meneltar disse:
Eu tentei, mas não consegui entender o que quis dizer...
Bem, se eu já escrevo mal quando to inspirada, escrevo pior ainda sob pressão. Ainda mais tendo achado a música que eu procurei por mais de dois anos seguidos.
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Capítulo 22 - A Triste Despedida - Por Forfirith
Os amantes acordam por volta do meio dia. Fábio acorda antes, e quando Tâmara se levanta, o encontra na cozinha, nu, a preparar o almoço. Ela segue até ele, e espia o que ele está preparando.
--Hum!! que cheiro maravilhoso...
--Obrigada! Sabe, eu já fiz diversos cursos de culinária, além de apresentar um programa culinário muito famoso por aqui também...
--Nossa, eu vi como as pessoas te adoram por aqui...mas, se me permite perguntar, porque o Uruguai?
--Por diversos motivos além de tentar manter o anonimato, e a paisagem também, sem dúvida. Dê uma olhada pela janela, meu bem.
Tâmara segue até a janela e contempla os belos campos ensolarados, vastos e claros. Depois segue para a cozinha e faz amor com Fábio novamente, ao piso frio da cozinha branca. Algumas colheres e panelas caem no chão, mas eles pouco se importam; continuam a transar ferozmente no cômodo. De vez em quando Fábio solta alguns urros animalescos e Tâmara estranha, mas depois ignora. Volta a beijar o corpo dele.
O almoço queima devido à negligência dos dois, e acabam não almoçando. Aproveitam o tempo em que conversam no tapete da cozinha para se beijar e se admirarem. Ele decora cada detalhe dela, e ela passa os dedos de leve pela pele negra dele, em todo seu corpo, até onde ele se faz homem. Ele geme. Eles fazem amor novamente – dessa vez com gritos que podiam ser confundidos com gritos de desespero, agudos, altos, de amor.
Depois de várias outras transas e vários cochilos no chão da cozinha, Tâmara se levanta, e vai para o quarto. Está ligeiramente séria, e Fábio a segue.
--O que houve?
--Eu preciso me arrumar pra ir embora... – ela lhe responde, com um olhar triste, saudoso.
--Se você não quiser não precisa ir.
Ela não acredita quando ouve aquilo. Não, tudo menos ser realizável. Termina de se arrumar e arrumar a mala logo, e pede para ser levada ao aeroporto. Ela não quer estar ali. Ela quer ir embora.
Ele nota a mudança de atitude da garota.
--Aquilo que diziam no Fórum, há anos atrás, é verdade? Você não ama se o amor for realizável?
--Bem...é sim.
--Você é amante do Diogo?
--Sim.
Ele olha para o chão – seu olho está repleto de lágrimas. Do chão desvia para o teto. Ele funga e diz:
--Bem, acho que é um adeus então.
--Podemos ser amigos, Fábio, e você sabe disso...não preciso de amizades impossíveis, apenas de amantes!
Ele a olha, eles se encaram. O rosto dele está lavado em lágrimas.
--Fala sério?
--Mas é claro!! – e completa com um beijo, seu último beijo uruguaio.
Na limusine, à caminho do aeroporto, eles conversam, matam mais as saudades do passado, quando tudo era inocente e nem imaginavam o que os aguardava no futuro. Risadas agora estampam os rostos, e se esquecem do clima pesado no apartamento – são amigos, apenas amigos, novamente.
--Hahaha! E acredita que o Renato virou jogador profissional de golf? Nada a ver com ele, não?
--Que Renato – Tâmara pergunta, sem se lembrar de quem tinha esse nome.
--O Sujo de Sangue, poxa!
--Não creio! Jogador de golf?!?
--Sério!! Quem diria, não? E aquela Ágata, lembra dela?
--Vagamente...
--Está trabalhando em Wallstreet!
A conversa continua, e cada vez mais a moça se admira com o que aconteceu a seus antigos conhecidos. Não fora apenas ela quem mudara, e isso a aliviava imensamente.
No aeroporto,a despedida foi triste, ambos se gostavam muito, e sentiriam falta um do outro. Trocaram um abraço – adeus. Ela entrou no avião e chamou a aeromoça:
--Me dá uma coca, por favor.