WARNING: Post longo pra caralho
Pagz, um questionamento sincero...
Pelo que sei, a formulação da Trindade remonta aos Concílios de Nicéia e de Constantinopla, no século IV. E essa discussão permanece quente ao longo da alta e da baixa idade média. Tanto é que, no século XII, por exemplo, vimos Pedro Abelardo se dedicando à questão da trindade para em um segundo momento sua tese ser considerada herética e ser queimada. No século XIII, temos São Tomás de Aquino, no volume I da Suma Teológica, ainda preocupado com esse tema, sendo o Espírito Santo a sua grande questão.
Após o século V, com a queda do Império Romano do Ocidente, alguns dos novos reinos que se formam, a exemplo dos ostrogodos e dos visigodos, têm presença forte do arianismo, que negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus. Arianismo esse que só seria efetivamente debelado a partir da expansão do reino franco e de sua aproximação com a Igreja do ocidente.
Minhas perguntas são:
- Se a Trindade é pré-condição para que consideremos um grupo cristão, tendo ela uma formulação tardia, como poderíamos chamar cristãos os homens do século I? Os apóstolos de Jesus podem ser chamados de cristãos? Os evangelistas? Paulo de Tarso?
- Podemos falar em cristianismo antes do século IV?
- A historiografia a que tive acesso usa a denominação "cristãos arianos". Você considera um erro conceitual? Lembrando que há aqui também um princípio identitário.
Eu acho que entendo a preocupação colocada pelo Felagund: o esvaziamento do conceito cristão por essa aplicação "livre" do termo. Certo?
A questão de centro é:
- O que é um cristão? Que critérios são necessários para se considerar alguém como cristão?
O Pagz colocou aqui a crença na Trindade como um aspecto fundamental. Pra mim, naturalmente, o critério não é esse.
Há uma cristologia no Espiritismo que lhe é basilar. Jesus é um espírito que alcançou um estado de pureza e veio à Terra em reencarnação missionária trazer uma revelação à humanidade através do seu exemplo de amor. É, para nós, um Mestre da humanidade, um Pastor de Almas e como dizem algumas obras complementares, uma espécie de governador espiritual deste planeta. Mas, para nós, como todos os espíritos, ele foi criado simples e ignorante. Pagz diz que cristianismo é basicamente a cristificação do homem. Dentro do contexto do espiritismo, a evolução através de sucessivas reencarnações é um processo em que o Ser se burila internamente, adquirindo predicados morais e intelectuais, tomando contato com a sua essência divina, com a sua natureza profunda e com o seu potencial crístico - presente em todos - alcançando o estado de pureza e se tornando co-criador em escala maior no Universo, a serviço da vontade do Altíssimo, que compreendem em profundidade.
Saindo desse campo, há uma questão identitária presente. Todos os espíritas se consideram e se sentem cristãos e isso é parte fundamental da sua identidade religiosa. E o fato de outras denominações cristãs assim não os considerarem não vai mudar isso. Nesse sentido, acho que o Neithan tem razão. Por isso, em outro tópico, acabei lavando as minhas mãos. E mesmo quando o Grimnir me falou da discussão nesse tópico, não tinha intenção de tomar parte de novo. Aí acabei fazendo uma piadinha provocativa e cá estou eu de novo...
Se isso não bastar, resta a indicação dada pelo próprio Mestre no evangelho de João:
"Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." (Jo 13:35)
Felagund tem razão ao dizer que pregar o amor não é exclusividade do Cristianismo. Fica subentendido, contudo, que os discípulos de Jesus o são, primeiramente, por assim se considerarem tendo em vista a adesão aos seus ensinamentos. Mas o mais importante, como disse em outra oportunidade, é o que essa adesão enseja.
Esse post merece uma resposta grande e espero que à altura.
Em primeiro lugar, a Trindade não é apenas uma questão, como um problema obscuro da teologia ou uma mera especulação filosófica. A Trindade é um mistério de fé, é a própria essência da Divindade, o ponto de santa obscuridade e do Qual nada se pode falar nem mesmo aproximadamente. Sendo assim é normal pensar que na vida espiritual a Trindade tenha uma presença marcante, não? As relações inter-trinitárias no seio da própria vida de Deus estão relacionados, ou melhor, manifestados nas próprias relações do homem com Deus, nas relações entre as energias incriadas e a essência da Trindade (relação 'empostática'), das energias com o fiel na prática da oração do coração e seus efeitos de purificação das paixões, iluminação e deificação (theosis), do fiel... então, não, não é uma questão de doutrina pura e simplesmente, mas de Deus, de religião, de fé.
Pois então, a Trindade, as relações entre as divinas hipóstases ('pessoas' divinas) não é algo que se estabeleça no mero domínio da razão, mas cuja afirmação fundamental está nas Escrituras.
Assim chegamos ao primeiro ponto. Niceia não 'definiu' o dogma da Trindade.
O dogma nada mais é que a expressão em termos e racionalizações cunhadas à luz da cultura e mentalidade filosóficas da época da mesma fé imemorial, primordial, transmitida pelo Logos encarnado, o Cristo, aos Apóstolos e por estes aos Santos Padres, seus sucessores na direção das Igrejas, católicas, apostólicas, unas. A fé ortodoxa não se desenvolve, ela é a mesma desde sempre. O que muda são as expressões da mesma fé, as formas pelas quais a mesma doutrina é exposta e principalmente, à luz dos problemas disciplinares e dogmáticos que ensinos errôneos (heresias) trazem à consciência da Igreja. Os Concílios locais nada mais fazem que examinar, à luz da razão E da Tradição espiritual da Igreja, as heresias que ameaçam a unidade da fé com um particularismo muitas vezes racionalista e julgá-las.
O que seria heresia? A heresia não é um ensino falso apenas do ponto de vista racional, ela é uma falsidade espiritual, uma quebra com a unidade espiritual da fé e da própria liturgia. Ela separa os heresiarcas e seus seguidores objetivamente. Pode-se dizer que são eles, ao crerem nessas doutrinas, que se excomungam da Igreja. Porque se a Igreja é uma comunidade centrada na Eucaristia, a quebra da fé una implica em instantânea quebra de toda sacramentalidade eucarística. A heresia normalmente é produto de particularismo de escola, de arrogância de mestres e 'profetas' auto-divinizados, de mera disputatio acadêmica, enquanto a ortodoxia não se preocupa com mestres individuais mas humildemente subscreve a fé de sempre, e só se manifesta no debate quando a unidade que lhe é preciosa é ameaçada pela heresia.
Por isso não há 'invenção' em Niceia I como não há invenção em Éfeso I. A maternidade divina de Maria e a divindade de Cristo são verdades eternas da fé cristã, apenas desveladas pela consciência da fé quando se vê às voltas com doutrinas que separam tais doutrinas do todo da fé una e o subvertem de uma forma ou de outra. As 'igrejas' heréticas nem igrejas são, não fazem parte da Igreja, porque quebraram a unidade do Corpo de Cristo, preferindo o seu particularismo.
Assim que o bispo Nestório separa a maternidade de Maria do todo da fé una para particularizar que ela não é a Theotokos (Mãe de Deus), mas só a Christotokos (Mãe do Cristo), estabelecendo uma separação entre a natureza divina e humana de Cristo, ele relativiza o milagre da Encarnação, tornando impossível a theosis. Não é apenas uma quebra da doutrina tradicional, mas um verdadeiro câncer espiritual. Ora, se Cristo não é Deus, ou melhor, se é Deus apenas 'parcialmente', como é que o cristão pode se divinizar? Não seria uma deificação parcial? Toda a experiência religiosa seria comprometida. Logo, ele teve de ser convocado por um Concílio onde sua doutrina foi examinada e julgada como heresia, não apenas julgada pela razão, mas 'no Espírito Santo'.
Nestório foi anatematizado por si mesmo, por sua doutrina, apenas expressa no Santo Concílio, e a fé preservada. Teria ele se convertido? Não, fundou sua própria 'igreja nestoriana'. Nada da humildade da volta à unidade, da conversão, metanoia e purificação. Particularismo, arrogância, paixão, egoísmo, ego, ego, ego.
Assim como todas as heresias.
Assim como Ário.
A Igreja não 'inventou' a Trindade para se opor a ele. Ele foi convocado a Niceia porque sua doutrina que enxergava Cristo não da mesma essência de Deus, mas apenas sua 'energia' (energeia em sentido aristotélico), contrastava com toda a Tradição da Igreja, com a unidade da fé, por isso ele teve de ser julgado 'no Espírito', ou seja, toda a tradição espiritual, litúrgica, orante, eucarística, da Igreja o anatematizou.
Façamos um parênteses aqui. Você poderia objetar que Niceia trouxe sim inovações à doutrina 'de sempre', porque introduziu termos não-escriturísticos, como 'homousios' (consubstancial), para indicar a unidade de substância, de essência, nas Três hipóstases divinas. Mas a verdade é que essa crítica não se sustenta, pelo simples fato de que o termo homousios não é um dogma, mas é a expressão verbal de uma verdade de fé, um termo emprestado da tradição filosófica helênica , mas que se santifica, é purificado de conotações profanas pelo seu uso em defesa da Ortodoxia em um Santo Concílio.
Os Padres Capadócios (São Basílio Magno, São Gregório o Teólogo e São Gregório de Nissa) não cunharam o termo homousios pensando em substituir a fé primitiva por algo novo, muito pelo contrário, purificaram a palavra em seu 'fazer teológico' que nada mais era que um fazer espiritual (exercício, em grego 'askesis', ascese), em seus jejuns, vigílias, orações. Eles o utilizaram para expressar definitivamente, na medida de suas capacidades, o dogma eterna da Trindade.
No mais, não se pode dizer que antes de Niceia a Trindade era desconhecida. Nada mais longe da verdade.
São Justino, o Mártir, no século I, em seus diálogos, já argumentava que não haveria como negar a divindade de Cristo. Assim não fosse, não haveria nem a necessidade da polêmica com os judeus.
Santo Inácio de Antioquia, discípulo distante de São Pedro, também no século I, ao refutar os gnósticos no seu Adversus Haereses (Contra as Heresias), não deixa de mencionar a Trindade, nem em defendê-la dos ataques gnosticistas que repudiavam a encarnação do Verbo.
Aliás, lembrando que não se pode dizer que a Ortodoxia em termos de eclesiologia (doutrina sobre a Igreja e sobre o que NÃO é Igreja), tenha sido inventada por Niceia. Foi Santo Inácio no século I que estabeleceu os primeiros rudimentos de uma doutrina da Igreja centrada na Eucaristia e no seu guardião local e universal, o sucessor dos Apóstolos, o Bispo (episkopos). Essa doutrina é a mesma da eclesiologia ortodoxa até os dias de hoje.
O mesmo se pode dizer de outro Santo Padre pré-niceno, São Cipriano de Cartago que, para resolver uma ocasião de cisma na Igreja, no Concílio local de Cartago (local, mas que tem autoridade ecumênica para nós, ortodoxos), estabeleceu uma ousada união da doutrina tradicional de Santo Inácio com um entendimento robusto dos Concílios e da unidade da fé ortodoxa, católica, una, oposta aos particularismos de cismas e heresias isolacionistas. É dele a famosa frase 'Fora da Igreja não há salvação', que nada mais quer dizer que a theosis é diretamente relacionada à vivência da fé ortodoxa, embora não exclusivamente presa a ela.
Voltando à Trindade, lembremos que um dos mentores de Niceia, Santo Atanásio, o Grande, não deixou de relacionar a Encarnação de Cristo como a razão fundamental da deificação.
Tudo bem que não houvesse antes de Niceia uma linha ortodoxa robusta e clara em torno do maior mistério da fé cristã, mas é fato que os Padres Capadócios nada mais fizeram que dar uma roupagem mais filosófica á doutrina de sempre.
Além disso, não deve causar celeumas esse fato, já que a Igreja evita ao máximo definir (dogmatizar) a fé que deveria pertencer unicamente ao escopo da vivência espiritual e Tradição da Igreja e não a estéreis disputas e especulações; ela só dogmatiza conciliarmente e isso quando precisa enfrentar ensinamentos heréticos. Não fossem as heresias, nem haveriam dogmas. A fé, porém, permanece sempre a mesma.
O tratado 'Do Espírito Santo', de São Basílio Magno, por exemplo, não 'criou' a divindade do Espírito Santo, apenas estabeleceu as linhas-mestras pelas quais a não muito clara divindade SEMPRE crida e experimentada na vida espiritual (como São Serafim de Sarov, na Rússia do século XIX, definia a theosis: aquisição do Espírito Santo) seria posteriormente expressa pelos Santos Padres do II Concílio Ecumênico, de Constantinopla, para rebater a heresia de Macedônio.
Novamente, um heresiarca abstraindo de um ponto da doutrina um ensino falso e comprometedor à própria estrutura e experiência da religião.
Não surpreende que muitos Padres comparem os hereges aos fariseus do tempo de Jesus, chamando-os de verdadeiras víboras. Eles não só acreditavam de forma errada mas viviam uma espiritualidade distorcida, distante da pura fonte da ortodoxia, da união católica e apostólica, e afastavam muitos do caminho da salvação.
Respondendo às suas perguntas:
-Jesus Cristo, Santos Pedro e Paulo, todos os Apóstolos, são tão ortodoxos quanto eu sou, quanto São Basílio Magno o era, quanto São Fócio o era, quanto São Filareto de Moscou (martirizado pelo comunismo soviético) era, aliás, a fonte da Ortodoxia é o Evangelho. São todos cristãos, claro. Todos criam na Trindade, na consubstancialidade do Pai, Filho e Espírito Santo. Isso está fora de dúvida.
-Não existe pré-Niceia e pós-Niceia. Antes do século IV os Santos Padres eram tão santos e cristãos quando os dos séculos subsequentes.
-Creio que arianos não são cristãos. Como dizia Santo Atanásio, se referindo aos arianos:
"Deus se tornou homem para que nos tornássemos deuses, pela graça."
Como é possível a theosis sem o Cristo Encarnado? Como um verdadeiro homem, por mais santo que fosse, nos conduziria, por si mesmo, à salvação, tendo vindo em uma época tão decaída e corrompida após milhões, bilhões de anos sob o regime da Queda. Só poderíamos mesmo ser salvos pelo Cristo-Deus.
Esse é um traço característico da teologia ortodoxa, a necessidade absoluta da Encarnação.
Sobre a questão dos critérios eu já coloquei. O que identifica (mas cuidado com esse termo, identificação) alguém como cristão é sua crença, mesmo afastada da crença da Igreja, no mistério central, maior e santo da fé: A Trindade Santíssima e Consubstancial e Indivisível. Como explicar a theosis sem a ação do Espírito Santo, também? Outro assunto complexo.
Agora é claro que existem também diferenças na forma como a Trindade foi entendida e vivida espiritualmente ao longo dos séculos, o que é natural. O que não é natural é como certas diferenças produziram rupturas, como as que levaram ao cisma de 1054, entre Roma e as Igrejas Ortodoxas.
Quem crê que tal cisma se deveu unicamente a aspectos políticos e culturais ignora e até mesmo ofende os esforços dos ortodoxos em preservar a fé livre de adulteração e inovações racionalistas, trazidas pela teologia trinitária de Santo Agostinho, principalmente seu tratamento ímpio da Trindade, com as concessões feitas ao neoplatonismo e a cunhagem da heresia do 'filioque' que, seguida pelo Ocidente e utilizada pelos carolíngeos como arma de batalha ideológica contra os 'gregos', é muito mais que uma mera adição ao Credo de Niceia-Constantinopla, mas uma verdadeira deturpação horrenda do mistério trinitário. Isso pode ser pouco compreensível mas é o filioque um dos principais motivos da gradual separação das culturas ocidental-carolíngea (com seu pesado agostinianismo e a escolástica posterior) e oriental-bizantina (com seu amor pela Tradição, mesmo se arriscando à estagnação teológica).
Quem trata de estudar essas relações entre as controvérsias teológicas entre Roma e Constantinopla e seus aspectos políticos e ideológicos é o
Pe. John Romanides. Recomendo a leitura desse artigo, que nele o autor explica bem como essas diferenças teológicas causaram diferenças filosóficas e espirituais gritantes entre Ocidente e Oriente cristãos, sendo um dos principais motivos para a formação do atual mundo moderno com todas as suas obsessões moralistas, cientificistas, tecnicistas, materialistas.
Sobre a sua definição de uma 'cristologia do espiritismo', eu penso que ela existe, embora eu discorde dela, claro, e afirme que se trata muito mais de uma refinação de ideias metafísicas tradicionais, como a do chakravartin hindu, o Rei do Mundo, e não propriamente de uma cristologia. O mesmo se pode dizer da pneumatologia espírita.
Para nós a pneumatologia é a expressão de uma relacionamento entre o cristão e a Igreja, logo, há uma estrita relação entre essa expressão e a eclesiologia. Dizer quem está ou quem não está na Igreja, dependendo de circunstâncias canônicas tais e tais, não é algo puramente administrativo pelo caráter de misticismo absoluto com que a Ortodoxia entende ser a Igreja, o Corpo de Cristo.
Da mesma forma, para nós, Cristo é um chakravartin sim, mas é mais do que isso, Ele só é um chakravartin em um sentido relativo, na forma como, no mundo manifestado, Ele dirige, acompanha e protege a Criação em direção à deificação, através das energias divinas incriadas sinergicamente atuantes com os esforços ascéticos e morais do cristão. Nesse sentido há uma curiosa aproximação.
Por outro lado, renegar o que para nós é essencial: que a deificação só pode ocorrer porque Cristo é de fato o próprio Ser encarnado, o Logos consubstancial ao Pai e ao Espírito, enviado por este para ligar os homens á vida energética da Trindade... isso não podemos fazer. O compromisso cristão com a Trindade não pode ser relativizado sob nenhuma hipóstase racionalista, particularista etc. É essencial a Trindade para a compreensão (limitadíssima, claro) de Deus e da espiritualidade.
Talvez o maior problema de deístas e religiosos ocidentais de forma geral seja a incompatibilidade entre o ensino ortodoxo da Trindade e sua índole racionalista. Culpem Agostinho.
#sorryLimpe Mas acima de tudo é a incapacidade de viver uma autêntica experiência religiosa que não procura explicar o inexplicável, o que está totalmente fora do escopo da razão humana, o que é absolutamente transcendente e que não pode se racionalizado com relacionismos, filioques e monismos idólatras mas que só poder ser experienciado na vida espiritual, na recuperação da imagem divina em nós em uma relação trinitária com Deus, o próximo e o mundo.
Sobre antropologia trinitária, consultar Santo Agostinho (aqui ele é bem ortodoxo
).
Sobre cosmologia e até uma ecologia trinitária, consultar São Máximo, o Confessor.