GEnte, o capítulo 14.
-----------------------------------------
CAPÍTULO 14 – UMA BITUCA – POR FORFIRITH
Ela se senta cansada na cama do Hotel.Começara mais uma jornada de dez meses, uma jornada insuportavelmente desconfortável.Ela estava grávida novamente, e sabia no que isso implicava.
Diogo estava furioso com ela.Mas mais tarde ele entenderia.Assim que visse pela primeira vez o rostinho de sua mais nova filha, mais parecida com um joelho ao um mês de idade, ele se esqueceria de que o combinado era dez.Ele apenas se lembraria de seu amor, e de seus frutos, que caíam da árvore em volumosa quantidade.
Onze, onze filhos.E seu corpo nem parecia tão acabad
que era ótimo para ela, uma vez que Jorge era capaz de se separar dela aos mínimos cinco quilos engordados.
Tâmara costumava seguir um regime rigorosíssimo para não correr o risco de perder Jorge, e conseqüentemente Diogo.
Ela começou então a se lembrar da noite em que a futura Antares Varda fora feita...
...Depois que Diogo a salvou de Pedro Luiz, enquanto ainda estavam no hospital cuidando dela, Diogo recebeu um telefonema no celular.Sua casa estava em chamas.
Quando chegaram lá, a casa ainda pegava fogo.Havia três carros de bombeiros tentando infrutiferamente apagar as chamas que queimavam a triste casa de nosso Don Juan.
_Minhas cintas-liga!!!!!OH NÃO!!Me ajudem
Magda berrava a frase repetidamente, alto o suficiente para pelo menos toda a rua ouvir.
Assustada, saindo do carro de seu amante, se encontrava Tâmara.Ela estava preocupada com seus filhos, trancafiados na casa ao lado, seguros com a estranha Dona Ruth.
Ela disfarçadamente fitou a casa da matrona enquanto saía do carro, e percebeu inúmeros olhinhos vidrados no fogo vizinho, no beiral da janela.
Tâmara ficou então desesperada, se a casa de Ruth pegasse fogo, seu segredo seria descoberto.Ela olhou para o lado, e viu Diogo petrificado, com as mãos na cabeça, no meio da rua.Olhou para o outro e viu Magda literalmente se descabelando, gritando e correndo em círculos em forma de expressar seu desespero – suas lingeries pegavam fogo.
Foi então que ela, no mesmo dia em que quase fora estuprada, correu com um balde que estava no quintal de Ruth e começou a apagar o fogo que se dirigia à casa de seus filhos.
Depois que o fogo foi contido, Diogo e sua esposa ninfomaníaca se encontravam desabrigados.
_Se não tiverem aonde ficar, eu os recebo de braços abertos em minha casa...
_AAAAAAAAAAAhhh!!!!!Mínína!!!Que linda!!nós vamos aceitar sua proposta sim!!Vou correndo fazer as malas!!
_Esposa, não temos mais roupas...
Mas Magda já tinha se distanciad
s amantes então aproveitaram para uma breve conversa.
_Minha deusa, acha que é seguro eu ficar na sua casa?Não vou conseguir me conter se ficar te vendo...
_Vocês não têm escolha!
_Bem, isso é verdade...
...Ela se relembrou também do que acontecera depois que Jorge chegara em casa,na mesma noite.
_Que gente é essa aqui? (e dá uma cusparada no chão da sala)
_São os vizinhos...a casa deles pegou fogo.E como o Diogo me salvou hoje mais cedo, eu ofereci nosso sofá pra eles.
_Ah.. – Jorge coça o meio das pernas e segue ao banheiro, fungando.
Na hora em que todos iam dormir, Magda vestiu uma das roupas de Tâmara, e Diogo uma das de Jorge.
Em ambos as roupas ficaram grotescas: as roupas que preenchiam as voltas sensuais de Tâmara sobravam no corpo extremamente magro de Magda; e as de Jorge e sua imensa barriga mole sobraram folgadas em Diogo.
Algum tempo depois que todos já estavam dormindo, Tâmara foi beber um copo d’água, e se encontrou com seu amante, acordado.Não foram precisas palavras, ele a agarrou e os dois começaram a se beijar e a se despir.
Naquela noite, Antares Varda foi feita, na despensa, sob os olhos vigilantes do perigo e as mãos macias do prazer.Os amantes fizeram sexo selvagem na despensa até o amanhecer, quando seria a hora de Tâmara ir fazer o café e Diogo ir trabalhar.
Disso ela poderia se orgulhar: todos os seus filhos e filhas são conseqüência do amor ardente e da impossibilidade.
Tâmara começava a se acostumar com a idéia de ser mãe novamente.
_Ainda bem que tirei o diafragma e...Mas...eu NÃO tirei o diafragma!!!
Ela desceu correndo as escadarias do hotel para comprar um teste de gravidez.Alguém menos desesperado teria dito para ela descer os sete andares de elevador, mas ela estava em verdadeira aflição.
Chegando na farmácia se lembrou de que não falava polonês e de que não trouxera seu dicionário.Tentou falar em inglês, mas a atendente não entendia.Foi quando uma senhora, já com seus sessenta anos e exímia praticante da língua inglesa foi ajuda-la.
_Good evening, my dear! May I help you? *
(boa tarde honrada dama, poderia eu ajuda-la em sua busca por um produto da farmácia em que estamos?)
_Sim, por favor, eu gostaria de saber aonde ficam os testes de gravidez.
A velhinha arregalou os olhos em assombro, e respondeu à pergunta de nossa talvez-ex-futura mãe.
Assim que tinha o exame em mãos, voltou ao hotel, e descobriu que não estava grávida na verdade.Mas como?Só Dona Ruth sabia que ela fazia exames caseiros periódicos para verificar se estava grávida...a não ser que...
Ela Correu então para o aeroporto, e pegou o próximo vôo devolta para o Brasil.Ele sairia dali há dois dias.Enquanto isso, ela poderia aproveitar o extremo frio de Bydgozscss.
*Nota: o restante da conversa segue passado para o português, devido à diferenças na tradução realizada que podem comprometer a leitura.