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Existe maneira certa de jogar RPG?

Concordo plenamente com o Taverneiro e com o Lukaz Drakon ("equilíbrio é subjetivo"), e à essa altura da discussão, acho que já dá pra perceber os diferentes estilos e maneiras de jogar que mencionei no início não é? :mrgreen:

Mutants & Masterminds: os dois jogadores se divertem, pois seus personagens são equivalentes.

Se divertem por que compartilham da "mesma maneira de jogar RPG" que você Sky, que é a maneira de se jogar sugerida por D&D. Mas outra pessoa, que tenha uma outra "maneira de se jogar RPG" pode não necessariamente se divertir da mesma maneira que você, entende?

Diversão é subjetiva.

É tão difícil assim pra vocêes entenderem isso? Entenderem que há maneiras diferentes de se jogar RPG, e que D&D é apenas 1 delas? :think: (caramba já estou ficando chato, de tanto se repetir... )

Pois é. Mas tu há de concordar comigo no seguinte, considerando uma missão padrão para super heróis:

GURPS: ou o jogador do Batman morre e o do Super homem se diverte ou o jogador do Batman não joga porque o jogador do Super homem mata todo mundo num round.

Mas por que o jogo tem que girar em torno de "missão padrão", ou "matar", etc? As capacidades de cada personagem, mesmo que diferentes e desproporcionais, não podem ser exploradas pelo GM?

Por quê não seria legal uma IA de 400 pts interagir com o cenário da forma que quiser, enquanto um operário escravo corporativo de 100 pts mal consegue achar o que comer, se no final das contas os 2 podem interagir com cenário, à suas maneiras particulares, e seus "caminhos" ainda se interceptarem aqui e lá? O que importa se um jogador assumir o papel de um DEUS, enquanto o outro assume o papel de um devoto?

O que importa se um tem poder A e outro tem poder A x A x A ? Se os 2 podem interagir com o cenário, então qual o problema?


- - -

Que tal dissecarmos o D&D? Dessa forma fica mais fácil enxergar a "forma de se jogar RPG" que D&D promove:

D&D promove um estilo de jogo bem Gamista/Joguista, exatamente como um jogo de damas, xadrez, futebol, etc., onde é fundamental que todos os lados participantes comecem com igual poder. Da mesma forma que 2 times de futebol têm 11 jogadores e regras claras a seguir (tudo em prol de uma disputa justa e imparcial), os personagens de D&D, by the book, são orientados a serem construídos com uma quantidade de poder igual.

Daí, para suportar tal premissa, existem mecanismos (Classes e Níveis) que ajudam a controlar a equalização de poder, e a identificar com facilidade o nível de poder de personagens, monstros, etc. para poder compará-los.

Em um ambiente como este, tão joguístico, óbviamente o Equilíbrio é um fator importantíssimo. Mas quando saímos de um ambiente como este, e à maneira de se jogar que o mesmo promove... o quê acontece? :hanhan:

(fica aí a sugestão da gente tentar dissecar os sistemas e as "maneiras" de jogar sugeridas por estes! D&D, GURPS, Vampire, Castle Falkenstein, Paranóia, Ars Mágica, etc, etc, etc... )
 
Última edição:
Não é só D&D que presa equilibrio de ficha, Armitage. A maioria dos jogadores, das mesas em geral que vi presa o equilibrio entre os personagens. Geralmente ninguém quer ficar atrás que ninguém. Não que seja sempre sim, vc mesmo é exemplo disso, mas é algo bem comum. Mesmo em Gurps é recomendado personagens nivelados. Vc tem liberdade de se divertir como quer, isso é em qualquer sistema.

Vivemos em um mundo capitalista e competidor, e por maios que nós não nos demos conta disso ou nem bola demos, em geral isso acaba refletindo, em parte, no comportamento das pessoas, em por consequencia, nas mesas de jogos. EM GERAL (não que seja sempre!!!), as pessoas não gostam de ficar atrás de outras, seja no dinheiro, seja no poder, ou seja no RPG. NÃO É REGRA, MAS É BEM COMUM.

Tem gente que não se importa com poder de ficha, essas coisas, mas algumas vezes pode ser frustante quando vc nota a diferença de poder entre vc e o outro jogador.


Posso estar viajando, mas vejo essas coisas em mesas de jogos.
 
Eu acho essa questão de equilibrio é justo para evitar situações que os players não fiquem em situações que eles não tenham nada a fazer do sentar e chorar. Na mesa de Mago que eu jogo o mestre acabou criando um situação muito desequilibrada, nós estavamos no escondereijo de um Desaurido com arete mais ou menos 5 ou 6 ( a minha personagem sentiu pois ela tem Primordio) e o NPC principal da historia resolveu a aparecer ( ele é um arquimago com arete 6), então não sobrou muita opção do que fazer... Não temos como usar magia pois o lugar está cheio de Paradoxo... Isso é muito chato.:disgusti:

Por isso um pouco de equilibrio nunca atrapalha.
 
Mas por que o jogo tem que girar em torno de "missão padrão", ou "matar", etc? As capacidades de cada personagem, mesmo que diferentes e desproporcionais, não podem ser exploradas pelo GM?

Eu não tô dizendo que devemos nos ater às missões padrão. Mas pra se iniciar um debate, primeiro começamos com os pontos básicos e gerais para depois pros específicos....

Por quê não seria legal uma IA de 400 pts interagir com o cenário da forma que quiser, enquanto um operário escravo corporativo de 100 pts mal consegue achar o que comer, se no final das contas os 2 podem interagir com cenário, à suas maneiras particulares, e seus "caminhos" ainda se interceptarem aqui e lá? O que importa se um jogador assumir o papel de um DEUS, enquanto o outro assume o papel de um devoto?

O que importa se um tem poder A e outro tem poder A x A x A ? Se os 2 podem interagir com o cenário, então qual o problema?

Se tu for mestrar em separado pra cada um deles, nenhum problema. Agora, se eles formarem um grupo complica, tendo em vista a disparidade de poderes entre eles...

Pra um deus os feitos mortais são patéticos e desajeitados, enquanto pra um mortal os feitos dos deuses são grandiosos e inalcançáveis.

E sobre o mongolão e a IA: qual seria a graça do jogador do mongolão se qualquer idéia/sugestão que ele dê a IA (que é beeeeeeeem superior) terá uma idéia melhor?

Que tal dissecarmos o D&D? Dessa forma fica mais fácil enxergar a "forma de se jogar RPG" que D&D promove:

D&D promove um estilo de jogo bem Gamista/Joguista, exatamente como um jogo de damas, xadrez, futebol, etc., onde é fundamental que todos os lados participantes comecem com igual poder. Da mesma forma que 2 times de futebol têm 11 jogadores e regras claras a seguir (tudo em prol de uma disputa justa e imparcial), os personagens de D&D, by the book, são orientados a serem construídos com uma quantidade de poder igual.

Daí, para suportar tal premissa, existem mecanismos (Classes e Níveis) que ajudam a controlar a equalização de poder, e a identificar com facilidade o nível de poder de personagens, monstros, etc. para poder compará-los.

Ai, ai.. eu amo D&D :grinlove:

Em um ambiente como este, tão joguístico, óbviamente o Equilíbrio é um fator importantíssimo. Mas quando saímos de um ambiente como este, e à maneira de se jogar que o mesmo promove... o quê acontece? :hanhan:

O tédio! (desculpa, não resisti! :lol:)
 
Última edição:
A maioria dos jogadores, das mesas em geral que vi presa o equilibrio entre os personagens. Geralmente ninguém quer ficar atrás que ninguém.
E aquele papo dos jogos de RPG serem cooperativos acaba sendo esquecidos por muitos jogadores. Não vou ser hipócrita, todo mundo gosta de evoluir de alguma maneira seu personagem e maioria remete ao aumento de poder. Óbvio. Você pode centrar sua campanha de supers em personagens assim. Por outro lado existem outras formas de poder e isso traz mais variedade de possibilidades.

Mas o pessoal esquece que estamos aqui para contar histórias como as dos quadrinhos. Dêem uma olhada nas revistas da Liga, vez o outra um personagem estará mais envolvido com o final do que os outros, por diversos motivos. Na minha opinião, o mesmo deve acontecer na mesa de SUpers.

Mas a situação apontada é ligeiramente atipica (mas nao menos interessante). Um ser humano normal, mas com habilidades excepcionais ao lado de um Kriptoniano. Dizer que é defeito de um sistema torna-los tão diferentes é o fim da picada. Mais uma vez cabe ao mestre superar isso, e ele encontra as mesmas dificuldades dos roteiristas de quadrinhos, quando se junta personagens tão diferentes.

Deve-se ter em mente que a mera presença do super-homem em uma partida (mesmo como NPC) já é algo a ser levado em conta com mais cuidado. Quando se propõe algo assim espera-se que as aventuras não sejam somente "missão padrão".

Se o sistema não equilibra personagens assim isso não é bom nem ruim, é a verdade dentro do universo ficcional.
 
Ola a todos, estava lendo e tenho q me intrometer :)

O que você não percebe Sky, é que: EQUILÍBRIO não é mandatório à prática de RPG. Ele pode ser um fator importante, dependendo dos gostos do grupo, e definitivamente é um paradigma importantíssimo para D&D (aliás, todo o modelo comportamental de D&D gira em torno de equilíbrio... por isso as classes e níveis). Mas de jeito nenhum é mandatório à pratica do hobbie.

Aliás é essa mesma preocupação por equilíbrio que têm os jogos de vídeo-game, e é disso mesmo que o autor do tópico quer se afastar - a lógica de vídeo-game, que permeia D&D.

Vc esta baseando toda sua argumentação numa premissa falsa e incompleta.
O equilibrio eh mandatorio a pratica de rpg sim. Não se engane, RPG acima de tudo eh um jogo e nunca vai deixar de ser apenas um jogo, e assim como qualquer outro jogo, precisa ter equilibro, assim como regras. Vc pode abdicar de um desses dois por questoes de gosto, mas o q vc vai chamar de rpg nao vai ser nada alem de uma brincadeira de faz-de-conta, ou teatrinho, mas nao um jogo, nao RPG. http://en.wiktionary.org/wiki/game jogo=regras

Se vc joga rpg sem equilibro entre os jogadores e entre personagens/historia, vc vai estar apenas brincando de contar historia em volta da mesa. E não se engane, todo os escritores de rpg sao acima de tudo criadores de jogos, e mesmo eles nao admitindo, criam seus jogos tendo como pedra fundamental o equilibrio nas regras e no modo como o jogo é jogado.

E pra q o equilibro nos jogos, principalmente no rpg? pq equilibrio eh uma constante existente na vida real, simples, a arte, ou jogo, imita a vida, ou pelo menos a parte mais divertida dela. A medida q ficamos melhores no q fazemos, buscamos ou nos deparamos com desafios maiores. Se isso nao acontece ficamos estagnados. No rpg isso acotence por parte do mestre, e tbm por parte dos personagens q buscam esses desafios. E é exatamente esta sensação e busca pelo desafio q o RPG busca recriar. O RPG é basicamente um jogo de desafios, pode ser lutar contra um monstro, desvendar um misterio, fugir da casa mal assombrada, conquistar o coração da princesa, etc. Sao inumeras as possibilidades e por isso sao inumeros os tipos de rpg, porem todos tem algo em comum, sao jogos de desafios. Sem o equilibrio, nao existe desafio, e o jogo vira apenas um grupo de pessoas contando historias em volta da mesa...

Claro, o rpg nao eh um jogo de equilibrio e desafio todo o tempo, existem momentos e momentos na sessao, mas sem equilibrio nao ha desafio, e sem desafio nao ha rpg.

Pra responder a pergunta do tópico, existe sim um jeito certo de jogar rpg, é o jeito em q todos q estão jogando mais se divertem.
Mas isso todo mundo sabe.
A hasbro tbm. A dona da WOTC eh uma das maiores companhias de brinquedos do mundo. Esse pessoal não brinca em serviço e não dá ponto sem nó. Eles estão se lixando pras nossas filosofias de rpg. Eles querem o q vende mais, e o que vende mais é o q agrada o publico maior.
Após estensivas pesquisas de opiniao, durante anos, eles chegaram a conclusao de q a maioria absoluta dos jogadores de rpg do mundo, nao apenas D&D, mas todos os jogos, se divertiam muito mais quando existia equilibrio e equiparaçao entre os personagens dos jogadores e os entre os personagens e os desafios da historia, sendo assim todos podiam igualmente contribuir para a historia, etc.
Sendo assim, já que o modo certo de jogar eh onde todos se divertem, estatisticamente isso se torna realidade nos jogos onde o equilibro está presente, na maioria esmagadora dos casos.
Claro, vc pode se considerar uma exceção, mas a exceção confirma a regra ;)
 
Última edição por um moderador:
O equilibrio eh mandatorio a pratica de rpg sim. Não se engane, RPG acima de tudo eh um jogo e nunca vai deixar de ser apenas um jogo, e assim como qualquer outro jogo, precisa ter equilibro, assim como regras.
O equilibrio de um jogo de RPG vai depender do estilo de jogo a que ele se propõe. Um jogo estilo D&D é essencial que se tenha equilibrio: todas os desafios estão amarrados ao nivel dos personagens. Mas existem outros jogos cuja proposta é idferente, por um motivo o outro. No lado oposto temos os RPG Freeform como FUDGE, FATE e Castle Falkenstein, onde a premissa é focar no conteudo do cenário, na ambientação... enfim no "clima" do universo de jogo.

Se vc joga rpg sem equilibro entre os jogadores e entre personagens/historia, vc vai estar apenas brincando de contar historia em volta da mesa.
e oq vc faz qdo joga RPG? As regras estão lá para ajudar a contar um história. Sua preferencia de jogo pode estar voltada para o D20, mas dizer que outros estilos não são RPG é forçar a amizade.

O RPG é basicamente um jogo de desafios, pode ser lutar contra um monstro, desvendar um misterio, fugir da casa mal assombrada, conquistar o coração da princesa, etc.
Concordo, em partes. Se fosse só desafios e nada mais não haveriam tantos titulos com tantos focos diferentes. Se pra voce RPG é um jogo de desafio tudo bem, mas fique sabendo que nem por isso o equilibrio é fundamental em todos os estilos. Ele é importante, mas certos jogos abrem precedentes em prol da criação de história. Vc está tendo uma visão unilateral da coisa. Não consegue entender como jogar sem aquele equilibrio preciso do D&D, d20 ou coisa assim. Eu jogo nos dois estilos e me divirto da mesma forma, embora tenha preferencia para algo menos gamístico eu ainda respeito quem joga nesse estilo.

A hasbro tbm. A dona da WOTC eh uma das maiores companhias de brinquedos do mundo. Esse pessoal não brinca em serviço e não dá ponto sem nó. Eles estão se lixando pras nossas filosofias de rpg. Eles querem o q vende mais, e o que vende mais é o q agrada o publico maior.
Após estensivas pesquisas de opiniao, durante anos, eles chegaram a conclusao de q a maioria absoluta dos jogadores de rpg do mundo, nao apenas D&D, mas todos os jogos, se divertiam muito mais quando existia equilibrio e equiparaçao entre os personagens dos jogadores e os entre os personagens e os desafios da historia, sendo assim todos podiam igualmente contribuir para a historia, etc.
Nunca duvidei da competencia da TSR, WOTC, ou da Hasbro. A prova máxima é a supremacia do D&D nas vendas desde sua criação, há mais de 30 anos. Mas e daí? Tantos titulos diferentes lançados ganharam destaques dentro do restrito cenário do RPG, mesmo sendo restrito esses jogos merecem crédito por isso.

Discutir se um estilo de jogo é majoritário ou não pelo publico em geral não exclui a possibilidade de outras formas menos convencionais. Se isso é um sucesso mercadológico ou não isso seria outra discussão, para um tópico do tipo: "É viável lançar no mercado um RPG narrativista nos dias de hoje?".Somos jogadores, não game designers, todos jogamos de maneira diferente e é isso que estamos discutindo. Dizer que um estilo de jogo é errado por não ser a maioria beira a estupidez...
 
Última edição:
Não tive tempo de ler tudo que foi escrito, mas em boa parte concordo com o Armitage. O jogo não precisa ser equilibrado, desde que estajamos falando das regras!

Acredito que não depende das regras para uma partida ser ou não equilibrada. Consequentemente não importa de dal RPG estamos falando. Acredito que dependa sim das opções que o cenário permite e do bom senso do mestre.

Usando alguns exemplos que vi lá pra trás...

Não vejo problema nenhum em um grupo de 1º nivel ter que derrotar um Tarrasque. Se o mestre tiver uma boa explicação para isso tudo bem... mas é claro que se forem peitar o bichão, vão morrer quantas vezes tentarem... ai entra o bom senso, a criatividade e as opções que o cenário oferece. Eles poderiam procurar um personagem épico para ajuda-los ou bolar uma super-ultra-mega-armadilha que derrotaria o monstro ou qualquer coisa assim...

Um grupo épico numa dungeon de kobolds e orcs? Que tal transformar essa dungeon num labirinto extremamente complexo ?? Assim tanto faz se tem monstros ou não, tanto faz o nível dos personagens, o que importa é a esperteza e atenção dos jogadores!!!

Um neofito nas complexas tramas da capela Tremere de Viena?? Eu faria exatamente isso com um amigo meu. Ele adora ter personagens que só dependam da astúcia dele. E tenho certeza de que ele bolaria situações, agiria de forma a usar esse "desequilibrio" a seu favor e fazendo com que seu personagem evoluisse mais rápido. Ele corre risco de dar com os burros n'agua ?? Sim, mas ele é completamente consciente disto !!

Veja, não jogo com regras já faz uns 6 ou 7 anos... sempre que jogamos, só usamos um par-ou-impar para definir se a espadada foi bem sucedida ou bloqueada. O resto, dano, onde acertou, etc... baseamos na lógica e no bom senso.

O Equilibrio é sim necessário. Mas não no quesito regras, níveis e gerações e sim no bom senso e discernimento. Com isso, e bastante criatividade, podemos "sair" de qualquer situação e detalhe se divertindo pacas!!! (Imagine um grupo de 1º nível conseguir derrotar um tarrasque ?? Os jogadores vão se gabar pro resto da vida!!!!:lol: )
 
Sou obrigado a descordar pelo simples fato de que minha experiencia de jogo nesse sentido não mostrou nada disso do que voce falou.

Falando dessa maneira, vc faz parecer que aventuras são "fases" de videogame e que cada uma irá depender EXCLUSIVAMENTE da habilidade de um ou outro personagem, alternando. Não é beeem assim. As histórias podem involver varios fatores simultaneos ou ainda uma mesma situação que permita multiplas soluções. E é isso que eu faço, cada um pode resolver uma cena da história de acordo com os seus poderes e suas limitações. Assim o desequilibrio não transparece tanto quando o mestre oferece coisas interessantes além de socar inimigos (embora isso tbm faça parte da diversão e tbm possivel de ser aplicado, cada um com um oponente de seu nivel de poder).

A questão não é apenas socar os inimigos. Sempre vai existir alguma situação em que um personagem vai brilhar mais que o outro, não importa o que esteja acontecendo. Isso é até bom para a história, faz com que cada jogador se sinte como o protagonista.

Mas eu acho que quando os jogadores querem coisas muito diferentes de um jogo e fazem personagens muito diferentes, você inevitavelmente vai ter situações em que somente uns jogadores se divertem enquanto que o resto fica só "olhando" eles jogarem. Acho que, de todas as coisas que podem acontecer durante uma seção, nada é mais chato que sentir que você não tem como influenciar na história enquanto os outros jogadores conseguem. Isso é extremamente frustrante e já vi grupo acabarem por causa disso.

Post Gigante do RPGISTA

Concordo com muito do que você falou.

Só que continuo defendendo a teoria de que o equilíbrio é necessário sim, mas que ele não vem necessariamente das regras e da capacidade de cada personagem em "bater em orcs".

Pra mim, equilíbrio existe sempre que todos os personagens tem iguais capacidades de influenciar na história. Se isso acontece porque o sistema de regras é tão perfeito que todos os personagens juntos formam uma máquina assassina em que cada peça é importante ou acontece porque o mestre colocou eles numa situação em que, interpretando, todos conseguem fazer alguma coisa, é irrelevante. O que importa é que existe o equilíbrio.
 
Eu entendi o seu ponto de vista, Barlach. Eu apenas discordei que nem sempre um sistema equilibrado vai ser garantia de sucesso, tão pouco um sistema dito "desequilibrado" vai me impedir de colocar o Batman e o Superhomem numa mesma aventura.

O equilibrio pode ser sistemático por meio das regras, mas em casos adversos (como o apresentado) um pouco de habilidade em construir uma história bem amarrada permite vôos muito mais altos, pelo menos na minha experiência.

Nunca vou permitir que algum jogador com um personagem mais fraco fique de espectador em uma cena, sempre vai ter um papel pra ele desempenhar. Mas tudo isso é planejado antes por mim antes da aventura começar. É o preço que se paga por permitir personagens tão adversos e diferentes em termos de poder. Aliás, independente da diferença enorme de poder, qualquer aventura deve prever as capacidades individuais de cada personagem e colocar todas essas oportunidades nas cenas da história.

Óbvio que tudo redondinho poupa uma série de trabalho para o Mestre. Mas para mim, consigo também tirar proveito das diferenças, e na minha opinião é um desperdicio de tempo tentar ficar deixando tudo encaixadinho (no bom sentido) dentro da linguagem de um sistema equilibrado. Eu não ligo pra isso e muita gente tbm não, talvez pelo simples fato de que um semi-deus caminhando ao lado de um mortal É SIM DESEQUILIBRADO e se alguem resolveu fazer esse tipo de coisa, existe um propósito, do contrário o mestre deveria permitir apenas personagens do memso nivel de poder.
 
Última edição:
Sim, mas não acho que seja somente uma questão de dar mais trabalho para o mestre. Acho que não funciona mesmo. Pelo menos é o que eu tenho como experiência.

Acaba que você alterna momentos pra cada personagens ao invés de ter momentos em que todos participam frequentemente.
 
Sim, mas não acho que seja somente uma questão de dar mais trabalho para o mestre. Acho que não funciona mesmo. Pelo menos é o que eu tenho como experiência.
Uma pena, mas como eu disse minha experiencia é outra... então temos empate técnico e provavelmente não vamos sair do lugar desse jeito XD
 
Vamos lá..

1)

Vc esta baseando toda sua argumentação numa premissa falsa e incompleta.
O equilibrio eh mandatorio a pratica de rpg sim. Não se engane, RPG acima de tudo eh um jogo e nunca vai deixar de ser apenas um jogo, e assim como qualquer outro jogo, precisa ter equilibro, assim como regras. Vc pode abdicar de um desses dois por questoes de gosto, mas o q vc vai chamar de rpg nao vai ser nada alem de uma brincadeira de faz-de-conta, ou teatrinho, mas nao um jogo, nao RPG

UÉ? Mas quem disse que as brincadeiras de faz-de-conta não são jogos??? 8-O

Quando numa brincadeira de polícia e ladrão um personagem dá um tiro no outro, esse outro não tem que sair do jogo? Em outras palavras, DENTRO DAS REGRAS DO "POLÍCIA E LADRÃO", O PERSONAGEM ASSUMIDO PELA CRIANÇA QUE LEVOU O TIRO NÃO TEM QUE SAIR ????? (isso dava até briga na minha infância... ).

Acredite, a linha que separa a "brincadeira de faz-de-conta" do RPG pode ser mais tênue do que você imagina.... pode até nem existir. :mrgreen: Afinal, o RPG É uma brincadeira de faz de conta, só que sistematizada, estruturada, e com regras explícitas para uma ambientação bem definida e delimitada. :roll: (nós adultos não podemos falar que estamos brincando de "faz-de-conta", por isso falamos que jogamos "RPG" - um rótulo menos infantil para "faz-de-conta" :mrgreen: ).

- - -

2)

Sendo assim, já que o modo certo de jogar eh onde todos se divertem, estatisticamente isso se torna realidade nos jogos onde o equilibro está presente, na maioria esmagadora dos casos.

O fato de HASBRO, WotC, White Wolf, etc. dominarem o mercado, não significa que o(s) estilo(s) de jogo(s) que elas criam delimite de forma o significado de RPG. Ou seja, D&D não é "o jeito certo de se jogar RPG", só porque é estatísticamente mais popular - é apenas mais uma implementação desse amplo hobbie. Nenhum jogo específico pode ser considerado "o jeito certo de se jgoar RPG".

(Se fosse assim, ou seja, se o significado de alguma coisa fosse determinado pela implementação "estatísticamente mais popular" da mesma, então o significado de música era Banda Kalypso, o significado de livro era Código da Vinci, e o significado de filme era XUXA e os duendes... :lol: )

- - -

3)

Gente, até a importância das Regras também está sujeita às preferencias do grupo. Tem gente que dá uma importância imensa às regras, enquanto tem gente que vê regras como um mero apoio à narrativa - quanto mais simples, melhor.

Alguem ousa dizer que uma pessoa não esteja jogando RPG, só por que decide tudo no "par-ou-ímpar"??? 8-O (como nosso colega Gennari, acima)
 
Última edição:
Não vejo problema nenhum em um grupo de 1º nivel ter que derrotar um Tarrasque. Se o mestre tiver uma boa explicação para isso tudo bem... mas é claro que se forem peitar o bichão, vão morrer quantas vezes tentarem... ai entra o bom senso, a criatividade e as opções que o cenário oferece. Eles poderiam procurar um personagem épico para ajuda-los ou bolar uma super-ultra-mega-armadilha que derrotaria o monstro ou qualquer coisa assim...

Um grupo épico numa dungeon de kobolds e orcs? Que tal transformar essa dungeon num labirinto extremamente complexo ?? Assim tanto faz se tem monstros ou não, tanto faz o nível dos personagens, o que importa é a esperteza e atenção dos jogadores!!!

Um neofito nas complexas tramas da capela Tremere de Viena?? Eu faria exatamente isso com um amigo meu. Ele adora ter personagens que só dependam da astúcia dele. E tenho certeza de que ele bolaria situações, agiria de forma a usar esse "desequilibrio" a seu favor e fazendo com que seu personagem evoluisse mais rápido. Ele corre risco de dar com os burros n'agua ?? Sim, mas ele é completamente consciente disto !!

Cara, tu entendeu tudo errado. O problema não é um grupo de nível 1 peitar o tarrasque. O problema é um grupo de nível 20 com um jogador de nível 1 peitar o tarrasque. O problema não é um grupo épico numa dungeon de kobolds e orcs. O problema é um grupo low level e um jogador épico nesse local. O problema não é o desafio em si, mas a disparidade de capacidades entre os jogadores.

Alguem ousa dizer que uma pessoa não esteja jogando RPG, só por que decide tudo no "par-ou-ímpar"??? 8-O (como nosso colega Gennari, acima)

Cara, o exemplo do par ou ímpar é perfeito pra tese do equilíbrio. Imagina a seguinte situação: duas pessoas vão disputar um par ou ímpar. Uma delas pode só colocar 1, enquanto a outra pode colocar 0, 1, 2, 3, 4 ou 5. Aí acontece o desequilíbrio, pois a possibilidade da segunda ganhar é infinitamente maior que a primeira :wink:
 
Cara, tu entendeu tudo errado. O problema não é um grupo de nível 1 peitar o tarrasque. O problema é um grupo de nível 20 com um jogador de nível 1 peitar o tarrasque. O problema não é um grupo épico numa dungeon de kobolds e orcs. O problema é um grupo low level e um jogador épico nesse local. O problema não é o desafio em si, mas a disparidade de capacidades entre os jogadores.
Problema pra VOCÊ, e quem mais compartilhar de seus gostos. Porém, há quem não veja problema nenhum nisso, entende? E o que essas pessoas jogam é tão RPG quanto o que você joga. :roll:

Cara, o exemplo do par ou ímpar é perfeito pra tese do equilíbrio. Imagina a seguinte situação: duas pessoas vão disputar um par ou ímpar. Uma delas pode só colocar 1, enquanto a outra pode colocar 0, 1, 2, 3, 4 ou 5. Aí acontece o desequilíbrio, pois a possibilidade da segunda ganhar é infinitamente maior que a primeira
Sky, essa tua elaboração mais uma vez deixa transparecer sua visão competitiva de RPG (influência de um jogo que gira em torno de competição... D&D). Abra sua mente rapaz! Existem maneiras infinitas de se jogar RPG - competitivas, cooperativas, sem-sistemas, sem-GM, com vários GMs, etc, etc, etc, etc! A imaginação é o limite!

E o que o Gennari quis dizer é que sistema pra ele é "par-ou-ímpar" e pronto. E não importa se um jogador assume o papél de "Thor todo-poderoso deus do Trovão", e o outro assume o papel do boçal-que-baba-pelo-canto-da-boca - É a criatividade do grupo e o bom senso do mestre que irão definir como eles interagem com a história e cenário, e consequentemente o quanto se divertem. Mesmo o boçal-que-baba poderá interagir com a história tanto quanto o Deus-todo-poderoso.

Não estou dizendo que "Regras" e "Equilíbrio" não podem ser importantes. Apenas estou dizendo que podem, ou não, vir a ser - é a maneira de jogar particular de cada grupo que definirá o quão importantes estes e outros fatores serão.

Gente, fazendo questão de contradizer o colega RPGista - RPG é sim "faz-de-conta". Essa é a essência do RPG, assumir um alter-ego e se divertir com amigos num mundo de imaginação, criando historias fictícias - isso é RPG, o resto* é opcional. Acho que esse tópico já deu o que tinha que dar, mas ajudou por mostrar que existem N maneiras de jogar RPG, e que "maneira certa" de jogar... cada um tem a sua.


*equilíbrio, realismo, lógica, verossimilhança, evolução, classes, níveis, etc, etc, etc.


Abraço a todos!
 
Última edição por um moderador:
Armitage, já falei que regras não tem nada a ver com equilíbrio. O equilíbrio vai existir sempre que todos os jogadores forem capazes de influenciar na história.

Uma das coisas que eu considero fundamentais num RPG, um dos conceitos mais básicos, é que os jogadores tem que necessariamente ser os protagonistas da história. Você pode falar de competitivismo e tal, mas não acredito que seja possível uma pessoa se divertir num jogo de RPG só olhando o resto jogar pra aparecer por alguns segundos, fazer uma ação irrelevante, e sumir de novo. Não tem como falar que algumas pessoas gostam disso, porque não gostam. Todo mundo quer participar, e ficar só olhando é horrível pra qualquer jogador de RPG.

É como se um jogador fosse o Michael Corleone, outro o Tom Hagen e outro a babá dos filhos do Paulie, que só aparece 15 segundos no filme. E por mais que o narrador crie todo um side plot com a babá, o que vai acontecer é que o jogo vai ficar um tempão centrado nos dois protagonistas enquanto o outro jogador só assiste, até que o mestre vai parar a história pra mestrar por alguns minutos só pra babá, pra depois voltar pro resto. Isso é extremamente frustrante, ficar sentado na mesa vendo o resto jogar. Por isso é preciso ter equilíbrio.

Não tem nada a ver com regras ou combate. Tem a ver com a capacidade de influenciar a história.
 
E eu acho engraçado o Armitage citar o D&D como jogo de competição... o que é totalmente equivocado, já que no D&D existe um nível altíssimo de cooperação... é só analisarmos os conceitos mais básicos do jogo: o guerreiro bate, o clérigo cura, o ladrão abre porta e desarma armadilhas e o mago lança magias!
 
Armitage, eu entendo oq vc quer dizer, mas vc tem que admitir, que em geral, os jogadores gostam de equilibrio. Nada impede de um jogador se divertir jogando com um porquinho da índia enquanto o resto joga com a Liga da Justiça, tem gente que é assim, tudo bem. Já vi jogador que jogou de CAMA (sim, aquele objeto que vc usa par deitar e dormir) e se divertiu.... mas loucuras a parte (no caso da cama), é beeeem comum que as pessaos gostem de algo mais equilibrado.
 

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