é dizer que ele é arrogante e isso torna os argumentos dele fracos (e não demonstrar exatamente como), sinto muito. Não há como continuar discutindo com você.

Outra coisa, Mainardi faz a polêmica mas COM ARGUMENTOS. Caso eu esteja errado, por favor, me corrija, mostrando que em nenhuma coluna dele há argumentos e etc.

Ele chegou num ponto em que a formula feita o tornou um colunista estagnado, meio morto, só falta enterrar. Ele não é capaz de se reiventar ou de buscar na linguagem formas de validar o que está dizendo, passou a achar que ser ácido e odiar o mundo funciona e estagnou. Jogar merda no ventilador é um bom recuso, mas tem seus limites e não é valido para tudo e ele não tem esse senso de medida.
Essa sua justificativa é aplicável a praticamente todos pensadores. Vamos então queimar toda coleção Os Pensadores e seremos então mais felizes.

Posso me incluir dentre os analfabetos funcionais que pelo que entendo, segundo você, são aqueles que não interpretam o Mainardi do jeito que você o faz.
Calma lá, eu não disse que quem não interpreta como eu é analfabeto-funcional! Leia direito o que escrevi. O que eu disse é que o fato de tanta gente odiá-lo reflete a realidade brasileira de analfabetos-funcionais que não sabem interpretar o que leêm e levam tudo ao pé da letra. Claro que tem gente que sabe ler, entende, e o critica com bons argumentos. Mas na maioria das vezes não é o caso.

Você tá generalizando.
Estou falando sobre algo que vejo todos os dias. Em todos os fóruns há gente falando mal o tempo inteiro de Mainardi, Marx e etc sem NUNCA contra-argumentar nada, apenas xingando esses seres de pseudo-intelectuais, talvez com o objetivo de se sobressair e parecer maior que eles (um não pseudo-intelectual). Aliás, eu não creio que exista pseudo-intelectuais. Todos esses argumentistas (Mainardi, Olavo de Carvalho, etc) por mais que suas teorias e idéias sejam furadas, eles tem bagagem intelectual. Leram muito. Talvez os únicos pseudo-intelectuais sejam os acusadores. Que aparentemente não possuem a mesma bagagem (já que não conseguem refutar os argumentos colocados) e partem para a agressão chamando os outros de pseudo-intelectuais. Freud saberia explicar tal mecanismo,rs

A Filosofia Moderna reconhece que todos somos seres conscientes e racionais, tendo direitos como o de livre pensamento, bem como o direito à verdade. Chaui continua para mim:

Segundo Hegel, essa afirmação do direito ao pensamento, unida à idéia de liberdade da razão para julgar-se a si mesma, portanto, o igualitarismo intelectual e a recusa de toda censura sobre o pensamento e a palavra, seria a realização filosófica de um principio nascido com o protestantismo e que este, enquanto mera religião, não poderia cumprir precisando da filosofia para realizar-se: o princípio da individualidade como subjetividade livre que se relaciona livremente com o infinito e com a verdade.

Você pode aliar isso a nomes que precedem as bases intelectuais de nosso tempo: Volatire, Diderot, etc... Esses nomes que ligam o pensamento a ação. Para não ficar complicado nessa salada de fruta toda que tá o Atualidades, vou usar o mesmo exemplo do ouro tópico.

Chaui, como eu disse, é admirada por mim por tentar levar a filosofia as bases da população, tirar do controle eleitista o acesso ao pensamento universal. Ela é o que chamamos de intelectual engajado. Recentemente, ou nem tanto assim... vai saber... minha memória é um lixo, um professor ou professora, whatever, da Universidade Federal do Paraná escreveu que o conceito de intelectual em nossa sociedade não se distancia nem um pouco do que eu quiz postular ali em cima. Ou seja, intelectual seria aquele que já dotado de "experiência" (não é o termo certo, mas vá lá) age na busca de valor moral e político em meio a debates da "coisa pública" ou comum, que seja.
Uma coisa é todos terem acesso. A outra é fazerem uso disso. A maioria não faz. Pra mim intelectual é aquele que conclui, e não simplesmente acredita no que é colocado. Cito Bruce Calvert:
"Acreditar é mais fácil do que pensar. Daí existem muito mais crentes do que pensadores."
É fato, a maioria sofre de prpeguiça mental. Pior, vejo cada vez mais as pessoas preocupadas em adquirir conhecimento sofrendo preconceito.

Mainardi é daqueles que culpam Satre pelo desvio "intelectual" sofrido... aquela história de compagnons de route vs. intelectuais orgânicos, coisa que eu domino bem pra dissertar, etc.

Mas enfim, o que eu quero dizer é que o modelo social/político de cada geração determina como vai ser a manifestação intelectual condizente com a época. É verdade que justamente Mainardi defendeu e criticou a tudo e a todos quando citou aquela balela de "Silêncio dos Intelectuais" ou algo do tipo. E para isso não percebeu que a era de Sartre e engajamento pós guerra acabou, dando origem a uma nova geração de intelectuais, muito mais voltados a produção, digamos, de conhecimento.
De que coluna exatamente você está falando?

É *muito* complicado definir quem é ou não intelectual, principalmente dentro do Brasil. Se olharmos pelo lado de "tem que incomodar", até alguém pode soltar um "o Mainardi incomoda", só que não é isso. (Esse incomodar reflete a função crítica de um intelectual, que se não a tiver, não produz, o que é óbvio)
Sim, concordo com você. Ratinho incomoda.

Um dos primeiros pontos para dizer que Mainardi não é um intelectual, sendo um pseudo-intelectual vem de afirmações de nomes como Sartre que dizem que um intelectual não pode se auto-afirmar como dono da verdade. E me desculpe, mas a não ser com uma reza braba eu não consigo interpretar muitas das crônicas do Mainardi sem acha-lo prepotente em suas colocações. E não creio que isso seja indício de analfabetismo funcional, etc.
E daí que Sartre disse isso? Era ele por acaso o dono da verdade? Ele podia dizer que o homem não foi a lua que eu continuaria acreditando que foi. Validar um argumento apenas pelo o fato de ter sido proferido por determinada pessoa é a falácia da Autoridade.
A prepotência do Mainardi é evidente pra qualquer um. Acontece que se você se prende a isso, não poderá ler ninguém. Perto de Voltaire, Marx, Shaw e tantos outros, Mainardi é humilde. Talvez só o Olavo pra duelar com esses nesse quesito.

Eu me apego à idéia, não à pessoa quem a profere.

Liberdade intelectual? A polêmica pela polêmica não é ética.
Você acha que os argumentistas devem se prender à ética? Estaríamos bem atrasados assim, não? Pois a ética varia de período para período, e é sempre uma força conservadora que impede o livre pensamento. Ela não leva em conta a razão, e sim a cultura da época. Muito estranho ouvi isso de uma pessoa como você, que parecia tudo menos reacionária. O que seriam de todos pensadores se tivessem se prendido a época de seu tempo? Pobre Voltaire.

É aquela velha análise de contexto. Antes de tudo, presa-se pelo intelectual que pregue a ética e a crítica no Brasil. Que crítica pode ser feita sem ética? Mainardi não escreve ficção, não escreve peças de fantasia. Quem o lê supõe que ele esteja sendo ético... ou mais simploriamente ainda, apenas falando a verdade.
Se eu quisesse ética estaria lendo os sites católicos. Eu leio Mainardi em busca de idéias novas. E de algumas risadas, claro.

O negócio de pseudo-intelectual é mais profundo do que se pode ver a primeira vista... bem como a atitude de Mainardi dentro da "maor revista de informação do país", hohoho, enfim... o que não é complicado hoje em dia, né mesmo?
Sim, mas esse negócio está apenas nos olhos de quem vê.
Sobre a Veja, bem, não existe revista imparcial. A Caros Amigos defende o seu, assim como a Veja. Vai de cada um ler e tirar suas próprias consluões. Prefiro assim do que ler uma revista que tenta ser imparcial, mas acaba sendo apenas superficial, e tomar tudo aquilo como verdade e pronto, sem ter o trabalho de pensar por alguns segundos.

Ah, qualé Lordpas, o Jedan não disse isso e vc sabe disso!

Só vou comentar isso, nem adianta discutir um assunto repetitivo, onde cada lado toma partido... Ah sim, as últimas colunas dele tem sido bem ruim, mas o cara costuma ser hilário...
Sim!

Sobre o Mainardi atualmente, bom, nem engraçado ele anda. Eu diria que está em sua pior fase. Fazem uns dois meses que não vejo nada de interessante em sua coluna.
Talvez eu não tenha interpretado bem o que ele quis passar, mas enfim.
 
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