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30 Maiores insultos de autores para autores da história

Bartleby

fossore
Achei isso num site aqui e achei mutio engraçado... não sei se já tem isso aqui, mas pesquisei algumas das frases no forum e nãoi achei correspondência...


Nesta semana, o site flavorwire compilou 30 das mais engraçadas provocações públicas da história literária do Ocidente, colocando autor contra autor em uma lista que você vê abaixo.

Adaptei desse site

30. Gustave Flaubert (Madame Bovary) sobre George Sand (Mattéa)

“Uma grande vaca recheada de namquim”

29. Robert Louis Stevenson (O Médico e o Monstro) sobre Walt Whitman (Leaves of Grass)
“Ele escreve como um cachorro grande e desengonçado que escapou da coleira e vaga pelas praias do mundo latindo para a lua”

28. Friedrich Nietzsche (Assim Falou Zaratustra) sobre Dante Alighieri (A Divina Comédia)
“Uma hiena que escreu sua poesia em tumbas”

27. Harold Bloom (A Invenção do Humano) sobre J.K. Rowling (Harry Potter)
“Como ler Harry Potter e a Pedra Filosofal? Rapidamente, para começar, e talvez também para acabar logo. Por que ler esse livro? Presumivelmente, se você não pode ser convencido a ler nenhuma outra obra, Rowling vai ter que servir.”

26. Vladimir Nabokov (Lolita) sobre Fyodor Dostoievsky (Crime e Castigo)
“A falta de bom gosto do Dostoievsky, seus relatos monótonos sobre pessoas sofrendo com complexos pré-freudianos, a forma que ele tem de chafurdar nas trágicas desventuras da dignidade humana – tudo isso é muito difícil de admirar”

25. Gertrude Stein (The Making of Americans) sobre Ezra Pound (Lustra)
“Um guia turístico de vila. Excelente se você fosse a vila. Mas se você não é, então não é.”

24. Virginia Woolf (Passeio ao Farol) sobre Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo)
“É tudo um protesto cru e mal cozido”

23. H. G. Wells (Guerra dos Mundos) sobre George Bernard Shaw (Pygmalion)
“Uma criança idiota gritando em um hospital”

22. Joseph Conrad (Coração das Trevas) sobre D.H. Lawrence (Filhos e amantes)
“Sujeira. Nada além de obscenidades.”

21. Lord Byron (Don Juan) on John Keats (To Autumn)
“Aqui temos a poesia ‘mija-na-cama’ do Johnny Keats e mais três romances de sei lá eu quem. Chega de Keats, eu peço. Queimem-o vivo! Se algum de vocês não o fizer eu devo arrancar a pele dele com minhas próprias mãos.”

20. Vladimir Nabokov sobre Joseph Conrad

“Eu não consigo tolerar o estilo loja de presentes de Conrad e os navios engarrafados e colares de concha de seus clichês românticos.”

19. Dylan Thomas (25 Poemas) sobre Rudyard Kipling (The Jungle Book)
“O senhor Kipling representa tudo o que há nesse mundo cancroso que eu gostaria que fosse diferente”

18. Ralph Waldo Emerson (Concord Hymn) sobre Jane Austen (Orgulho e Preconceito)
“Os romances da senhorita Austen me parecem vulgares no tom, estéreis em inventividade artística, presos nas apertadas convenções da sociedade inglesa, sem genialidade, sem perspicácia ou conhecimento de mundo. Nunca a vida foi tão embaraçosa e estreita.”

17. Martin Amis (Experiência) sobre Miguel Cervantes (Dom Quixote)
“Ler Don Quixote pode ser comparavel a uma visita sem data para acabar de seu parente velho mais impossível, com todas as suas brincadeiras, hábitos sujos, reminiscências imparaveis e sua intimidade terrível. Quando a experiência acaba (na página 846 com a prosa apertada, estreita e sem pausa para diálogos), você vai derramar lágrimas, isso é verdade. Mas não de alívio ou de arrependimento e sim lágrimas de orgulho. Você conseguiu!”

16. Charles Baudelaire (Paraísos Artificiais) sobre Voltaire (Cândido)
“Eu cresci entediado na França. E o maior motivo para isso é que todo mundo aqui me lembra o Voltaire… o rei dos idiotas, o príncipe da superficialidade, o antiartista, o porta-voz das serventes, o papai Gigone dos editores da revista Siecle”

15. William Faulkner (A Cidade) sobre Ernest Hemingway (Por Quem os Sinos Dobram)
“Ele nunca sequer pensou em usar uma palavra que pudesse mandar o leitor para um dicionário.”

14. Ernest Hemingway sobre William Faulkner
“Pobre Faulkner. Ele realmente pensa que grandes emoções vem de grandes palavras?”

13. Gore Vidal (O Julgamento de Paris) sobre Truman Capote (A Sangue Frio)
“Ele é uma dona de casa totalmente empenada do Kansas, com todos os seus preconceitos.”

12. Oscar Wilde (O Retrato de Dorian Grey) sobre Alexander Pope (Ensaio sobre a crítica)
“Existem duas formas de se odiar poesia: uma delas é não gostar, a outra é ler Pope.”

11. Vladimir Nabokov sobre Ernest Hemingway

“Quanto ao Hemingway, eu li um livro dele pela primeira vez nos anos 40, algo sobre sinos, bolas e bois, e eu odiei.”

10. Henry James (Calafrio) sobre Edgar Allan Poe (Os Crimes da Rua Morgue)
“Se entusiasmar com o Poe é a marca de um estágio decididamente primitivo da reflexão.”

9. Truman Capote sobre Jack Kerouac (On The Road)
“Isso não é escrever. Isso é só datilografar.”

8. Elizabeth Bishop (Norte e Sul) sobre J.D. Salinger (Apanhador no Campo de Centeio)
“Eu odiei o ‘Apanhador no Campo de Centeio’. Demorei dias para começar a avançar, timidamente, uma página de cada vez e corando de vergonha por ele a cada sentença ridícula pelo caminho. Como deixaram ele fazer isso?”

7. D.H. Lawrence sobre Herman Melville (Moby Dick)
“Ninguém pode ser mais palhaço, mais desajeitado e sintaticamente de mau gosto como Herman, mesmo em um grande livro como Moby Dick. Tem algo falso sobre sua seriedade, esse é o Melville.”

6. W. H. Auden (Funeral Blues) sobre Robert Browning (Flautista de Hamelin)
“Eu não acho que Robert Browning era nada bom de cama. Sua mulher também provavelmente não ligava muito pra ele. Ele roncava e devia ter fantasias sobre garotas de 12 anos.”

5. Evelyn Waugh (Memórias de Brideshead) sobre Marcel Proust (Em Busca do Tempo Perdido)
“Estou lendo Proust pela primeira vez. É uma coisa muito pobre. Eu acho que ele tinha algum problema mental.”

4. Mark Twain (As Aventuras de Huckleberry Finn) sobre Jane Austen
“Eu não tenho o direito de criticar nenhum livro e eu nunca faço isso, a não ser quando eu odeio um. Eu sempre quero criticar a Jane Austen, mas seus livros me deixam tão bravo que eu não consigo separar minha raiva do leitor, portanto eu tenho que parar a cada vez que eu começo. Cada vez eu eu tento ler Orgulho e Preconceito eu quero exumar seu cadáver e acertá-la na cabeça com seu osso do queixo.”

3. Virginia Woolf sobre James Joyce (Ulisses)
“Ulisses é o trabalho de um estudante universitário enjoado coçando as suas espinhas”

2. William Faulkner sobre Mark Twain
“Um escritor mercenário que não conseguia nem ser considerado da quarta divisão na Europa e que enganou alguns esqueletos literários de tiro-certo com cores suficientemente locais para intrigar os superficiais e preguiçosos.”

1. D.H. Lawrence sobre James Joyce
“Meu deus, que idiota desastrado esse James Joyce é. Não é nada além de velhos trabalhos e tocos de repolho de citações bíblicas com um resto cozido em suco de um jornalismo deliberadamente sujo.”

HEhE, espero que gostem!
 
Nabokov é o rei desse tipo de coisa. Inclusive surpreende-me o fato de não terem citado nada de Nabokov para com Mann (ou Faulkner)...
 
Que bando de najas, isso sim!
Dá até um pouco de vergonha alheia ler essas coisas terríveis proferidas por pessoas tão talentosas.

As que mais me doeram foram:
4. Mark Twain sobre Jane Austen
e
8. Elizabeth Bishop sobre J.D. Salinger e o "Apanhador no Campo de Centeio".

E essa foi a mais engraçada:
3. Virginia Woolf sobre James Joyce (Ulisses)
“Ulisses é o trabalho de um estudante universitário enjoado coçando as suas espinhas”

Porque Joyce tinha mesmo cara de quem cutucava espinhas quando adolescente. :rofl:
 
achei maneiro a do Wilde falando sobre Pope, não que eu conheça o poeta, mas gostei da maneira como ele falou, rsrsr
 
Esqueceram de mencionar a birra de Tolstoi com Shakespeare:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?p=4818

"um injustificado caso de “adulação universal”"
 
Interessante esse duelo de egos de escritores! Na ciência e na filosofia isso também é muito recorrente.
Grandes gênios normalmente têm certos problemas e reconhecer os méritos da concorrência.
 
:rofl:

Para mim essa lista mostra que não faz mal odiar um pouquinho. Tudo bem odiar a "Divina Comédia" ou "Dom Quixote" ou Dostoievsky, basta não odiá-los todos juntos. Gostar de todos é perigoso também, pode-se acabar virando um crítico. E aí você está morto.

Gabriel Cezar disse:
26. Vladimir Nabokov (Lolita) sobre Fyodor Dostoievsky (Crime e Castigo)
“A falta de bom gosto do Dostoievsky, seus relatos monótonos sobre pessoas sofrendo com complexos pré-freudianos, a forma que ele tem de chafurdar nas trágicas desventuras da dignidade humana – tudo isso é muito difícil de admirar”

Olha quem fala... ¬¬

Gabriel Cezar disse:
15. William Faulkner (A Cidade) sobre Ernest Hemingway (Por Quem os Sinos Dobram)
“Ele nunca sequer pensou em usar uma palavra que pudesse mandar o leitor para um dicionário.”

Boa, Faulkner! Pau nesse jornalista! :ameaça:

Gabriel Cezar disse:
9. Truman Capote sobre Jack Kerouac (On The Road)
“Isso não é escrever. Isso é só datilografar.”

Essa foi a mais "NA CARA!", na minha opinão.

Gabriel Cezar disse:
5. Evelyn Waugh (Memórias de Brideshead) sobre Marcel Proust (Em Busca do Tempo Perdido)
“Estou lendo Proust pela primeira vez. É uma coisa muito pobre. Eu acho que ele tinha algum problema mental.”

Nota: Riscar Evelyn Waugh da lista de leituras. (E "Memórias de Brideshead" parecia tão interessante...)
 
Gigio disse:
:rofl:

Para mim essa lista mostra que não faz mal odiar um pouquinho. Tudo bem odiar a "Divina Comédia" ou "Dom Quixote" ou Dostoievsky, basta não odiá-los todos juntos. Gostar de todos é perigoso também, pode-se acabar virando um crítico. E aí você está morto.

2/3 disso o Nabokov "odiava" :rofl: (entre aspas, pois ele reconhecia a grandeza de Dostoiévski na literatura russa).
 
Gente, o veneno escorreu solto entre esses escritores. E doeu o que disseram da Jane Austen, ainda mais vindo do Mark Twain, outro autor que gosto.

Acho que rola um pouco de inveja nesses comentários, viu! XD
 
Tem também o comentário do Guimarães Rosa sobre Machado de Assis em um diário da Alemanha:

Não pretendo mais lê-lo por vários motivos: acho-o antipático de estilo, cheio de atitudes para ‘embasbacar o indígena’; lança mão de artifícios baratos, querendo forçar a nota da originalidade; anda sempre no mesmo trote pernóstico, o que torna tediosa a leitura. Quanto às idéias, nada mais do que uma desoladora dissecação do egoísmo, e, o que é pior, da mais desprezível forma do egoísmo: o egoísmo dos introvertidos inteligentes. Bem, basta; chega de Machado de Assis.

E o comentário de Lamartine sobre La Fontaine no prefácio às Meditations:

[Quando eu era criança] Me fizeram aprender de cor algumas fábulas de La Fontaine, mas aqueles versos mancos, desarticulados, desiguais, sem simetria no ouvido ou na página, me repeliam. Além disso, essas histórias de animais falantes, que dão lições uns aos outros, que zombam uns dos outros, que são egoístas, zombadores, gananciosos, cruéis, sem amizade, piores do que nós, me enojavam. As fábulas de La Fontaine são sobretudo a filosofia dura, fria e egoísta de um velhote, do que a filosofia amorosa, generosa, ingênua e boa de uma criança: é fel e não leite para os lábios e corações desta idade. Aquele livro me repugnava, e eu não sabia por quê. Depois o soube: é que ele não é bom. Como o livro seria bom? o homem não o era. Parece que lhe chamavam de o bom La Fontaine por escárnio. La Fontaine era um filósofo de muito espírito, mas um filósofo cínico. Que pensar de uma nação que começa a educação de seus filhos pelas lições de um cínico? Este homem, que não conhecia seu filho, que vivia sem família, escrevendo de cabelos brancos histórias obscenas para provocar os sentidos da juventude, que mendigava em dedicatórias aduladoras a esmola dos ricos financistas do tempo para pagar as suas fraquezas; homem de quem Racine, Corneille, Boileau, Fenelon, Bossuet, poetas, escritores, seus contemporâneos, não falam, ou só falam com uma espécie de pena como de uma criança velha, não era nem um sábio, nem um homem inocente. Ele tinha a filosofia da despreocupação e a ingenuidade do egoísmo. Doze versos sonoros, sublimes da Atália me tiravam dos ouvidos todas as cigarras, todos os corvos e raposas desse zoológico infantil. Nasci grave e afetuoso; me era necessária uma língua de acordo com a minha alma. Eu nunca pude, depois, me recuperar da minha antipatia contra as fábulas.
Que feio, Lamartine! :vergonha: Mas no fim, é isso que dá obrigar criança a ler.

Aliás, que feio tudo isso...
 
Lembrei de mais alguns comentários amargos, dessa vez de Nietzsche, em Crepúsculo dos Ídolos:

Sobre George Sand:
- "ou lactea ubertas; em linguagem clara: a vaca leiteira com 'belo estilo'"

Li as primeiras Lettres d'un voyager: como tudo que vem de Rousseau, falsas, infladas, exageradas. Não suporto esse estilo papel de parede multicor; tampouco a ambição plebeia de sentimentos generosos. O pior, sem dúvida, é a coqueteria feminina com traços masculinos, com maneiras de jovens mal-educados. -- Como deve ter sido fria em tudo isso, essa artista intolerável! Ela se dava corda como a um relógio -- e escrevia... Fria como Hugo, como Balzac, como todos os românticos assim que se punham a criar!

Sobre Zola:
- ou a alegria de cheirar mal

Acho que esses comentários são um estímulo para os escritores que estão começando. Nem os "grandes" escapam de críticas.

Para o resto da humanidade que gostaria de idealizar um pouco os "grandes criadores" é triste saber que todos somos humanos, demasiado humanos... Ou, às vezes, mesquinhos, demasiado mesquinhos... ¬¬
 
5. Evelyn Waugh (Memórias de Brideshead) sobre Marcel Proust (Em Busca do Tempo Perdido)
“Estou lendo Proust pela primeira vez. É uma coisa muito pobre. Eu acho que ele tinha algum problema mental.”
:rofl: Rashei aqui, nossa, nunca passou pela minha cabeça que esses autores pensassem assim. Cadê as críticas construtivas? xD Está tudo bem em odiar livros, mas eles deveriam reconhecer a importância de cada autor .-.
 
E a lista não para de aumentar. Agora de Philip Roth sobre Jack Kerouac, achado em entrevista da Época que vi aqui pelo Meia:

Há também Jack Kerouac. Os livros dele têm sido supervalorizados. Ele nunca passou de um narrador banal, um eterno adolescente.

Talvez ele concorde com Truman Capote?
 

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