Hárin ficou pasmo com aquela cena. Nenhum som saiu de sua boca, não importa o quão forte ele tentava gritar, nada saia. Um bebê. Mas o que tem de estranho em um bebê? Nada, é apenas uma vida nova, indo em direção à Erebor. Vida nova em Erebor! Será que Hárin foi incodado por forças superiores por causa de um bebê de elfo? Tudo be que os elfos lhe tinham a amizade, mas por quê? Por Eru, por que? Mas espere! Os elfos estavam apressados com a vida nova! Por que? Elfos apreciam vidas novas! Aquilo parecia suspeita à Hárin... Seria uma seita? Não, elfos não fazem isso... Ou fazem? Isso atormenta Hárin.
-Acorda Gamli, temos que partir agora! E não me venha com perguntas, não tenho tempo de explicar nada!
-Por que tão cedo Hárin, meu irmão?
Sem resposta.
Eles partiram na mesma direção dos elfos, mas vagarosos e cuidadosos, como se tivessem segurando 10 pratos em cada mão. Ao longe eles avistam uma clareira e Hárin vê algumas figuras se movimentando lá dentro, ele, para a surpresa do irmão decide se aproximar. Sim, para a surpresa do irmão: Hárin nunca tivera aspirações de herói, agora ele está se aventurando e se arriscando, muito estranho, algo haver com o novo título, Hénlókë, o Olho de Dragão. Estranho...
Quando eles chegaram na clareira apenas o que eles encontram são dois elfos.......................................MORTOS!!!!! Aquilo não era de bom grado à vista nem dos piores anões mais preconceituosos. Os elfos estavam com a garganta cortada e eles estavam amarrados às árvores com os braços cruzados no peito. Um elfo e uma elfa. Talvez os pais do bebê, que agora se encontrava bem no meio da clareira. Sozinho. Como? Mataram os pais mas deixaram o bebê? Hárin ainda não entendia. Mas não queria chegar perto do bebê.
-Vai lá Hárin! Vai deixar o bebê morrer no frio?
-Não quero chegar perto dele. Tenho um estranho pressentimento de caos...
-Largue de tolisses irmão! Saia da frente para que eu busque a criança!
Gamli assim disse empurrando seu irmão e seguindo em direção ao bebê. Ele chega perto e abaixa para ver como está o bebê, e ele acena para o irmão se aproximar com cara de espanto.
Hárin chega perto do bebê com um estranho aperto no coração e seus olhos se enchem de lágrimas, e quando ele olha para o bebê ele sente vontade de correr para longe. Isso mesmo, ele sente vontade de correr e se esconder. Ele vê no rosto do bebê outra peça identica à que ele tem no olho esquerdo, porém no olho direito e com a coloração azul. Medo assola o coração do anão. Ele cai de joelhos e desmaia.
-ACORDEM SEUS MEGEROS!
Hárin acorda com uma voz horrenda em seus ouvidos, e quando olha o ambiente ele percebe estar preso com correntes nos braços e nas pernas, assim como seu irmão. E quando ele olha para a fonte da voz, ele vê um grotesco orc batendo caneca nas grades do "quarto". O orcs lhe lança um olhar de despreso, e Hárin lança um de raiva misturada com nojo em resposta.
(continuem!!!
)