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Retornarei amanhã à Odisséia - tinha interrompido a leitura por causa deste livro sobre o qual explanarei agora. Pela primeira vez na minha vida atravancada de diversas incursões literárias, um livro me venceu. E este livro foi nenhum menos que Grande Sertão: Veredas, do mestre mineiro João Guimarães Rosa. Ele não é só um de nossos mais hábeis escritores, considerado pela maioria dos críticos como o maior do séc. XX na literatura brasileira - alguns críticos e leitores até o rivalizam em grandeza ao Machadinho, e isso eu não admito -, mas também um verdadeiro estilista da nossa língua "brasileira", especificamente sertaneja. Através da vida, conhecimentos e interrogações do personagem Riobaldo, um ex-jagunço, Rosa nos transpõe a um universo para muitos desconhecido, o Sertão, exímia simbolização do mundo todo. Riobaldo desvela todas as suas experiências e questionamentos, de todas as ordens e naturezas, incluindo as de cunho moral, metafísico e existencial (a natureza humana e suas intrínsecas manifestações; a existência ou não de Deus e do Diabo, com sentidos até metáforicos; como essas possíveis existências influenciam o homem; outras teses de caráter espiritual, como a reencarnação; etc). A forma como Rosa desdobra uma visão grandiloquente e densa de mundo através de um "simples" sertanejo, exibindo a complexidade de pensamentos e sentimentos que pode estar presente na alma de qualquer ser humano, é monumental. E o que torna a presente obra-prima mais monumental ainda é a linguagem "criada" pelo autor, um desdobramento da nossa língua formado por neologismos construídos a partir da combinação de arcaísmos, vocábulos modernos, estrangeiros e até oriundos dos idiomas clássicos - grego e latim -, gírias e, obviamente, de palavras próprias do vocabulário sertanejo; e ainda por cima com construções sintáticas extremamente "desarranjadas", ordenadas de forma nada convencional. Não é só uma tentativa de captar o palavreado do homem sertanejo da região do norte mineiro - ninguém se expressa dessa maneira -, mas também de edificar o mundo de maneira totalmente inovadora, sem a "ditadura" gramatical ou qualquer outra regra linguística preestabelecida. Um romance autenticamente revolucionário. É justamente isto que complica a leitura do livro, pois é uma linguagem complicadíssima, algumas coisas me foram apreensíveis, outras não. Nunca li algo tão "monstruoso" e diferente na minha vida. Não consegui passar da página 30, e mesmo assim com muito forcejar.

A impressão que obtive do livro foi a de uma iguaria com um sabor exótico, e pode-se dizer até delicioso, mas que não atravessa sua garganta, ou então desce, mas causa logo após uma indigestão. Infelizmente, esse livro não "desceu", ou não foi capaz de ser "digerido" em boa parte pela minha mente. Prefiro voltar ao digerível Odisséia. Logo eu, leitor de Homero, Dante, Cervantes, Shakespeare, Stendhal, Flaubert, Dostoiévski, Machado, Graciliano, Clarice, dentre outros maioriais da literatura, vencido por Guimarães Rosa. O que faz subir mais ainda no meu conceito esse grande escritor, e, claro, a nossa literatura. Mas um dia, antes da doação do meu cadáver a uma faculdade de Medicina, eu ainda hei de ler este livro, nem que eu tenha de trair meus princípios literários, partindo para uma improdutiva leitura dinâmica.
 
O Alienista de Machado de Assis.
Não é tão bom como a sua trilogia, mas merece respeito pelo debate sobre a cietificidade latente da sociedade.
 
Comecei hoje a ler, em cima da hora, a novela policial Martini Seco, do Fernando Sabino. Muito interessante. Amanhã mesmo eu termino, pois o livro é bem curto, e retorno à Odisséia.
 
Lendo 'A História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI' de Leandro Karnal, Sean Purdy, Luiz Estevam Fernandes e Marcus Vinícius de Morais. Mto interessante, até agora.
 
:think: Iniciando a leitura de "As brumas de Avalon",estou com espectativas ótimas,pois,ele foi muito bem indicado,aqui mesmo no fórum ja li vários comentários sobre este livro...:obiggraz:
 
Recentemente li alguns clássicos gregos: Édipo Rei e Antígone, de Sófocles, e Prometeu Acorrentado, de Ésquilo. Histórias maravilhosas, verdadeiras obras-primas do homem.

E no momento estou lendo outra obra-prima, o clássico Dom Quixote de La Mancha. Por enquanto só li o prefácio e os primeiros capítulos, mas já é possível vislumbrar a dimensão da obra.
 
Alguém sabe (por acaso) quando é que vão lançar o livro 4 da série "As Crônicas Saxônicas" aqui no Brasil?
 
Depois de ter um pouco de trabalho na leitura de um livro beeeem teórico estou partindo para Sartre (A Náusea).
 
Estou lendo "O Homem que Ouve Cavalos", de Monty Roberts. Conta uma história de vida muito bonita. Desses livros que tu começa a ler e não consegue parar...
 
Acabei de ler "Malone Morre" do Samuel Beckett. Um homem nonagenário doente em seu leito sem poder se levantar faz um monólogo e escreve histórias banais. O livro é um mergulho nas questões existenciais e no nada.

Recentemente li alguns clássicos gregos: Édipo Rei e Antígone, de Sófocles, e Prometeu Acorrentado, de Ésquilo. Histórias maravilhosas, verdadeiras obras-primas do homem.

E no momento estou lendo outra obra-prima, o clássico Dom Quixote de La Mancha. Por enquanto só li o prefácio e os primeiros capítulos, mas já é possível vislumbrar a dimensão da obra.

Só livrão, hein! Tem bom gosto.
 
Eu também li Antígone há pouco tempo. O legal desse livro é poder acompanhar o desenvolvimento da personagem Creonte. Do príncipe sensato e sem ambições de Édipo Rei ao tirano sanguinário e sedento de poder de Antígone. Duas obras de gênio.
 
Estou lendo o menino do pijama listrado. Muuuito foda. A história é de um menino cujo pai é soldado de hitler, e eles se mudam para perto de um campo de concentração que o pai cordena. Meio tenso.
 
Estou lendo agora "Nossa Senhora das Flores" de Jean Genet. O autor-narrador está preso e em sua solidão, sonha co seus desejos e escreve sobre personagens transgressores da ordem moral: prostitutas, cafetões e travestis. É inclusive um travesti o protagonista do livro.

A obra parece ter em seu cerne o impulso dos desejos homossexuais do autor transposto para as personagens e a transgressão, o assumir, aceitar que se é um transgresssor e usufruir da sensação que isso traz. As personagens são traiçoeiras, egoístas, hedonistas e criminosas. Poderia-se chamá-las de cruéis, maus, mas são apenas humanos decadentes, como a humanidade que Genet procurou retratar quase como uma metáfora. Essas característa aliás se naturaliza de tal forma que é difícil qualquer tipo de recriminação moralista

Lembra um pouco Carandiru no que se trata em demonstrar om outro lado do criminoso, o lado humano. Mas ao contrário de Carandiru, "Nossa Senhora das Flores" não se preocupa em torná-los "bons" e afáveis. Como diz no prefácio da obra, "esse livro é uma opção pelo mal".
 
Ahh comprei o Vol 2 da Torre Negra:uhu: cara essa série tá ficando cada vez mais interessante, é tipo um SdA só que bem mais sombrio e cheio de situações bizarras:mrgreen:
 
Ahh comprei o Vol 2 da Torre Negra:uhu: cara essa série tá ficando cada vez mais interessante, é tipo um SdA só que bem mais sombrio e cheio de situações bizarras:mrgreen:

Eu peguei o 2 tambem..
Mais antes vou terminar A DANCA DA MORTE de Stephen King... Um livro grande mais a toda pagina vale cara $$, é um livro caro este sem cortes, mais vale muito GALERA fica ae a dica!:yep:
 
Valeu pela dica. Pelo que eu li na descrição eu achei que ele deve ser bem legal, mas parece que ele não é o estilo clássico de terror não, ou estou enganado, Kuhin?
 
Comecei a ler Sobre Meninos e Lobos (Mystic River), de Dennis Lehane. Bien, todos devem conhecer a história por causa do Clint Eastwood, que adaptou o livro pro cinema, que até rendeu dois Oscar (melhor ator, Sean Penn; e melhor ator coadjuvante,Tim Robbins.

So, o livro conta a história de Sean Devine, Jimmy Marcus e Dave Boyle, que eram amigos de infância e se separaram depois de Deve ser sequestrado aos 11 anos de idade. Depois de 4 dias, Dave escapa, mas nem um dos guris tem mais contato com o outro durante anos, até a filha de Jimmy ser assassinada e eles voltarem a se reunir. O livro mostra bastante o lado emocional das personagens, todos seus sentimentos e pensamentos.
 
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