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Pronúncia

Se você pronunciar ao menos "siumaríliõ", "légolas" e "áruem" errará mais ou menos como Bilbo, Peregrin ou Samwise, tendo em conta que para nós o português é a Língua Geral, assim como Tolkien disse que quem disser "unôutimi" por "únótime" errará pouco mais que estes personagens. A pronúncia correta é pelo contrário:

"Silmarillion" ["sil-ma-ríl-li-onn"] ('l' espanhol, francês, italiano, como em "lobo"; 'l-l' dobrado, pronunciado um após outro, como em italiano "illuminare"; 'n' final pronunciado claramente, como em espanhol e italiano, ou seja, sem nasalizar a vogal anterior)
"Legolas" [lê-go-las]
"Arwen" [á-rwenn] ('w' semiconsoante, como em "quadro"; 'n' final pronunciado claramente, como em espanhol e italiano, ou seja, sem nasalizar a vogal anterior)
 
Manú Arwen disse:
Podem achar besteira mas tenho duvidas sobre como se pronucia SILMARILLION, ARWEN, LEGOLAS, sempre que os ouço no filme não consigo entender direito e gostaria de poder pronuncia-los melhor.

Pronuncia-se silmarIllion (eu acho), Arwen , LEgolas .
Não deixe de perguntar por achar besteira. É bom que todas as dúvidas sejam tiradas , e levadas à sério. É uma forma de valorizar a coisa, e não deixar que aconteça como acontece com o português e outras línguas : "nós vai? é mermo?"
 
O que acontece, Araglar, com o português e com as outras línguas? A forma "nós vai" ou a aspiração do /s/ em "mesmo" são formas tão portuguesas, tão legítimas quanto a forma padrão "nós vamos" ou a pronúncia sibilante, [mêzmu] ou [mêjmu]. Quando se lida com línguas, é absurdo dizer que um dialetalismo, uma variante da língua que forma a sua riqueza, não passa de um erro. Um erro, e grosseiro, é dizer que um brasileiro fala incorretamente o português, tendo aprendido esta língua dentro do berço e fazendo uso dela como primeira língua desde então! O que, meu caro Araglar, é formas prestigiosas e formas estigmatizadas, dois conceitos que se intercambiam de acordo com o contexto. Entre amigos, não dou importância a uma concordância como "os gato{s}"/"as gata{s}", e talvez fosse estigmatizado se o fizesse sempre. Pelo contrário, devo ser mais cuidadoso quando falo, por exemplo, aos meus alunos.
 
Lingwilóke disse:
O que acontece, Araglar, com o português e com as outras línguas? A forma "nós vai" ou a aspiração do /s/ em "mesmo" são formas tão portuguesas, tão legítimas quanto a forma padrão "nós vamos" ou a pronúncia sibilante, [mêzmu] ou [mêjmu]. Quando se lida com línguas, é absurdo dizer que um dialetalismo, uma variante da língua que forma a sua riqueza, não passa de um erro. Um erro, e grosseiro, é dizer que um brasileiro fala incorretamente o português, tendo aprendido esta língua dentro do berço e fazendo uso dela como primeira língua desde então! O que, meu caro Araglar, é formas prestigiosas e formas estigmatizadas, dois conceitos que se intercambiam de acordo com o contexto. Entre amigos, não dou importância a uma concordância como "os gato{s}"/"as gata{s}", e talvez fosse estigmatizado se o fizesse sempre. Pelo contrário, devo ser mais cuidadoso quando falo, por exemplo, aos meus alunos.

Olá , meu caro Lingwilóke.
Sim , é grosseiro dizer que é um erro ouvir de uma pessoa "nós vai" , quando este é seu único conhecimento da lígua. Não culpa-se aí a pessoa , mas sim o primeiro a infrigir as normas cultas. Mas prezo muito o correto falar de uma língua, seguindo suas regras, e penso que o regionalismo e criação de expressões coloquiais deveriam ser um acréssimo ao vocabulário , sem infrigir o que antes foi dito como certo por convenção. Eu tento ao máximo falar corretamente no meu dia-a-dia , e é assim que EU penso , sem pretenções de influenciar ou criticar ninguém . EU valorizo isso , entende ?
E sendo o quenya uma língua ainda nova e misteriosa para a maioria de seus aprendizes , devemos primeiro aprender a falar da maneira mais correta possível , tirando toda e qualquer dúvida , para depois , aí sim , vir a fazer nossa criações de expressões , gírias, frases coloquiais (e espero eu , tudo dentro da norma culta da língua).
Então, meu "broder" :) , regionalismos acontecem e erros gramaticais vêm à medida que o desconhecimento da gramática aumenta , mas creio que vc concorda comigo que para se aprender uma língua nova, deve-se prender bastante a usá-la perfeitamente , para depois se tomar intimidade, não concorda ?
 
Caro Araglar, você pode fazer o que quiser, dentro de certos limites que a langue trata de impor. Eu mesmo devo dizer porém que o português é uma língua de cultura, pelo que tem uma norma culta, embora no Brasil não esteja bem definida, uma norma culta que se destina a ocasiões cultas. Se você deseja fazer uso dela sempre, com os seus pais, entre os amigos e na bodega do seu Zé na esquina, é uma opção, mas há de certo o risco de estigmatização.
Quanto ao surgimento e à vitalidade de dialetalismos e de gírias (“expressões coloquiais” atingem mais freqüentemente a morfossintaxe que o vocabulário), não há fortes relações com o conhecimento da gramática tradicional. Eu a conheço bem, como é da minha alçada (aproveito para lhe ajudar, o correto, segundo a GT, é “não se culpa aí”, ou melhor, “não se culpa então”, deixe “aí” com a sua função locativa tradicional), mas não deixo de utilizar os dialetalismos e as gírias que são próprios do meu meio, e em tal meio (de pessoas que passam a manhã ou a tarde inteira em contato profundo com a língua) não conheço ninguém que aja diferente. As línguas, amigo, não avançam nas penas dos gramáticos, e sim na boca do povo, que a aprendeu com as gerações devanceiras, seguindo a lei do menor esforço (razões intralingüísticas) e adequando-se ao contexto contemporâneo (razões extralingüísticas). Não pense que estou esvaziando a função da gramática normativa, há que respeitar e reconhecer a sua importância, mas não deveria ir muito além de manter a unidade da língua, respeitando a sua diversidade, o que não acontece com a gramática normativa da língua portuguesa do Brasil, que necessita de uma reforma faz bastante tempo.
Algo dito por você está correto, na aprendizagem de uma língua estrangeira, é preciso tentar reproduzir as formas normativas, se bem que os erros se devem mormente à introdução de formas da língua própria no sistema estranho. É totalmente incorreto falar por exemplo em quenya “Quenta on Atani”*, ou dizer “Atâni” quando a única pronúncia é [átani] e [ã] nasalizado não há sequer. Da mesma maneira, é absurda a estrutura em português “A estória homens dos”*, mas qualquer falante da língua galego-portuguesa compreenderá as variantes [á ixtÓriâ duz Ômi], própria do nordeste do Brasil, [â ixtÓryâ duz Ómãix], própria do sul de Portugal ou [á êstóryá dôs ómês], própria do oeste da Galiza.

Creio que cabe aqui o poema de Oswald de Andrade:

"Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso, camarada,
Me dá um cigarro."
 
Manú Arwen disse:
:o?: Como se pronuncia Manwë, Aulë?

Manwë -

Acho q o "a" é bem aberto, como "azul", bem como todo "a" quenya.
O "we" deve formar um hiato, tipo "u-ê", com o "e" um pouco longo, prolongado, tipo , Má-nu-êe ....
Rsrs, ñ sei codificar uma pronúncia, rs ...

A mesma coisa para Aulë ...
 
Não, o 'a' de "Manwë" se pronuncia como o corresponde português de "casa" ou de "vaca", porque o 'a' de "azul", por ser átono, é levemente fechado, uma diferença que o alto-élfico não conhece. O segmento 'nwe' não constitui um hiato, 'we' deve ser produzido como o 'üe' português em "cinqüenta", sem a nasalidade, é claro.
Quanto a "Aulë", a primeira sílaba se diz precisamente como o ditongo português de "aula".
Nas duas palavras o 'e' final, marcado com um trema, soa fechado, e o acento tônico recai sobre a primeira sílaba, isto é, [mánwe], [áwle].
 
Ok, vamos lá voltar aos tópicos de ajuda... até hoje não aprendi a pronunciar "Aiya" ou "Ayia" ... não me lembro como se escreve ... mas como se pronuncia ??
E Lingwilóke, só pude ver sua resposta agora .... e Oswald de Andrade estava certo :) mas vc falou "embolado" demais pra mim :) Deixam-se as desavenças de lado , e falemos como a poesia , e que assim seja a língua
 
A pronúncia da palavra "aiya" não é muito fácil para os falantes do português. A primeira sílaba é um ditongo, como o de "cantai". Na segunda sílaba, o 'y' não representa, como se pode pensar, uma semivogal, mas se trata na verdade duma semiconsoante, que a aparece só eventualmente na nossa língua, mas que está bem presente noutras línguas de cultura, como o espanhol ("yo"), o inglês ("yes"), o alemão ("ja") ou o italiano ("ieri"). A pronúncia é portanto [ái-ya], com o 'y' pronunciado como o 'y' inglês ou o 'j' alemão.
 
Hehehehe, poxa Taura, não dá trégua pro cara, né?

Mas bem, para que essa mensagem não se torne um flood completo, digo que concordo com o Lingwilóke: lingüística nunca foi uma ciência exata. Você não pode esperar que 170 milhões de pessoas no Brasil falem a língua portuguesa da mesma forma. Nem nos Estados Unidos eles conseguem fazer os seus 220 milhões falarem do mesmo jeito o inglês com um sistema de ensino muito melhor! Tirando um exemplo da minha terra, o dialeto utilizado em Porto Alegre é muito diferente do utilizado em Bagé, que também vai ser diferente de Santa Rosa, embora nem tanto quando entre Porto e essas duas localidades, tanto em vocabulário quanto na gramática. Francamente, Santa Rosa e Bagé falam um português muito mais correto no aspecto gramatical do que Porto Alegre, mas precisamos de um "Dicionário de Gauchês" para compreender os vários termos utilizados nessas cidades por causa do estilo de vida, mas não deixa de ser português.

Puxando para o lado tolkieniano, isso não é incomum entre os elfos. Os nomes de todos os filhos de Fëanor estão em um dialeto do norte de Beleriand, mas nem por isso deixam de ser em Sindarin (Celegorn > Celegorm). Em Aman o "povão" decidiu trocar o TH pelo S no Quenya, e isso se tornou um símbolo da divisão entre os elfos Feanorianos e os que apoiavam Fingolfin. Frodo, acostumado com o estudo de um Sindarin que ao mesmo tempo que não era culto, não era vulgar, mas era formal, não conseguiu compreender várias palavras dos elfos de Lórien, e Legolas (cujo próprio nome é uma variação de Laegolas) admitia que o sotaque era meio estranho, mas compreensível. Não deixava de ser Sindarin.

Resumindo tudo: acho que o ponto ao qual o Lingwilóke quis chegar é o seguinte: você não vai morrer se não pronunciar Quenya como "Qüenha", ou Isildur, apenas não vai ser a forma formal de pronunciar estas palavras. Foi assim que o Indo-Europeu se transformou em 16 ramos diferentes (acho que é esse o número) que formaram mais línguas ainda entre eles. Mas é aconselhável, já que o Quenya, o Sindarin, etc. são línguas-arte, que foram feitas com a estética em mente, o que certamente inclui a fonética. Cada língua tem seu uso. Houve uma época em que haviam vários dialetos do latim porque era uma língua de uso diário, e um senhor não podia falar com um escravo de maneira culta, pois o escravo não entenderia. Hoje em dia você precisa do latim para propósitos científicos, manter padrões, o que significa que a fonética também precisa de um padrão tanto quanto a escrita. Se você acha que a palavra _Caesar_ fica mais bonita como "Chézar" do que o correto "Kaezar", e _ómáryo_ fica mais bonita pronunciando "ómário" do que da maneira correta, onde "Ó" é mais fechado e longo do que "O", assim como o "Á" relativo a "A', e o "Y' modifica o som do "R" ao invés de ser independente, é seu gosto pessoal. Só não espere ser compreendido prontamente.


Sére!
 
Até hoje eu não entendi uma coisa...
Quando a vogal deve ser pronunciada aberta e quando deve ser fechada (é, ó / ê, ô)?

Alguém poderia me ajudar nisso?
 
aki, o PH em sindarin e pronunciado como f? e no caso do adûnaico?
Em ambos os casos PH tem som de F. Até mesmo no português foi assim antigamente.

Quando a vogal deve ser pronunciada aberta e quando deve ser fechada (é, ó / ê, ô)?
Quando uma vogal não tiver acento algum, ela deve ser pronunciada de maneira normal. Quando ela tem o acento agudo (á é í ó ú ý) ou o acento circunflexo (â ê î ô û ^y) ela é pronunciada mais fechada e mais long, como se fossem duas vogais juntas (aa, ee, ii, oo, uu, yy).
UMA VOGAL NUNCA DEVE SER PRONUNCIADA DE MANEIRA AGUDA NAS LÍNGUAS TOLKIENIANAS!!! Ou seja, nunca existirá os fonemas E e O das palavras "perna" e "porta".


Tenn' enomentielva!
 
Bom, ñ sei muita coisa sobre as tônicas do quenya. Por isso, vou propor q alguém me indique a pronúncia d palavras simples, indicando principalmente as tônicas, (sílabas tônicas, paroxítonas, oxítonas) .... desse modo, creio q poderei extender isso para as palvras mais complexas.
Sei q essa é a dúvida d muitos, tb!!

Fico muito grato ...

ELENI
EARENDIL
ATAR
ARAN
ANAMELETYA

Em geral, como saber qual é a sílaba tônica de uma palavra??
 
Isso é muito fácil e está tudo mastigadinho na Lição 1.

Algumas regrinhas básicas:

1- Se existir uma vogal longa (á,é,í,ó,ú) é muito provável que essa sílaba leve a tonicidade.
2- Se houver uma vogal seguida de um encontro consonantal essa sílaba é tônica, se houver mais de um caso desses a preferência é da última sílaba que ocorreu o encontro.
3- Em palavras dissílabas a tonacidade normalmente é na primeira sílaba; a não ser em casos citados acima.
4- As outras (tri e polisilábicas) levam a tonicidade na penúltima sílaba; a não ser que ocorram os casos 1 ou 2.

Bem acho que isso é o básico.

As palavras que citastes acredito que levam a seguinte tonicidade:

elENi
ëarENdil
Atar
Aran
anameLEtya

As letras em MAIUSCULA indicam a tonicidade.
 

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