Matheus Spier
Usuário
Oi Ricardo!
Li um de seus poemas, e tenho que dizer que gostei muito da abordagem simples e concretista que vc fez do Caos:
"caos
s o b r e
v i v
a o c a o s
l a m a
s a l
s o b r e
v i v
a o c a o s
l a m a
s a l
Ricardo Campos "
Rapaz, se tem um tema legal de trabalhar na literatura é o Caos! Queria citar um trecho de minha peça de teatro que menciona o Caos.
BEDER é o nome do personagem que tem essa fala. A fala faz parte do epílogo da peça, onde tentei criar um diálogo inspirado no Cântico dos Cânticos; a fala de Beder ocorre no momento de crise, que depois termina, enfim, em júbilo.
Seja como for: O Caos é sempre um tema fértil.
Abraços, amigo.
Li um de seus poemas, e tenho que dizer que gostei muito da abordagem simples e concretista que vc fez do Caos:
"caos
s o b r e
v i v
a o c a o s
l a m a
s a l
s o b r e
v i v
a o c a o s
l a m a
s a l
Ricardo Campos "
Rapaz, se tem um tema legal de trabalhar na literatura é o Caos! Queria citar um trecho de minha peça de teatro que menciona o Caos.
BEDER: Que entranhas de todas as estrelas,
Com cólicas frebis, em fogo explodam,
E a luz da congestão, numa avalanche,
Cegue todo o universo!
Que as águas, revoltadas contra a terra,
Continentes devorem e dissolvam
As construções humanas como balas
Em boca de criança;
Que a civilização durma, afogada
Na saliva espumosa do oceano!
Vós, paixões: Feroz bando de chacais,
Devorem a razão,
Pois é frágil e tenra em nossos cérebros!
Corações puros, brandos como a seda,
Em aço cristalizem suas veias;
Retalhem a bondade!
Acorde o Caos do útero em que dorme,
E como um câncer universal coma
A ordem que rege o cosmo ainda viva!
Que o ser torne-se podre!
Com cólicas frebis, em fogo explodam,
E a luz da congestão, numa avalanche,
Cegue todo o universo!
Que as águas, revoltadas contra a terra,
Continentes devorem e dissolvam
As construções humanas como balas
Em boca de criança;
Que a civilização durma, afogada
Na saliva espumosa do oceano!
Vós, paixões: Feroz bando de chacais,
Devorem a razão,
Pois é frágil e tenra em nossos cérebros!
Corações puros, brandos como a seda,
Em aço cristalizem suas veias;
Retalhem a bondade!
Acorde o Caos do útero em que dorme,
E como um câncer universal coma
A ordem que rege o cosmo ainda viva!
Que o ser torne-se podre!
BEDER é o nome do personagem que tem essa fala. A fala faz parte do epílogo da peça, onde tentei criar um diálogo inspirado no Cântico dos Cânticos; a fala de Beder ocorre no momento de crise, que depois termina, enfim, em júbilo.
Seja como for: O Caos é sempre um tema fértil.
Abraços, amigo.