[F*U*S*A*|KåMµ§]
Who will define me?
A questão é a origem do desconforto. E a origem não é o "Shh", a origem é o que causou o "Shh".Mas este não é o ponto. Concordo com a Arringa, com a Ana, com Gandhi, com Tolstoy que inspirou Gandhi, esse negócio de barraco é furada. Acho muito chato quem fica de "Shhh" no cinema. Chamar a atenção é OK, mas o climão que fica depois de uma discussão, ofensa ou barraco distrai muito mais do que a origem do problema em si.
Mas quem gosta de cinema de verdade (e não de "ir ao cinema") sabe que qualquer filme precisa ser assistido no cinema pra atingir sua plenitude como arte.Quem tem os sentidos muito sensíveis ou é chato com cinema deveria ligar o modo autista e assistir o filme trancado no seu quarto escuro com o fone de ouvido. Não falo como afronta, eu mesmo faço isto. xD
A não ser que você tenha uma tela de 100'' em casa com hometheater e sala com blackout total. Aí tudo bem.
E são essas pessoas que acabam sendo expulsas do cinema, enquanto que permanecem os que estão lá não pelo cinema, mas pelo programa. Que poderiam estar num parque, na praça de alimentação, etc, que não faria diferença.
Aí que me pega.O maior problema mesmo são os malas, trolls etc. Aí concordo que alguma atitude tem que ser tomada ("a man's gotta do what a man's gotta do"), mas ainda assim com respeito e educação, mesmo que você não receba de volta. A educação dos outros não é nossa responsabilidade, a nossa própria educação é.
Enfim, se a gente quer um mundo melhor e mais bem educado, precisamos encontrar soluções melhores e mais bem educadas.
Você comenta que a nossa responsabilidade somos nós mesmos, mas encontrar soluções mais bem educadas pra tratar com quem não é educado é transferência de responsabilidade. Eu tenho que ficar encontrando soluções para os problemas dos outros. É quase uma forma diferente de dizer que "os incomodados que se mudem", talvez um "os incomodados que se adaptem".
Isso eu passei a adotar uma frase que um professor meu usava cada vez que um aluno chegava atrasado.O que eu tentei dizer é que certos comportamentos podem ser desculpáveis por uma razão ou outra que pode estar além do domínio da pessoa. Isto vai depender da consciência, da educação etc, quaisquer condições mitigantes da culpa da pessoa. Mas disse isto enfatizando que por não sabermos porque tal pessoa age daquela maneira, devemos ter educação sempre. Não disse que deveríamos tolerar qualquer coisa.
Ocupado, todo somos. Problemas, todos temos. Se um consegue ser educado e respeitador, todos tem que conseguir também.
Se ele tem problemas e eu tenho que deixá-lo fazer o que quer porcausa disso. Eu com os meus problemas também me veria no direito. E aí a bola de neve fica sem fim.