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Beijo gay em culto evangélico causa polêmica

Além disso, os professores dizem que como é um crime de menor potencial ofensivo, com pena de no máximo um ano, não é possível haver prisão em flagrante.

— Ninguém pode ser em flagrante por esse crime. Se ele estivesse caracterizado, elas deveriam ter sido convidadas a ir à delegacia, assinado um termo circunstanciado e depois o caso seguiria no juizado especial — disse Kauffmann.


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A definição do flagrante em si não o torna legal, existem leis para que ele aconteça.
 
Re: Sobre Che Guevara e Cuba...

Então, antes do assunto virar Esquerda vs Direita, o assunto era o beijo gay.

Há cristãos (e isso é dentro e fora do forum) que dizem não ser obrigados a aceitar o beijo gay pq segundo sua doutrina é errado e moralmente condenável.

Até aí, tudo bem. Até pq cada um acredita no que desejar (se bem que se uma crença dissesse que negros são inferiores a caucasianos o bicho ia pegar, mas...).

O problema é que nunca para por aí. Sempre tem um Feliciano da vida para falar de "cura gay" ou de "traga aqui seu amigo homossexual para que ele seja curado" (já vi isso em culto evangélico). Ou seja, como uma pessoa (no caso, o Feliciano) pede respeito em seu culto se ele vive desrespeitando os homossexuais?

Se os cristãos acham errado ser homossexuais, não sejam. Se sentirem que são, vivam em abstinência ou, sei lá, tentem virar hetero (se é que dá pra fazer isso mesmo), mas por que não deixam em paz os gays que querem ser gays e se sentem bem assim?

De qqr forma, o cristão vê o mundo sob uma ótica cristã, mas esquece que para uma pessoa de outro credo (ou ateu) aquilo não faz sentido. Logo, argumentar com um ateu sobre como é errado abortar, ou como é errado ser homossexual, segundo uma ótica cristã, é a mesma coisa que tentar falar em chinês com um polonês. Não faz sentido.
 
É errado um pastor/padre oferecer uma "cura gay" dentro do espaço religioso? Como você falou, se um homossexual quiser "tentar virar hétero" (mesmo que isso não seja possível) ele tem esse direito. Então pq o Feliciano não pode falar "traga aqui seu amigo homossexual para que ele seja curado" dentro da sua igreja (não estou falando dele como legislador, mas como líder religioso)?

Você não precisa falar chinês com um polonês. Basta deixar que cada um fale seu idioma, não permitir que um proíba o outro de falar o seu idioma e garantir uma forma razoavelmente neutra de mediar os conflitos entre o chinês o polonês.
 
Última edição:
Minha visão sobre o assunto antes da Ortodoxia eram praticamente iguais à do Grimnir. É basicamente a visão de liberdade religiosa da Igreja católico-romana do Concílio Vaticano II.

Para quem ainda tem fé no estado democrático de direito e em sua visão de liberdade religiosa, é um bom caminho a seguir.
 
É errado um pastor/padre oferecer uma "cura gay" dentro do espaço religioso? Como você falou, se um homossexual quiser "tentar virar hétero" (mesmo que isso não seja possível) ele tem esse direito. Então pq o Feliciano não pode falar "traga aqui seu amigo homossexual para que ele seja curado" dentro da sua igreja (não estou falando dele como legislador, mas como líder religioso)?

Você não precisa falar chinês com um polonês. Basta deixar que cada um fale seu idioma, não permitir que um proíba o outro de falar o seu idioma e garantir uma forma razoavelmente neutra de mediar os conflitos entre o chinês o polonês.

Não me incomodo que ele fale isso lá dentro da igreja dele - o problema é quando isso não está mais circunscrito àquele grupo. Vide que temos uma psicóloga que bota a religião acima das necessidades psíquicas de seus pacientes. Além disso, precisamos levar em conta que muitos menores podem acabar sendo encaminhados para tais instituições para serem "heteronormatizados" - depoimentos de quem passou por isso mostram que o dano é muito grave, às vezes irreversível, além do fato de que mesmo ali eles podem acabar sendo abusados por seus "instrutores". Minha opinião? "Cura gay" é idiotice, é impossível, e não funciona. Não há uma comprovação científica que seja que demonstre que atração e identidade sexuais podem ser "revertidos" ou "transformados". Que ele ofereça, vá lá. Mas acho impossível ter o apoio de gente séria para esse tipo de tratamento, o que já o coloca em xeque sem precisarmos entrar no mérito religioso.
 
A única transformação que se pode operar no homossexual não é psíquica, mas espiritual. Ele não tem de deixar de ser gay, mas de se transformar espiritualmente, tem de renunciar às realização dos prazeres que suas tendências lhes impõe satisfazer.

Só há um caminho para isso: ascese. Ascese na tradição de auxílio espiritual da Igreja: confissão dos desejos e pensamentos impuros a um pai espiritual ou confessor, frequência aos sacramentos, purificação ascética do egoísmo e da escravidão das paixões desordenadas, metanoia.

É o único caminho para quem reconhece as próprias tendências como espiritualmente desordenadas e quer se manter livre da escravidão a elas, e o consequente sofrimento que lhe impingem.

Esse é o caminho dos santos, como o Pe. Serafim Rose ou, como seus discípulos o chamam, Abençoado Serafim de Platina, que era homossexual, nunca deixou de ser homossexual, mas aprendeu a se refrear, a submeter suas tendência à disciplina ascética, ao amor de Cristo, e se transfigurou.

Ele se 'curou' do homossexualismo? Não, mas ele curou em si o obscurecimento do pecado, purificou-se das paixões, e participou na Luz incriada. Hoje é um dos santos de Deus, modelos para jovens e velhos, heteros e gays.
 
Bem. Eu sou sempre a favor da liberdade. Principalmente da liberdade de expressão, mas também da liberdade religiosa.

Se alguém quiser ter uma crença de que viado e sapatão é menos digno do paraíso do que as pessoas "normais", fique à vontade. Eu tenho lá os meus preconceitos também, uai. Quem não tem? Também tenho uma enorme antipatia por essa onda anti-homofobia. Um gay não pode ser destratado da mesma forma que um hétero não pode. Não precisa ficar criando neura de racismo e de homofobia não.

Se o cara quiser lançar a cura gay dentro da igreja dele, pode ficar a vontade. É até engraçado. Mas depois aguenta o caminhão de críticas que vai vir. Mas a partir do momento que o cara entra no plenário e propõe uma lei preconceituosa, aí tem que levar porrada mesmo. Achei legal a atitude das duas meninas, porque afrontaram esse babaca, dentro de um culto religioso sangue-suga que desprezo (desprezo não é preconceito, né?), e que cujo pastor abriu precedente para que houvesse a retaliação.

Se não fosse pelo histórico, eu até acharia a atitude babaca. Tipo "Viemos aqui avacalhar, só porque falam que nóis vai pro inferno". Aí eu acharia tosco. Mas nesse caso, meu amigo... Igreja crente, e com o Feliciano, tem mais é que arrebentar mesmo.

Ainda assim, criminalizar umas bobagens como essas é coisa de quem tem minhoca na cabeça. Direito Penal é uma bomba atômica, que deve ser utilizado o mínimo possível. E fervorosos, principalmente cristãos, pedindo cadeia pra quem desrespeita religião, é muito contraditório pra mim. Sei lá. Deviam se perguntar se Jesus iria concordar em xadrez pra esse tipo de caso. É muita cabeça pequena mesmo.
 
Última edição:
Blá. Ele continua gay, mas não transa. Belo modelo.

Não é algo negativo. O 'não transar' é sexualidade ativa.

Aliás, nem é deixar de transar. O monge não tem necessidade do ato sexual porque o sexo visa a reintegrar o masculino e o feminino visto que essa dualidade não é 'natural' (natural no sentido do projeto original da Criação, desfigurado pelo pecado), mas efeito da Queda. A sexualidade é a forma por excelência de se recuperar o homem edênico, total, o homem perfeito, e andrógino.

Esse mito do andrógino (recuperado pelo próprio Platão e retomado pelos Santos Padres, como São Máximo, o Confessor), lança luzes não só sobre a visão metafísica sobre o homossexualismo como também sobre o monasticismo.

O monge é um andrógino. Ele não deixa de transar, mas tem um ato sexual dentro de si, é o 'sexo interno' dos taoístas, seja na ascese cotidiana, seja na prática hesicasta da oração através da repetição incessante do nome de Jesus aliada a um método respiratório, buscando salvar, reintegrar não só a alma, como todo o corpo na plenitude de Cristo.

O celibato monástico não é uma privação, é uma plenitude, um caminho alternativo ao sexo matrimonial (que simboliza o amor de Cristo pela Igreja), em direção ao mesmo Todo, o mesmo estado andrógino primordial.

Pensando a mesma coisa: é basicamente um asceta casto. Grandes coisa - se funciona com héteros, por que não haveria de funcionar com gays?

Exato. Não é tão difícil como parece.

Mas não é só por isso que o Abençoado Serafim é santo, lógico. Ele é santo porque resgatou a imagem divina em si.
 
Não é algo negativo. O 'não transar' é sexualidade ativa.

Aliás, nem é deixar de transar. O monge não tem necessidade do ato sexual porque o sexo visa a reintegrar o masculino e o feminino visto que essa dualidade não é 'natural' (natural no sentido do projeto original da Criação, desfigurado pelo pecado), mas efeito da Queda. A sexualidade é a forma por excelência de se recuperar o homem edênico, total, o homem perfeito, e andrógino.

Esse mito do andrógino (recuperado pelo próprio Platão e retomado pelos Santos Padres, como São Máximo, o Confessor), lança luzes não só sobre a visão metafísica sobre o homossexualismo como também sobre o monasticismo.

O monge é um andrógino. Ele não deixa de transar, mas tem um ato sexual dentro de si, é o 'sexo interno' dos taoístas, seja na ascese cotidiana, seja na prática hesicasta da oração através da repetição incessante do nome de Jesus aliada a um método respiratório, buscando salvar, reintegrar não só a alma, como todo o corpo na plenitude de Cristo.

O celibato monástico não é uma privação, é uma plenitude, um caminho alternativo ao sexo matrimonial (que simboliza o amor de Cristo pela Igreja), em direção ao mesmo Todo, o mesmo estado andrógino primordial.

Sem querer puxar o saco, mas é bom quando temos alguém que entende das coisas.


Exato. Não é tão difícil como parece.

Mas não é só por isso que o Abençoado Serafim é santo, lógico. Ele é santo porque resgatou a imagem divina em si.

Não? Não diziam que Francisco de Assis chegava a sentar no gelo? :lol: De qualquer modo, imagino que a supressão do estímulo é algo complicado e não é pra qualquer um. Vide que Pedro era casado e Paulo, não.
 
Não? Não diziam que Francisco de Assis chegava a sentar no gelo? :lol: De qualquer modo, imagino que a supressão do estímulo é algo complicado e não é pra qualquer um. Vide que Pedro era casado e Paulo, não.

Alguns ascetas faziam coisas extraordinárias, como os santos estilitas que viviam sem comer e sem beber por meses em cima de pilares enormes (como São Simeão, o Estilita), mas isso não é para todos. Essas coisas eram oferecidas a Deus pelos grandes que só eram grandes graças a Ele.

Nada disso é 'esperado' ou exigido dos monges. Cada um dá conforme suas capacidades e carismas.

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Paganus, ele continua gay. Ele não foi curado. Ele só parou de transar. É isso que eu estou falando. Nem mesmo esse exemplo que você citou, mostra uma cura pra homossexualidade, entendeu?

Mas eu nunca defendi cura pra homossexualidade. Defendi abstenção do pecado em uma via ascética para sua superação.

Não das tendências homossexuais, mas do pecado que, na visão cristã, ele engendra.

Entendeu?

Ele foi curado sim, e muito mais que eu, por exemplo, que sou hétero mas um pecador miserável.
 
Última edição por um moderador:
O fato de oferecer "cura gay" na igreja dele não tem problema em si. Está restrito à igreja dele e vai quem quer (ao menos em teoria... como citado acima, se pais de homossexuais levarem menores contra a vontade deles vai ser terrível...).

Problema é que Feliciano queria, até onde sei (corrijam-me se estiver errada), implementar isso em instituições públicas.

Daí pra fazer um "holocausto" contra homossexuais é um passo.
 
Aliás, nem é deixar de transar. O monge não tem necessidade do ato sexual porque o sexo visa a reintegrar o masculino e o feminino visto que essa dualidade não é 'natural' (natural no sentido do projeto original da Criação, desfigurado pelo pecado), mas efeito da Queda. A sexualidade é a forma por excelência de se recuperar o homem edênico, total, o homem perfeito, e andrógino.

Esse mito do andrógino (recuperado pelo próprio Platão e retomado pelos Santos Padres, como São Máximo, o Confessor), lança luzes não só sobre a visão metafísica sobre o homossexualismo como também sobre o monasticismo.

O monge é um andrógino. Ele não deixa de transar, mas tem um ato sexual dentro de si, é o 'sexo interno' dos taoístas, seja na ascese cotidiana, seja na prática hesicasta da oração através da repetição incessante do nome de Jesus aliada a um método respiratório, buscando salvar, reintegrar não só a alma, como todo o corpo na plenitude de Cristo.

O celibato monástico não é uma privação, é uma plenitude, um caminho alternativo ao sexo matrimonial (que simboliza o amor de Cristo pela Igreja), em direção ao mesmo Todo, o mesmo estado andrógino primordial.

Isso me parece bastante heterodoxo, não? O padre Paulo Ricardo tem uma série de aulas a respeito do gênero dentro da tradição católica, e a idéia geral é que a divisão de gênero é algo bastante natural, inclusive existindo anteriormente ao pecado original (Adão e Eva, etc), e ele mostra sob diversos critérios que Cristo seria um exemplo perfeito de masculinidade, e que também o sacerdócio seria uma função também bastante masculina.
 
Daí pra fazer um "holocausto" contra homossexuais é um passo.

O que entendo sobre o assunto: A proposta era suspender um parágrafo de lei que proibia os psicólogos de oferecerem tratamento para homossexuais, além de proibir que esses profissionais se manifestassem publicamente de modo a perpetuar a ideia de que os homossexuais são doentes (e que podem ser tratados).

Qual é o maior prejuízo dessa medida? Ela prejudica o sujeito que é mais desinformado e que realmente pode acreditar que é doente. Ao invés de conseguir a auto-aceitação, ele entraria num tratamento para uma doença que não existe. O Estado deveria tentar erradicar a desinformação. Quanto mais informados forem os indivíduos, menor seria a demanda por psicólogos que alegam curar gays. Além disso, acho exagerada a sua comparação com o holocausto. Alguém falou em internação obrigatória para curá-los?
 
Não se falou AINDA, mas se a lei fosse aprovada, e do jeito que o "sero mano" adora demonizar tudo que é diferente, não creio que ficaria muito longe disso não.

De qqr forma, colocar a "cura gay" em hospitais, locais de natureza laica (ao menos em teoria...), daria a impressão de que a "cura gay" é doença independente da fé do indivíduo.

Sou contra coisas como "cura gay" pq não interpreto homossexualidade como doença. É um direito colocá-la na igreja se os líderes religiosos assim desejarem, mas em instituições públicas já seria um pouco demais.
 
Não se falou AINDA, mas se a lei fosse aprovada, e do jeito que o "sero mano" adora demonizar tudo que é diferente, não creio que ficaria muito longe disso não.

De qqr forma, colocar a "cura gay" em hospitais, locais de natureza laica (ao menos em teoria...), daria a impressão de que a "cura gay" é doença independente da fé do indivíduo.

Sou contra coisas como "cura gay" pq não interpreto homossexualidade como doença. É um direito colocá-la na igreja se os líderes religiosos assim desejarem, mas em instituições públicas já seria um pouco demais.

Pelo que entendi da tal cura gay, que não tem nada de cura gay, pela suspensão do parágrafo os psicólogos poderiam fazer acompanhamento dos casos dos gays que fossem atrás de tratamento psicológico, que não necessariamente é por quererem "não ser gays", mas como o homossexualismo muitas vezes não é aceito pelos pais do homossexual isso pode causar desequilíbrio emocional e ferrar momentaneamente a cabecinha do fulano.

Se o cara quer ir num psicólogo atrás de cura, problema dele também, só vai ter seu dinheiro roubado.
 
Não me incomodo que ele fale isso lá dentro da igreja dele - o problema é quando isso não está mais circunscrito àquele grupo. Vide que temos uma psicóloga que bota a religião acima das necessidades psíquicas de seus pacientes. Além disso, precisamos levar em conta que muitos menores podem acabar sendo encaminhados para tais instituições para serem "heteronormatizados" - depoimentos de quem passou por isso mostram que o dano é muito grave, às vezes irreversível, além do fato de que mesmo ali eles podem acabar sendo abusados por seus "instrutores". Minha opinião? "Cura gay" é idiotice, é impossível, e não funciona. Não há uma comprovação científica que seja que demonstre que atração e identidade sexuais podem ser "revertidos" ou "transformados". Que ele ofereça, vá lá. Mas acho impossível ter o apoio de gente séria para esse tipo de tratamento, o que já o coloca em xeque sem precisarmos entrar no mérito religioso.

Mas tem aquela coisa Bruce, menores não respondem legalmente, ou seja, com algumas provas o MP pode entrar com um processo contra os pais, ou o maior responsável que o forçou a tal ato e ate mesmo cotra o psicologo/instituição que fez o tratamento sem o consentimento da criança. Não podemos proibir tudo que é nocivo aos seres humanos, necessidades fazem com que nos mantemos em constante evolução. O que devemos fazer é nos portar como uma sociedade civilizada e respeitar nossas regras.
 

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