Maglor
Lacho calad! Drego morn!
Swanhild disse:Em primeiro lugar, não acredito que livre-arbítrio tenha a ver com a capacidade de os Encarnados operarem por si mesmos. (...)
Portanto a capacidade de um ser 'subcriado' operar independentemente de outra vontade, como aconteceu por exemplo com os Anões, os Ents e as Águias (e talvez com os Orcs), é algo dado por Ilúvatar quando o ser é 'subcriado'. Eu entendo que livre-arbítrio é mais do que isso: é o direito de um ser, seja Ainu, Filho de Ilúvatar ou 'subcriado', escolher o que fazer *e ter essa escolha respeitada por Ilúvatar*.
Concordo que o Livre-arbítrio não é uma capacidade que determine que algum ser age por si só, pois se fosse assim os Trolls teriam Livre-arbítrio, e não é verdade. Eles são como foram os anões, sub-criações dependentes do Poder que as "moldou". Acontece que os anões foram "adotados" por Ilúvatar e receberam a Chama Imperecível, passaram a ter um espírito. Puderam então escolher a que "caminho" seguir.
Sou levado a crer que isso não aconteceu com as Águias, por exemplo. Elas sempre foram fiéis à Manwë, sempre estiveram do seu lado. São essencialmente e imutavelmente(a não ser que o próprio Eru intervenha) Boas. Imagino que elas não tenham um espírito, não receberam a Chama, sendo apenas servas da vontade de Manwë(como são os orcs imutavelmente "maus").
Mas há menções a anões que se opuseram ao "Bem", e lutaram do lado de Morgoth e Sauron. O fato de possuírem um espírito é o que explica esse fato. Quero dizer que se um fëa ou sua ausência não é fundamental para determinar se alguma criatura age por si ou não, ele o é para determinar se essa criatura se define como "boa" ou "má", se ela é, obrigatoriamente, escrava da vontade de seu "sub-criador".
Dessa forma, do mesmo jeito que Melkor cedeu à sua inveja, os elfos poderiam ser seduzidos por Melkor(ou por seu poder disseminado pela TM)e servi-lo de acoro com sua vontade. E isso não impede que eles tenham seu estino pré-dito.