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Reforma da Língua Portuguesa

Eu acredito que a unificação seria interessante, daria mais força à língua, e seria bom ter um português fortalecido perante outras línguas que são mais valorizadas. A gente só acha ruim pq necessariamente precisamos ceder alguma coisa, mas é só questão de costume.

Eu não acho ruim porque tenho que ceder alguma coisa, eu acho ruim porque a idéia é estúpida mesmo. Se a idéia de uniformizar para dar força fosse de fato válida, a "uniformização" deveria ser geral, e não aplicada apenas às regras ortográficas.
 
duvideodó, tem coisa que não funciona na base da "imposição" e varia *muito* com o meio (e justamente por isso seria impossível 'unificar'). é só olhar para toda a variação que ocorre dentro do próprio Brasil para entender como seria difícil fazer esse tipo de coisa.
 
Sim mais ai você tá falando sobre dialetos e não a língua base não é?

Porque sim, acho que seria difícil por exemplo unificar isso tudo aqui no Brasil quanto mais no resto do mundo.
Eu to com o Gabriel. Porque o Inglês pode ter 2 tipos e o Português não?
E ainda acho que deveriam estar mais preocupados em acabar com o nível de analfabetismo enorme em todos os paises de língua portuguesa (tire Portugal) do que fazer mudanças desse tipo.
 
Menegroth disse:
E ainda acho que deveriam estar mais preocupados em acabar com o nível de analfabetismo enorme em todos os paises de língua portuguesa (tire Portugal) do que fazer mudanças desse tipo.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra...

Joy disse:
Eu não acho ruim porque tenho que ceder alguma coisa, eu acho ruim porque a idéia é estúpida mesmo. Se a idéia de uniformizar para dar força fosse de fato válida, a "uniformização" deveria ser geral, e não aplicada apenas às regras ortográficas.
Joy ainda não entendi exatamente o que vc acha.
Vc acha que a uniformização da língua portuguesa: 1) É possível, mas está sendo mal feita; 2) Não é possível; 3) Não é válida, por ser desnecessária. 4) Ou qq outra coisa, explique.
 
Eu só disse Bruce que tão perdendo tempo com uma coisa que não tem nem pé nem cabeça.

Na verdade, isso que eles estão fazendo é facilitar um pouco a questão da alfabetização, na qual não mais existirá tantas normas. :hihihi: Não que eu concorde. :blah:
 
Eu só disse Bruce que tão perdendo tempo com uma coisa que não tem nem pé nem cabeça.
Eu acabei de dar um motivo. Se vc acha que é sem pé nem cabeça, justifique... Além do mais, reformas na língua são normais, que eu saiba. Senão ainda estaríamos escrevendo pharmácia, etc...
 
Mas eu disse ai em cima. Disse que não sei até onde é legal ter uma correção e união gramatical mas foneticamente diferente...
 
Se Portugal não entrar na reforma, ela perde MUITO a força.
Sim, Portugal tem que entrar no acordo. Agora, por outro lado, o Brasil tem cacife pra bancar a reforma sem Portugal.

Joy disse:
duvideodó, tem coisa que não funciona na base da "imposição" e varia *muito* com o meio (e justamente por isso seria impossível 'unificar'). é só olhar para toda a variação que ocorre dentro do próprio Brasil para entender como seria difícil fazer esse tipo de coisa.

Menegroth disse:
Mas eu disse ai em cima. Disse que não sei até onde é legal ter uma correção e união gramatical mas foneticamente diferente...
Tá, então quais são os aspectos que deveriam ser tratados? Pq vcs tão desdenhando a padronização gramatical e abordando aspectos fonéticos e os regionalismos, sendo que o mais importante é realmente o aspecto gramatical, não? Aliás, o Brasil é um bom exemplo de uma língua unificada e padronizada, apesar dos regionalismos. Mil vezes melhor que vários países que tem 2 ou 3 línguas oficiais.
E não adianta ficar de birra que inglês isso ou aquilo. O que importa é se essa reforma é positiva ou negativa.

E insisto na opinião da Joy, pq tudo o q eu tô falando é de orelhada, não entendo nada de linguística.
 
Última edição:
E ainda acho que deveriam estar mais preocupados em acabar com o nível de analfabetismo enorme em todos os paises de língua portuguesa (tire Portugal) do que fazer mudanças desse tipo.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra...

Claro que tem. Imagina como ficarão os gastos com novos livros gramaticais, dicionários, o aprendizado das crianças...principalmente os alunos que estão na terceira, quarta série, ter que rever tudo.

Não é apenas uma questão de mudar e pronto. E os livros, dicionários, apostilas e tantas outras formas de pesquisa e conhecimentos escritos que nós temos? Vai explicar pra uma criança que pegou um novo livro com as tais mudanças e de repente pega um com a velha língua portuguesa, cheia de palavras escritas de forma diferente...a confusão que ia ser na cabecinha dela pra distinguir :roll: qual estava errada e o motivo da mudança.


Sinceramente, isso tudo é falta do que fazer...tanta coisa mais útil e importante pra se preocupar.
 
Começo a desconfiar de que esta reforma possui interesses mais comerciais do que educacionais. Não adianta botar ou retirar acento só pra facilitar (alías, só vai facilitar pra quem tem alguma noção gramatical). O drama do português nas escolas do Brasil está na forma arcaica de ensino. Decore os verbos, funções, regências, empregue a crase etc... de um modo maçante e pouco instrutivo. Retirar os acentos não vai melhorar, a não ser que você já seja um escritor e tenha interesse em vender seu peixe em Angola, Moçambique ou outro país lusófono. Que, igualmente, não possuem uma razoável rede de ensino primário. Salvo Portugal.

Reforma na forma de ensino deveria ser a principal meta de todos os governos. Quando nosso país possuir um nível de educação comparável ao Canadá ou Japão, aí sim, pode vir qualquer reforma no idioma que a população assimilará sem traumas.
 
Mas se for ver assim, Thata, NUNCA vão ser feito as reformas. Qualquer que sejam elas.

Podem ser feitas, contato que tenham cabimento...sinceramente, considero ridícula tais mudanças. Totalmente sem propósito lógico.

Mas que seja, continuo a concordar com tudo dito pela Rossana e o Mené até agora. Aliás, muitas outras pessoas também foram coerentes com a questão das mudanças gramaticais...desnecessária quando se tem coisas muito mais importantes a serem discutidas e colocadas em prática.

Sério, a coisa continuar assim vou ter que voltar a estudar agora, pegar um curso intensivo especializado nas novas mudanças da língua portuguesa. :roll:
 
Joy ainda não entendi exatamente o que vc acha.
Vc acha que a uniformização da língua portuguesa: 1) É possível, mas está sendo mal feita; 2) Não é possível; 3) Não é válida, por ser desnecessária. 4) Ou qq outra coisa, explique.

Não é possível. Se a partir de hoje decidíssemos que TODO mundo usaria só Esperanto, em um tanto de anos o Esperanto falado em um lugar seria incompreensível para uma pessoa de região diferente. O problema de reformas que visam uniformização de uma língua utilizada em países diferentes é que ela não leva em conta a questão da influência do meio.

Na verdade, isso que eles estão fazendo é facilitar um pouco a questão da alfabetização, na qual não mais existirá tantas normas. :hihihi: Não que eu concorde. :blah:

Não, não é isso. Aliás, insisto em algo que já falei em páginas atrás: os preguiçosos que acham que o português ficará "mais fácil" por causa desta reforma, estão MUITO enganados.

Eu acabei de dar um motivo. Se vc acha que é sem pé nem cabeça, justifique... Além do mais, reformas na língua são normais, que eu saiba. Senão ainda estaríamos escrevendo pharmácia, etc...

Reformas são normais. A questão é que são normais quando estão acompanhando a evolução de uma língua, e não quando estão a impondo (que é o que está acontecendo).

Sim, Portugal tem que entrar no acordo. Agora, por outro lado, o Brasil tem cacife pra bancar a reforma sem Portugal.

"Bancar a reforma"? WTF? A reforma (que já é imbecil) fica simplesmente SEM SENTIDO se pelo menos um país de todos que se comunicam utilizando o português ficar de fora. A idéia não é uniformização? Que uniformização é esta feita pelas coxas, deixando de lado justamente Portugal, berço da língua em questão?

Tá, então quais são os aspectos que deveriam ser tratados? Pq vcs tão desdenhando a padronização gramatical e abordando aspectos fonéticos e os regionalismos, sendo que o mais importante é realmente o aspecto gramatical, não?

ORTOGRÁFICO. Mais uma vez: or-to-grá-fi-co. Não dá para dizer que é uma reforma "gramatical". E é justamente este o problema: ela não vai mexer uma palha em questões como pronomes, verbos e afins. Não considerará questões como fonética e nem semânticas (bicha em Portugal continuará significando algo diferente daqui, por exemplo).

Aliás, o Brasil é um bom exemplo de uma língua unificada e padronizada, apesar dos regionalismos. Mil vezes melhor que vários países que tem 2 ou 3 línguas oficiais.

Unificada e padronizada desde quando? Dá uma passada nas discussões de tengwar para ter uma idéia de como a coisa funciona. Aliás, já que você entrou nos méritos do "mil vezes melhor": melhor COMO? Porque, sinceramente, são raros os brasileiros que dominam a variante padrão (que seria o equivalente à língua "unificada e padronizada" que você diz).

E não adianta ficar de birra que inglês isso ou aquilo. O que importa é se essa reforma é positiva ou negativa.

Sabe o que é pior, Bruce? Ela não é nada. Nem positiva, nem negativa. Ela não vai conseguir atingir o que propõe (uma 'unificação'). Aliás, só para ilustrar o que estou comentando sobre o problema de só mexer em sinais ortográficos: li em algum post aqui no tópico que livros do Brasil não precisariam mais ser traduzidos para os outros países. E como ficamos com palavras que eles desconhecem, palavras que têm sentido diferente para nós ou sentenças que são simplesmente agramaticais em determinados lugares?

Como disse, não é mexer em crase e acento de encontro vocálico que vai fazer a diferença. E mexer em qualquer outra coisa fora isso, seria um CRIME contra nossa cultura.
 
ORTOGRÁFICO. Mais uma vez: or-to-grá-fi-co. Não dá para dizer que é uma reforma "gramatical". E é justamente este o problema: ela não vai mexer uma palha em questões como pronomes, verbos e afins. Não considerará questões como fonética e nem semânticas (bicha em Portugal continuará significando algo diferente daqui, por exemplo).
Entendi e concordo. Mas os últimos argumentos usaram "regionalismo" e "fonética".

Unificada e padronizada desde quando? Dá uma passada nas discussões de tengwar para ter uma idéia de como a coisa funciona. Aliás, já que você entrou nos méritos do "mil vezes melhor": melhor COMO? Porque, sinceramente, são raros os brasileiros que dominam a variante padrão (que seria o equivalente à língua "unificada e padronizada" que você diz).
Aí o problema é de alfabetização, o q na minha opinião, não invalida o fato do Brasil ser o 4 maior país do mundo e ter uma língua só. Eu vou do Oiapoque ao Xuí falando português e todo mundo vai me entender.

Joy disse:
Sabe o que é pior, Bruce? Ela não é nada. Nem positiva, nem negativa. Ela não vai conseguir atingir o que propõe (uma 'unificação').
É, deu pra perceber.

Podem ser feitas, contato que tenham cabimento...sinceramente, considero ridícula tais mudanças. Totalmente sem propósito lógico.
Tails, eu nunca fui a favor da reforma. O problema é são os questionamentos periféricos ao invés de atacar o centro da questão (coisa que inclusive pedi q a Joy fizesse). Coisas como rever livros didáticos, a birra com o inglês, "deveriam se preocupar com outra coisa", desviam o foco da discussão, imo.
 
Entendi e concordo. Mas os últimos argumentos usaram "regionalismo" e "fonética".

"Regionalismo" não deixa de ser um termo até relevante, se expandirmos para o mundo. Aliás, um dos pontos que tenho insistido contra essa reforma, é que a língua é um reflexo da cultura de um país (aliás, mais do que um reflexo, é um dos elementos principais). Querer "unificar" é querer fazer de conta que não somos todos diferentes. É negar nossa história, negar o que fez do português que falamos aqui hoje em dia ser o que é. Isso inclui palavras indígenas, por exemplo.

Aí o problema é de alfabetização, o q na minha opinião, não invalida o fato do Brasil ser o 4 maior país do mundo e ter uma língua só. Eu vou do Oiapoque ao Xuí falando português e todo mundo vai me entender.

Bruce, compreenda: antes de mais nada, há uma distinção entre o português escrito e o falado. Através do escrito é até possível atingir uma "unificação", mas do falado, NUNCA o será. O fato de você entender o que se diz de Oiapoque ao Chuí não significa NEM DE LONGE que o português falado é padronizado, entende? Vai desde o "rrrrr" de um caipira falando porta até palavras cujo significado alguém do nordeste discorda de alguém do sudeste, ou de que alguém do norte simplesmente desconheça de alguém do sul. O português falado no Brasil NÃO É unificado, nem de longe.


É, deu pra perceber.

E é aí que eu entro com o "Então para quê?"

Tails, eu nunca fui a favor da reforma. O problema é são os questionamentos periféricos ao invés de atacar o centro da questão (coisa que inclusive pedi q a Joy fizesse). Coisas como rever livros didáticos, a birra com o inglês, "deveriam se preocupar com outra coisa", desviam o foco da discussão, imo.

Não há um "foco da questão". A reforma é inútil porque não fará o que propõe fazer (ponto).
 

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