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Sobre Ingwë, Rei de todos os elfos

Bem, tudo o que você disse é verdade. Fui eu que em expressei mal. Eu quis dizer que ele devia ter ido liderar a hoste dos Vanyar na Guerra da Ira.
 
Ingwë tinha mesmo que agir com cautela. É dito que o mal continuou a espalhar na terra fora de Aman e a última coisa que um governante iria querer seria mandar seu povo numa missão sabendo que fatalmente seus corações voltariam mais sombrios das batalhas. Ele só faria, como realmente fez, se houvesse a benção de Manwë.
 
Além do amor a Manwë, havia um forte senso de responsabilidade, um espírito ético, uma sabedoria grande demais. E creio serem os vanyar e seu rei tão belos, fortes e sábios de uma forma poderosa e diferente graças à sua quase simbiose com Valinor e com os Valar que vermos Finwë como Rei Supremo pode ser estranho para alguns. Isso porque ele não faz o tipo guerreiro talvez como Fingolfin...

Ainda assim, imaginem como muito teria sido diferente se os vanyar tivessem ido com os noldor. Não só Morgoth teria muito mais dores de cabeça como a Terra-Média seria ainda mais bela.
 
Pegaram pesado com Ingwë, não acho que ele seja inutiu, acho que ele tem seu papel, como todos outr os "Elfos poderosos", mas se for comparar, ele seria o menos importante, apesar de euconcidera-lo um grande Elfo e muito sábio!
 
Pegaram pesado com Ingwë, não acho que ele seja inutiu, acho que ele tem seu papel, como todos outr os "Elfos poderosos", mas se for comparar, ele seria o menos importante, apesar de euconcidera-lo um grande Elfo e muito sábio!

Concordo. Ingwë definitivamente teve o seu papel: ficar babando ovo de Manwë, enchendo a bola do sujeito...

Faço coro aos hostis ao vanya. Considero Ingwë mais do que inútil: covarde. Mandar o filho pra Guerra da Ira? Por que não foi ele em pessoa comandar seus exércitos?

Que grande feito ele possa ter feito? Caçar esquilos em Aman? :disgusti:
 
Para mim a autoridade de Ingwë perante todos os elfos era uma autoridade de caráter apenas moral (tal qual o arcebispo da Cantuária é para a Igreja Anglicana, talvez), e não uma autoridade de fato, e nesse sentido ele fez sim seu papel, como modelo moral, ou modelo de rei - manteve seu povo na melhor condição possível, sendo os vanyar mais próximo ao povo dos Poderes. Ao entrarem na rebelião, os elfos não levaram em conta (ou levaram e relevaram) essa autoridade, então não resta muito a Ingwë o que fazer. Quem deve agir, de fato, é o rei ou líder de cada povo, e não o "Rei de Todos os Elfos", que, como disse, parece-me um cargo simbólico e ilustrativo.
 
Eu vejo Ingwë mais como um o Rei Supremo da Britânia , em meados do século V/VI.

Naquela construção hierárquica, haviam os reinos todos com seus respectivos reis. A maioria se filiava, ou melhor, prestava apoio ao Rei Supremo, isto é, o Rei que tinha um coeficiente de riquezas (Ovinos, caprinos, bovinos e equinos), exércitos, poderio e influência maior que o dos outros. O que ele fazia? Presidia conselhos, dentre outros eventos "festivos". Algo como o Thain do Condado. Havia reinos, dentro da Baixa Britânia (praticamente Gales e a Inglaterra; excluo a Irlanda, a Escócia e os invasores saxões), que não prestavam apoio ao Grande Rei.

Parafraseando, Fëanor era o rei de Powys, um dos reinos britânicos aversos ao Grande Rei, enquanto Ingwë era o rei de, sei lá, Kernow, Gwent, Dumnonia...

Ingwë era o rei supremo por ser o mais superior de todos: o primeiro dos elfos a chegarem a Aman, talvez o mais bem quisto pelos Valar. Fëanor, na condição de Rei dos Noldor, retirou seu apoio ao Grande Rei, posto esse, que como disse Haran, era meramente simbólico.
 
Eu vejo Ingwë mais como um o Rei Supremo da Britânia , em meados do século V/VI.
Parafraseando, Fëanor era o rei de Powys, um dos reinos britânicos aversos ao Grande Rei, enquanto Ingwë era o rei de, sei lá, Kernow, Gwent, Dumnonia...

Ingwë era o rei supremo por ser o mais superior de todos: o primeiro dos elfos a chegarem a Aman, talvez o mais bem quisto pelos Valar. Fëanor, na condição de Rei dos Noldor, retirou seu apoio ao Grande Rei, posto esse, que como disse Haran, era meramente simbólico.

Não sei se dá pra concordar com você nesse ponto, pelo menos não integralmente. Vamos por partes:

1-A posição de Powys era rebelde, revoltada mesmo contra o Grande Rei ou contestava sua posição, ou qualquer coisa parecida. A rebeldia noldorin era contra sua permanência em Aman, ancorada no desejo de novas terras. Nada há de político nesse história além da esperança de liderar os noldor e fundar inúmeros reinos nas paragens inexploradas e selvagens das Terras de Cá.

2- Enquanto a briga Powys-Dumnonia era uma disputa pelo poder, nunca houve nem mesmo uma rivalidade entre os noldor e os vanyar, nem mesmo contendas por terras. Aliás, todos os elfos amavam os belos-elfos, considerando-os algo como plenitude da elficidade, espelho da glória dos Valar. Eram tidos em alta conta, mais que alguns Maiar.

3-Havia uma rivalidade diferente: 'Eru não nos criou para ficarmos presos nessa terra estreita', pensava Fëanor. Eles contestavam a autoridade dos Poderes em lhes imputar uma vida trancados em Aman, mas não contestavam seu poder. Em outras palavras, os noldor queriam a liberdade, certos de que esta era sancionada por Eru, a vingança (Filhos de Fëanor e o próprio) e se livravam da autoridade dos Senhores, mas não duvidavam de seu poder nem ousaram desafiá-lo em qualquer ponto que não envolvesse sua fuga. Fëanor não era idiota, não era um Ar-Pharazôn.
Já Powys desafiava abertamente todo e qualquer tipo de privilégio do Grande Rei, qualquer autoridade e sanção que ele pudesse impor, Powys resistia, lutava contra essa autoridade. E eram ambos reinos humanos, não um de deuses e outro de mortais.

4-Não como dizer que esse posto de Grande Rei fosse puramente simbólico. Uther tinha autoridade reconhecida em toda a Britânia, refutada somente por Powys e Silúria. Ele liderava os exércitos dos outros reinos, firmava sua lei como válida para todo o território e tinha influência política. O mesmo se pode dizer de Ingwë: poder simbólico, como rei, mas como líder, todo elfo o venerava.

5-Como já disse, a submissão dos elfos aos vanyar é ilusória. Eles eram respeitados e Ingwë venerado, eram fiéis aos Valar. Por isso quando os noldor desobedecem aos Valar (o que não implica necessariamente em dizer que os noldor desafiaram o poder dos Valar, contestaram sua autoridade e etc, mas só desobedeceram a uma lei) e fogem para a Terra Média, os vanyar são sensatos e tentam dissuadí-los. Por que? Pelo elo de amizade, irmandade que os unia, embora pela própria perfeição vanyarin, fosse menor do que o que havia entre os teleri e os noldor. E pela sabedoria e bom senso dos primeiros que enxergavam o poder de Melkor, vendo a empreitada fëanoreana como uma loucura e prevendo que Eru não deixaria nada de bom lhes acontecer por essa simples desobediência aos Valar.

Concluindo, a Britânia apresentava uma típica disputa pelo poder. Em Arda, vemos amigos sendo fiéis aos seus Senhores e se recusando a acompanhar seus irmãos pela grande sabedoria que possuíam. Como se desculpar por terem sido tão fiéis, como se isso precisasse de desculpa? Lutando na Guerra da Ira.
 

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