"Durante a refeição, Gothar se serviu fartamente de frutas, mas não de carnes. Comeu em silêncio, mas ouviu com atenção à conversa, e concordou plenamente com o anão quando ele disse que o maior problema seriam os clérigos. Ursos, orcs, todos esses são problemas, mas a malícia de uma deusa e sua igreja podem ser terríveis.
Mas o que mais incomodava Gothar era seu grupo. Ele sabia que seu poder já não era tão formidável quanto já fora, que teria de trabalhar em grupo, mas ainda não se acostumara a essa situação. E, para piorar, seus companheiros eram um gnomo, um anão, um bardo, e um bando de guerreiros. A sutileza de um trovão, e a astúcia de um monte de feno.
Tomando de sua lança, checando os pergaminhos lacrados e presos ao seu cinto, afivelando sua armadura, ele se prepara para partir. Começa a caminhar ao lado de seus companheiros, e então subitamente diz: 'Até agora, nossas instruções vão até um futuro muito breve. Vamos formar grupos, vamos dormir, vamos comer, vamos caminhar. Eu, se possível, gostaria de saber um pouco mais adiante. Iremos atacar nossos inimigos para desalojá-los, patrulharemos a fronteira, ou algum outro tipo de missão? Teremos uma base de operações ou nos deslocaremos pelo terreno? Quais serão os procedimentos padrão, turnos de vigia, instruções caso ocorra algo de grave ou o grupo se separe? Divisão dos espólios?'"