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Grifos em livros

  • Criador do tópico Angélica
  • Data de Criação
[align=justify]Eu estou começando a riscar os meus de leitura técnica com lápis. De repente, achei meio hipócrita de minha parte rabiscar completamente minhas fotocópias e não os livros. Sei lá...

No final, a parte física do livro não importa tanto e sim o conhecimento que fica (ando preferindo pegar livros em biblioteca ao invés de comprá-los porque livros ocupam muito espaço), mesmo assim não sei se riscaria algo de nível ($) Cosac Naify, estou mais no L&PM Pocket por enquanto.[/align]
 
Eu sempre gostei de grifar, mas passei um tempo sem fazê-lo porque fiquei muito tempo sem comprar livros, só pegando emprestado - tava na neura de salvar uma árvore e tal. Mas quando a neura passou e eu voltei a comprar tb voltei a grifar. Eu adoro! Quando pego nas mãos um livro que já li e grifei sinto uma certa familiaridade com ele. Diferente do que sinto pelos livros sem nenhum grifo. E tb gosto de pegar um livro emprestado que foi grifado por outra pessoa - parece que aquele trecho fala um pouco sobre a pessoa que leu, desvenda um pouco da personalidade dela, do que importa para ela, do que a toca.
E assim, grifo fica sendo para mim, coisa delicada, do coração - eu gosto!!
Kss
 
Tem um trequinho do Decálogo do Leitor (Por Alberto Mussa), com o qual eu concordo quase que inteiramente:

V – Faça do livro um objeto pessoal, um objeto íntimo. Escreva nele; assinale as frases marcantes, as passagens que o emocionam. Também é importante criticar o autor, apontar falhas e inverossimilhanças. Anote telefones e endereços de pessoas proibidas, faça cálculos nas inúteis páginas finais. O livro é o mais interativo dos objetos. Você pode avançar e recuar, folheando, com mais comodidade e rapidez que mexendo em teclados ou cursores de tela. O livro vai com você ao banheiro e à cama. Vai com você de metrô, de ônibus, e de táxi. Vai com você para outros países. Há apenas duas regras básicas: use lápis; e não empreste.

Escrevo nos livros (não chego a anotar telefones e endereços, mas coloco 'risadas' em determinadas passagens e, quando retomo a leitura, anos depois, lembro exatamente o porquê da risada, e é como se eu tivesse voltado no tempo), assinalo as frases marcantes, marco página com o quê estiver perto (se eu estiver na cama lendo, e tiver de sair correndo para atender telefone ou o portão, uso o edredom para marcar a página XD ).

A questão é, não faço isso em todos os meus livros. O meu Rei Lear é todo grifado, cheio de anotações, risadas, emoticons do tipo Oo, xD, ^^, etc. Mas o meu Travessuras da menina má, não é. As anotações referentes a ele eu fiz em uma agenda. E, por mais estranho que possa parecer, eu anotei até o dia em que comecei a leitura (não só a data, o dia da semana também; btw, foi em um sábado) e o dia em que terminei. Agora, eu não consigo estabelecer uma lógica para essas escolhas. Sei que não consigo grifar 'Memórias Póstumas'. Até comprei um, especificamente para isso, há alguns meses, mas não adianta. Não consigo. O mesmo acontece com meus dois exemplares de 'Grande Sertão'. Meus livros do Roberto Drummond ( :amor: ) parecem que nunca foram lidos, de tão bem cuidados que estão. Agora, tudo o quê tenho do Murilo Rubião, está cheio de anotações e grifos (ok, inevitável o trocadilho mitológico, já que estamos falando do Murilo Rubião). O meu 'Nada me faltará' tem anotações em TODAS as páginas.

Uma coisinha, eu empresto livros. Sempre emprestei. Muitos deles nunca mais voltaram, mas nem reclamo. Mas tem uns livros (o Rei Lear é um deles) que de tanta anotação, eu até me sinto meio despida pelas pessoas para as quais o empresto. Sério. Acho que as partes grifadas, as anotações feitas, acabam por serem a expressão de uma subjetividade assustadora.
 
Ah! Eu também tenho usado cadernos para anotar. Às vezes trechos aleatórios, às vezes não.

Tentei usar programas de computador , mas não tem jeito. Tenho que ter o papel. Alguém usa algum? Tentei o OneNote do Windows, que é muito bom por sinal, e o Evernote, que é mais ou menos.
 
[align=justify]Estou a ponto de chutar o balde nessa questão de preservação de livros, mas por enquanto estou andando com um bloquinho e caneta (aquelas ponta fina, acho que é microline, que são laranjas com listas brancas e soltam tinta bagarai) anotando comentários, impressões, pontos de vista, sensações, trechos etc., tanto para melhor lembrar daquilo tudo como também para proporcionar uma melhor discussão aqui no Meia Palavra.

O problema com o qual vou ter que lidar (pois tenho dó de jogar minhas anotações fora) é que terei que desenvolver um método de arquivamento dessas notas. Aquelas são os dispositivos que me permitem lembrar de toda a estrutura do livro, tem que ser preservado de alguma forma.[/align]
 
Estava aqui procurando no Meia sobre anotações em livros (tem mais aqui) para ver se chego a alguma conclusão. Nunca anoto nada, mantenho o livro mais próximo possível da sua inocência original, só de dobrar uma pontinha já me dói... Mas quando leio depoimentos como esse da Valentina, quase mudo de ideia. Não sei, é inegável que muitos detalhes da leitura vão se apagando com o tempo, e aquele "depois eu anoto" costuma ser insidioso, mas ainda sinto como se estivesse corrompendo a obra, deixando pegadas aqui e ali.

A Anica comentou sobre o kindle e como ele facilita as anotações, mas para mim essa nova vida digital dos livros têm outro sentido: vejo mais como uma libertação da forma de papel, como se o digital fosse o padrão incorruptível e cada versão de papel existisse para ser moldada por seu dono. Vamos ver se tomo coragem...
 
Vocês marcam e fazem comentários em livros de literatura?

Olá, vocês costumam sublinhar e/ou escrever em livros de literatura? Em livros técnicos isso é normal, mas em literatura, especialmente para quem ler por prazer, sem ter interesse em fazer estudos da obra, vocês costumam marcar algo?

Em literatura eu realmente não tenho esse costume, especialmente quando leio alguma edição cara, dá "pena" escrever naquele papel da CosacNaify por exemplo

Acho curioso também comprar livro em sebo por conta de comentários do antigo dono, já vi comentários criticando de forma dura o autor e até marcações de erro de tradução xD
 
eu não gosto nem um pouco desses atos... apesar de não recriminar quem o faz...
como já falei por aqui, tenho umas noções muito conservadores para com meus livros:timido:
 
Eu não faço comentários, mas curiosamente adoro quando pego um livro (que não seja de biblioteca) que tenha comentários escritos.
Acho bacana saber o que alguém pensou/sentiu quando chegou numa determinada passagem da história.
 
Não costumo fazer isso não, em livros técnicos até que tenho menos dó. Ultimamente, pela praticidade de não precisar ficar copiando trechos ou colocando um buzilhão de post-its e anotações, estou sublinhando e fazendo comentários nas beiras das páginas sem dó nem piedade. E à caneta!
 

:rofl: Meu eu do passado também teria vergonha e se aviltaria dessa mesma forma que você Diego, mas cheguei a um ponto em que as leituras são tantas que se eu tiver que parar para escrever em um papel separado, perco tempo de que não disponho e gero mais e mais e mais papel, que já não sei mais como arquivar. Faço isso principalmente com livros da pesquisa, porque tenho que anotar citações e dialogar com eles, aí escrevo mesmo. É mais fácil eu pegar o livro e encontrar as citações que sublinhei e anotei do que encontrar o papel e depois lê-lo novamente a procura da bendita passagem.
 
Sim... Não gostava de fazer isso, as vezes reluto, mas ser estudante de Letras mudou tudo. Como uma professora um dia disse "livro sem rabisco, não serve pra nada".
 
Sim... Não gostava de fazer isso, as vezes reluto, mas ser estudante de Letras mudou tudo. Como uma professora um dia disse "livro sem rabisco, não serve pra nada".

E depois de um tempo é engraçado voltar e ler os comentários que você fez e que, muitas vezes, nem se lembrava mais. Apesar de todas as minhas recentes 'liberalidades' quanto à anotação (e até empréstimo, sim, mudei bastante de uns tempo pra cá) procuro não rabiscar doidamente, faço "sublinhos" (nem sei se essa palavra existe) minimamente retos e bonitinhos, e quando vou anotar coisas nas bordas de página, procuro caprichar na letra, ter o mínimo de preocupação estética, digamos assim.
 
eu já comentei por aqui sobre meu esquema de post its, né? eu ainda não consigo riscar. mas confesso que gosto de ver livros riscados pelos outros. qdo pegava livros na biblioteca da faculdade sempre ficava um tempo lendo as notas de outros leitores depois de ler o livro mesmo. :lol:

edit: minha orientadora da graduação (a luci collin :grinlove: ) tinha um esquema muito fofo de sublinhas passagens de livros. eu até tentei fazer igual em um lector in fabula do eco, mas não deu certo. enfim, ela meio que pintava o trecho com lápis de cor. sério, ficava bem legal.
 
Não sigam o conselho de post-its da Anica! O livro ficará mais grosso e mais pesado :rofl:
 
Livros técnicos eu até anoto, sem maiores problemas, até porque nessa área de TIC tem horas que é fundamental isso, mas nos outros eu não consigo, anoto tudo em cadernos separados, o mau é que tem horas que guarado tanta coisa que me perco.
 
Nah, pra mim é um baita sacrilégio escrever em livros de literatura. Em livro técnico eu também não sou disso, apenas sublinho.
 

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