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Eleições municipais de 2020

Acho nítida a evolução do Boulos-candidato desde 2018. Em 2018, a meu juízo, ele foi horrível. Lógico, não havia nenhuma expectativa de que ele fosse ser eleito. Mas uma candidatura pode, ainda assim, se destacar e ser chamariz para buscar fortalecer a bancada do partido.
Sim. Ele ganhou em complexidade, firmeza e tudo o mais. Mas é aquela questão: quem é que estava bem em 2018? A gente tava muito abalado. Eu me lembro do Haddad extremamente travado para falar sobre coisas que, em outras situações, ele falaria sem o menor problema. Foi um ano atípico, mas que sintetizou a bagunça que já vinha se formando no campo progressista há um bom tempo. E parte dessa bagunça está na conta do PT, sim. Negar isso é fazer uma leitura equivocada do cenário político.

Mercúcio disse:
Respeitava o Boulos como liderança de movimento social, mas o achava fraco como candidato.
Aqui entra um ponto interessantíssimo. A faceta do Boulos como liderança de movimento social será essencial para começarmos a nos organizar, em termos de campo progressista, a partir de hoje.

Todo o empenho para virar voto foi válido, todo o esforço em prol de aglutinar lideranças de Esquerda em torno do Boulos (em São Paulo) e da Manu (em Porto Alegre) foi essencial. Mas a gente precisa voltar a fazer trabalho de base. O Boulos, bem, ele nunca parou de fazer, né?

Um dos grandes erros da Dilma, a meu ver, foi o de não fortalecer esse laço (que o Lula, bem ou mal, conseguiu manter) com os movimentos sociais. Precisamos nos mostrar como alternativa viável não apenas para quem já vota na gente mas, principalmente, para quem não nos conhece para além das Fake News. Precisamos compreender o porquê de o apelo dos pastores das igrejas Neopentecostais ser tão ouvido. Precisamos voltar a falar a língua do povo, ao invés de querer falar por esse povo. E quando eu falo "precisamos" não significa que não tenha gente fazendo isso. O que eu quero dizer é que é preciso intensificar a nossa participação nesses movimentos.
Em 2020, acho que o Boulos-candidato melhorou muito. Por certo, ainda tem fragilidades, que me desobrigo de comentar. Mas é nítido que ele está se formando. Entre outros aspectos, viajou para a Europa, para aprender com a experiência dos novos partidos de esquerda que surgiram como reação às políticas de austeridade; mobilizou novos instrumentos, usou bem as redes. Acho que esse é mesmo um bom caminho.
Sim, o Boulos parece (vou tentar modalizar o discurso) ter encontrado um caminho interessante.
Acho que esse segundo turno, em que ele de repente se viu como uma candidatura competitiva, com apoio de outros partidos maiores e contando de perto com a experiência da Erundina - que sabe que você precisa de mais do que voluntarismo pra fazer política - deve ter sido um laboratório e tanto para ele.
Ele amadureceu, bastante, como político. E, sim, ter a Erundina ao lado meio que é um curso intensivo, né? (Sim, agora falei como uma xóvem emocionada hahahaha).
Como saldo positivo dessas eleições, parece que pelo menos uma parcela do Psol se tornou um pouco mais pragmática. Acho que isso se mostra, por exemplo, no apoio de quadros do partido ao Eduardo Paes, no Rio de Janeiro.
Isso! Acho que ficou bem claro que, em uma situação normal, ninguém votaria no Paes, mas não se tratava de uma situação normal, né? Acho que parte desse pragmatismo do PSOL se deve ao Freixo a quem, inclusive, eu não vou criticar por não ter aceitado ser candidato sem que houvesse uma união mais expressiva da Esquerda.

Agora, cheguei num ponto sobre o qual tenho sentimentos conflitantes: eu acho legítimo que os partidos lancem candidatos próprios, e que disputem o eleitorado, que tensionem o debate, sem partir para a baixaria. Tento votar ideologicamente no primeiro turno, e do jeito que for possível no segundo. Mas, porém, contudo, entretanto, todavia... tá liberado dizer que, embora legítima, a candidatura da Marta Rocha (PDT) me deixou levemente irritada?

Eu entendo a estratégia de "ok, vamos colocar uma delegada para puxar o voto de parte do eleitorado bolsonarista", mas, sei lá, acho que a gente já tentou fazer "do jeito deles" (vide Lula e a política de conciliação de classes e, por conseguinte, burocratização excessiva da Esquerda) e não deu certo. Que tal a gente tentar fazer do nosso jeito, mesmo, sabe? Também sei das inúmeras questões que pairam sobre a Bené, mas é aquela história: passar a limpo o passado do PT não significa ficar preso a ele. A gente não tem o privilégio de ficar nessa, sabe?

Em novembro de 2017, a Nilma Lino Gomes esteve aqui, na cidade em que moro, para lançar um livro. Na ocasião, ela falou um trem que me marcou, muito. Era algo como: "ninguém nega que o PT precisa fazer autocrítica; o que a gente precisa fazer é ter o cuidado de não confundir autocrítica com autoflagelo".
Eu concordo contigo, Melian, de que qualquer candidatura que se queira competitiva à esquerda terá de passar por algum tipo de costura com o PT.
Né? E isso não chega a ser necessariamente um mérito do PT (ei, não estou descartando a relevância histórica do meu partido hahaha), é mais um demérito da Esquerda, mesmo.
Agora... tenho poucas esperanças de que a esquerda venha unida em 2022. A meu juízo, seria estratégico que o PT abrisse mão de encabeçar a chapa de uma eventual coalizão desse tipo, reservando-se o direito de indicar um nome forte como vice (vi o Tarso Genro, por exemplo, defendendo isso mais de uma vez, mas infelizmente ele é uma figura super isolada dentro da estrutura do PT de hoje). Mas duvido que isso vá acontecer.
Pois é, aí entra a angústia sobre a qual falei, anteriormente: acredito que a melhor estratégia para a esquerda seria essa. Mas também acredito que a instituição partido não vai abrir mão de ter candidato próprio, se estiver bem nas pesquisas. No pleito passado, eu fiquei puta com a demora do partido para decidir a parada; estava óbvio que não teria como o Lula ser candidato, mas ficava naquele chove e não molha. Aliás, eu já tinha decidido que, dependendo do candidato que o partido lançasse, não teria o meu voto. Eu já estava pronta para apoiar a Manu. Mas aí o partido lançou o Haddad. E todo mundo sabe que eu adoro o Haddad. Gostei, ainda mais, do fato de a Manu ser vice dele. Mas gostaria, igualmente, se fosse o contrário: ela a cabeça de chapa e ele vice.

No pior dos cenários, o que eu acho possível fazer é tirarmos uma linha de não partirmos para críticas enviesadas. Veja bem: não concordo com aquela história de que criticar é fazer o jogo da direita. Mas creio que dá para criticar sem esculhambar (viu, Ciro?).
Essa também é parte da minha crítica ao Ciro Gomes. Concordo com boa parte do conteúdo de suas críticas ao PT e ao Lula, mas acho que ele com alguma frequência errou muito no tom. Aí ficamos na expectativa de que os ressentimentos alimentados ainda possam ser colocados de lado. Como dizia o Ulysses Guimarães:
"Não se pode fazer política com o fígado, conservando o rancor e
ressentimentos na geladeira."
No auge da minha revolta, em 2018, citei o Ulysses Guimarães para dizer que eu faço não apenas política, mas quase tudo com o fígado, e que esse era o motivo de eu me ferrar, muitas vezes. Mas não é bem assim. Falei isso, à época, porque eu não passava um dia sem xingar bolsonarista (até saí do grupo da família, no Whatsapp). :dente: Mas, em situações menos desesperadoras, embora seja da minha personalidade me posicionar, eu não o faço, sempre, sem raciocinar.
cada vez mais assusta com o número de abstenções, parece maior a cada eleição.

(eu vi o maia ontem ao lado do paes durante o discurso de vitória e deu um frio na barriga de: pqp, em 2022 vai todo mundo votar no maia como os cariocas estão votando no paes. que bosta).
Tive a mesma sensação. Mas não foi tão ruim quanto imaginar o voto útil na chapa Moro e Huck. Ainda não consigo ficar bem com a ideia de votar nesses caras, não. Não vou fingir que dou conta de lidar com isso, porque ainda não dou, mesmo. :timido:

Inclusive, como o meu cérebro não para, comecei a imaginar o cenário em que eu teria de votar no Kalil, para Governador de Minas, contra o Zema. Confesso, esse cenário não me assustou. Kalil puxou o combate à pandemia, de modo responsável, em Minas. As demais cidades do estado (a minha, inclusa) seguiram o protocolo que o Kalil adotou para BH, não o inútil do Zema.
Minha cidade teve 29% de brancos e nulos.
No meio de uma pandemia, o que leva alguém a sair de casa pra votar branco ou nulo no segundo turno?
É mais uma coisa sobre a qual a Esquerda precisa refletir. Como fazer para as pessoas recuperarem a confiança na Política como meio de transformação social?
isso e, claro, desgosto com política. aquela coisa do "são todos iguais, tudo corrupto", etc.
Exatamente. E aí entramos naquela questão: se todos são iguais, eu posso anular, votar em branco, ou votar em qualquer um, que nada vai mudar. Eu entendo o que gera esse modo de pensar, mas me preocupo com o fato de que ele favorece justamente os políticos cujos objetivos passam longe de políticas públicas válidas e necessárias.

(Travei com a regência de favorecer, aqui. :oops: Se o meu contrato não se encerrar em dezembro - eu ainda tenho esperança! hahahaha -, quem sabe eu me dê um dicionário de regência de presente? Facilita, muito, a vida de quem trabalha com revisão).
O Maia ainda é melhor que Bolsonaro né? :lol:
Lufe, o diabo é melhor do que o Bolsonaro. Acho que até Jesus concordaria comigo. :rofl:
 
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(Travei com a regência de favorecer, aqui. :oops: Se o meu contrato não se encerrar em dezembro - eu ainda tenho esperança! hahahaha -, quem sabe eu me dê um dicionário de regência de presente? Facilita, muito, a vida de quem trabalha com revisão).

Tem em qualquer sebo (ou deveria ter, veja na EV) o Dicionário de Verbos e Regimes, do Francisco Fernandes, que é uma baita mão na roda. Ele também tem um para substantivos e adjetivos, daí você fica com o parzinho :D. Os do Luft andam caros demais. Parece que tem um de Verbos na linha do Houaiss mas não levo muita fé. Tenho me virado bem com os FF.
 
2020 e tem gente que vota no PT ainda.. o povo não aprende!

Eu sei que o Boulos com o perigo de ser eleito já meteu um atestado.
Aqui, ó, procês:

thanos.gif

Béla van Tesma disse:
Tem em qualquer sebo (ou deveria ter, veja na EV) o Dicionário de Verbos e Regimes, do Francisco Fernandes, que é uma baita mão na roda. Ele também tem um para substantivos e adjetivos, daí você fica com o parzinho :D. Os do Luft andam caros demais. Parece que tem um de Verbos na linha do Houaiss mas não levo muita fé. Tenho me virado bem com os FF.

Obrigada pela dica. Vou tentar me organizar para me dar esse presente de Natal. Se não for presente de Natal, será de aniversário.
 
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@Melian nossa afinidade é futebol e literatura, politica estamos opostos :lol:
Mas por mim não tem problema, democracia é isso, as vezes você fica um pouco brava, relaxa!
 
Eu não fiquei brava, uai, só usei um gif do Thanos. Coloco uns mil gifs estapeando o Turgz, por dia, no fórum. Quando eu fico brava, eu xingo. :sad:

Por outro lado, agora, eu fiquei um cadinho irritada, porque sempre que alguém fala "relaxa", sinto vontade de estapear esse alguém. :lol:.
 
democracia é isso
A Raposa, ao compor um Ministério,
chamou todos os bichos, menos o Porco.
— Dar-lhe uma pasta não seria sério,
diz, não farei tal coisa, é muito porco.

— Também não gosto dele, fala o Bode,
não lhe tenho nenhuma simpatia,
porém um Porco no governo pode
garantir o favor da maioria…


(Um poeminha do Trilussa pra descontrair... :lol:)
 
Que bom que Boulos e Manuela não foram eleitos. SP e POA se salvando do pior.

Claramente você nunca pisou em Porto Alegre nos últimos 6 anos, se acha que a Manuela seria pior do que o Melo, um prefeito que não sobe nem sai de cima e precisou apelar pra fake news no último dia de campanha.
 
Olha, Lissa, não foi pra mim mas vou entrar no meio. Eu nunca pisei em Porto Alegre nos últimos 6 anos. Do pouco que conheço a respeito dos dois, a Manuela, apesar de me parecer uma candidata bem fraca, me agrada muito mais por ter propostas mais próximas daquilo que eu acredito.

Agora, parece que uma boa parcela do povo que pisou lá nos últimos 6 anos, que justamente foi quem votou, não concorda nem comigo e nem com você. Do contrário o Melo não teria ganho. Então não é tão claramente assim.

Eu acho uma pena que muita gente da esquerda tenha perdido a capacidade de dialogar com quem pensa diferente. Não está aberta a ouvir o outro nem a se perguntar o por que dele ser daquele jeito. Ou apenas aceitar que tem gente que pensa diferente de nós.

Eu não gostava muito do Boulos na eleição presidencial, mesmo tendo pautas comuns às dele. Mas eu fiquei positivamente surpreso com a sua postura nessas eleições de agora, achei ele muito mais aberto ao diálogo do que os quadros mais tradicionais da esquerda têm se mostrado nos últimos tempos.

Essa postura sempre combativa mais afasta do que agrega. É claro que tem coisas que devem ser combatidas. É claro que tem coisas que tem que ser criticadas. Mas a postura do "eu estou certo, claramente, e quem não concorda, está errado," não me parece levar a nenhum lugar em que eu gostaria de estar.
 
Mas a postura do "eu estou certo, claramente, e quem não concorda, está errado," não me parece levar a nenhum lugar em que eu gostaria de estar.

A não ser para longe do Haranziz. Todos nós gostaríamos de estar em um lugar bem longe do Haranziz.

Eu só brinco assim com o Haranziz porque ACHO que ele não se importa. Mas se a minha brincadeira te incomodar, Haranziz, por favor, me avise, tá? Não quero ser gratuitamente desagradável.
 
Aquele é o melhor tópico. Adoro ver o entusiasmo com que o Haran e outros praticam a arte da hermenêutica tolkeniana para determinar se balrogs têm ou não têm asas. <3
 
Aproveito para dizer ao migo @fcm que, ao me mandar "relaxar", o que sempre me deixa irritada, ele não foi um bom amigo para o @Béla van Tesma.

O Bélz já terá uma semana difícil porque estou na época do mês que não sei se tem um útero ou um xenomorfo dentro de mim.

Além disso, durante toda a semana, a gente vai se alfinetar por causa do jogo entre o Galo e o Inter, que acontecerá no dia 6. Ou seja, CADÊ A SUA COMPAIXÃO, MIGO FCM? QUER SER RESPONSÁVEL POR UM HOMICÍDIO?

:hihihi:
 
Que é isso, Valentina?
Um homem, quando está apaixonado, não quer guerra com ninguém.

E eu estou apaixonado pelo meu box da Druuna há uma semana... haha #Brimks

Eu não vou alfinetar ninguém; eu vou é transpassar uma Zweihander em você. :mwaha:
Brimks #2
 
Quanto a São Paulo Capital..
Depois de ter visto cerca de 2/3 dos debates do primeiro turno e apenas um do segundo turno, a real que penso sobre o arruaceiro/invasor Boulos definitivamente é o seguinte:

De largada jamais acharia evoluído como muitos insinuam um cara que:

Primeiro, não é nada original, copiando o ultra pra lá de manjadíssimo e que não cola mais nem com "Super Bonder" o velho "discurso paz e amor" ou "nós contra eles" e o visual do Lula em praticamente em todos os detalhes, só faltando ter ido ao consultório do Dr. Rey pra pedir que os olhos e o nariz ficassem rigorosamente idênticos e também ter aquele jeito de falar extremamente tosco-cavernoso-grosseiro-horroroso e irritante dele.

Segundo e o que realmente mais me chamou a atenção: Quando tinha que falar sobre experiência administrativa e diversos pontos do seu "brilhante" plano de governo, se mostrou incapaz de não deixar em momento algum fazer menção a Luiza Erundina. Em todo momento ficando sempre debaixo da saia dela. Novamente outro ponto em que não demonstra pouca ou quase nenhuma originalidade.

Então se é pra falar de Erundina vamos lá. Pra mim de todos os prefeitos e prefeitas que acompanhei, disparada é a pior que já vi governar a cidade de SP, merecendo um sonoro ZERO com todo louvor. Até o Hadad com as suas ciclotintas superfaturadas pintadas com guache de luxo que desbotavam com apenas um ano de uso, eu ainda consigo dar uma heróica nota 1.

E aí eu pego justamente um dos pontos que o Boulos desejava retomar: o famoso mutirões da Erundina e a anistia para regularização de imóveis.

Isso me fez lembrar do caso que mais conheço pessoalmente que é o da favela de Heliópolis, a maior da cidade.

Até quase o final dos anos 80, era um lugar pouco povoado, mas quando a Erundina pôs em prática esses mutirões e a regularização de imóveis, logo muitas famílias rapidamente correram pra região de Heliópolis como se fosse a corrida ao ouro num garimpo e construíram com uma rapidez incrível milhares de casas e as poucas que já estavam ali até então, receberiam da parte dela a possibilidade de anistia para regularização.

Só que tem um detalhe triste e lamentável: começou a ocorrer uma construção frenética, caótica e totalmente desordenada de casas e sobrados feitas totalmente nas coxas, a grande maioria umas coladas nas outras, sem respeitar um espaçamento mínimo pra ventilação e entrada de luz natural, já que foram abertas várias ruas muito estreitas que mal passa um carro.

Não bastasse tudo isso, problemas de instalações elétricas com muitas ligações clandestinas em que um puxava a energia do outro, além de conexões irregulares de águas pluviais na rede de esgoto que no começo era extremamente precária. E ainda tinha o fato que a região JAMAIS esteve preparada pra comportar uma população tão grande como viria a ter nas décadas e anos seguintes, ficando o problema de energia elétrica, água e esgoto pra ser resolvido nos mandatos dos prefeitos sucessores da Erundina, ou seja, trocar pneu com o carro andando.

Vale lembrar que justamente por ligações clandestinas de eletricidade, Heliópolis teve incêndios, alguns deles devastadores. Aliás, um dos sub-temas do meu TCC de Engenharia Elétrica foi justamente discorrer sobre padrões irregulares de distribuição e entrada de energia e quem diria, graças a Erundina, eu tive uma facilidade enorme de desenvolver sobre assunto, até porque fiz um estudo de caso indo pessoalmente lá.

Voltando a questão dos imóveis para quem tanto desejava ter sua casa própria, eu já tive a oportunidade de ver em várias cidades de interior, bairros com casas populares em que houve o mínimo de planejamento de água, luz, esgoto, ruas de acesso adequadas e que depois estes bairros tiveram a oportunidade de prosperarem e se tornarem bairros muito vistosos e importantes.

Mas o que aconteceu em Heliópolis, é que apesar de ter havido ao longo dos anos algumas pequenas melhorias, os servições que lá existem são insuficientes pra atender todas as demandas da população local e esteticamente o bairro é muito pouco atraente pra que empresas sejam fortemente atraídas a investir lá ou nas suas proximidades. Não bastasse tudo isso, o que aconteceu em Heliópolis se repetiu também em outras favelas.

Então, se é pra repetir o mesmo plano fracassado da Erundina, sinceramente o meu maior temor com Boulos, é que SP continuasse repetindo o mesmo erro de 3 décadas atrás e pra mim São Paulo não merece mais ter periferia padrão Luanda, Adis-Abeba, Nairóbi ou Joanesburgo. Chega né? Já deu!

Achei muito triste quando soube que a Erundina ignorou todas as recomendações do CREA e aí transformando algo extremamente irregular em regular.

Pra mim, se Boulos que ser considerado evoluído, no meu conceito pessoal que aprenda com Eduardo Jorge ou até mesmo com a Marta Suplicy que decidiu romper com essa forma de política da esquerda marrom do Brasil que me enoja.

O PT não venceu uma Capital sequer. Se pegar no geral, o mapa está bem colorido nos vencedores apenas de capitais.

Daqui 2 anos é a vez de tirarmos o Bolsonaro de lá, seja com urna eletrônica ou voto em papel ou voto em sinais de fumaça ou qualquer meio legal.

É uma pena que na minha região natal (Grande ABC ) o PT infelizmente conseguiu recuperar Diadema e Mauá. Ok, pegou ali o que pra um cidadão nascido no trio protagonista da região (Santo André, São Bernardo e São Caetano) diria "beliscou uma carne moída e uma fraldinha", mas passou longe de saborear o Contra-filé, o Filé Mignon e a picanha mais desejada que nunca conseguiram e jamais vão conseguir que é vencer na cidade de maior IDH do país que é a minha cidade-natal São Caetano do Sul. :D
 
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A não ser para longe do Haranziz. Todos nós gostaríamos de estar em um lugar bem longe do Haranziz.

Eu só brinco assim com o Haranziz porque ACHO que ele não se importa. Mas se a minha brincadeira te incomodar, Haranziz, por favor, me avise, tá? Não quero ser gratuitamente desagradável.
Que nada. E eu que achava que em 2020 não tinha nada pra falar além de política e covid, quando me percebo falando, pasmem, em PLENO 2020, sobre asas de Balrog com o Haran lá na área Tolkien.
Aquele é o melhor tópico. Adoro ver o entusiasmo com que o Haran e outros praticam a arte da hermenêutica tolkeniana para determinar se balrogs têm ou não têm asas. <3

Pois é... E com eu longe, como quer a Melian, a coisa não anda. 8-) Na área Tolkien reinariam leituras, ãhn, pouco ortodoxas, do tipo: elfos têm🍆 pequeno, anão quer pegar elfa, Elrond é #elenão.... Na política estariam se revesando para discutir com o Gerbur - e pior: adorando. Béla seria um desconhecido, não ficaria recebendo chamegos da Melian de meia em meia hora. E por aí vai... Tudo seria trevas e caos...

E isso causa.... treta na esquerda. :gato:

(...)

Sou fã. Nessas tretas, concordo com todos. :pipoca:

E a treta continua:


Falando nisso, cadê @Eriadan? Antigamente era só falar "Ciro Gomes" que ele aparecia, agora nem tchum, não é mais o mesmo... Seu braço direito de outrora, Mellime, até abandonou o barco. Aliás, quando o sujeito fica quieto em temas políticos, é porque tá virando a casaca. Será que tá virando liberal? Sempre o achei quase lúcido, então vai saber. :hxhx:
 
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Pois é... E com eu longe, como quer a Melian, a coisa não anda. 8-)
Eu sou velha, e ranzinza, Haranziz.
Na área Tolkien reinaria leituras, ãhn, pouco ortodoxas, do tipo: elfos têm🍆 pequeno, anão quer pegar elfa, Elrond é #elenão....
Tem que acabar o nerd. :rofl:
Na política estariam se revesando para discutir com o Gerbur - e pior: adorando.
JAMAIS! GERBZ É MEU BOLSONARISTA DE ESTIMAÇÃO. NÃO DISCUTO COM ELE. Nem com você. Nem com o migo fcm. Só apareço para botar uns gifs, que significam o mesmo que: AMADA? :rofl:
Béla seria um desconhecido, não ficaria recebendo chamegos da Melian de meia em meia hora.
Vai pedir para trancarem este tópico, também, Haranziz? :dente:
 

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