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No Brasil, onde um livro de literatura comum tem tiragem de 2.000 exemplares, vender 50 mil acho que pode, sim.
 
para comparação, lista dos livros de maior tiragem no brasil:

50 mil
Pode parecer pouco em comparação ao topo da lista, mas autores como Luis Felipe Pondé (Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, Editora LeYa) e Martha Medeiros (com A Graça da Coisa, da L&PM) saem com tiragens mais de 10 vezes superiores à média nacional.


80 mil
O médico Drauzio Varella virou best-seller após a publicação de Estação Carandiru, em 1999, que chegou a ser adaptado para o cinema. Seu mais recente livro, Carcereiros (Cia das Letras), saiu da gráfica como mais uma aposta do mercado editorial brasileiro.

100mil
Patamar de lançamento para tradicionais bons vendedores brasileiros como Luis Fernando Verissimo (com novo título a ser lançado em breve pela Objetiva) e Paulo Coelho, com Manuscrito Encontrado em Accra (Sextante). Estão junto de Mario Vargas Llosa e Elizabeth Gilbert.

150 mil
Autor célebre pelo romantismo (excessivo para muitos) de suas obras, Nicholas Sparks lança este mês no Brasil Uma Longa Jornada (Arqueiro). Está no mesmo patamar de George R.R Martin – (cuja obra inspirou a série televisiva Game of Thrones) com A Dança dos Dragões (LeYa).

200 mil
Nesta faixa, encontram-se o brasileiro Laurentino Gomes com 1889 (Globo Livros), acompanhado de dois estrangeiros habituados a grandes vendagens: Khaled Hosseini com O Silêncio das Montanhas (Globo Livros), e Jeff Kinney, autor de Diário de um Banana 7 (V&R).

230 mil
A presença dos escritores Cristiane Cardoso e Ricardo Cardoso no rol de apostas do mercado nacional pode surpreender muitos, mas o espanto é atenuado quando se descobre que os autores de Casamento Blindado (Thomas Nelson Brasil) são filha e genro do bispo Edir Macedo.

500 mil
Fenômeno literário nacional desde a publicação de Ágape, em 2010, o padre Marcelo Rossi entrou para uma seleta galeria de autores com expressivas tiragens iniciais. Kairós: O Tempo de Deus saiu da gráfica na mesma quantidade de Inferno (Arqueiro), de Dan Brown.

600 mil
Uma das maiores tiragens dos últimos anos, a última parte da trilogia erótica escrita pela britânica E.L James, 50 Tons de Liberdade, já saiu do prelo com mais de meio milhão de exemplares impressos pela Editora Intrínseca – conhecida por apostar em poucos títulos.

daqui.
 
Eu ouvi na TV que a biografia da Urach ia sair com 1 milhão de exemplares.
#medo
** Posts duplicados combinados **
Yep. Aqui confirmam:
http://www.otempo.com.br/diversão/t...ach-é-maior-que-vários-best-sellers-1.1081620

:o
** Posts duplicados combinados **
2 - Muito manifestante vai a rua só com o que lê no facebook.

Depende. O grosso da "militância" política do Olavo, por exemplo, está disponível no site dele e são os textos para o jornal Diário do Comércio, ou no Mídia sem Máscara, ou os vídeos do YouTube. Claro que alguns livros dele também são meio que peças-chave nisso aí.
O Rodrigo Constantino, o Reinaldo Azevedo, o Luiz Felipe Pondé, o Marco Antonio Villa -- todos escrevem e divulgam pela Internet com regularidade, de modo que nem tudo hoje precisa ser colhido em livros para os efeitos pretendidos.
 
Quais os livros "bancados" pelo governo?
http://spotniks.com/5-exemplos-de-como-a-doutrinacao-ideologica-atua-na-educacao-brasileira/

Projeto de lei tenta proibir a importação de livros

http://www.gazetadopovo.com.br/vida...mportacao-de-livros-8x7fyt9aqh8w1n3uluohu1ob2

O primeiro passo da doutrinação é impedir a importação de livros que falem qualquer coisa de diferente do interesse do governo
O segundo passo é a "releitura" com viés sociológico (o que interessar ao governo no momento). Se não der certo, mais releitura, até que não sobre nada da obra original. Para saber mais leia 1984.
Se ainda assim, não der certo, queime os livros. Funciona que é uma beleza. Para saber mais leia Fahrenheit 451.
 
Que essa tal "doutrinação ideológica" não faz parte daquilo que nós consideramos ética e intelectualmente correto, todos nós sabemos.

O problema é definir. Porque o projeto de uma parte dessa "nova direita" parece ser substituir a atual pela dela própria.

Não se combate uma ideia reprimindo-a: pelo contrário, deixe, dentro dos limites democráticos, que ela se propague. Na hora que o povo vê que a pregação de seus catequistas não resolve nada ou quase nada na vida prática, instaura-se o vazio e a busca por novos ideários.

Não é apesar, mas em parte graças ao mainstream escolar ter essa visão de capitalismo=exploração, junto à persistência das precariedades nacionais, que a direita brasileira não para de lançar títulos bem-sucedidos. Considere, por exemplo, que vários direitistas adoram replicar uma página do Facebook chamada "meu professor de história mentiu pra mim".

Os liberais também vão nessa onda, politicamente: depois de tanto político prometendo melhoria na educação e saúde públicos durante tanto tempo, sem resultado algum, eles podem cativar a população com as propostas de vouchers e de privatizações. A proposta do Partido Novo, que talvez obtenha seu registro nesta quinta, vai nessa esteira.
 
Que essa tal "doutrinação ideológica" não faz parte daquilo que nós consideramos ética e intelectualmente correto, todos nós sabemos.

O problema é definir. Porque o projeto de uma parte dessa "nova direita" parece ser substituir a atual pela dela própria.

Não se combate uma ideia reprimindo-a: pelo contrário, deixe, dentro dos limites democráticos, que ela se propague. Na hora que o povo vê que a pregação de seus catequistas não resolve nada ou quase nada na vida prática, instaura-se o vazio e a busca por novos ideários.

Não é apesar, mas em parte graças ao mainstream escolar ter essa visão de capitalismo=exploração, junto à persistência das precariedades nacionais, que a direita brasileira não para de lançar títulos bem-sucedidos. Considere, por exemplo, que vários direitistas adoram replicar uma página do Facebook chamada "meu professor de história mentiu pra mim".

Os liberais também vão nessa onda, politicamente: depois de tanto político prometendo melhoria na educação e saúde públicos durante tanto tempo, sem resultado algum, eles podem cativar a população com as propostas de vouchers e de privatizações. A proposta do Partido Novo, que talvez obtenha seu registro nesta quinta, vai nessa esteira.
Onde é que se diz que o projeto dessa "nova direita" é substituir atual doutrinação pela dela própria?
 
Onde é que se diz que o projeto dessa "nova direita" é substituir atual doutrinação pela dela própria?

Quando o Olavo fala que a direita tem que estudar Gramsci ou quando ele, falando num hangout para o Lobão, fala que é necessário tomar a hegemonia para chutar os "vagabundos" da produção cultural, quando um liberal protestando na rua pede "menos Marx, mais Mises" e por aí vai.

Mas principalmente o Olavo parece sustentar a tese de se realizar uma revolução cultural conservadora.
 
Quando o Olavo fala que a direita tem que estudar Gramsci ou quando ele, falando num hangout para o Lobão, fala que é necessário tomar a hegemonia para chutar os "vagabundos" da produção cultural, quando um liberal protestando na rua pede "menos Marx, mais Mises" e por aí vai.

Mas principalmente o Olavo parece sustentar a tese de se realizar uma revolução cultural conservadora.
Olha, eu concordo que não adianta nada substituir uma doutrinação pela outra. Mas se a direita fizesse doutrinação da forma que vc apresenta, não teria UM comunista hj aqui no Brasil após anos de ditadura. O comunismo poderia inclusive ser crime da mesma forma que é na Polônia. Não é esse o retrato que temos.
 
Olha, eu concordo que não adianta nada substituir uma doutrinação pela outra. Mas se a direita fizesse doutrinação da forma que vc apresenta, não teria UM comunista hj aqui no Brasil após anos de ditadura. O comunismo poderia inclusive ser crime da mesma forma que é na Polônia. Não é esse o retrato que temos.

Pô, mas se as ideias comunistas ficaram (e ainda ficam) de pé por tanto tempo é porque elas tinham, em uma ponta, apelo popular, ao ser capaz de responder ao menos emocionalmente a anseios da massa, e no outro extremo, apelo acadêmico, pelo marxismo (e seus derivados) terem sido capazes de dar respostas satisfatórias a intelectuais de certo tempo e sobre questões de sua época. Não dá para demonizar ou jogar no lixo assim não. A própria persistência é um atestado de relevância.

O que eu quis dizer sobre a questão da doutrinação é que não há outra forma de combater que não na arena da franqueza, do embate entre ideias. Penso que em humanas a evolução e mesmo a aquisição de conhecimento é feita em grande parte de maneira dialética: conhecimento histórico, sociológico, filosófico, etc. não pode ser adquirido sem debate. É um erro privar os alunos, em nome das imparcialidades, das ideias correntes, mesmo que haja um imenso atraso entre o que professores secundários falam e a academia está produzindo. História sem interpretação filosófica são fatos vazios de significado, e se for decoreba, simplesmente obrigar o aluno gravar que o Brasil ficou independente em 07/09/1822, então é preferível que nem haja aulas de História. Perda de tempo.

Eu acho que você quer chegar ao fato da contabilidade macabra, mas estes próprios socialistas de que estamos falando recorrem ao argumento do no real Scotsmen. "Ah, mas isso não era socialismo de verdade". Nunca vi um desses professores definir o que seria então um socialismo real. Mas também nao posso dizer que haja um número espantoso deles que defendam "derrubar o poder vigente por meios despóticos e confiscar os meios de produção". A luta marxista deles está ancorada em coisas bem cotidianas, como direitos trabalhistas, melhorias salariais, exigência por parte do cidadão de seus direitos legalmente garantidos, e por aí vai. Por mais que haja algum cheiro de fantasia guevarista no ar.

No mais, a nova direita é, sobretudo, "nova". Seu discurso ainda não entrou nos corredores das escolas, mas ainda não houve tempo para isso. Resta saber se ela conseguirá ter, no longo prazo, relevância acadêmica suficiente para estruturar todo um universo ideológico-cultural. Isso é mais fácil de ser respondidos por gente como o @Felagund.

E, aproveitando o gacho, a impressão que eu tenho é que, quando se faz esse tipo de crítica à totalidade da produção humanística brasileiro, está-se batendo num espantalho representado pelo naco mais histriônico e portanto mais visível da comunidade acadêmica das sociais. Deve ter muita gente, independente de ideologia, produzindo coisa boa.
 
Última edição:
Pô, mas se as ideias comunistas ficaram (e ainda ficam) de pé por tanto tempo é porque elas tinham, em uma ponta, apelo popular, ao ser capaz de responder ao menos emocionalmente a anseios da massa, e no outro extremo, apelo acadêmico, pelo marxismo (e seus derivados) terem sido capazes de dar respostas satisfatórias a intelectuais de certo tempo e sobre questões de sua época. Não dá para demonizar ou jogar no lixo assim não. A própria persistência é um atestado de relevância.
Eu não a demonizei, apenas disse que se fosse houvesse uma doutrinação de "direita" do jeito apresentado, isto não seria mais possível da forma como é feita hj.

O que eu quis dizer sobre a questão da doutrinação é que não há outra forma de combater que não na arena da franqueza, do embate entre ideias. Penso que em humanas a evolução e mesmo a aquisição de conhecimento é feita em grande parte de maneira dialética: conhecimento histórico, sociológico, filosófico, etc. não pode ser adquirido sem debate. É um erro privar os alunos, em nome das imparcialidades, das ideias correntes, mesmo que haja um imenso atraso entre o que professores secundários falam e a academia está produzindo. História sem interpretação filosófica são fatos vazios de significado, e se for decoreba, simplesmente obrigar o aluno gravar que o Brasil ficou independente em 07/09/1822, então é preferível que nem haja aulas de História. Perda de tempo.
Como já disse, sou a favor da pluralidade.

Eu acho que você quer chegar ao fato da contabilidade macabra, mas estes próprios socialistas de que estamos falando recorrem ao argumento do no real Scotsmen. "Ah, mas isso não era socialismo de verdade". Nunca vi um desses professores definir o que seria então um socialismo real. Mas também nao posso dizer que haja um número espantoso deles que defendam "derrubar o poder vigente por meios despóticos e confiscar os meios de produção". A luta marxista deles está ancorada em coisas bem cotidianas, como direitos trabalhistas, melhorias salariais, exigência por parte do cidadão de seus direitos legalmente garantidos, e por aí vai. Por mais que haja algum cheiro de fantasia guevarista no ar.
:lol:

No mais, a nova direita é, sobretudo, "nova". Seu discurso ainda não entrou nos corredores das escolas, mas ainda não houve tempo para isso. Resta saber se ela conseguirá ter, no longo prazo, relevância acadêmica suficiente para estruturar todo um universo ideológico-cultural. Isso é mais fácil de ser respondidos por gente como o @Felagund.
Meu palpite é que isso vai ser visto mais em produção e empreendedorismo do que em áreas acadêmicas.

E, aproveitando o gacho, a impressão que eu tenho é que, quando se faz esse tipo de crítica à totalidade da produção humanística brasileiro, está-se batendo num espantalho representado pelo naco mais histriônico e portanto mais visível da comunidade acadêmica das sociais. Deve ter muita gente, independente de ideologia, produzindo coisa boa.
E se o produto é bom, terá um público consumidor fiel, seja comunista ou capitalista (sendo extremamente simplista, apenas pra ilustrar).
 
O primeiro passo da doutrinação é impedir a importação de livros que falem qualquer coisa de diferente do interesse do governo
O segundo passo é a "releitura" com viés sociológico (o que interessar ao governo no momento). Se não der certo, mais releitura, até que não sobre nada da obra original. Para saber mais leia 1984.
Já vi o filme 1984, vou ler quando tiver tempo o livro Fahrenheit 451. Quanto essa preocupação de doutrinação ,você pode dormir sono solto; PL tá mais pra uma tentativa de reserva (tem que ler PL toda porque essa reportagem não esclarece muito) de mercado do que preocupação/impedir de falar mal do governo. Em todo caso isso não deve ir a diante. O Brasil vermelho/comunista com o Levy no comando da economia é sem sombra de dúvida ficção/realismo fantástico. Vi nada demais nisso aí.
 
Já vi o filme 1984, vou ler quando tiver tempo o livro Fahrenheit 451. Quanto essa preocupação de doutrinação ,você pode dormir sono solto; PL tá mais pra uma tentativa de reserva (tem que ler PL toda porque essa reportagem não esclarece muito) de mercado do que preocupação/impedir de falar mal do governo. Em todo caso isso não deve ir a diante. O Brasil vermelho/comunista com o Levy no comando da economia é sem sombra de dúvida ficção/realismo fantástico. Vi nada demais nisso aí.
Bom, vc pode não ver nada demais. Mas quando um deputado do partido que governa o país a um bom tempo (leia-se PT) resolve propor um projeto de lei que impede a entrada de livros extrangeiros, é preocupante sim! E acredite, quando se está no governo, somente a tentativa de doutrinação já é um problema real.

Ps. Mesmo que já tenha visto o filme, leia o livro. :mrgreen:
 
Só passei pra lembrar que Fahrenheit 451 não era sobre censura, mas sobre desinteresse pela leitura. O livro vai muito além da queima de papel, fala sobre hedonismo, anti-intelectualismo... a nível social. :tsc:

"Remember, the firemen are rarely necessary. The public itself stopped reading of its own accord. You firemen provide a circus now and then at which buildings are set off and crowds gather for the pretty blaze, but it's a small sideshow indeed, and hardly necessary to keep things in line. So few want to be rebels anymore. And out of those few, most, like myself, scare easily. Can you dance faster than the White Clown, shout louder than 'Mr. Gimmick' and the parlor 'families'? If you can, you'll win your way, Montag. In any event, you’re a fool. People are having fun."
- Professor Faber, "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury

"It didn't come from the Government down. There was no dictum, no declaration, no censorship, to start with, no! Technology, mass exploitation, and minority pressure carried the trick, thank God. Today, thanks to them, you can stay happy all the time, you are allowed to read comics, the good old confessions, or trade journals."
- Beatty, "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury
 

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