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Clube de Leitura 23º Livro: A Máquina do Tempo (H.G. Wells)

Já pode comentar, não era só no dia 24? :think:
o fim das contas a divisão ficou ótima, porque essa primeira parte da leitura foi como uma grande introdução, antes de o Viajante do Tempo começar a sua narrativa.
Como a minha edição não tem nomes nos capítulos, eu contei 3 capítulos e os li! Aqui já começou a narrativa da viagem no tempo :?
 
:lol:

A discussão dessa primeira parte já tá liberada desde o dia 18, e vai até o dia 24. A partir de 25, já se amplia a discussão para a segunda parte, e por aí vai.
Beleza! Agora fica a dúvida até que parte posso comentar :mrgreen:
 
bom, vamos lá com a primeira impressão.
Acredito que como o livro foi publico em 1895, o conhecimento científico ainda era bem menor que hoje e o autor acertadamente não entra em detalhes de como irá construir uma máquina do tempo, ele apenas demonstra para uma plateia ainda incrédula que fez uma máquina do tempo e iria provar.
Não houve nada tentando justificar, o que ficou bom por um lado e supérfluo por outro. Mas em todo o caso é ficção e não tem como provar algo pouco provável, ou podemos viajar no tempo?

Para o futuro podemos.
Well fazia uma ficção científica leve. Século XIX. Descoberta e aventura, pela simples descoberta e aventura. Não tinha como não ser leve. A coisa fica mais profunda no conflito social/gastronômico dos morlocks com os elois, do que no processo de viagem no tempo.
Wells foi muito feliz (e um tanto profético) ao bolar os angelicais elois. Só acho que não vai demorar tanto para eles surgirem... eu já tenho visto alguns. A diferença é que os elois de Wells não usavam celular.
 
deveras interessante o pensamento de HG Wells na época ao dizer que a tecnologia iria suprimir/inibir a força física do homem, pois a mesma não seria mais necessária em um futuro com mais tecnologia.
Só que vimos que não foi bem assim que o mundo evoluiu pois antes a galera carregava espada e armadura pra guerra, derrubava a machadada várias árvores, ia pra dentro das minas pra tirar o ferro, etc.. Hoje a turma ainda evolui fisicamente por 2 motivos principais: o esporte profissional que está tomando dimensões físicas nunca antes imaginada e os viciados em academia. Quando era adolescente raro era uma pessoa forte/sarada, hoje quase todo adolescente é bombadinho.
 
A minha edição tem um Prefácio muito interessante escrito por Bráulio Tavares, aqui vou destacar dois trechos que me chamaram a atenção:

1)
F2YwjHZ.png


Eu nunca tinha parado pra pensar que é nesta obra que surge esse conceito de que o tempo é uma 4 ª dimensão! Algo que estamos tão familiarizados hoje em dia, usado em um milhão de obras, cultura pop, etc.

2)
8rncioW.png


Essa parte dialoga com o que o @fcm falou. Eu ri, pois adoro Julio Verne também :lol:
 
Eu acho curioso que assim que a Máquina do Tempo fica pronta, logo ocorre ao Viajante ir para o futuro. Eu provavelmente teria mais curiosidade de ir ao passado, primeiro...
 
Eu acho curioso que assim que a Máquina do Tempo fica pronta, logo ocorre ao Viajante ir para o futuro. Eu provavelmente teria mais curiosidade de ir ao passado, primeiro...
Ah, acho que pra mim a curiosidade pelo futuro ia bater primeiro.

Bem, como falei, eu tô tendo mais dificuldade do que o esperado com o vocabulário, o que tá deixando a minha leitura mais lenta do que o programado (mas também não quero parar e recomeçar em português). Então acho que vou acabar comentando só no final do cronograma mesmo, quando tiver terminado.
 
Me chamou a atenção nessa releitura do quão despreparado o Viajante vai pro futuro, quase vira comida de Morlock um monte de vezes. Mas claro que, se ele tivesse levado uma arma, não haveria aventuras, então tudo bem. :jornal:
Outra justificativa é que talvez ele não quisesse ir tão no futuro assim, pareceu meio atrapalhado ao usar a Máquina. Mas realmente o que me fascina mais nesse livro é justamente isto, o fato de ele ir muito muito muito à frente do seu tempo e que tipo de sociedade poderíamos encontrar. Asimov também faz muito desse exercício mental nos seus livros.
 
Há uma edição de A Máquina do Tempo que tem o prefácio do Borges. Da primeira vez que li esse livro, foi sobre essa edição que me debrucei. Adoro quando o escritor e crítico literário argentino começa citando Oscar Wilde, que definiu Wells como um Julio Verne científico. Logo em seguida, Borges rebate essa fala, dizendo que o Wilde, como de costume, queria causar (é óbvio que ele não usou esse linguajar, eu só estou fazendo bom uso do vocabulário que exercito com meus alunos hahaha). Ele explica:

Verne escreveu para adolescentes; Wells, para todas as idades do homem. Há outra diferença, já denunciada certa vez pelo próprio Wells: as ficções de Verne tratam de coisas prováveis (um barco submarino, um navio mais comprido que os de 1872, o descobrimento do Pólo Sul, a fotografia falante, a travessia da África num balão, as crateras de um vulcão extinto que vão dar ao centro da terra); as de Wells são meras possibilidades (um homem invisível, uma flor que devora um homem, um ovo de cristal que reflete os acontecimentos de Marte), quando não coisas impossíveis: um homem que regressa do porvir com uma flor futura, * um homem que regressa da outra vida com o coração à direita, porque ele foi inteiramente invertido, como num espelho.

Achei importante resgatar as observações do Borges porque o prefácio do Braulio Tavares, que já foi citado no tópico, retoma o espanto do Julio Verne com a forma de escrita do Wells. Aproveito o prefácio do Braulio Tavares para mencionar algo que ele diz quando descreve a máquina do tempo do Wells. Ele diz que ela é: "um mecanismo controlado pelo passageiro, que assim pode se deslocar na direção que quiser, parando onde bem entender, e retornar ao ponto de partida quando for conveniente.".

Acho que, de certa forma, é possível intuir uma noção metalinguística dessa descrição. Enquanto escreve o livro, o escritor comanda a sua própria máquina do tempo. Ele viaja para diversas partes do romance, fazendo com que o enredo tome a direção que ele, como guia, desejar, podendo, quando quiser, retomar ao ponto de partida da história. De algum modo, o leitor, ao entrar em contato com o livro, busca refazer o percurso que o escritor fez.

Eu adoraria reler o livro e participar das discussões sobre ele. Mas, como final de ano letivo é um trem muito louco, não vou me comprometer.

De qualquer modo, passei por aqui para avisar que tem uma turma de pessoas que está lendo Jane Eyre. Na verdade, eu decidi reaparecer na Valinor porque soube que estavam lendo Jane Eyre e, como amo o livro, quis conversar sobre ele com o povo. Se alguém quiser nos acompanhar na leitura, será muito bem-vindo. Não estabelecemos um prazo. Então, não tem problema vocês começarem agora. Apareçam por lá: https://www.valinor.com.br/forum/topico/jane-eyre-charlotte-bronte.122271/page-2
 
Última edição:
Só um comentário de passagem. Esta passagem do Capítulo VII (Uma Comoção Repentina)
But I was too restless to watch long; I am too Occidental for a long vigil. I could work at a problem for years, but to wait inactive for twenty-four hours - that is another matter.
é tão preconceituosa mesmo quanto parece? Ele tá chamando os orientais de preguiçosos? o_O
 
Mais uma ajuda com tradução. Eight Hundred and Two Thousand Seven Hundred and One. o_O Em que diabo de ano ele está?
 
Eight hundred = 800
two thousand = 2000
seven hundred = 700
one = 1

802.701 ?
 
Eight hundred = 800
two thousand = 2000
seven hundred = 700
one = 1

802.701 ?
Porra, depois que você explica eu percebo que tava na cara. :doh: É que não achei que ele tivesse ido tããão longe. Tava achando que ele tinha ido para algum século dos anos 2000 (tipo 2800 e alguma coisa), então essa construção de hundred and thousand and hundred não tava fazendo o menor sentido. :lol:
 
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pois é...
voltando ao livro e a evolução da sociedade, ficou muito legal baseado na época em que ele escreveu e separação ainda maior entre operários e empresários.
Os operários foram se interiorando e virando furões, apenas para colocar as máquinas para funcionar e foram evoluindo e perdendo algumas caracteristicas humanas e virando morcegos sem asas.
Já a raça que seria algo como nobreza/empresários/burguesia vai se definhando e precisando cada vez menos pensar/exercitar virando criaturas dóceis.
No fim o operário terá que comer o patrão pra sobreviver..
 
No fim o operário terá que comer o patrão pra sobreviver..
Bem, tomei spoiler, mas a culpa é do meu atraso. :lol:

Ow, eu tava achando que ele conhecia pelo menos duas épocas diferentes. O livro se passa inteiro nessa?
 
  • Haha
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