Bem, gente...como o Diogo não está online no momento, vou postar mesmo sem o aval dele...qualquer coisa ele briga comigo no msn
Desculpem a demora, mas estava me divertindo lá no Rio...não dava pra escrever
Não acho que esteja muito bom, mas qualquer coisa eu vou editando...
bem, lá vai!
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SEGUNDO CAPÍTULO - POR FORFIRITH
Eles assistem seus filhos sairem pela porta e entrarem no ônibus um a um. Os pequenos frutos de seu amor, escondidos sob as asas de Dona Ruth, e também sob uma permanente ameaça de serem entregues à verdade pela velha, que só era mantida calada atravéz de muito suborno.
Abraçados e desarrumados ao topo da escada, eles se olham. Ela lhe diz:
_Meu dengo, se lembra de nosso primeiro encontro? De quando tudo se desencadeou e nossas especulações se provaram verdadeiras? Às vezes penso se tudo não passa de um sonho, perfeito demais para ser real.
E ele lhe responde, com a ternura sempre presente em seu olhar, seu porto seguro sempre a lhe levar calma:
_Sim, me lembro daquela noite fria, em junho. Nós, com nossos conjuges e nossos casacos.
_Nossa primeira conversa...
Ele dá mais uma vez sua risada inebriante e entorpecente, e ela o mira com seus olhos, o brilho aceso de sua profundidade que ele tanto ama. Ele vai passando as mãos por seus cabelos desgrenhados de amor, e a aproximando dele lentamente. Ela se derrete por seu charme...
_De como fazíamos amor pela primeira vez enquanto aquela pequena tragédia acontecia...
Acontece então um flashback em ambas as mentes daquela noite em que o amor se fez presente em suas vidas pela primeira vez de muitas.
As fogueiras acesas, o vapor saindo das bocas quentes naquela noite fria, a música chata e repetitiva de noite de São João, na festa junina que será jamais esquecida por aqueles amantes. E, longe da massa de pessoas, a grande árvore e o banco. Os dois jovens se entreolham com ardor, desesperadamente, como numa ânsia guardada e há muito oprimida, e antes de qualquer palavra, o beijo. O beijo e as mãos, que os despiram das roupas e do pudor. As roupas... caídas no chão, e eles por cima, fazendo e encarnando amor.
Depois de enfim conversarem, voltam às pressas à festa, que continuara correndo, indiferente à falta dos dois, que descobrem, rubros e exaustos que algo trágico acontecera.
Jorge se aproxima do casal desarrumado e cheio de fragmentos de grama nas roupas com manchas de sujeira preta como as do carvão, espalhadas pelo corpo, e com ar de exaustão.
_Por onde você tava, mulher, não viu o que...porque estão desarrumados, porque sua camisa está abotoada errada? Sobra um botão...
_Ah, Jorge, esse é meu amigo, Diogo...
_O que você tava fazendo com ela? -e olhando para Tâmara- quem te deixou ir andar com ele?
Desconcertados e desesperados, Diogo abotoa corretamente a camisa e Tâmara pensa em uma desculpa.
_Bem..é...Jorge, a gente estava...
Diogo a interrompe:
_Nós estávamos...nós corriamos!
_Sim, apostávamos corrida no gramado!
Livre então de qualquer desconfiança, Jorge responde:
_Bem, não fiquei sabendo de nenhuma corrida na programação da festa. De qualquer forma, me chamem na proxima...E esse homem aí, não vai correr denovo tão cedo...HAHAHA! Sua mulher está no hospital. Foi tentar pular uma das fogueiras e acabou...bem..ela se queimou um pouquinho. Não ouviram os gritos? A fazenda vizinha ligou para perguntar o que aconteceu, de tão altos que foram!
Os dois então se lembram de gritos diferentes exclamados há pouco tempo, e afirmam veementemente não terem ouvido nada.
Suas mentes então voltam ao presente. Os dois continuam a se abraçar e voltam mais uma vez ao quarto, trancados entre paredes à prova de som, lençóis de seda e o amor que exalava de seus corpos nus.