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Reforma da Língua Portuguesa

Tá, me ocorreram algumas dúvidas. Ainda tem chance de essa reforma não ser implementada? Por exemplo, se Portugal não aderir de jeito algum, a reforma ainda assim ocorrerá no Brasil? Quem "vota" esse tipo de lei? São deputados?
 
Tá, me ocorreram algumas dúvidas. Ainda tem chance de essa reforma não ser implementada? Por exemplo, se Portugal não aderir de jeito algum, a reforma ainda assim ocorrerá no Brasil? Quem "vota" esse tipo de lei? São deputados?

eu pensava que era uma decisão da Academia Brasileira de Letras. :think:
vou perguntar pra algum professor na facu, depois trago a informação pra cá.
 
Aliás, o ponto do Curunír é interessante.

Realmente os avaliadores querem mais do contexto e menos da escrita. Querem que as pessoas desenvolvam mais o que querem dizer ao invés de se prenderem à escrever corretamente. Acentos servem mesmo para diferenciar, mas com uma ou duas lidas da para sacar o contexto geral. Sem contar que o português é uma língua dificil demais, mesmo para quem tem ele como língua mãe.

A minha revisora sempre apontou que prefere o contexto do que a forma dos textos.

O ruim só vai ser adaptar-me a tudo. Pelo menos não zuaram as proparoxítonas :-|

O contexto sempre é fundamental. Interpretação de textos éo que diferencia um analfabeto funcional de alguém realmente alfabetizado. Mas eu não acho que, por causa disso, se justifique passarmos a mudar a forma como escrevemos. Ou seja, não existe relação direta ou indireta entre escrever "pára" com acento diferencial e a capacidade de uma pessoa interpretar um texto, ou uma palavra no contexto.

Eu sempre gostei do nosso jeito de escrecer português porque a pronúncia das palavras pode ser apreendida simplesmente pela leitura. Em inglês, por exemplo, isso nem sempre acontece. Ou seja, antes de simplesmente dizermos "acabou-se a trema!", temos que perguntar, pra quê existe a trema? Ela serve pra demonstrar uma diferença de pronúncia graficamente e agora vai ficar "subentendido". Isso vai empobrecendo a escrita, de detalhe em detalhe deixamos tudo subentendido. Até que com a reforma ortográfica de 2790 vamos oficializar o miguxo-internetês como língua oficial.
 
eu pensava que era uma decisão da Academia Brasileira de Letras. :think:

A ABL só se reúne para tomar chá e "imortalizar" escritores e, inclusive, não-escritores (???), não decide nada no tocante ao português, ao contrário de academias de letras de outros países, como Real Academia Española, por exemplo, que realmente são órgãos preocupados com as línguas de seus países e com o estudo delas e cuidam dessas questões.
 
A ABL só se reúne para tomar chá e "imortalizar" escritores e, inclusive, não-escritores (???), não decide nada no tocante ao português, ao contrário de academias de letras de outros países, como Real Academia Española, por exemplo, que realmente são órgãos preocupados com as línguas de seus países e com o estudo delas e cuidam dessas questões.

ahhh, entendi.
eu só pensei que fosse a ABL fosse um dos órgãos (ou coisa que o valha) que decidisse isso, por ter gramáticos fazendo parte dela. :roll: (esses tais não-escritores)
 
Os "não-escritores" a que eu me referia são pessoas que não tem nada a ver com a área das Letras propriamente dita, tais como Ivo Pitanguy.

De qualquer forma, a ABL não decide nada mesmo. No máximo vão perguntar o que os imortais acham, mas nenhuma das sugestões está a cargo deles.
 
Interessante eh que Portugal, ainda hoje, nao assinou o tratado, ou seja, a mudança soh foi aprovada pelo brasil e outra merrequinha de país. Sem portugal, nao vai fazer diferença nenhuma!

E O vestibular... quando vai começar a utilizar essas regras? hehehe
 
E o pior que estão levando a sério mesmo essa Reforma! O que todos os países lusófonos têm em comum, além do idioma? Nada. Cada país foi influneciado por inúmeras outras culturas ou pela região onde viveram e vivem seus moradores. Então que voltem a ensinar o Tupi-Guarani nas escolas, aí sim estarão resgatando as origens e enriquecendo nossa língua. Goa não é Brasil, assim como Angola não é Cabo Verde. Estou começando a achar que os "portugas" somos nós. Sem ofensas aos patrícios!
 
Algum entrevistado sobre o assunto comentou que os acentos que definem pronúncia agora são desnecessários porque "as pessoas já sabem a pronúncia". Só não sei a que país ele se referia, porque o Brasil tá longe de oferecer educação suficiente pro povo saber qualquer coisa.

Unificar os idiomas de quatro continentes me parece projeto de lei de vereador, ou seja, completamente inútil e autoritário.

Esses acentos em "péla", "pólo", etc, vão me fazer muita falta. Agora temos que terminar de ler a frase pra saber de que se trata. Coisa de anglo-saxão, if you ask me.


Vou adotar o trema no meu nome só de sacanagem.
 
Esses acentos em "péla", "pólo", etc, vão me fazer muita falta. Agora temos que terminar de ler a frase pra saber de que se trata. Coisa de anglo-saxão, if you ask me.

Não concordo que eles farão falta. Atualmente, há palavras iguais sem acento diferencial, mas nem por isso a gente se confunde. Ex: colher (substantivo) e colher (verbo). Na verdade, sempre temos que terminar de ler a frase pra sabermos do que ela trata. Palavras não surgem soltas, sozinhas, de modo que elas só fazem mesmo sentido se dentro de um texto, contextualizadas.
 
A Veja desta semana veio com o comentário de algumas pessoas do "meio" sobre a tal da reforma. A reportagem em si é tendenciosa e burra como tudo o que a Veja publica, mas teve uma coisa ali que chamou minha atenção. Na revista, eles dizem que o tal do prazo de 2008 já foi postergado - ou seja, para todos aqueles que achavam que era só virar o ano para começar a escrever "linguiça", parece que ainda não.

Aliás, sobre esse "parece"... Eu já vejo toda essa reforma como algo estúpido e desnecessário, é tipo colocar plástico na janela quando quebram a vidraça e achar que isso resolve o problema. Isso para não entrar também na questão entre língua e pátria, e o lado bom de haver diferenças entre o português daqui e o de Portugal, por exemplo.

Mas o que ferra, o que ferra mesmo são essas informações desencontradas sobre algo TÃO importante. Tem gente que acha que é festa da uva e na virada de 2007 e 2008, além de pular onda, poderá abolir qualquer tipo de acento. Não é por aí. Já que a mudança está sendo imposta (sim, imposta, não houve um plebiscito consultando os brasileiros se estes queriam participar do acordo ou não), no mínimo deveriam informar corretamente as pessoas: sobre datas, sobre o que de fato mudará e assim segue.

Não é que não informando as pessoas não "dará certo", até porque essa não seria a primeira nem a única reforma ortográfica pela qual passaríamos. Mas desse jeito, esculhambado assim, a insegurança do brasileiro ao lidar com as palavras só tende a aumentar. Diga-se de passagem, eu ainda acho que uma grande parte das pessoas que estão "comemorando" essa reforma, estão no barco do "Agora tudo fica mais fácil, nunca entendi crase mesmo".

Se o português não for ensinado na escola, podem trocar o alfabeto por desenhos fofinhos que tudo continuará a mesma lambança...
 
Sou a favor de qualquer regra que ajude o português a ficar mais prático e mais similar à linguagem falada.
 
E o caso dos acentos que a Glorwendel citou, como fica dentro desse "ajude o português a ficar mais prático e mais similar à linguagem falada"? E mais prático também, peloamordedeus, né? Também vão pedir o fim do 'ç', do 'ss' e do 'rr' porque não sabem usar? Isso é nivelar por baixo, é diferente de "tornar mais prático".
 
O interessante é que eles lá resolvem isso e o resto que se dane, se vire, e use as regras, mesmo ela sendo a mais estúpida [como foi o caso]...
 
E isso logo agora que todo mundo que quer parecer chique fala "qüestão"... :roll:

o vosso "ü" é curioso...

Aqui em Portugal, há décadas que não usamos.
Vocês usam mesmo? Tá até difícil de acreditar.

Penso que tem a ver com a pronúncia.

Enquanto vocês dizem "cuéstão" nós dizemos "kestão". Não acentuamos o "e".
Daí que não precisemos desse "ü", assim do jeito que vocês colocam.
Para nós, isso soa esquisito.
Assim como para vocês outras coisas nossas tambem sejam estranhas, como "acto", Óptimo", etc. Mas essa é a beleza da língua.
 
o vosso "ü" é curioso...

Aqui em Portugal, há décadas que não usamos.
Vocês usam mesmo? Tá até difícil de acreditar.

Penso que tem a ver com a pronúncia.

Enquanto vocês dizem "cuéstão" nós dizemos "kestão". Não acentuamos o "e".
Daí que não precisemos desse "ü", assim do jeito que vocês colocam.
Para nós, isso soa esquisito.
Assim como para vocês outras coisas nossas tambem sejam estranhas, como "acto", Óptimo", etc. Mas essa é a beleza da língua.
Nós dizemos "kestão" também. O "ü" só é usado entre "g" ou "q" e alguma vogal, e indica que o "u" deve ser pronunciado.
 

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