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Beijo gay em culto evangélico causa polêmica

Baseando-se em que critério pode-se dizer que essa ou aquela forma de ser cristão é a correta?

Até onde eu saiba, quando os apóstolos perguntaram a Jesus qual seria o maior mandamento, ele disse:

"Ama a teu próximo como a ti mesmo e a Deus acima de todas as coisas".

E tem um monte de "cristão" aí que não ama ngm além de si, e a Deus muito menos, uma vez que usam o nome e a figura Dele em vão, ou para propósitos materialistas como ganhar dinheiro e atrair "dizimistas" para as respectivas igrejas.

Logo, o que definiria a um cristão não seria o amor Ágape pelo seu próximo?
 
Sobre o primeiro ponto, de fato, as TJs não acreditam na Trindade, além de colocarem Deus - pessoa distinta então - acima de Cristo - criação divina, apenas isso.

Contudo, fazendo a ponte entre esse primeiro ponto e o segundo, aí acabamos voltando à questão de quem detém a posse semântica do termo.

Em primeiro lugar é uma questão do que significa ser cristão, em segundo em que 'nível' se pode falar de cristianismo.

Morfologicamente todo tipo de hierofania religiosa de qualquer tradição do mundo pode ser 'cristã', seja pela incorporação da divindade em um objeto limitado corporalmente ou em um corpo, seja pela encarnação de divindades. Mas o que definiria o cristianismo 'simbólico' aí seria o caráter dessa encarnação, o seu sentido mais profundo.

Cosmologicamente, todas as religiões tradicionais são crísticas, porque apresentam um cosmo vivo e onde se irrompem diversas manifestações do sagrado, e uma boa parte delas apresenta um caráter soteriológico (de salvação, reintegração), relacionado a simbolismos diversos e similares ao mito cristão, como o auto-sacrifício de Prajapati na Índia védica, o mito de Osíris, o desmembramento do Dioniso helênico e do Kvasir nórdico etc.

Antropologicamente, o cristianismo é tradicional, portanto, toda visão tradicional sobre o homem, é reproduzida fielmente pelo cristianismo.

Já o espiritismo... bem, a antropologia, soteriologia e cosmologia espíritas são extremamente anti-tradicionais. Como o E.T. apontou, são mais devedoras do positivismo e evolucionismo do século XIX que das religiões e metafísicas arcaicas.

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Mas eu entendo o lado do Paganus. Ele crê em algo semelhante a isso:

É bem por aí, Bruce. Nós, ortodoxos, ficamos do lado de Jesus, nesse caso, rs.
 
Em primeiro lugar é uma questão do que significa ser cristão, em segundo em que 'nível' se pode falar de cristianismo.

Morfologicamente todo tipo de hierofania religiosa de qualquer tradição do mundo pode ser 'cristã', seja pela incorporação da divindade em um objeto limitado corporalmente ou em um corpo, seja pela encarnação de divindades. Mas o que definiria o cristianismo 'simbólico' aí seria o caráter dessa encarnação, o seu sentido mais profundo.

Cosmologicamente, todas as religiões tradicionais são crísticas, porque apresentam um cosmo vivo e onde se irrompem diversas manifestações do sagrado, e uma boa parte delas apresenta um caráter soteriológico (de salvação, reintegração), relacionado a simbolismos diversos e similares ao mito cristão, como o auto-sacrifício de Prajapati na Índia védica, o mito de Osíris, o desmembramento do Dioniso helênico e do Kvasir nórdico etc.

Antropologicamente, o cristianismo é tradicional, portanto, toda visão tradicional sobre o homem, é reproduzida fielmente pelo cristianismo.

Já o espiritismo... bem, a antropologia, soteriologia e cosmologia espíritas são extremamente anti-tradicionais. Como o E.T. apontou, são mais devedoras do positivismo e evolucionismo do século XIX que das religiões e metafísicas arcaicas.

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É bem por aí, Bruce. Nós, ortodoxos, ficamos do lado de Jesus, nesse caso, rs.

Meu "Gostei" foi por ter se disposto a ampliar a questão. Da última vez que tivemos uma discussão semelhante com o Cálion, ele apelou para a autoridade suprema da ICAR pra definir quem determina a "posse semântica" do que. :tsc:
 
Baseando-se em que critério pode-se dizer que essa ou aquela forma de ser cristão é a correta?

Até onde eu saiba, quando os apóstolos perguntaram a Jesus qual seria o maior mandamento, ele disse:

"Ama a teu próximo como a ti mesmo e a Deus acima de todas as coisas".

E tem um monte de "cristão" aí que não ama ngm além de si, e a Deus muito menos, uma vez que usam o nome e a figura Dele em vão, ou para propósitos materialistas como ganhar dinheiro e atrair "dizimistas" para as respectivas igrejas.

Logo, o que definiria a um cristão não seria o amor Ágape pelo seu próximo?
Acho que o post do ET já tem a sua resposta: No que diz em relação a moral cristã, sim, espíritas são filhos do ocidente, e portanto seguem a moral cristã.

No que tange o teológico, o simples fato de Jesus não ser Deus para os espíritas faz que os mesmo, teologicamente, não sejam cristãos.

E não diminua ou mesmo limite toda a cristandade ao fato de "amar ao próximo" né, budistas, hindus, judeus, hare krishnas e etc também amam os próximos, aliás poucas religiões não pregam o amor ao próximo, e isso não faz destas religiões cristãs.

Eu sou mais o lado do Paganus e do ET nesse debate. Aliás tava falando sobre isso ontem com a minha avó, que é espírita, e ela afirma ser cristã, mas nega que Jesus seja Deus, é complicado mesmo.

E sobre quem tem a "posse" do termo... bem, acredito que aqueles que a mais tempo se reivindicam como cristãos devam ter o termo mais próximo do que os que surgiram agora, poranto acho mais justo pensar em católicos, protestantes e ortodoxos como cristãos do que TJs e Espíritas.
 
E sobre quem tem a "posse" do termo... bem, acredito que aqueles que a mais tempo se reivindicam como cristãos devam ter o termo mais próximo do que os que surgiram agora, portanto acho mais justo pensar em católicos, protestantes e ortodoxos como cristãos do que TJs e Espíritas.

Nesse caso em específico, certo? Ainda assim, é bom lembrarmos que vivemos num universo histórico e socialmente cristão - logo, mesmo a apropriação das ideias cristãs, deslocadas do foco evangélico, acabam levando a uma identificação de fora com a imagem do Cristo.

Aliás, um artigo interessante sobre a identificação de Richard Dawkins como "culturalmente cristão":
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/politics/7136682.stm
 
Nesse caso em específico, certo? Ainda assim, é bom lembrarmos que vivemos num universo histórico e socialmente cristão - logo, mesmo a apropriação das ideias cristãs, deslocadas do foco evangélico, acabam levando a uma identificação de fora com a imagem do Cristo.

Aliás, um artigo interessante sobre a identificação de Richard Dawkins como "culturalmente cristão":
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/politics/7136682.stm
Ah sim, estou me referindo a este dilema teológico em específico e sobre a origem da associação ao termo de "religião cristã", pois, de fato, vivemos em uma sociedade cristã, assim como basicamente todo o Ocidente, e por isso nada mais natural que "novas" religiões que rompam com os dogmas cristãos originais procurem se associar ao cristianismo, porém acredito que este exercício seja mais por uma necessidade de aproximação com o espírito religioso da sociedade ocidental do que pelo fato de realmente ter uma significação religiosa identificada com o "ser religião cristã".
 
Guenon dizia que o principal motivo do conflito entre tradicionalistas e católicos tradicionais estava na confusão entre o que pertencia ao domínio da metafísica e o que era da teologia.

Teologicamente, eu creio e confesso que a máxima autoridade religiosa não é nenhuma diocese ou bispo 'universal', ''infalível', mas a Igreja Ortodoxa, enquanto guarda fiel da Tradição dos Apóstolos e Santos Padres e mantenedora da unidade eucarística, verdadeiro fundamento da unidade. Ela preserva a autêntica doutrina de Jesus Cristo.

Ainda teologicamente, todas as tradições religiosas participam, de forma mais ou menos imperfeita, na Verdade, no Logos eterno, que é Cristo.

Mas metafisicamente, tudo é Um. Todas as tradições religiosas e esotéricas são manifestações particulares da mesma Tradição Primordial, fonte da Vida e do Ser.

Não há conflito algum entre essas duas perspectivas desde que lhes seja reservado a devida correspondência e entendimento. São níveis completamente diferentes.
 
Espírita é cristão. /flame

mas nem a pau.

/polemica

Achem o que quiserem.

solange-sambando-o.gif
 
Acho que o post do ET já tem a sua resposta: No que diz em relação a moral cristã, sim, espíritas são filhos do ocidente, e portanto seguem a moral cristã.

No que tange o teológico, o simples fato de Jesus não ser Deus para os espíritas faz que os mesmo, teologicamente, não sejam cristãos.

E não diminua ou mesmo limite toda a cristandade ao fato de "amar ao próximo" né, budistas, hindus, judeus, hare krishnas e etc também amam os próximos, aliás poucas religiões não pregam o amor ao próximo, e isso não faz destas religiões cristãs.

Eu sou mais o lado do Paganus e do ET nesse debate. Aliás tava falando sobre isso ontem com a minha avó, que é espírita, e ela afirma ser cristã, mas nega que Jesus seja Deus, é complicado mesmo.

E sobre quem tem a "posse" do termo... bem, acredito que aqueles que a mais tempo se reivindicam como cristãos devam ter o termo mais próximo do que os que surgiram agora, poranto acho mais justo pensar em católicos, protestantes e ortodoxos como cristãos do que TJs e Espíritas.

É a favor da autodeterminação dos povos, mas nega a autodeterminação dos crentes... POSER! :hihihi: :dente:
 

Ele tá falando sobre o espiritismo influenciado pela moral cristã, Morfs. Convenhamos que as bases mesmo do pensamento secular derivam de tal influência.

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Mas não seria mais legal se todas elas cumprissem isso? Ou só pregar sem agir já vale?

Neo-ateu teen é foda. Quando se fala em religião mesmo não tendo nada a contribuir, tem de soltar uma provocaçãozinha pra chamar a atenção.

Ainda assim, Pagz, vejo no Morfs uma verdadeira vontade de entender qual é a dificuldade em agir como prega. Também odeio neo-ateus teens - são um bando de papagaios de Harris. :lol:
 
Neo-ateu teen é foda. Quando se fala em religião mesmo não tendo nada a contribuir, tem de soltar uma provocaçãozinha pra chamar a atenção.

Mas o Morfs ainda sim foi mega engraçado no post que você ficou sem resposta. :abraco:

Btw, Espiritismo ser ou não cristão é um dos papos mais chatos que tem. Para espiritas, são cristãos, para não-espiritas, normalmente não são. Para quem não é espirita nem cristão, não importa...

E já disse isso uma vez, e só pra provocar, lembrarei aqui: Ser uma religião cristã não deveria ser motivo de orgulho para os espiritas. Mas também não me importo nem um pouco com isso.

Aliás, o tópico inteiro já ficou cansativo, abordando ou o tema do beijo gay repetidamente, ou falando de outros temas também repetidos, onde ninguém chega num consenso, por provavelmente não existir uma única resposta, ou um único ponto de vista.
 
3) Morfs é um arregão que não me respondeu aqui.

Vou considerar que era sobre isso que você me cobrou:

E se fosse o contrário? E se um grupo de evangélicos invadisse a Parada Gay para pregar? Aí sem dúvida seria um ato de intolerância, mesmo se eles não ofendessem os gays e se só falassem da importância de Jesus.

Nós sabemos que eles não fariam só isso. Eles não só pregariam, iriam falar que aquilo é uma abominação, que vão pro inferno e aquelas besteiras de sempre.

Mas o Morfs ainda sim foi mega engraçado no post que você ficou sem resposta. :abraco:

Qual post?
 
@Morfs: Além de não responder a minha pergunta, você só mostrou como é preconceituoso com os evangélicos. A minha pergunta é se os evangélicos teriam o direito de falar sobre Jesus numa passeata gay. Usando a sua resposta preconceituosa, eu faço outro questionamento: Se os evangélicos falassem as besteiras de sempre na passeata gay, imagino que eles poderiam ser chamados de intolerantes, além do óbvio fato de estarem provocando os homossexuais. E isso seria desagradável, né? Assim como foi o caso das garotas.

Aliás, assim como você cinicamente perguntou se beijar é crime, eu poderia perguntar se exercer a liberdade religiosa também é crime. A resposta para as duas perguntas é não, mas em ambos os casos (lésbicas no culto e evangélicos na passeata gay) estamos lidando com intolerância e ignorância. Adivinha só: Não é um monopólio dos religiosos.
 
Última edição:
É a favor da autodeterminação dos povos, mas nega a autodeterminação dos crentes... POSER! :hihihi: :dente:

Não estou negado o direito de se dizer cristão, só afirmando que eu acho que o termo é usado d euma maneira um pouco "livre" quando nos referimos aos espíritas :mrgreen:
 

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