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Jovens autores brasileiros

Nunca li nada da Thalita, e sinceramente nem quero, nem tanto pela qualidade do que ela escreve, porém mais pelo público-alvo mesmo... mas gosto muito da personalidade dela, animada, pra cima. Numa bienal daqui do Rio ela apareceu por lá, minha mãe estava pertinho dela e tudo e a Thalita estava cobrindo uma repostagem pro video show, hehe... mas, no momento, eu me achava em algum stand longe e não a vi :p
 
same here. ano passado saiu um livro dele e eu quase comprei só por causa desse texto :lol:
Acho que a Liv chegou a resenhar o livro, não? Segundo a resenha, o livro é uma coisa meio que doce de leite com purê de batata e o recheio é calda de chocolate com pimenta. Fiquei morrendo de vontade de conferir. :lol:


"Uma coisa de bom gosto, e eu sei que sou de gosto discutível": um primor. :rofl:
 
Última edição por um moderador:
Não era sobre vampiros?
Aham. O que torna a coisa toda mais divertida. :rofl:

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Fui falar que não sabia que o Eduardo Spohr tinha fã e vejam só o que me aparece. Certeza de que esse aí é o presidente do fã clube do cara.

Depois dessa, vou ali ver se consigo uma monografia para corrigir.
 

Anexos

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Para ajudar os colegas do fórum; assim podemos visualizar as pessoas de quem falamos, já que ninguém conhece mesmo.

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EDUARDO SPOHR


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J. P. CUENCA


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ANTONIO XERXENESKY


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DANIEL GALERA


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RAFAEL DRACCON


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ANDRÉ VIANCO


BÔNUS:
PENSE DUAS VEZES ANTES DE DIZER QUE ELES SÃO FEIOS:
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FABRÍCIO CARPINEJAR



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CAROL BENSIMON



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THALITA REBOUÇAS


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LUISA GEISLER




Estou certo de que faltaram alguns nomes aqui mencionados pelos pessoal; podemos corrigir com o tempo.
 
Última edição por um moderador:
Concordo com o Bruce que a Geisler é gatinha(quer dizer, pelo menos nessa foto, hehe)... Tbm prefiro as mais brancas ^^... E, Lufe, foi impressão minha ou vc escolheu uma foto bem mais zoada do Dracon? Com a sombra parece que ele tá deformado ou sei lá :lol:

E o Carpinejar, coitado, parece que foi cuspido, tadinho :rofl:
 
Aproveitando que o Calibe citou o Carpinejar, o que me dizem da poesia dele?

Acho que o problema da poesia dele é que ela é, em muitos casos, crônica. Se limita a retratar o cotidiano de forma poética, coisa que é vista em especial no Terceira sede. Por exemplo, esse trecho da Terceira Elegia que catei na internet:

Essa sensação de ir descalço, a camisa
cheirando a sol de varal.

Tu, minha mulher, eras corrente e água calma,
as oscilações da palha e trigo.

Teu corpo arvorava nos lábios indecisos ou nos cabelos?
Na encosta da cinta ou nas dunas dos seios?
Quando começavas a te revelar? No desejo apetecido
ou na fome de um filho?
Como definir se a luz deitou as vestes?

Cumprias distâncias em mim.
Madrugando não alcançaria.

Venho de tua lonjura, os braços eram remos
no barco e aço da âncora.
Acostumado à extensão das raízes,
não sobrevivo no vaso dos pés.
Passei a vida aprendendo a respeitar teu espaço. Como povoá-lo
após tua partida?

Vejo essa característica em todos os seus livros. Mesmo o Biografia de uma árvore, que é talvez seu livro mais incomum, possui momentos em que o retrato do cotidiano se completa por si mesmo, é sua própria causa de existir (como no caso do "As lembranças devem doer" do mesmo livro).

O problema desse tipo de poesia é que ela engana. Ela possui uma riqueza metafórica bem grande, o que mostra uma inventividade bem interessante por parte do autor. O primeiro verso mostra bem isso, visto que é uma imagem bem trabalhada se considerarmos que o eu lírico é o Carpinejar em 2045, com 72 anos.

O problema é que essa aparente riqueza imagética ou sensória não deve ser confundida com riqueza metafórica. Esta última nós encontramos com abundância nas elegias rilkeanas, por exemplo. Em Carpinejar, nós temos uma coisa talvez excessiva que lembra muito Pablo Neruda, com a diferença de que Neruda soube, em seus melhores momentos, plasmar essa sensualidade de suas cenas retratadas com o significado que elas exprimem. (De resto, o título Terceira sede faz um paralelo às Residências do Neruda).

Acho que é por isso que o Carpinejar se sai melhor nos poemas curtos:

Um rosto conhecido
usou o desconhecido
do teu rosto.

Os poemas maiores são amontoados de imagens, de sensações que criam um clima que, por mais que seja densamente sentimental, não tem na verdade sentimento nenhum. Poesia não é apenas insuflar poesia nas coisas, mas, antes, encontrar poesia nas coisas.

Outros dois exemplos de poemas curtos do Carpinejar, todos inclusos no As Solas do Sol (o seu melhor) são:

Salmos do fogo – poema 9

O céu esférico,
cinzento.
Aves copiando o traçado
da migração,
o caule da borrasca.

Domingo

As garças capinavam
as águas.

A saliva das aves
movia o motor
do riacho.

O tom aqui já lembra mais o do Ferreira Gullar no A Luta Corporal. Mas a premissa continua a mesma: descrição da realidade sem realidade nenhuma. Natureza-morta, em suma, o que pode se confundir com um haicai, como é o caso do poema:

Solidão a duas vozes – poema 8

Obedecia a rapidez do sangue.
Antes de apodrecer a luz,
engolia a altura da árvore.

A diferença é que o haicai é aquele processo que eu disse de encontrar poesia nas coisas e não de descrever as coisas poeticamente (basta ver que a cosmovisão do haicai implica esse encontro). Para citar um exemplo mais palpável, é só ver o começo do poema Pronúncia:

A palavra é falível
posta em outra boca:
o horizonte deitou

o fuzil dos pássaros.
(...)

E comparar com o começo do poema Rannoh, near Glenckow, de T. S. Eliot:

Here the crow starves, here the patient stag
Breeds for the the rifle. Between the soft moor
and the soft sky, scarcely room
To leap or to soar. (...)

Perceberam a diferença? É uma coisa sutil, talvez percebida apenas por leitores mais velhacos em poesia. Pois, além do fato de que Eliot encontrou poesia nas coisas e não tornou as coisas poéticas, nós podemos perceber que a emoção de Eliot é trabalhada de forma intelectual e não meramente sensória como o Carpinejar. Daí decorre que a riqueza metafórica do Eliot é sobremaneira maior que a do Carpinejar: enquanto neste último a metáfora do fuzil dos pássaros serve apenas para retratar os versos anteriores e, no máximo, dar um colorido ou uma espécie de vida à imagem central do poema da palavra enunciada, em Eliot nós temos uma rica contraposição entre o corvo, que está faminto, e o "stag" que procria para o rifle. Ou seja, uma inversão nas imagens esperadas, um "distúrbio no universo" que cria um clima de desolação que apenas se enriquece com a frase seguinte, onde é-se demonstrado o verdadeiro abandono e o certo cárcere que a natureza impõe ao ser.

E é isso que faz com que a poesia do Eliot seja mais rica que a do Carpinejar: se na do Carpinejar nós podemos, no máximo, relembrar aquilo que um dia sentimos, na de Eliot nós podemos, além disso, vislumbrar o que jamais sentiremos ou soubemos sentir.
 
Última edição:
Acho que a Liv chegou a resenhar o livro, não? Segundo a resenha, o livro é uma coisa meio que doce de leite com purê de batata e o recheio é calda de chocolate com pimenta. Fiquei morrendo de vontade de conferir. :lol:


"Uma coisa de bom gosto, e eu sei que sou de gosto discutível": um primor. :rofl:

O nome é "Garotos Malditos". É uma historinha pra pré-adolescente ler, mas é hilária.

...se bem que eu dou risadas com as Video Cassetadas do Fautão, não confiem no meu julgamento. :jornal:

Edit: Agora que eu vi o post com fotos. Dá onde que o Draccon é bonitinho? Escritor ruim e tem cara torta, esse mundo tinha que ter acabado em dezembro.
 
Última edição por um moderador:
O nome é "Garotos Malditos". É uma historinha pra pré-adolescente ler, mas é hilária.

...se bem que eu dou risadas com as Video Cassetadas do Fautão, não confiem no meu julgamento. :jornal:

Edit: Agora que eu vi o post com fotos. Dá onde que o Draccon é bonitinho? Escritor ruim e tem cara torta, esse mundo tinha que ter acabado em dezembro.

Não, você tá certa mesmo. Acho que vai ser um livro que os (pré)adolescentes vão curtir ler rapidinho (li em duas sentadas, numa livraria). O texto dele off-Granta foi a melhor coisa que essa escolha dos 20 da Granta gerou: fato. (Fora a própria Granta, lógico.)

Um amigo que trabalha numa famosa livraria em São Paulo disse que o Santiago foi a experiência mais brochante da vida dele. Chegou perto dele aquele cara fortão/sarado e perguntou se a livraria tinha o último livro dele... com a voz mais fina do mundo! =P Acho importante, então, levar em consideração na avaliação não só a foto. rs

Finalmente terminei de ler o tópico todo. Depois pegarei as citações direitinho pra entrar MESMO na conversa. Por enquanto, deixo anotado que minha favorita pessoal é a... Carola Saavedra. Vê-la pessoalmente é sempre um colírio para os olhos (e mente, que fique bem claro). ^^
 
E a Cristina Lasaitis? Ninguém falou dela. Eu li as Fábulas do Tempo e da Eternidade e gostei da maioria dos contos. Também comprei um conto dela na Amazon, o Incrível Congresso de Astrobiologia.
 
E a Cristina Lasaitis? Ninguém falou dela. Eu li as Fábulas do Tempo e da Eternidade e gostei da maioria dos contos. Também comprei um conto dela na Amazon, o Incrível Congresso de Astrobiologia.

Não conhecia. Valeu pela dica. :)

Em tempo: que tchutchuca, hein? :lol:
 

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