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Conversas e celulares no cinema

E, mesmo que seja uma dessas egoístas, porque descer no nivel delas?
Não é melhor nos mantermos civilizados?
por exemplo, quando vou pegar um ônibus/metro/etc, as pessoas se empurram, apertam e tudo isso...
Eu apenas procuro manter meu passo, sem permitir que a massa me empurre em cima da pessoa da frente, mas não vou usar as mesmas "táticas" deles, pois as considero incivilizadas(desculpa ai se alguém aqui faz uso delas :P)... posso perder o trem da vez por isso? Posso. Mas prefiro isso a tomar atitudes que não considero civilizadas... Creio que a idéia que a ana e a arringa estão defendendo é essa.
Essa questão que eu mudei de uns anos pra cá.
Na teoria é lindo, na prática "proteger" quem é assim desrespeitoso/mal-educado de graça só faz com que esse tipo de pessoa se multiplique mais e mais. Chegando na situação que somos hoje em que muitos não sabem mesmo viver em sociedade e vivem pisando na cabeça dos outros.

É uma posição que passei a ter um pouco também com o pessoal dos direitos humanos.
Com essa briga ferrenha de direitos humanos contra quem fez merda (presos), hoje em dia quem está na prisão recebe bolsa-prisão que é mais dinheiro do que um trabalhador honesto recebe. Sendo que o trabalhador honesto tem que pegar essa grana dele para alimentar a própria boca além da boca dos familiares, o dinheiro do bolsa-prisão alimenta só os familiares pois para a boca do prisioneiro quem paga sou eu.
E pior, aí o cara sai da prisão e toma o lugar desse trabalhador honesto porque tem leis de garantia de trabalho para ex-presidiarios, ou porque a empresa tem vantagens fiscais se contratar ex-presidiarios, e coisas similares.

Por essas que eu parei. Quem faz merda, que saiba que tenha consequencias a arcar. Senão esses sempre sairão por cima e a sociedade só vai definhando.
 
Na teoria é lindo, na prática "proteger" quem é assim desrespeitoso/mal-educado de graça só faz com que esse tipo de pessoa se multiplique mais e mais.
Na minha opinião a questão está dependendo justamente disso, saber diferenciar o que dá certo em teoria com o que dá certo na prática. Viver em uma utopia é sempre melhor.

E o melhor é eu não entrar mais nesse tópico, to me segurando pra não fazer uma analogia com o homem aranha. ><
 
olha, a respeito desse assunto eu tenho a seguinte opinião: quer descer ao nível do cara desça, mas tenha capacidade e culhão para aguentar o retruco. Até porque não tem como prever qual será a reação da pessoa mal educada ao ser interpelada. já ouviram falar de pessoas que matam no trânsito? Uma delas pode ser aquele idiota que está falando alto ao teu lado.

E existem pessoas no cinema que são pagas para resolverem esse tipo de situação. Se a alguém resolve reagir antes de esgotar todas as formas civilizadas de resolver o assunto ou chamar alguém do cinema que esteja também pronto a aguentar as consequências.
 
Novamente o problema é a prática.
Pra fazer tudo isso você vai perder no mínimo 15 minutos do filme.
Aí o gerente chega e o cara baderneiro perde 30 segundos de filme antes de falar um "desculpa, não farei de novo".
Eu não consigo enxergar a justiça aí. Eu que sei respeitar os outros e sei me não fazer merda fiquei com filme cortado. O outro que só se toca quando alguém fala vai sair do filme com tudo em cima.

Se é pra incluir utopia total, então o cara deveria também oferecer comprar uma nova sessão pra mim em um horário conveniente.
Aí tudo bem.
 
É um ciclo vicioso... Alguém fez comigo, logo ganhei o direito de fazer com alguém. Não importa que não é a mesma pessoa, ja que fizeram comigo, eu faço...
E então voltamos a Lei de Talião? "Olho por olho, dente por dente"? Acho ridículo para nossa época!

Por favor, pensamento pequeno esse, "se fazem comigo posso fazer com os outros".
Eu não vou fazer, mesmo que façam comigo, porque se eu não gostei pra mim, fazer para os outros por quê? Gosto em ser ruim? Gosto em ser inconveniente? Ser o tipo de pessoa que só é feliz quando pagou na mesma moeda?

Há casos e casos, mas Ana esclareceu perfeitamente, esgotar antes os meios CIVILIZADOS, e depois, nem por isso partir para a ignorância, mas sim um meio um pouco mais direto e que faça a pessoa perceber o que está fazendo. Óbvio que vai ser perda para os dois, porque o filme vai estar passando, todos perdendo por conta de um idiota que não sabe se comportar feito gente... Mas é sempre melhor não partir pra ignorância, vai que o tal idiota é meio psicopata, como disse o Amon? Vai saber, hoje em dia a coisa ta tensa... Leva na educação e se não der, chama um responsável pra tirar o enxerido.


mas na real, eu acho que todos os problemas no cinema tem a mesma raiz: a da pessoa que acha que porque pagou ela decide quais são os limites de suas liberdades. é um óbvio desaprender a viver em sociedade. é o eu primeiro, os outros que se adequem a mim.

Eu acho que falta a muitos lembrar de se colocar no lugar dos outros, quem está ali vendo...

Fala sério, o babaca que fica se agarrando no lado, falando, conversando, fazendo barulho, devia pensar em quem está ali para assistir o filme, que o espaço é de todos e não seu, que não é seu quarto ou um Motel.

Já passei por situação de ir com meu irmão pequeno no cinema e ter um casalzinho atrás se agarrando sérioooo... Tchê, fiquei com vergonha do meu irmãozinho estar Vendo/Ouvindo aquilo... Fala sério, era um desenho animado, Mega Mente, ele queria assistir e eu acompanhei, mas fiquei com muito nojo do casalzinho e fui obrigada a falar com eles.

Eu falei umas duas vezes, pararam por um tempo, mas depois continuaram e mais alto, então levantei e fui falar com o responsável, ele veio falou...Quase meio do filme e de novo... Daí o responsável já estava na porta, esperando pra ver como ia ficar, ele veio e tirou os dois.
Eu já tinha avisado e além do mais, cara, eram em suma, maioria de crianças no cinema, elas ficarem ouvindo os dois se agarrarem?
Babaquice, idiotas mesmo!
Falta lembrar que no mundo se vive em comunidade, e não só EU. =/
 
olha, a respeito desse assunto eu tenho a seguinte opinião: quer descer ao nível do cara desça, mas tenha capacidade e culhão para aguentar o retruco. Até porque não tem como prever qual será a reação da pessoa mal educada ao ser interpelada. já ouviram falar de pessoas que matam no trânsito? Uma delas pode ser aquele idiota que está falando alto ao teu lado.

E existem pessoas no cinema que são pagas para resolverem esse tipo de situação. Se a alguém resolve reagir antes de esgotar todas as formas civilizadas de resolver o assunto ou chamar alguém do cinema que esteja também pronto a aguentar as consequências.
Se for pra ficar com medo da reação das pessoas, aí é complicado. Pq o cara armado pode dar tiro no gerente do cinema que vier educadamente retirá-lo do cinema. Pode dar tiro em mim por ter reclamado com o gerente e por aí vai.
 
Juntando partes do que todo mundo já disse, existem diferentes "temas" a se considerar e que estão sendo misturados no meio da discussão:

Ser educado e gentil com todo mundo é uma escolha pessoal, por razões pessoais o indivíduo pode escolher ter uma vida como Gandhi, e seguir a filosofia de Jesus de oferecer a outra face, essa é uma escolha que todo mundo faz, como irá levar a sua vida, como irá tratar o próximo, e normalmente essa escolha depende das experiências pessoais, o que ela já viu na vida, pelo que já passou, o que já teve que enfrentar, e na hora de discutir ninguém vai simplesmente aceitar um ponto de vista diferente, porque estes pontos de vista tem as suas bases, e ninguém acredita estar errado, nunca. Porém, muito mais fácil do que debater escolhas pessoais é debater sobre os resultados que podemos ou não conseguir através de comportamentos específicos, o impacto que tal comportamento terá na sociedade e coisas do tipo.

Educação pode ser considerado algo relativo se formos pegar a motivação pessoal, o indivíduo, uma pessoa pode falar palavrões em um momento inapropriado sem no entanto se tocar que está faltando com o respeito com alguém, e agir da mesma forma em outro lugar e ninguém se insultar, neste caso educação depende do ambiente e não exatamente das ações. Já de forma absoluta, educação pode ser simplesmente um sinônimo de respeito. Ser grosso, mal educado ou faltar com o respeito é uma atitude desagradável que costuma afastar as pessoas, não é algo que podemos definir como errado, não é crime e nem pecado. É o caso do cara que liga alguma música horrível no seu celular dentro do ônibus, aquilo é muito chato, muito mesmo, e irrita bastante, mas não sendo proibido, não é errado, é uma falta de educação, falta de respeito. Já em uma sala de cinema, todos ali, sem exceção, são responsáveis por desligar o celular, não sujar o local e manter o silêncio, normalmente antes de começar o filme sempre passam um videozinho com tais regras, as regras existem e quem não as cumpre não está apenas faltando com o respeito com todas as pessoas a sua volta, está também agindo de forma errada, está apresentando um comportamento que precisa ser corrigido, e esse é o foco do problema, como corrigir tal comportamento?
Como qualquer outro problema, ele precisa ser resolvido da melhor maneira possível, isso não quer dizer que devemos sempre ser civilizados, nem sempre selvagens, nem sempre grosseiros, nem sempre nada, devemos apenas resolver da melhor maneira, e quem decide qual é a melhor maneira é a própria pessoa que estiver tomando uma atitude, e isso retorna ao começo, nas razões pessoais, pois será ele, o indivíduo, que decidirá com base na sua filosofia de vida e experiência qual a melhor atitude a se tomar naquele exato momento. Mas não importa o que seja, ou de qual forma seja, ele estará corrigindo o problema, não se juntando a quem está agindo de forma errada.

Boa ou má influência parece ser algo que está sendo supervalorizado nessa divergência de opiniões, como o exemplo do "gentileza gera gentileza" ou até mesmo "educação gera educação", o perigo está em, na hora de tomar alguma atitude, escolher a solução utópica para o problema, ou seja, aquela solução que na verdade não é uma solução. Como eu já disse antes, a realidade é que tudo depende da pessoa ser ou não reciproca, e este fato não é para ser entendido de forma errada, não é para pular de extremo em extremo, a afirmação "gentileza gera gentileza" ser falsa não nos obriga a agir de forma não civilizada, pelo contrário, isso nos ensina a sermos mais justos com as situações específicas pelas quais nos deparamos, nos ensina a pensar em qual será a melhor forma de abordar aquela pessoa que está incomodando todo mundo, ou descumprindo alguma norma. Óbvio que a melhor forma de ensinar é sermos o exemplo, mas isso também não será eficiente em todas as situações, talvez essa seja a parte mais não entendida até agora: ter a compreensão de que uma determinada atitude não será eficaz em uma determinada situação não é o mesmo que ser contra tal atitude em todas as situações, ou que a melhor atitude para uma situação específica deva ser usada em todos os casos, o discurso é justamente para que a nossa influência na pessoa seja direcionada o melhor possível para aquela específica pessoa, e não que ajamos sempre no automático com soluções padrões.

Isso nos leva ao discernimento, muitos dos exemplos citados aqui foram citados como sendo a mesma coisa, mas não são, o texto da água é um belo texto que aborda o problema do stress em sociedade, onde muitas vezes pensamos só nas nossas vontades sem prestar atenção nos problemas dos outros, e o texto é ótimo para sermos mais educados e a pensar mais no próximo, mas isso não tem nada a ver com entender quem não age de acordo com as regras, não que seja impossível aplicar o mesmo pensamento com assaltantes e políticos corruptos, todo mundo sempre tem os seus motivos para fazer algo de errado, só que nenhum entendimento torna tais atitudes corretas. Saber diferenciar uma família folgada de um casal com um bebê é o primeiro passo para saber como agir de uma forma específica em situações específicas.

Educação, influência e discernimento são os pontos que eu acredito serem os principais para que haja algum entendimento final; sendo capaz de discernir situações de situações, pessoas de pessoas, após entender qual o tipo de influência que nós podemos exercer no próximo, e a diferença entre não respeitar outras pessoas e não respeitar regras, aí então poderemos debater sobre o impacto de nossas ações dentro da sociedade, e não nossas filosofias pessoais, que acabam servindo mais para a nossa imagem do que para a solução do problema, porque todo mundo que se exalta em certos momentos sabe que pode ser visto como um mal educado, mas isso não o impede de agir contra o que está errado. E apenas para enfatizar, ninguém está defendendo a prática do "olho por olho, dente por dente" (apesar de ser sim uma medida extremamente justa), muito menos que seja errado procurar alguém do cinema para resolver os problemas, só que na vida real a melhor atitude a se tomar pode não ser a mais bonita, enfatizo o 'pode'.
Antes de confundir o que é falta de educação com o que é uma atitude errada é bom refletir sobre a questão pessoal, viver filosofias diferentes não é ser idiota, reagir de uma forma diferente não é ser um animal, ninguém é obrigado a seguir o pensamento de uma única pessoa, nós precisamos ser nós mesmos e agir de acordo com a nossa consciência, viver em sociedade é seguir regras, não julgamentos de terceiros.
 
Mas é sempre melhor não partir pra ignorância, vai que o tal idiota é meio psicopata, como disse o Amon?
eu não sei se eu fui chamado de idiota psicopata, mas o que eu quis dizer com o meu post é que eu estava disposto a ser grosseiro, mas nunca fui, pois nunca precisei :lol:

mesmo sobre o caso dos bebês. como a ana falou: se vc quer MUITO ir ver o filme, deixe teu filho com a tua mãe, com a tua irmã, com o teu tio, com a tua vizinha, com o teu sobrinho, etc. se vc é anti-social o suficiente pra n ter ninguém de confiança, pague alguém pra cuidar do teu filho por 1 tarde. se vc é anti-social o suficiente, e não tem grana suficiente pra pagar 1 tarde de uma babá, então vc não pode ver o filme. simples assim. nada justifica um bebê no cinema.

@siker
então, não acho válido comparar gandhi com passividade. se tem uma coisa que ele não foi, essa coisa é passivo. ele foi pacífico, e isso é completamente diferente. brilhantemente atacou o governo britânico "no coração", mas sem usar violência física.

já jesus, seja lá o que ele disse, já foi tão distorcido ao longo da história, que prefiro n comentar.

@tópico
concordo totalmente com o Ecthelion. Aquela paranóia urbana de "o cara vai sacar uma arma e me matar" não justifica passividade compulsiva. mas não vejo mal em quem pensa o contrário, as coisas realmente estão meio tensas hoje em dia (na verdade, sempre estiveram).
 
Não quis comparar com passividade, até porque todo mundo que comentou parece ter demonstrado que faria 'algo', mesmo que de forma bem pacífica, por isso citei ele.
 
PHP:
Se for pra ficar com medo da reação das pessoas, aí é complicado. Pq o cara armado pode dar tiro no gerente do cinema que vier educadamente retirá-lo do cinema. Pode dar tiro em mim por ter reclamado com o gerente e por aí vai.

Ninguém falou em medo. Eu disse que quem está disposto a aumentar o bate boca tem também de estar ciente de todas as complicações que podem ocorrer, inclusive a necessidade de sair no braço se sobrar, por exemplo, um "elogio" para a mãe ou a mulher. O negócio do tiro foi um exagero. A não ser que seja um psicopata como aquele que saiu atirando em todo mundo no cinema há alguns anos acho que dificilmente alguém vai levar uma arma para o cinema.
 
PHP:

Ninguém falou em medo. Eu disse que quem está disposto a aumentar o bate boca tem também de estar ciente de todas as complicações que podem ocorrer, inclusive a necessidade de sair no braço se sobrar, por exemplo, um "elogio" para a mãe ou a mulher. O negócio do tiro foi um exagero. A não ser que seja um psicopata como aquele que saiu atirando em todo mundo no cinema há alguns anos acho que dificilmente alguém vai levar uma arma para o cinema.
Se alguém deixar de fazer algo pq não tem como prever qual será a reação da pessoa mal-educada interpelada, isso é medo. E vc que citou a questão de morte no trânsito num tópico de cinema.

Mas se eu te contar a quantidade de pessoas que andam armadas em shopping (e portanto, em cinemas de shopping) vc não vai nem acreditar.

No mais, é mais ou menos como o Amon disse aqui embaixo.
Aquela paranóia urbana de "o cara vai sacar uma arma e me matar" não justifica passividade compulsiva.
 
PHP:

Ninguém falou em medo. Eu disse que quem está disposto a aumentar o bate boca tem também de estar ciente de todas as complicações que podem ocorrer, inclusive a necessidade de sair no braço se sobrar, por exemplo, um "elogio" para a mãe ou a mulher. O negócio do tiro foi um exagero. A não ser que seja um psicopata como aquele que saiu atirando em todo mundo no cinema há alguns anos acho que dificilmente alguém vai levar uma arma para o cinema.

Mas aí você confunde os objetivos.
A disposição não é a de "aumentar o bate boca", é justamente fazer o outro se tocar e calar a boca.
Ele tomar isso como ponto pra discutir, só torna-o mais e mais errado. Porque além de mal-educado ele ainda não é humilde suficiente pra perceber que tava errado, que nem criança que fica emburradinha quando leva bronca na frente dos amiguinhos.


De qualquer forma, o ponto pra mim é que pessoas desse tipo não podem sair por cima. Por mais que na teoria possa parecer lindo a questão de ser um exemplo pra sociedade, esse tipo de pessoa tá poco se lixando pro seu exemplo, e vão se proliferando. Você acha que está fazendo um bem social, mas tá é alimentando a continuidade dessas aberrações comportamentais.
 
"gentileza gera gentileza" não é uma máxima
Concordo. Já vivi várias instâncias nas quais amor não gerou amor. *olha pro chão* :sad:

Mas este não é o ponto. Concordo com a Arringa, com a Ana, com Gandhi, com Tolstoy que inspirou Gandhi, esse negócio de barraco é furada. Acho muito chato quem fica de "Shhh" no cinema. Chamar a atenção é OK, mas o climão que fica depois de uma discussão, ofensa ou barraco distrai muito mais do que a origem do problema em si. Além de que como sou paranóico, sempre acho que alguma das pessoas envolvidas pode ser um psicopata armado, então se discutem perto de mim... Sabe cachorro quando pára e levanta as orelhas? Dependendo da coisa dá vontade de sair, ou então fico calculando logo a rota de fuga, pontos estratégicos pra jogar minha companhia no chão e tomar cobertura etc. :P

Olhem aí as histórias. Na que a Arringa contou, eu também acho que levar um bebê pro cinema foi sacanagem, mas teria sido muito pior se alguém tivesse mandando a mãe... fazer qualquer coisa. No final teve até o pedido de desculpas, a conversinha simpática, o senso de união de toda a nossa raça humana, até aqueceu meu coração.
Na outra história aí das velhinhas, outra sacanagem, aliás, também é difícil fazer alguma coisa. Por um lado, está certa a pessoa que reclamar, mas por outro... Eu tenho uma mãe que já é idosa e quatro tias solteironas que aliás moram as quatro juntas. Elas tem uma existência miserável. Discutir isto melhor não é o objetivo do tópico, mas o ponto é que elas não tem vida social, e tem uma vida tão monótona que quando encontram alguém pra conversar, não tem nem algum assunto interessante. As velhinhas se encontrarem pra ver um filme deve ser muito mais pelo social mesmo, pra todas saírem juntas num programa divertido, verem ali o Mastroianni, uma pode moralizar a vontade, a outra pode rir a vontade, mesmo sem graça. É bom para elas. Eu tenho amigos jovens que gostam de se divertir assim durante filmes. Nós que somos pessoas jovens e com um futuro de oportunidades vamos tirar isto delas? E a ideia vale para todo mundo: como saber se a "falta de educação" ou "excesso de alegria irritante" dessas pessoas não pode ser algo que deveríamos tolerar por respeito ou bondade? Antes de ser mal educado, é bom pensar que a pessoa com quem a gente está lidando pode ser um deprimido, um anti-social, um carente, um cara que veio da roça... No caso das velhinhas, é um grande Catch22 em todos os sentidos. Neste caso específico o melhor era deixar pra lá mesmo.

Ouvi num nerdcast os caras comentando que é uma experiência muito mais divertida ver por exemplo desses filmes de ação de roteiro bobo em cinemas onde a galera anima e agita e bate palma etc. Acho perfeitamente normal isto, apesar de nunca ter participado. Claro que varia de acordo com o filme e a situação. Mas joselitos devem ser alertados com educação ainda assim, eles também estão ali apenas para se divertir, mesmo que de uma forma diferente da sua.

Quem tem os sentidos muito sensíveis ou é chato com cinema deveria ligar o modo autista e assistir o filme trancado no seu quarto escuro com o fone de ouvido. Não falo como afronta, eu mesmo faço isto. xD

O maior problema mesmo são os malas, trolls etc. Aí concordo que alguma atitude tem que ser tomada ("a man's gotta do what a man's gotta do"), mas ainda assim com respeito e educação, mesmo que você não receba de volta. A educação dos outros não é nossa responsabilidade, a nossa própria educação é.

Enfim, se a gente quer um mundo melhor e mais bem educado, precisamos encontrar soluções melhores e mais bem educadas.
 
Tudo isso volta no ponto do discernimento que eu tinha falado, aprender a tomar a melhor decisão para a situação específica em vez de paralisado pelas dúvidas.
 
Uma coisa que ninguém comentou é que aquele cara que está te incomodando lá nas cadeiras de baixo pode não fazer a menor diferença para quem está assistindo lá nas primeiras fileiras de cima, por exemplo. E iniciar uma discussão com ele pode sim incomodar o cinema todo, no caso de virar um bate-boca ou pancadaria. Nessas horas eu pediria a expulsão dos dois.
 
Uma coisa que ninguém comentou é que aquele cara que está te incomodando lá nas cadeiras de baixo pode não fazer a menor diferença para quem está assistindo lá nas primeiras fileiras de cima, por exemplo. E iniciar uma discussão com ele pode sim incomodar o cinema todo, no caso de virar um bate-boca ou pancadaria. Nessas horas eu pediria a expulsão dos dois.
Sendo possível "pedir a expulsão" acredito que nenhuma discussão se iniciaria, o primeiro cara a incomodar seria expulso e fim da história.
 
Ih, já passei por tanto stress por causa disso. Meu namorado é do tipo que xinga "cala boca filho da puta", mas eu, quando estou ficando muito incomodada, levanto, perco alguns minutos do filme, vou lá fora e chamo o "lanterninha". E não, não concordo com essa de "ah, mas temos que respeitar as pessoas que vão lá para conversar, porque são idosas, ou porque está muito feliz e quer extravasar, ou porque está muito triste e quer aporrinhar :P". Gente, é cinema, e cinema é pra quê? Para assistir filme. Se você quer conversar, chorar, gargalhar, gritar, fazer sexo (...), tem vários outros lugares pra isso, mais apropriados e que você não irá incomodar. Sim, porque ao fazer qualquer dessas coisas, você está totalmente fora da premissa, que é assistir a um filme, só isso. E ninguém gosta de assistir filme com os outros coachando, esgoelando, tacando pipoca na sua cabeça. Não concordo com "se quer ver filme como autista, em silêncio, vê em casa". Se fosse para ver filme só em casa, não existiriam cinemas. E se cinema fosse point, também não seria cinema. É muita falta de respeito das pessoas mesmo.E ponto.
 
Percebi agora que o que escrevi antes não ficou claro nesse ponto, eu não estava defendendo a anarquia dentro do cinema. :P
O que eu tentei dizer é que certos comportamentos podem ser desculpáveis por uma razão ou outra que pode estar além do domínio da pessoa. Isto vai depender da consciência, da educação etc, quaisquer condições mitigantes da culpa da pessoa. Mas disse isto enfatizando que por não sabermos porque tal pessoa age daquela maneira, devemos ter educação sempre. Não disse que deveríamos tolerar qualquer coisa.
Eu mesmo vou ao cinema com reverência. Não como, não bebo, não tiro os olhos da tela, não dou amassos, já vivo com o celular no silencioso mesmo e se tocar ignoro... Aliás, luz de celular é a coisa mais incômoda que já vi no cinema até hoje.
Ainda assim acho que um pouco de tolerância pela boa convivência vai bem. Mas como o Siker disse, com discernimento.

Eu aprendi a tolerância com meus amigos. Eles comem pipoca no cinema (heresia!), cochicham e comentam durante o filme (heresia!), uma vez vendo um filme aqui em casa com um amigão meu, percebi que ele olhou pra mim enquanto fazia um comentário. Fiquei chocado. Perguntei como ele conseguia parar pra conversar e ainda tirar o olho da tela enquanto via o filme. Ele respondeu que não ia nem morrer nem deixar de entender ou gostar do filme por causa disso. Eu pensei que deveria seriamente rever minhas amizades. Um dia até fiz o teste e olhei pro lado rapidinho, só pra ver como era. Me senti como se estivesse fazendo isto na estrada a 200km/h. Este estilo de vida não é pra mim.

Depois de muitos filmes com estes amigos, percebi que um breve comentário, um cochicho e uma pipoca não são nada demais. Não distrai tanto assim, e poxa, são meus amigos, e apenas pessoas que querem se divertir e estão ali vivendo de bom humor. Mesmo pessoas mais malas eu não deixo que estraguem meu filme ou me deixem de mau humor.

E no caso de uma situação que esteja realmente incomodando e parece que não vai ter fim, primeiro pedir com educação pra pessoa ter bom senso, e se não funcionar, ação. Com educação. :P
 
Um dia até fiz o teste e olhei pro lado rapidinho, só pra ver como era. Me senti como se estivesse fazendo isto na estrada a 200km/h. Este estilo de vida não é pra mim.

rsrsrsrs.
E no caso de uma situação que esteja realmente incomodando e parece que não vai ter fim, primeiro pedir com educação pra pessoa ter bom senso, e se não funcionar, ação. Com educação.

Acho melhor ir direto no lanterninha, porque em grande parte das vezes as pessoas param por um tempo e depois voltam. E pior: Na maioria das vezes que isso aconteceu comigo (gente inconveniente no cinema), eram pré-adolescentes ou gente que só foi pra zoar. Então, nem adianta pedir nada para eles. Funciona mais chamar o responsável que tem o poder de tirá-los da sala.
 

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