de novo, o problema da educação: eu JAMAIS levaria o arthur ao cinema em uma sessão normal (aqui em curitiba tem o cine materna, que é desenvolvido justamente para as mães levarem seus bebês ao cinema, mas aí é uma sessão só de mamães e bebês). assim como eu JAMAIS levarei o arthur ao cinema em uma sessão em inglês enquanto ele ainda não souber ler e acompanhar as legendas por si só - pq pqp, como já me irritei com gente lendo legenda para os filhos. o que me deixa com a dúvida: essas pessoas NUNCA se irritaram com essas situações no cinema? quem conversa nunca teve o filme estragado por um sem noção que ficava batendo papo na cadeira ao lado? o mesmo para o cara do celular, o babaca do pézão na cadeira da frente, o casal que fica se chupando com gente ao lado, etc. não sei, eu fico realmente em dúvida se eu sou muito chata e me estresso demais, porque não é possível você ir ao cinema e se comportar de uma maneira que te irritaria.
mas na real, eu acho que todos os problemas no cinema tem a mesma raiz: a da pessoa que acha que porque pagou ela decide quais são os limites de suas liberdades. é um óbvio desaprender a viver em sociedade. é o eu primeiro, os outros que se adequem a mim.
Poxa, ana, tá difícil eu comentar nesse tópico...
Você rouba o que eu ia dizer e até o que eu não ia dizer, mas deveria
Agora, esse negocio de cine materna é muito chique, acho que não tem essas coisas aqui em são paulo
As vezes me pergunto a mesma coisa, se as pessoas que fazem determinadas coisas nunca passaram por elas...
Vou sair do cinema aqui e citar algo até(creio eu) mais danoso, que é o bullying...
Um amigo meu vive zoando os outros e tal e(pelo menos hoje em dia) não liga de ser zoado...
Eu comentei que, como fui muito zoado a vida inteira na escola, eu evitava zoar a pessoa até conhecer um pouco mais ou ter certeza que a pessoa não se importaria, porque sabia como era ruim me sentir mal com uma zoeira e não ser respeitado... Ao que ele me responde: "Eu fui muito zoado na escola, então eu zoava de volta e zoo mesmo, não to nem ai".
É um ciclo vicioso... Alguém fez comigo, logo ganhei o direito de fazer com alguém. Não importa que não é a mesma pessoa, ja que fizeram comigo, eu faço...
Sinceramente, eu tenho dificuldades de entender esse processo mental, ja que ele nunca fez parte de mim...
Sempre evitei fazer com os outros o que não queria que fizessem comigo e principalmente o que ja tinham feito e eu não tinha gostado, mas parece que algumas pessoas só conseguem "equilibrar a balança" passando o desrespeito a frente...
Como um batata quente que, contanto que não queime a mão da pessoa, tá ótimo...
Então, temos essas pessoas como esse amigo meu, que servem de roteador de sofrimento/desrespeito e aceleram a deterioração da boa convivência, mas temos também as pessoas totalmente sem noção, que tem dificuldade em perceber que estão desrespeitando e que estão fazendo algo que elas mesmas não gostariam que fizessem com elas...
Agora um exemplo especifico não me vem a mente, mas ja lidei com pessoas assim. Com elas, só precisei mostrar de forma simples e, assim que elas se tocaram o que estavam fazendo, ficaram até envergonhadas e mudaram...
Elas não eram realmente mal-educadas ou egoístas, apenas extremamente sem noção.
creio que o ponto principal em tudo isso e que a ana e a arringa ja disseram é que, se a pessoa pode ser uma dessas sem noção, porque trata-la como as outras que realmente se consideram acima dos outros pra fazer o que querem?
E, mesmo que seja uma dessas egoístas, porque descer no nivel delas?
Não é melhor nos mantermos civilizados?
por exemplo, quando vou pegar um ônibus/metro/etc, as pessoas se empurram, apertam e tudo isso...
Eu apenas procuro manter meu passo, sem permitir que a massa me empurre em cima da pessoa da frente, mas não vou usar as mesmas "táticas" deles, pois as considero incivilizadas(desculpa ai se alguém aqui faz uso delas
)... posso perder o trem da vez por isso? Posso. Mas prefiro isso a tomar atitudes que não considero civilizadas... Creio que a idéia que a ana e a arringa estão defendendo é essa.