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Meu único problema sempre foi isto aqui.
Se, na análise do projeto, a proposta for considerada de viabilidade comercial, o artista famoso pode ter o projeto recusado, mas a fama não é uma condição prévia para a negativa.
Porque era evidente que certas coisas como show da Claudia Leite, ou Chico Buarque ou whatever têm viabilidade comercial, e mesmo assim eram aprovados com frequência. Maaas se é verdade que

Em fevereiro deste ano, porém, o Tribunal de Contas da União proibiu que eventos culturais com "potencial lucrativo" ou que "possam atrair investimento privado" sejam passíveis de receber recursos da Lei Rouanet.
então pra mim tá de boa. Mas é coisa bem recente, hein ô.

Só que néam, pouco antes disso aprovaram coisas como...........

MinC autoriza Claudia Leitte a captar R$ 356 mil para publicar biografia
17/02/2016 13h52 - Atualizado em 18/02/2016 às 17h07
Seis dias antes que o Tribunal de Contas da União decidisse proibir que recursos incentivados pela Lei Rouanet fossem destinados a projetos culturais com "potencial lucrativo", a cantora Claudia Leitte foi autorizada pelo Ministério da Cultura a captar R$ 356 mil para publicar sua biografia.

Embora não tenha entrado em vigor ainda, a decisão do TCU aprovada em 3 de fevereiro visa fechar o cerco contra projetos que poderiam se bancar, mas usam recursos públicos.

..........................

Então espero que isso hoje em dia não ocorra mais.
 
Interessante. Algumas coisas eu já sabia mas não sou de comentar porque não tinha conhecimento tão aprofundado. E por preguiça de discutir mesmo.

Mas mesmo com as deficiências acaba sendo um incentivo interessante.
 
Economia
Piso do INSS será inferior ao salário mínimo nacional

Medida será submetida ao Congresso na proposta de reforma da Previdência
Paloma Savedra
19/05/2016 22:35:47
Rio - O governo do presidente interino Michel Temer vai reduzir o piso dos benefícios pagos pelo INSS. A medida faz parte das propostas da reforma da Previdência Social e deverá ser implementada com a criação de um salário de referência para as aposentadorias e pensões, desvinculando seus valores do reajuste do salário mínimo. O objetivo é estabelecer uma renda menor para os segurados, reduzindo o rombo da Previdência, que este ano está estimado em R$ 133 bilhões. Atualmente, mais de 21 milhões de segurados do INSS recebem o piso nacional.

A proposta já foi defendida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, logo que assumiu a pasta e também é prevista no projeto ‘Uma ponte para o Futuro’, elaborado pelo Instituto Ulysses Guimarães e que traça diretrizes do governo interino, como medidas da reforma previdenciária, entre elas a criação de uma única idade mínima para a aposentadoria. O documento destaca a necessidade da desindexação dos benefícios do INSS ao reajuste do salário mínimo.

“É indispensável que se elimine a indexação de qualquer benefício ao valor do salário mínimo. O salário mínimo não é um indexador de rendas, mas um instrumento próprio do mercado de trabalho”, diz um trecho do documento, em que se ressalta que “os benefícios previdenciários dependem das finanças públicas e não devem ter ganhos reais atrelados ao crescimento do PIB, apenas a proteção do seu poder de compra”.

A ideia do governo interino é de que essa desvinculação comece a valer a partir do próximo ano e ocorra antes da mudança na fórmula de correção do salário mínimo. Isso, segundo fontes, aliviaria as contas públicas.

Mas o projeto deverá encontrar resistência no Congresso Nacional, que terá de aprovar a medida, e também pelas centrais sindicais e associações representativas dos segurados. Como a Constituição Federal prevê que nenhum benefício pode ser inferior ao salário mínimo (art. 201), a União terá que submeter uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Diretor do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), o advogado Luiz Veríssimo critica a medida, que considera “indigna” para aposentados e pensionistas. “O salário mínimo já não garante para a pessoa um poder de compra satisfatório. Se reduzir mais, corre o risco de comprometer a sobrevivência e dignidade dos brasileiros”.
Fonte: odia.IG.com.br
** Posts duplicados combinados **
O filme foi financiados 13 dias antes do impeachment. (acho que quase 3 milhões)
13 dias é muita sacanagem. 13 :devil:
 
[semi-off] Engraçado ver esse tópico e lembrar que MUITA gente, um ou dois anos atrás, dava risinhos abafados ou viradas de olhos quando deparavam-se com manifestações a favor do impeachment.... Comparando implícita ou explicitamente com defensores de ditadura militar, ridicularizando o posicionamento, colocando-o como um devaneio... Independente de ser contra ou a favor do impeachment, evidentemente essas pessoas erraram em muito o diagnóstico da situação, em medir a temperatura do caldo político, em estimar a situação do país num mero espaço de 1, 2 anos. Mas essas pessoas não dão importância a isso e só mudam o discurso, falando que é golpe, ou que a situação mudou muito de lá pra cá, etc, mas mantendo a mesma estrutura de pensamento.
 
Erraram porque, como você mesmo disse, a situação política era outra. O impeachment começou sim como um devaneio de setores conservadores e alguns liberais opositores do lulopetismo, e de maneira muito tosca e irresponsável. Ele só foi tomando forma e se consolidado como uma alternativa viável quando se apurou não só que haviam crimes de responsabilidades para legitimar o pleito mas também quando as perspectivas de governabilidade se exauriram.
 
Convenhamos que já era claro que as perspectivas de governabilidade, onde também pesa a popularidade da presidente, tinha boas chances de se exaurir... E também era claro que a Dilma estava muito longe de ser um governo impecável a ponto de ser difícil encontrar crimes de responsabilidade. Se não fossem as pedaladas que protagonizassem as acusações, seria outra coisa - o impeachment é sobretudo um julgamento político, o elemento jurídico é secundário: iniciando o clima político, as justificativas jurídicas se seguiriam em um governo tão falho quanto do PT. Claro, talvez não houvesse provas de crime de responsabilidade há dois anos (eu duvido), mas se fôssemos esperar provas desse tipo só para então intuir a existência desses crimes e julgar as manifestações pró-impeachment , então pouco precisaríamos de capacidade analítica para julgar os fatos, as provas saltariam aos olhos e fariam boa parte do trabalho. É muito claro que o "devaneio de conservadores e liberais" foi um gatilho importante para o impeachment, e os mesmos que sofriam "devaneio" há dois anos, protagonizaram a pressão popular pelo impeachment, como o Movimento Brasil Livre. Muito diferente por exemplo do Movimento Passe Livre, que iniciou uma movimentação que tomou vida própria, separada dos líderes do movimento e de suas pautas.
 
Ah sim, o devaneio foi duplo, e se operou em direções contrárias. O devaneio de direita virou realidade, o devaneio da esquerda está muito ligada a certa leitura e análise de conjuntura que se demonstraram idealizações de um cenário que já não existe mais há um bom tempo. As lideranças de esquerda tem uma grande dificuldade até hoje de compreenderem o que se passa no país, uma miopia que beira o autismo muitas vezes.

É como aquela história do Seu Ribeiro, no São Bernardo de Graciliano Ramos, deixamos as pernas debaixo de um caminhão e a cidade inteira passou por cima.
 
Um bom artigo do Bernardo Guimarães sobre o MinC (grifos meus):


Ministério da Cultura: uma oportunidade desperdiçada
Por Bernardo Guimarães

O maior desafio do novo presidente é colocar a economia brasileira nos trilhos. Isso requer ajustar as contas públicas para evitar um crescimento explosivo da dívida.

Esse ajuste é muito complicado em uma recessão, pois a arrecadação de impostos é menor e aumentar impostos nesse momento torna ainda mais difícil a recuperação.

Se o novo governo conseguisse transmitir confiança aos investidores e, assim, atrair investimentos, a tarefa seria menos complicada por dois motivos: esse aumento no investimento e na produção teria um efeito positivo na arrecadação (menos cortes seriam necessários); e o consequente aumento no nível de emprego colaboraria para a popularidade do novo governo e, assim, reduziria a oposição às reformas.

Então, como transmitir confiança?

O governo precisa convencer os agentes econômicos que será capaz de aprovar uma série de medidas econômicas que implicam em gastos públicos menores e/ou impostos maiores. Muita gente vai reclamar.

Portanto, para transmitir confiança, o presidente precisa mostrar que será capaz de suportar pressões de vários grupos e de angariar algum apoio da opinião pública.


A questão do Ministério ou Secretaria da Cultura é pouco relevante. Em princípio, a mudança poderia ser só uma troca de nome. Só que Michel Temer poderia ter usado esse episódio para transmitir confiança.

Usando a terminologia de teoria dos jogos, a chiadeira contra a extinção do Ministério da Cultura deu ao presidente a oportunidade de “sinalizar seu tipo”, ou seja, deu-lhe a chance de mostrar que teria condições de suportar pressões e ditar a agenda.

Por exemplo, me parece que seria fácil para o governo olhar os orçamentos dos ministérios e:

(1) Achar algum motivo pelo qual faria sentido ter o Ministério da Cultura junto com o da Educação. Alguma secretaria ou órgão com função parecida nos dois ministérios, ou alguns programas que poderiam ser combinados, alguma sinergia, qualquer coisa. Qualquer coisa que pudesse ser usada para argumentar que a mudança será benéfica (mesmo que depois alguém pudesse apontar contra argumentos).

(2) Achar algum gasto que pode ser cortado, algum incentivo que pode ser modificado (talvez por algum tempo), alguma coisa que signifique uma economia de recursos e que a maior parte da população seja a favor (claro que alguns vão chiar, é preciso aguentar).

(3) Achar algum gasto que foi cortado, algum programa que não foi executado pela gestão anterior, qualquer coisa que custe menos que o que será cortado (o item 2) e pareça um melhor uso de recursos.

Por exemplo: seria reduzido o incentivo fiscal a grandes empresas (ou bancos!) que financiam eventos direcionados aos mais ricos (com ingressos caros); aumentaria o incentivo fiscal para algum tipo de projeto de arte com entrada franca. No total, o país economizaria um troco.

Os jornais trariam os argumentos dos Ministros ou Secretários com números e exemplos que quase ninguém conhece ou tem acesso (ou paciência para olhar). Até alguém achar os dados, entender o assunto e estruturar um bom contra-argumento, levaria uma semana. Nesse tempo, o assunto já estaria esfriando e o debate ficaria restrito aos mais interessados.

A economia de recursos seria ínfima se comparada ao tamanho do ajuste, mas o governo conseguiria “sinalizar seu tipo”.

À opinião pública, o governo passaria a impressão de saber o que está fazendo e de estar buscando um ajuste fiscal razoável.

Aos mais cínicos (como eu), o governo passaria a impressão de conseguir suportar pressões e de ser capaz de trazer a opinião pública para seu lado. Investidores passariam a acreditar que o governo teria condições de fazer limonadas dos vários limões que ainda serão atirados quando medidas de ajuste forem propostas.

Ao invés disso, temos as piadas sobre o Ministério do Recuo.

A teoria dos jogos nos diz que quem não aproveita a chance para transmitir uma mensagem positiva efetivamente transmite uma mensagem negativa.

A implicação é que os agentes econômicos devem ficar um pouco mais céticos em relação à capacidade desse governo aprovar as medidas de ajuste.
 
É óbvio que uma hora ia ficar na cara (mais do que já estava), mas hoje saiu aquilo que moveu os bastidores da política pelo impeachment, né...

Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato

"Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar a sangria", diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma.
Eu só espero que não metam os pés pelas mãos novamente e cometam alguma ratada processual, que os advogados podem usar lá na frente para anular o processo inteiro.


 
Melhores trechos:

"
JUCÁ - Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer.

MACHADO - Odebrecht vai fazer.

JUCÁ - Seletiva, mas vai fazer."

e

MACHADO - A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado...

JUCÁ - Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura, que não tem a ver com...

MACHADO - Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.

JUCÁ - Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes, senador], [o hoje ministro José] Serra, Aécio [Neves, senador].

MACHADO - Caiu a ficha. Tasso [Jereissati] também caiu?

JUCÁ - Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.

tambem:

MACHADO - É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma...

JUCÁ - Não, esquece. Nenhum político desse tradicional ganha eleição, não.

MACHADO - O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...

JUCÁ - É, a gente viveu tudo.

por fim:

MACHADO - Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.

JUCÁ - Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara... Burocrata da... Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].

É, tá tendo muita luta contra a corrupção mesmo.
 
Curioso não ver nenhum indignado com vazamento de gravações de gente com foro privilegiado :think:
Quando eu falei que espero não haver ratada processual foi nesse sentido. Nesse caso, como nos outros, é fundamental não se flexibilizarem as instituições para se alcançar um ponto.

Nunca vi alguém acreditar que esses caras aí combatem corrupção.
O problema é que muita gente realmente pensou que o impeachment seria profícuo no aspecto de combate à corrupção.
 
No face já tão pedindo a cabeça do Jucá e apoiando o Sérgio Moro. Vamos ver se vão ser tão incisivos como foram com a Dilmãe.
 

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