A noção de histórias "verdadeiras" é bem complicada, mas isso é até aceitável quando se fala das versões de Grimm e Perrault, isso porque suas histórias foram registros dos contos populares, contados e recontados há muito tempo. Então sempre temos várias versões das mesmas histórias compiladas, dependendo do local de origem. Quanto ao Andersen, não é possível falar em versões anteriores, acredito, porque são criações - até porque na época dele há existia um conceito de infância e literatura específica desta fase.
Acho que o pessoal tá confundindo o conto de fadas "Pele de Asno" com versão da Cinderela. São histórias diferentes.
E o mais legal: Cinderela é do Perrault, com abóboras, fada madrinha e tudo mais. A versão sangrenta, cortando pés e olhos furados é dos Grimm, com o nome de "A Gata Borralheira".
No trabalho que eu fiz com alunos de oitava série, no estágio obrigatório, nós lemos as versões originais (chamei de originais as versões compiladas por Grimm, Perrault e as escritas por Andersen), as versões clássicas (aquelas que conhecemos by Disney) e as adaptações modernas, como A Verdadeira História dos Três Porquinhos, Os três Lobinhos e o Porco Mau, Chapeuzinho Amarelo e por aí vai.