Bem, trata-se também de uma interpretação sobre a "ambição" em sí, ao que parece, temos instintivamente inculcada a noção de que ambicionar algo é mal, e de que a ambição é um mal, mas penso que a ambição em sí não seja má, nada mais além de desejar algo, para o bem e para o mal, digamos, a raiz de uma causa ambicionada pode surgir em prol de determinado interesse, as paixões humanas a nível geral, são ambições, a sede de poder mesmo, também não deve ser encarada já a primeira vista taxaticvamente como algo ruim, intrinsicamente ruim, não, de facto, a ambição pode levar a boas coisas, o problema é quando a mabição se descontrola, ou toma o controle do indivíduo, legando-lhe a supressão de sua própia moralidade, e assim suprimindo-lhe por escala em cadeia linear seus julgamentos de cunho moral, é como uma droga que turva os sentidos, gera apenas o desejo da obtenção, mas remove as aptidões de manipular um poder ou um conhecimento, tornando um indivíduo qualquer em um potencial barril de pólvora, a arma engatilhada, que pelo poder que dá a seu utilizador, anula os efeitos da consciência, eu não diria que a ambição e o poder corrompem, apenas poderiam ser então encarados como corruptores em potencial, mas com um misto de potencialidades benéficas, algo que oferece uma solução para uma crise existencial, ou um meio para um fim almejado, mas também pode vir a tornar-se o fim em sí, e aí reside o perigo da "queda"... Relativamente, claro...