Valanice disse:
Lord Ashram disse:
Alguém com bom senso nesse mundo!!
... e lá se vai o mercado de quadrinhos brasileiro
Fazer o quê? Até que alguém consiga o capital inicila para revitalizar nosso tão ralo - ralíssimo!!!! - mercado... por enquanto só temos Talismã/Trama mesmo! - com respeitosas tentativas como as da falecida Hant e da não-tão-legal-quanto-antes Combo Rangers...
Exatamente, Valanice. Não é porque é BRASILEIRO que Ashram compra... na verdade, a gente só compra se tiver qualidade.
Por enquanto eu ainda tou gostando de HA, mas tenho de admitir que comparado com muita coisa que já li, a estória é fraquinha fraquinha... não vai ser uma dessas coisas que depois de terminada vou querer continuar guardando em casa (tem MUUUUITA coisa em casa e falta de espaço).
Acho que em parte, temos dois problemas no mercado editorial... o primeiro é o público que quer a "moda" (livros de vampiros, de mundos Tolkien), e o segundo é nossa pouca experiência amadora em fazer boas estórias. Comparando o amador daqui, com o amador do Japão, a gente percebe que os criadores brasileiros "importam" demais conceitos de fora, conceitos da moda... e isso limita muito a criatividade. Não exercitando outros tipos de temas, não incita grande interesse.
O fato de Ashram não comprar, não faz a menor diferença para HA, pois o público alvo não é o Ashram, V ou eu... é o público adolescente que tem fome de Tolkien e RPG simplificados (ou seja, é um público beeem grande) e por isso foi um sucesso de vendas.
Nós temos economizado para apoiar as estórias que realmente achamos interessantes e que com certeza MUITO POUCA GENTE vai comprar ou se interessar. Isso inclui as coisas americanas, lógico... mas o ponto é que para o mainstream tem gente que vai comprar, mas para o underground, é necessário fazer peso para as editoras perceberem que vende pouco, mas tem público fiel. Senão só vão editar o pop e o cult vai pro saco.
Seria bom se todo mundo tivesse gostos já desenvolvidos (sempre saindo do pop, note bem... pois cultura começa do popular para chegar no conhecimento global de todo o mundo), mas isso é coisa que não podemos apressar. Cada pessoa desenvolve seus gostos, saindo do Monica e Cebolinha, passando etapas até chegar aos níveis mais elevados de filosofia ou de metafísica ou de teologia ou de tecnicismo ou qualquer outro assunto que interesse a pessoa.
O ponto é que não somos "underground" por que queremos. Gostaríamos, como aconteceu com Tolkien, que muitas outras pessoas comprassem o que gostamos de comprar, mas para isso é necessário tempo.