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Papa Bento XVI diz que Deus é responsável pelo Big Bang.

Em primeiro lugar, queria dizer que o que defendi foi que há uma linguagem religiosa, mitológica, presente em todas as instâncias humanas e isso vale para a ciência. Basta a ver a obssessão do século XIX em conhecer a 'origem' dos vários conhecimentos científicos, ou melhor, a origem do homem a partir da origem dos elementos de sua cultura e ciência. Por esse prisma, o positivismo é bem religioso. Isso lembra também Nietzsche e sua crítica ao otimismo científico, que já ele enxergava como resquício de religiosidade na totalização tirânica da vida enquanto campo de estudos científicos. Joga-se a valorização da vida enquanto manifestação estética (Nietzsche) e religiosa (Eliade) para debaixo do tapete e toda a vida torna-se objeto de estudos puramente empíricos, quantificáveis, mensuráveis.

Eu disse que o espiritismo é científico por sua doutrina ser baseada em certos estudos sobre a psiquê humana, estudos que considero mais científicos que filosóficos, isto é, tentam entender a reencarnação, por exemplo, menos pela via metafísica e mais pela via empírica, como a observação empírica de 'fenômenos' como materialização espiritual, mediunidade etc, etc, etc.
Considero essa apropriação da ciência um besteirol, isso na minha opinião, porque não entendo como se relaciona o empírico e verificável ao transcendental.
 
O fato é que ciência e religião estão em guerra des do inicio dos tempos, mas ambos não acietam a opinião do outro gerando assim uma guerra interminavel.
Quanto a Deus ter criado o Big Bang, eu sinceramente acredito nisso, inclusive faz um tempo que eu penso nisso, afinal de contas sou catolico e sinceramente acredito em Deus, mas não concordo com todos os preceitos da igreja, como não poder usar anti-concepcionais, sexo só pra reprodução e essas coisas.
O problema da igreja é que ela é radical demais, e por isso ela vem perdendo muitos fiéis.
 
1. Continuem com a discussão SAUDÁVEL.
2. Parem de se provocar nas respostas e citações.
3. Entendam que opiniões são diversas de pessoas para pessoas e é por isso que temos discussões e aprendizados.
4. Vamos parar com respostas sarcásticas e ameaçadoras no melhor estilo:
"Como é que é? Matrix? “Ilusão da mente causada por um impressionismo”?
A última vez que um amigo meu veio que esse papo zero de que tudo, inclusive eu, era uma ilusão, eu dei-lhe um murro na boca do estômago, provando o quanto esta “ilusão” aqui, podia ser sólida. Mantenha suas fantasias sob controle, por favor."

5. To doida pra dar infração pra quem continuar a discutir não as questões do tópico mas apenas as suas ideologias e as impor de forma grosseira e ameaçadoras por aqui.
Respostas a esse post são desnecessárias, assim como coisas do estilo "foi tal pessoa que falou e eu só estava rebatendo".

Chega de infantilizade e sigam com o tópico que estava bem interessante
 
O fato é que ciência e religião estão em guerra des do inicio dos tempos, mas ambos não acietam a opinião do outro gerando assim uma guerra interminavel.
Quanto a Deus ter criado o Big Bang, eu sinceramente acredito nisso, inclusive faz um tempo que eu penso nisso, afinal de contas sou catolico e sinceramente acredito em Deus, mas não concordo com todos os preceitos da igreja, como não poder usar anti-concepcionais, sexo só pra reprodução e essas coisas.
O problema da igreja é que ela é radical demais, e por isso ela vem perdendo muitos fiéis.


1-religião e ciência não estão em guerra desde o começo dos tempos, porque até Galileu ambos se identificavam. Você já ouviu falar de Roger Bacon, Santo Alberto Magno, Santo Tomás de Aquino, Eckhart, Ockham? Não né?

2-a Igreja vem perdendo fieis porque a maioria de seus 'fieis' são relativistas, que não aceitam nada como dogma, como verdade absoluta porque caíram nas armadilhas do niilismo sistêmico, no individualismo contemporâneo, e em outras falácias que as afastam da obediência à Igreja.

3-pelo seu batismo você é ligado à obediência a esses dogmas que você considera 'ultrapassados'. Vem cá, sabe o que significa a palavra dogma? Se sim, vc deve saber que o dogma é imutável, não se discute, ou você obedece ou procura outra religião mais 'confortável', mais de acordo com suas preferências e opções individuais, onde você pode ser salvo sem muito esforço, sem obediência, onde vc possa pensar como e o que quiser porque você é livre como ditam as ideologias modernas.

4-a verdade é imutável. A Igreja muda a forma como aplica a vivência da fé, mas a fé é a mesma, pois Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre. Os dogmas, verdades, preceitos são o mesmos. Se você duvida da Igreja, o que faz nela, o que faz você perseverar nela? Ou é preguiça de assumir os valores cristãos, trocar sua subjetividade pela objetividade de Cristo, Mestre da Verdade? Ficou com medo de assumir uma vida sexual dentro do casamento sem camisinha e para procriação, que é finalidade NATURAL do casamento e de toda união carnal como manda a Igreja católica? Pede água.
 
1-religião e ciência não estão em guerra desde o começo dos tempos, porque até Galileu ambos se identificavam. Você já ouviu falar de Roger Bacon, Santo Alberto Magno, Santo Tomás de Aquino, Eckhart, Ockham? Não né?

Isso é ad ignorantiam.
1. Se a humilhação de Galileu nas portas de Roma não é fato o suficiente para oferecer um rompimento entre religião e ciência, então é só ver as publicações no[ame="http://en.wikipedia.org/wiki/Index_Librorum_Prohibitorum"] Index[/ame] até 1945. (Edit: [ame="http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_authors_and_works_on_the_Index_Librorum_Prohibitorum"]Lista do Index[/ame])

E tem mais, colocar Tomas de Aquino e Francis Bacon em um mesmo "prato" é julgar sem evidências, não entendo qual a relação que ambos tem. A ciência dos medievais é diferente da ciência dos modernos que por consequência é diferente da nossa ciência.
 
mas aí você fala de um incidente histórico. Mendel era monge beneditino, não? Não estou comparando, é claro que não se pode falar de ciência medieval dissociada da religiosidade, mas também não vejo ciência moderna dissociada de ideologia.

E o Index não existia por obscurantismo. Se alguma 'verdade' vai contra a fé era bem da mentalidade religiosa indexá-la. Isso que eu não entendo: não se trata de impedir o acesso ao conhecimento mas alertar os fieis dos perigos morais e filosóficos de ideias que vão contra a verdade cristã.

Acho justíssimo.
 
Respondendo a tudo, e não, meu comentário anterior não diz respeito a tudo q esta ai embaixo, só o que eu vi de agressivo sem a menor necessidade.
O que a ciência admitiu é que o efeito placebo ocorre. Mas ela não faz a hipótese da consciência para isso - o que ela afirma é que processos cerebrais ligados a crença de que se vai melhorar (crença empiricamente constatável - é só perguntar ao paciente) é benéfica. Afirmar, além disso, que há consciência ou alma, seria cientificamente supérfulo.
Sim, mas “crença de que se vai melhorar “ é o que? Um processo químico reproduzível? Talvez no futuro, é uma idéia bastante aceitável. Hoje em dia, não se sabe e a ciência não explica. Hoje em dia se baseia mesmo q não se saiba do que se trata, da consciência. Consciência esta q NÃO é definida pela matéria. Contestável, sim, é bastante, mas é estudavel. Padrões são estabelecidos pra diversos aspectos da pisiquê humana, senão não existiriam tratamentos para patologias mentais ou seriam invalido todos os estudo sociológicos. Não é a toa q diversos médicos estudam a influencia de rituais indígenas num tratamento, só pra citar um exemplo. Cientificamente supérfluo, depende da sua área de estudo, para o que se sabe da ciência em si é supérfluo, para a maioria das mecânicas cientificas, para muitos outros estudiosos, todo o debate e discurso envolvido na questão da alma (e não necessariamente as crenças e “verdades” em si), abandonando a questão da consciência, são muito fomentadoras de hipóteses. Mas claro, chegamos numa independência e metodologia cientifica tal q não se faz necessário o uso nem mesmo da filosofia para se aplicar a ciência conhecida. O que não quer dizer q suas fronteiras propostas não tenham uma correlação e potenciais interessantes.
Na verdade o tempo todo eu sinto q estamos falando da mesma coisa( :P ) mas com posturas diferentes.
Você separa ciência do que o ser humano vive como espiritualismo, eu vejo tudo fazendo parte de uma coisa só, do mesmo universo, e como e porque eu não sei definir de maneira incontestável, ligados num mesmo universo ou plano de existência.
Psicologia tem muito de filosófico, para não dizer místico - há muitas psicologias, apenas partes dela são científicas. Daí eu precisaria saber exatamente de que psiquê estamos falando, que conceito é esse.
Tem, bastante, nem por isto é fácil de negar suas aplicações (mesmo as mais “místicas” como inconsciente e arquétipos coletivos) em diversos tratamentos e patologias. Especificar, realmente dá, mas ai começa a entrar em pontos de estudo específicos que por si só já demandam tópicos só para os mesmos, o que difere do debate mais geral q se tem aqui e que no nosso caso descambou inclusive pro próprio conceito de alma, e agora de pisiquê, que por si só é bem amplo. Neste quote especifico basta dizer q concordo contigo! Até porque acho q vc me entende em linhas gerais.
Depende do que estamos falando. Se tu quiser definir alma = consciência, pode fazê-lo, são só palavras, mas não vejo utilidade.
É só ver a quantidade de debate e desdobramentos possíveis levantados aqui por esta mera correlação que eu já vejo uma utilidade tremenda. Pra física das partículas em si? Nenhuma. Para a utilização ética e sua objetividade consciente de qualquer pesquisa envolvida, é só um exemplo do que pode ser aplicável um debate a níveis de ”consciência” e as idéias comumente sociais que provem da mesma. E vejam bem, sei q esta parte em si é perigosa, pelo tanto q o misticismo e as crenças são muitas vezes usadas como bloqueio as fronteiras exploradas pela ciência, mas bem ou mal são elas q formam nossa ética e moral, pelo menos atualmente. A verdade é q não se sabe até q ponto tais coisas estão ligadas.
Pra mim, pessoalmente falando, as duas coisas estão extremamente ligadas, mas concordo com vc q de maneira nenhuma, nenhum dogma religioso(mas não suas implicações morais e éticas) possa ser usado como desculpa para se impedir qualquer progresso cientifico. Uma coisa é minha visão pessoal, outra coisa é o senso comum q se faz necessário a ciência.
Na discussão, para mim era claro que alma é algo imaterial que interage com a matéria, ou ao menos que serve para explicá-la ou descrevê-la de alguma maneira (o comportamento da matéria mudaria se a alma existir ou não)
Na verdade sim, o raciocínio é também iniciado por ai, talvez só atenuasse o “explicá-la” da matéria, poderia mudar para contextualizar, já q explicar a matéria em si, realmente cabe muito mais a ciência do q a filosofia. Mas a partir daí o próprio debate sobre a matéria, matéria, em relação a tudo q existe e qual sua relação com a consciência humana ou qualquer outra alegada, já é um debate bem mais amplo. Mas um debate q existe. A importância q cada um da a este debate, realmente varia.
- consciência é apenas o conhecimento de um objeto, seja do próprio corpo, dos outros corpos ou até possivelmente de coisas não materiais, conhecimento esse que de nada serve para descrever racionalmente a empiria esses objetos - serve simplesmente par afirmar que tal empiria existe, qualquer que seja ela. São conceitos filosóficos muito diferentes.

São diferentes mas q estão contidos dentro de um todo( e a questão do todo é outro debate por si só). Sobre apenas a afirmação em si e não seus debates filosóficos em separado, concordo contigo q num primeiro momento, os conceitos anteriormente utilizados ligados ao que chamamos de consciência, não são por si de utilidade cientifica para se definir seus objetos de estudo, nem fundamentais, pelo menos a ciência física conhecida, mas eu vejo como pontos de partida a conceitos q podem estar ligados a mesma.

Aí é questão de filosofia da ciência. Se ela se propõe a explicar tudo, ela almeja tomar o espaço da filosofia, por exemplo? Para mim, e muitos filósofos e cientistas, ela almeja apenas descrever fenômenos da experiência sensível, empírica, somente isso. Saiu daí não é ciência (explicar, por exemplo, as idéias platônicas, a coisa-em-si kantiana, a experiência empírica enquanto tal, etc).

E realmente tende a ser a postura de equilíbrio mais saudável, dada as áreas em si em q cada abordagem busca estudar. Uma tomar o lugar da outra, acho bem pouco útil realmente. Já separar totalmente uma da outra, ai já demanda o tanto de nível de cada aspecto se quer estudar(e eu acho q se vai estudar os dois, invariavelmente vai se esbarrar em pontos em comum, sejam eles ilusórios ou não, somente teóricos ou não).
Concordo contigo que nenhum debate filosófico é fundamental as ciências físicas, o q a meu ver não significa negar uma possível correlação, pelo menos não de maneira definitiva ao ponto de se alegar que de maneira nenhuma NÃO pode ser feita, q ir por tal caminho é um ABSOLUTO absurdo. Eu acho q isto demanda um conhecimento tal da mecânica do universo, q não possuímos ainda. O debatido aqui de inicio era justamente o quanto a ciência pode negar da área a qual não atua (e com suas próprias palavras, “Saiu daí não é ciência”) e o quanto a “filosofia” pode negar da ciência. E desde o principio me posicionei como sendo abordagem complementares não por serem necessárias uma a outra, mas por mostrarem diversos aspectos possíveis, e prováveis a sua maneira, do universo. A validade de cada método de prova é pessoal de cada um, e sou o primeiro a falar q a ciência leva a meu ver ampla vantagem!!!

Sim, mas essa recuperação milagrosa não é mais explicada cientificamente e filosoficamente pela hipótese alma, e nem mesmo pela hipótese consciência.

Na verdade em muitos casos é parcamente explicada de qualquer maneira, mas eu sou de opinião q simplesmente negar certas possibilidades q NÃO foram refutadas em definitivo é fechar todo uma gama de possibilidades q inclusive podem ser abordadas desde vivendo cegamente seus preceitos ate a maneira mais cética possível dissecado aspecto a aspecto.
Pra mim é apenas isto, não voltar as costas e fechar uma porta.
E uma coisa é q não sabemos ainda definir a importância desta porta.
E realmente, não é explicado cientificamente. Senão seria ciência :)
(Novamente estamos no campo da filosofia). Não é fé, a menos que tu amplie o conceito.
Sim sim, ampliando, embora talvez me falte competência acadêmica na área de filosofia para deixar isto mais claro.
O fato de eu ter sonhado algo (ou acreditar ter sonhado, o que é uma impressão da memória), ou sentir dor, ou ver um objeto, são todos SENSAÇÕES (ou 'sentimentos', dependendo da definição). Não são crenças sem razão suficiente, pois as sensações são elas próprias razões suficientes (assim como a experiência é razão suficiente dos conceitos científicos, você não deve provar que uma experiência é aquela que foi dada aos seus sentidos, o fato dela ter sido dada aos seus sentidos já é em si a prova suficiente). E a experiência nada mais é do que sensações dadas aos cinco sentidos (mediadas ou não por aparato experimental). Se tu definir que uma sensação é fé, não restará nada a não ser fé.
Mas é por ai q tenho ido, não sou a favor da fé cega. Vc alega sentir dor. O crente alega ter sentido o espírito santo. Nem mesmo estudando os estímulos no cérebro , já q os dois vão mostrar uma resposta, você pode alegar q sua dor é mais verdadeira q o espírito santo do outro. Comparação meio porca meramente porque o conceito de dor é muito mais comumente estabelecido claramente que o do espírito santo, mas para aquela pessoa em si não invalida seus sentidos, apenas os torna mais complexos (e a meu ver, mais suscetíveis de enganos).
Daí concordo contigo q num primeiro momentos só temos como garantia mais forte (e não plena), aquilo q nos próprios sentimos, mas a própria questão de viver em sociedade ou se construir qualquer conceito comum aplicável a todas as consciências, demanda vc pelo menos ver com plausibilidade (o que difere de aceitação plena ou cega) as sensações alheias, pelo menos elas em si. A sua causa ou real aparência, isto sim é debativel.
E eu vejo os estímulos que nos cerca, a maneira como vemos o universo, e ate mesmo nossa consciência do mesmo, como ponto inicial a qualquer estudo cientifico (não povo, com isto não quero dizer q é místico tem de se estudar cientificamente)

Eu pedi evidências empíricas da reencarnação, porque Caio disse que o espiritismo era altamente científico. Ele não apresentou nenhuma e fez uma forte defesa da vida mística e dos mitos. Joseph Campbell não faria melhor. Agora você quer me apresentar evidências, que devem ser analisadas num laboratório, me levando num terreiro de Umbanda?
Absolutamente não!!! Onde ali disse q reencarnação era CIENTIFICO??? Em qual dos meus trocentos posts anteriores? Se o caio disse isto, eu discordo e MUITO dele(e só discordo, não acho q eu detenha a verdade absoluta sobre a opinião dele). O que difere de discordar de alguns conceitos apresentados por ele sobre reencarnação. Eu não quero apresentar evidencias em laboratório, porque não sou burro já que: NÃO pratico tais experiências em laboratórios. NÃO possuo um. NÃO conheço pessoalmente quem tenha um laboratório cientifico aplicado a tal. Nem mesmo cientista eu sou. Jamais vou ter ate mesmo competência para debater certos aspectos levantados pelo FUSA por exemplo. Afora isto tenho como conceito que cada aspecto deve ser estudo de sua maneira correta, se não quiser incorrer no risco de se produzir uma quimera. E em nenhum momento me propus a tal. De onde vc tirou isto a partir do meu post, foge totalmente a minha comprensão.

Agora você quer me apresentar evidências, que devem ser analisadas num laboratório, me levando num terreiro de Umbanda?

De novo, porque ai entra outra explicação. Não. Gostaria de apresentar evidencias q muito provavelmente vc vai ter de analisar é na sua mente. Só. E inclusive, provavelmente só na sua mente, pelo menos resgatando o debate que venho tendo mais acima. Agora, a maneira como vc vai estudar estes dados, subjetivos ou não, fica a seu critério, eu pessoalmente acho um laboratório cientifico para o caso de pouquíssima utilidade.

Com o devido respeito por tal religião, o ambiente ali, carregado de carga emocional, não é o mais adequado para uma análise fria dos fatos.

Neste ponto concordo contigo, embora veja tal interferência de maneira diferente. Concordo, na parte que vejo que a carga de influencia interfira diretamente no resultado das impressões obtidas, mas este É o objetivo do ritual. Este é o grande motivo do ritual. Impressionar de tal maneira a mente para q tais e tais resultados sejam obtidos. Mesmo a alegada interferência de entidades e consciência não diretamente envolvidas, ou o prodígio pessoal, demanda esta premissa.
Já a analise fria, demanda de tudo q vc vai apreender e raciocinar, e ate mesmo apreender de tudo que vc viver ali, mas não tenho como lhe indicar viver uma experiência pessoal, sem se submeter exatamente a vivencia da mesma, e de preferência no ambiente ao qual ela é praticada, se é justamente isto q estou propondo.
Estudar os rituais em si por fora, também tem sua validade, e é isto que citei com material de estudo (e não laboratório, tal palavra não é citada ali). Vc pode sim, e alias não só pode como deve, justamente para isolar as questões das influencias do ambiente, estudar a metodologia e filosofia envolvida em tais rituais. Mas acho um tanto incompleto estudar sobre um assunto sem nunca o ter pelo menos visto posto em pratica.
E olha q esta é a minha tendência.
Qual outro ambiente eu poderia ir? No Alto Xingu assitir uma pajelança?
Ai depende. Eu por exemplo ia gostar bastante a oportunidade, mas bastante mesmo. Primeiro porque não tenho preconceito contra índios. Pelo contrario, acho uma cultura fascinante, e em muitos casos, sou de opinião que de moral ou valores muito maior q o da nossa sociedade, como o respeito e a veneração pela experiência dos mais velhos por exemplo. E segundo porque eu acho q seria um enriquecimento cultural e alem de tudo uma viagem extraordinária. Mas se vc ficaria horrorizado, se sentiria mal ou tem qualquer outro motivo para desconsiderar a experiência como algo a ser visto, então não te recomendaria não, até porque o mais provável é q seu pré conceito só atrapalharia qualquer utilidade em tal ato.
Na Igreja Universal, ver uma sessão de descarrego?
Já fui. Eu sou uma das primeiras pessoas q se vê falando contra este instituição perniciosa (em minha opinião), mas acho de uma ignorância fundamental se criticar qualquer coisa sem conhecer o que se esta criticando. Acho tão ignorante quanto à fé cega, e outro lado da mesma moeda.
Uma palestra do Castaneda?

A, esta eu recomendo, porque no mínimo vai ser preciso muita inteligência para se contestar os pontos propostos. Afinal, pode ate se dizer q ele diz absurdos, mas que este é uma cara de inteligência é. Certo ou errado.

Uma do Adauto Lourenço? (aqui eu forcei a barra, admito)

Este eu não conheço, mas deve ser um Juscelino da Luz da vida... Mas vou procurar saber quem é!

O ambiente tem que ser controlado.
Controle em q sentido? Controle pra mim no caso se estudar a mente humana pra mim se deve ter apenas no sentido de manter a própria mente o maximo possível imparcial (o que não demanda não viver as influencias, mas sim as conhecer e as pesar devidamente junto ao seu próprio raciocínio), e q se mantenha uma metodologia de estudo que vc possa utilizar como referencia e como base para suas conclusões. O ambiente em si, faz parte do estudo Oo

Se ambiente controlado, é um estado primário de situações q pode ser aplicado em qualquer situação sempre como a mesma premissa, está é justamente mais uma função de qualquer ritual!!!

Como é que é? Matrix? “Ilusão da mente causada por um impressionismo”?
A última vez que um amigo meu veio que esse papo zero de que tudo, inclusive eu, era uma ilusão, eu dei-lhe um murro na boca do estômago, provando o quanto esta “ilusão” aqui, podia ser sólida.
Existe ali toda uma gama de conceitos filosóficos estudados há milênios que o filme cita (o que difere de dizer q o filme em si seja um profundo estudo filosófico, embora alguns o considerem assim, pra mim é uma grande diversão)
Negativo. O repúdio ou aceitação só virá depois de análise ou de pelo menos estudo das situações. Mas o material citado por você, entre eles, glossolalia (vídeos pentecas são de lascar) e radiestesia, são pouco promissores.
Também acho, e principalmente, ainda mais na época de alta tecnologia que vivemos, de se comprovar tanto sua autenticidade, como utilizar tal material como parâmetro insuficiente para se utilizar de prova. Exatamente por isto os coloquei no patamar de pouquíssimo recomendável como provas. Vide o com razão ali no meu post. Agora para muitos, é suficiente para ficar intrigado e formular uma pergunta muito simples: “E se?”
A utilidade de tal coisa, vide o debate que venho tendo com o Haran Alkarin, é bastante discutível.
De qualquer maneira, a lá Sagan, se alguém me diz que há um dragão invisível, intangível, atérmico, inaudível e inodoro numa garagem, é bom pesquisa e estudo, antes de chama-lo de picareta... ou delirante.
Vide o Deus Macarrão, que a meu ver foi um resposta muito boa a exigência de se ensinar o criacionismo em todas as escolas como alternativa a teoria de Darwin. O que eu diferencio de alguém chegar pra mim alegando prodígios, QUAISQUER que sejam, mesmo um dragão invisível, ou um deus feito de massa cuja fé depende do número de piratas, e ir atrás dentro da lógica da própria pessoa de experimentar de alguma maneira (e ai experimentar num conceito bem mais amplo do que o estipulado pela ciência). Eu, não vendo qualquer sentido, ou não tirando nada a partir disto, absolutamente nada, me torna indiferente e ate mesmo inútil. Mas muitos estudiosos da mente partem dos princípios “lógicos” de tais ditos delírios da loucura para formular conceitos perfeitamente criveis e incríveis por exemplo.

Normalmente, as pessoas que atingem “outros planos de consciência” estão sob forte estimulante químico, mesmo que tal “químico” venha de seu próprio corpo.
Outro ponto q concordo contigo e também acho a explicação mais plausível, embora pra mim não se possa dizer q isto seja conclusivo. A questão do sugestionamento pesa bastante.
Qual das experiências? Com qual dos grupos místicos? Com qual das religiões?

Com quais grupos místicos e religiões, nossa, vários, mas posso citar um q de grupo místico envolvido, só envolve um médium ramatis (acho q é assim q se escreve), pq calhou dele estar lá (um amigo meu), já q foi na minha casa, sem nenhum grande ritual a principio envolvido.
Na época eu estudava alguns exercícios de radiestesia, e antes q atirem mil pedras, de maneira bem cética e com resultados bem frustrantes devo dizer. Mas nisto estou apresentando os exercícios como passatempo, já q praticamente já tinha abandonado os estudos com o pendulo, para três amigos meu, quando o pendulo começou a fazer o que chamam de “puxar”. Ele balançava consideravelmente em direção a um ponto, e quando ele vai na direção apontada, vc sente um puxão no meio da parte de cima da mão(primeira vez q tinha este resultado).
O exercício nem tinha nada a ver com isto inclusive. Bem fiquei surpreso, e quando inquirido pelos meus amigos sobre o que significava, eu falei sobre diversas teorias envolvidas em tal coisa. Claro, q a que mais despertou interesse do meu amigo q é médium da ramatis, foi a teoria q às vezes “pescamos” energia de espíritos errantes com o pendulo, tanto pela crença dele, como, para quem não sabe, pelo conceito dos ramatis ter como dogma a obrigação de ajudar espíritos q estejam em dificuldades(pra maiores informações só estudando espiritismo)
Então após achar o ponto exato onde o pendulo estava puxando, que ficava entre um amigo meu (extremamente cético) e a minha pessoa, começamos a fazer perguntas utilizando o sentido horário pra sim, anti-horário pra não, alternado linhas retas pros dois lados como “pergunta ilógica ou mal formulada”. Um conceito bem simples e geralmente bobo.
E bem discutível pela fácil influencia do operador sobre o pendulo, e a influencia de sua própria mente sobre o conteúdo do resultado obtido.
Resumindo todo o processo de perguntas, formulada pelas quatro pessoas envolvidas (estava presente mais um amigo meu), obtivemos as seguintes respostas:
Seria uma menina, criança bem nova, que teria morrido afogada, e que se dizia irmã deste amigo meu q é super cético.
E alegava q tinha morrido nesta encarnação dele.
O que era bem estranho, pois este amigo meu tem dois irmãos e uma irmã, mas nenhuma estória de ter perdido uma irmã afogada.
Bem, nisto o meu amigo ramatis para e diz pra gente q sente vontade de fazer uma sessão de receber o espírito para saber qual era o problema dele (não conseguíamos esta resposta via pendulo), o que vim a descobrir inclusive é um erro dentro do ramatis tremendo proceder desta maneira.
Nisto inquirimos o espírito se ele gostaria de se manifestar através deste meu amigo médium, e ele se negava com bastante veemência, deixando claro (isto tudo através de perguntas “sim/não” , estou resumindo) que só queria se manifestar através da minha pessoa. Foi bem insistente nisto. Nisto, o meu amigo que é cético começa a apagar, mas assim, tipo dormindo. Não um desmaio. Simplesmente, bem aos poucos, começa a fechar os olhos, bocejar, e a dizer q esta morrendo de sono q não consegue ficar acordado, acabando por adormecer de roncar. Neste meio tempo meu braço começa a ficar dormente, mesmo eu não gostando de nada daquilo. Mediante isto, meu amigo q é médium, me convence a conduzir através de mim uma encorporação, mesmo eu não tendo o menor preparo e pouco conhecimento do assunto (outro erro cometido por ele)
Bem, pra resumir mais ainda, eu me deitei, aos poucos meu corpo foi ficando todo dormente e realmente passei por diversas sensações que são muito difíceis de refutar pra mim próprio dada a sua clareza e a frieza e racionalidade e consciência com q estava experimentando. Eu só comecei a me desesperar quando chegou ao ponto de não ter mais domínio sobre minha boca (o resto do meu corpo não tinha domínio ou “sentia” direito a um bom tempo) e quando ela começou a se mexer e a querer formar palavras. Mas o real motivo do meu desespero, foi q nesta hora eu sentia como se entrando água pela minha garganta. Quanta mais tentava falar, mais entrava água, mais ficava em desespero, eu realmente consegui sentir toda a água entrando e eu ficando sem ar! Nunca, nunca mais quero passar pela sensação de morrer afogado, seja real ou não. To fora.
Bem, nisto voltei à força, e não quis mais mexer com isto. Ficamos sem entender, principalmente meu amigo q dormiu(depois disto, tempos depois, eu estudei o porquê disto), e principalmente porque o pouco q descobrimos não fazia sentido.
Ate o dia q contei esta estória pra minha mãe. E minha mãe me lembrou que minha madrasta perdeu uma filha afogada muito nova, e que ela nunca tinha superado isto. E na época da estória do pendulo eu morava com minha madrasta e meu pai(não na época do afogamento, antes q alguém pense q na verdade matei a filha da minha madrasta, eu era muito criança e não estava no local :P ) .
Daí eu fui buscar em diversas correntes espíritas uma maneira de contatar tal espírito, recebi uma mensagem q sinceramente só entendi em parte, inclusive detalhes do afogamento q minha madrasta nunca contou pra ninguém como uma questão dela com uma amarra da lona da piscina, passei esta mensagem pra ela, e “deixei o assunto de lado”.
Sinceramente não sei pesar o quanto disto é místico, o quanto disto é impressionismo e influencia APENAS da mente, acho q boa parte do acontecido é caso de analise psicológica, mas par mim é muito difícil descartar as impressões FISICAS que tive (obvio, físicas pra mim), e as informações das quais nem eu nem ninguém envolvido dispunha.
Mas foi só um de diversos acontecimentos pelos quais passeis q me levaram a estudar diversas “culturas místicas”. Não encontrei respostas definitivas, mas encontrei muito material q tem uma lógica bem inteligente dentro de sua premissa.
Teve um caso também q entrei em transe e escrevi um texto em russo. Seria irrelevante eu apresentar o texto aqui, podia ter escrito ele em qualquer momento posterior.
E este é o meu ponto, não adianta eu relatar ou apresentar nada, nem mesmo um vídeo, porque é o tipo de coisa q a pessoa tem de passar, e mesmo a pessoa deve sempre buscar a razão por trás daquilo.
Eu não me canso de manter em mente explicações racionais pras coisas q já vi ou vivi.
Você parece passear por terreiros, templos pentecostais, sessões espíritas, etc., com muita desenvoltura.
Claro que sim, desde q seja bem recebido, e sinceramente sempre fui. Ate na vez q fui à igreja universal.
E porque não iria despreocupado? A minha primeira e principal postura é de descrença, portanto a sensação mais forte q tenho sempre nestes lugares, mesmo sendo muitas vezes “ambientes pesados”, é de segurança e de q nada daquilo pode me afetar ou fará diferença no meu futuro. A minha segunda postura, é a de q SE tem algum fundo de verdade, minha própria força de vontade e postura de analise acima dos acontecidos me dara uma postura de proteção suficiente para q não seja diretamente afetada por aquilo. Acredito muito no livre arbítrio, é um dos meus pontos de crença mais fortes e um dos mais lógicos pra mim. No mais, não julgo as pessoas boas ou más pelas suas crenças religiosas, embora tenha presenciado rituais de “magia negra” que só pela má intenção da pessoa, ficava com vontade de denunciar (mas alem de assumir uma imparcialidade como condição, não poderia provar lhufas)

Ridículo. Se a ciência não explica, é porque ela não alcança tal questão. Aí a imaginação humana entra em ação. A imaginação humana por sua vez, fantasia... e fantasia...
E pra mim é a nossa característica mais incrível!
Como eu disse, nenhuma possibilidade é fechada. Mesmo questões que merecem pouquíssimo crédito, como deuses astronautas, continentes perdidos, criacionismo científico, telepatia, monstros em lagos escoceses e assim por diante.

Yeap! Desde q não sejam aplicadas cegamente e a bel prazer ou de maneira ignorante, preconceituosa, concordo plenamente.
Um pouco da Navalha de Occam pode fazer muito bem.
Posso estar sendo ignorante agora, mas é aquela q fala algo do tipo de tendo duas possibilidades considerar a mais simples e/ou plausível.
Se não me engano se trata de algo do tipo mais elaborado.
Especifique as experiências vividas por você e em quais condições elas ocorreram.
Exemplifiquei uma. São diversas. Como a época em q li, estudei e busquei pessoas q conheciam sobre o assunto(principalmente dentro de sociedades maçons) do livro Ritual e Dogma da Alta Magia de Eliphas Levi. Um livro denso, com conceitos bem interessantes na sua parte de dogma, principalmente simbolicamente falando, rituais assas complexos, e q para serem seja levados a serio ou transformados em simbolismo, demanda um estudo ferrenho. Mas duvido q alguma experiência pessoal minha possa ser apresentada como prova. Afinal, se fosse o caso, já estaria milionário com o premio oferecido por aquele site cético La q não lembro o nome. Não foi o que propus. Meus casos e suas explicações racionais, busco eu, e com muito afinco por sinal. O que disse foi buscar por si só tais provas.
 
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mas aí você fala de um incidente histórico. Mendel era monge beneditino, não? Não estou comparando, é claro que não se pode falar de ciência medieval dissociada da religiosidade, mas também não vejo ciência moderna dissociada de ideologia.

E o Index não existia por obscurantismo. Se alguma 'verdade' vai contra a fé era bem da mentalidade religiosa indexá-la. Isso que eu não entendo: não se trata de impedir o acesso ao conhecimento mas alertar os fieis dos perigos morais e filosóficos de ideias que vão contra a verdade cristã.

Acho justíssimo.

Paganus, o que não ficou claro para mim: Que ideologia é essa que está por de trás da ciência contemporânea?


Discordo, o Index é a maior ofensa ao livre pensamento na história de toda a humanidade. Claro que depois do Iluminismo e da Revolução Industrial ficou bem complicado para a Igreja Católica Romana controlar o que era lido e o que não era lido, mas antes desses dois movimentos em especial, o Index servia sim como um entrave para o acesso ao conhecimento.
 
Paganus, o que não ficou claro para mim: Que ideologia é essa que está por de trás da ciência contemporânea?


Discordo, o Index é a maior ofensa ao livre pensamento na história de toda a humanidade. Claro que depois do Iluminismo e da Revolução Industrial ficou bem complicado para a Igreja Católica Romana controlar o que era lido e o que não era lido, mas antes desses dois movimentos em especial, o Index servia sim como um entrave para o acesso ao conhecimento.

Esse 'livre pensamento' é uma dessas ideologias. Respondi sua pergunta?
 
Esse 'livre pensamento' é uma dessas ideologias. Respondi sua pergunta?

Não, você só usou como resposta um conceito que eu havia utilizado anteriormente.

Entendo como livre pensamento qualquer forma de pensar que não seja restringida por um dogma, autoridade ou tradição. Que dogmas, autoridades e tradições a ciência contemporânea está sujeita?
 
Não, você só usou como resposta um conceito que eu havia utilizado anteriormente.

Entendo como livre pensamento qualquer forma de pensar que não seja restringida por um dogma, autoridade ou tradição. Que dogmas, autoridades e tradições a ciência contemporânea está sujeita?

Essa questão é complicada, principalmente por causa do positivismo. Além das questões ideológicas óbvias do comteísmo, temos que levar em consideração que o século XIX inteiro se primou pela busca desesperada, diria até religiosa, tanto pela cientifização da realidade inteira, inclusive da própria filosofia e até da religião (sim, o espiritismo e o esoterismo são positivistas), como pela afirmação das ciências humanas.

Ao fim do século vimos ruir o projeto de uma sociedade ancorada unicamente no cientificismo, vimos as ciências humanas lutando para se livrarem da influência das ciências exatas em suas estruturações metodológicas, vimos as próprias ciências exatas sofrerem revoluções internas. O que eu estou tentando dizer é que a ciência não caiu do céu, ela muda e se adapta, ela muta, ela descobre novos limites, novos campos e instrumentos.

Sabemos disso. O que quero dizer mesmo é que não concordo com essa visão tão otimista de ciência que enxerga nela e em seus pressupostos o supra-sumo da libertação humana.
 
Essa questão é complicada, principalmente por causa do positivismo. Além das questões ideológicas óbvias do comteísmo, temos que levar em consideração que o século XIX inteiro se primou pela busca desesperada, diria até religiosa, tanto pela cientifização da realidade inteira, inclusive da própria filosofia e até da religião (sim, o espiritismo e o esoterismo são positivistas), como pela afirmação das ciências humanas.

Ao fim do século vimos ruir o projeto de uma sociedade ancorada unicamente no cientificismo, vimos as ciências humanas lutando para se livrarem da influência das ciências exatas em suas estruturações metodológicas, vimos as próprias ciências exatas sofrerem revoluções internas. O que eu estou tentando dizer é que a ciência não caiu do céu, ela muda e se adapta, ela muta, ela descobre novos limites, novos campos e instrumentos.

Sabemos disso. O que quero dizer mesmo é que não concordo com essa visão tão otimista de ciência que enxerga nela e em seus pressupostos o supra-sumo da libertação humana.

Continuo não entendendo. Comteísmo? Você tentou inventar uma palavra nova misturando o nome do Augusto Comte com uma espécie de radical ísmo? Se você está tentando fazer referência a filosofia positivista do século XIX, pode ter certeza que a ciência feita no século XXI está bem além disso. O contexto histórico do século XIX não é o contexto histórico do século XXI.

Ainda não entendi como o Livre Pensamento é uma ideologia.
 
A ciência contemporânea está em outro nível, decerto, mas para isso ocorrer foi preciso que se repensasse, se revolucionasse o próprio conceito de ciência. A visão mais holística e orgânica de mundo, em contraste com o antigo racionalismo determinístico permitiu uma guinada. Mas existem ainda resquícios do positivismo aqui e acolá, principalmente a nível de ideologia, de forma como a religião, por exemplo, é encarada. É vista como uma brincadeira patética muitas vezes, sem se considerar que é uma linguagem própria, diferente da científica, e não uma quimera. Ela possui seu simbolismo, sua morfologia, sua história, sua linguagem, em si, ela traduz em símbolos tudo o que é humano.

A física moderna, por exemplo, tem aberto diversos canais para se compreender que o Universo é mais complexo que um grande motor e que é menos 'racional' do que se supunha. Dessa forma a ciência se flexibiliza em discurso teórico e em hermenêutica, em confrontamento aberto e conciliador com linguagens opostas, sem anatematizá-las.

Entendo livre pensamento como ideologia no sentido de ser um conceito defendido mais firmemente por certas pessoas (iluministas, por exemplo) que possuem uma visão ideológica do que seja a liberdade humana, e o próprio homem. Você consegue dissociar o iluminismo e a física clássica do capitalismo pós-mercantil e industrial? Eu não. Não foi somente a física que construiu a máquina a vapor, mas a máquina a vapor constitui boa parte da física. Percebe? Não há unilateralidade nesse processo.
 
A ciência contemporânea está em outro nível, decerto, mas para isso ocorrer foi preciso que se repensasse, se revolucionasse o próprio conceito de ciência. A visão mais holística e orgânica de mundo, em contraste com o antigo racionalismo determinístico permitiu uma guinada. Mas existem ainda resquícios do positivismo aqui e acolá, principalmente a nível de ideologia, de forma como a religião, por exemplo, é encarada. É vista como uma brincadeira patética muitas vezes, sem se considerar que é uma linguagem própria, diferente da científica, e não uma quimera. Ela possui seu simbolismo, sua morfologia, sua história, sua linguagem, em si, ela traduz em símbolos tudo o que é humano.

Concordo.

A física moderna, por exemplo, tem aberto diversos canais para se compreender que o Universo é mais complexo que um grande motor e que é menos 'racional' do que se supunha. Dessa forma a ciência se flexibiliza em discurso teórico e em hermenêutica, em confrontamento aberto e conciliador com linguagens opostas, sem anatematizá-las.

Não tenho conhecimento (e gostaria que isso fosse demonstrado) de uma situação em que a física demonstrou a sua própria "irracionalidade", tal como você parece afirmar.

Entendo livre pensamento como ideologia no sentido de ser um conceito defendido mais firmemente por certas pessoas (iluministas, por exemplo) que possuem uma visão ideológica do que seja a liberdade humana, e o próprio homem.

E onde exatamente isso está na ciência hoje? Não consigo ver a relação.
 
Seria a ciência atual perfeita então? Óbvio que ela é bem diferente de séculos atrás, mas ainda vejo essa ideologia presente em cientistas pseudo-filósofos como Dawkins, essa absolutização da linguagem e do ethos científico em detrimento da metafísica e da religião.

Quando disse menos racional, me referi à queda do antigo paradigma racionalista. O universo não é uma máquina.
 

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