Voltando ao assunto aí de cima.... Tbm detestei Devil my cry!!!
O problema do anime de DMC é que foi feito com o propósito único e exclusivo de fazer dinheiro. A trama principal da série de jogos não tem influência alguma, e nem contribuem de qualquer maneira para o entendimento da mesma. Como eu disse, apenas queriam fazer dinheiro com um personagem carismático e um título famoso.
Mas o que me irritou em demasia, além da completa falta de história e nexo, foi a decepção por não ter visto algo que esperei com total ansiedade desde o primeiro episódio. Decepção total e completa.
Mas vamos às minhas sugestões de animes desconhecidos:
El Cazador de la Bruja: Apesar de ter uma história simples, sem nada de revolucionário, dá pra dar bastante risada, e as personagens são bem carismáticas. Um ponto interessante é que, apesar de as duas protagonistas serem mulheres, nenhuma delas é qualquer beldade, apesar de ainda serem bonitas de rosto, teoricamente.
Destaque para algumas bizarrices, como a franquia de tacos (aquela comida mexicana; sim, o anime se passa por aquelas bandas, nada de japoneses) que aparece em todas as cidades que eles vão (e na qual as personagens chegam inclusive a fazer bicos para juntar dinheiro), ou o casal de travestis caçadores de recompensas que perseguem uma das personagens. O final também é surpreendente em alguns pontos.
Bom, posso dizer que me senti realmente mal quando terminei de assistir, por saber que tinha acabado.
Gungrave: anime de mafiosos. O ponto forte da série está nos episódios que tratam do passado (entre o 2º ou 3º e o 15º, + ou -). Nesses, a ação é boa, sem viagem, temos drama e tudo o mais. Os episódios do futuro, infelizmente, são uma porcaria, mas a coisa melhora pouco depois do 20º, quando o protagonista perde a roupa ridícula e a arma tosca, e o anime também volta a se focar um pouco mais no drama, ao invés da ação sem noção. Destaque pro chefão da máfia que é a cara do Al Pacino no terceiro filme do Poderoso Chefão, e pro irmão perdido do Spike Spiegel que aparece no começo da história passada.
Black Lagoon: Já foi mencionado, mas vale a pena repetir. Como já foi dito, é cheio de ação e nem um pouco politicamente correto. Traz inúmeras referências a fantasmas do passado, como o nazismo, e à disputas por poder, e a sujeira delas resultante. Uma das coisas mais interessantes é a completa falta de julgamento moral. Em nenhum momento, se é apresentado o que é certo e errado, apenas os pontos de vistas das personagens, aquilo que elas
acham que seja certo ou errado.
Também nota-se a evolução e mudança dessas personagens, conforme são influênciadas pelo convívio e pela rotina. Destaque especial para a Igreja da Violência, e suas freiras traficantes de armas. A série também possui dois episódios desgraçados, que valem por ela inteira. Se alguma vez eu quis saber como era sentir pena de um (na verdade, uma) psicopata (termo ilustrativo), os dois primeiros episódios da segunda temporada realizaram esse meu desejo. Foi consideravelmente perturbador.
Bastard: desconhecido apenas para a geração mais nova. O anime leva o nome por causa do protagonista, um verdadeiro filho da p*. A história fala sobre um pirralho, Luche, cujo corpo abriga a alma do feiticeiro mais poderoso que já existiu. Quando o reino em que vivem é ameaçado por seguidores de uma deusa das trevas, a única esperança resta em libertar o dito feiticeiro do corpo de criança. Para isso, é necessário um beijo de uma dama virgem. Para a sorte de todos, temos a jovem princesa do reino, que se oferece para o serviço, pelo bem de todos. Mas, para o choque de seu pai, a pureza dela não é a esperada, e o beijo não funciona
.
A esperança recai então na jovem filha de um dos maiores sacerdotes do reino, e o beijo dela, para a
legítima sorte de todos, faz efeito. Mas existem dois poréns. O primeiro, é que o pai dela doi um dos sacerdotes que aprisionou um mago megalomaníaco que 15 anos antes quase dominara o mundo. O segundo, é que o feiticeiro no corpo desse garoto é justamente esse mesmo ser. Cretino, machista, arrogante, briguento e tudo o mais, Dark Schneider, o mago em questão, resolve não erguer um dedo pra fazer qualquer coisa por eles. De fato, eles poderiam se considerar sortudos de ele não tê-los matado.
Maas, obviamente que a coisa não continuaria assim. Acontece que o tal Luche, que não merece nem designação como coadjuvante por sua participação e importãncia no anime, tem sentimentos fortes pela dita filha do sacerdote, Yoko. Como ele e Dark Scheneider são o mesmo, apesar de tudo, esse sentimento influencia o feiticeiro, que dissolve o mago inimigo em ácido, quando este tenta machucar sua garota, salvando o dia, contra sua vontade.
Isso é apenas o começo, e de maneira bem resumida. Dark Schneider é o exemplo bizarro de anti-herói que, por motivos egoístas e nada nobres, acaba fazendo o bem, de maneira geral. Prepotente ao extremo, ele também é do tipo que vence força bruta usando mais força ainda, só pra mostrar que é o melhor, no final das contas. Ele também é sádico e mulherengo, tendo a fama de ter possuído 400 mulheres em seus dias passados.
À despeito de seu aparente caráter, é praticamente impossível não gostar dele, ainda mais conforme a história segue seu rumo, e vemos atitudes realmente surpreendentes de sua parte.
Enfim, é um excelente anime pra se dar risada, e altamente recomendado pra quem está de saco cheio das frescuras comumente presentes nos mesmos, com relação a relacionamentos amorosos.
Também há dezenas de referências à bandas de rock e metal dos anos 80, presentes desde em nomes de magias (Venom, Megadeth) até nos nomes dos reinos (Metallicana) e divindades malignas (Anthratax), entre muitos outros. Até mesmo King Diamond faz uma ponta, como um vilão independente.
Hilário e altamente recomendado, é uma pena que muitos ainda não tenham sequer ouvido falar nele. Assistam, e garanto que não irão se arrepender.
Cansei, outra hora falo de mais algum...